Referências
BAGOZZI FILHO, Valderes Souza; CONTRERAS, Humberto Silvano Herrera. A atuação do pedagogo no terceiro setor: desafios na formação. Anais do X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, PUCPR – Curitiba-PR, 7 a 10 de novembro de 2011. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4488_3754.pdf>. Acesso em: 24/09/2018.
2. TEXTO
■ BAGOZZI FILHO, Valderes Souza; CONTRERAS, Humberto Silvano
Herrera. A atuação do pedagogo no terceiro setor: desafios na
formação. Anais do X Congresso Nacional de Educação –
EDUCERE, PUCPR – Curitiba-PR, 7 a 10 de novembro de 2011.
Disponível em:
<http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4488_3754.pdf>. Acesso
em: 24/09/2018.
3. Introdução
■ A sociedade é dividida em 3 setores:
– 1º Instituições estatais
– 2º Empresas privadas – com fins lucrativos
– 3º ONGs, fundações, associações, entidades filantrópicas – sem fins
lucrativos
■ Terceiro Setor: crescimento a partir da déc. 90.
■ Definição: instituições sociais que possuem como foco o
desenvolvimento de atividades socioeconômicas, educativas e
culturais, com a intenção de criar novas expectativas para a criança, o
adolescente e o adulto (PEREIRA, 2006).
4. ONGs
■ Grupos sociais organizados com fins públicos não voltados para o
lucro.
■ Desenvolvem ações visando, principalmente, o respeito aos direitos
dos cidadãos na conscientização e cuidado com o meio ambiente.
■ Surgiu com a intenção de suprir deficiências e amenizar as lacunas
deixadas pelo Estado na demanda social.
■ O governo busca parcerias com empresas privadas, diminuindo o valor
dos impostos e taxas, mediante o investimento em programas e
projetos sociais.
5. Histórico
■ Fim da 2ª Guerra Mundial: o termo ‘ONG’, incorporou-se às
Organizações das Nações Unidas e se referia a um imenso número de
entidades que não estavam ligadas ao governo.
■ Déc. de 70 e 80 na América Latina: as ONGs lutavam contra o sistema
político de regime militar. Nascem as ONGs “Cidadãs Militantes”
estimulando a participação da sociedade na luta por direitos, dignidade
e respeito.
■ No Brasil, após o fim do regime militar, o Estado abriu espaço para
parcerias com a sociedade civil, possibilitando assim o aumento das
ONGs.
6. Histórico
■ Novas articulações entre ONGs, governos e empresários.
■ Constitui-se uma nova estrutura para as ONGs - muitas se uniram aos
ideais socialistas atuando na cultura política.
■ Surge a necessidade de qualificação do quadro de profissionais.
■ 1990: investimentos do Banco Mundial.
■ O Terceiro Setor assumiu a característica de um novo setor da
economia - o da economia social.
7. Histórico
■ 1990: política neoliberal - aumento do desemprego, da pobreza e da
violência.
■ Crise econômica nos movimentos populares e nas ONGs cidadãs.
■ As ONGs passam a atuar como mediadoras focalizando suas ações em
programas e projetos participativos e não somente reivindicativos,
não só em áreas sociais, mas em projetos pontuais incluindo a mulher,
a criança e o adulto.
8. Histórico
■ 1991: ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não
Governamentais).
■ Principais lutas políticas das ONGs
– educação
– organização e participação popular
– relações de gênero
– justiça e promoção de direitos
– meio ambiente
– saúde
9. Terceiro Setor
■ Constitui um campo profissional mediado por programas e projetos
socioeducacionais, que prescindem de planejamento, execução e
avaliação, funções estas ligadas à gestão pedagógica.
10. O trabalho do pedagogo nas ONGs
■ A articulação entre saberes profissionais nas ONGs é necessária para
que o processo educativo aconteça de forma favorável e significativa,
tendo em vista seus objetivos e finalidades diferentes de acordo com as
necessidades do público alvo – campo da Pedagogia.
■ A Pedagogia envolve teoria e prática, ou seja, a teoria vinculada aos
problemas reais postos pela experiência prática e a ação prática
orientada teoricamente - práxis educativa.
■ Objetivo do curso de Pedagogia: formar profissionais polivalentes
capazes de confrontarem-se com os desafios impostos pela realidade
educacional contemporânea - educação formal e não formal.
11. O trabalho do pedagogo nas ONGs
■ O educador é aquele que educa, realiza e desenvolve a ação educativa e
luta por uma educação justa e igualitária para todos.
■ O educador social precisa ajudar a construir com seu trabalho espaços
de cidadania.
■ Na modalidade não formal os profissionais que desenvolvem atividades
pedagógicas em ONGs podem ser denominados formadores,
animadores, trabalhadores sociais, facilitadores da aprendizagem,
educadores sociais, agentes educativos, multiplicadores.
12. O trabalho do pedagogo nas ONGs
■ A formação de profissionais que atuam na promoção da aprendizagem exige
um olhar crítico e reflexivo.
■ Os profissionais que atuam na educação formal e não formal devem se
posicionar frente à sociedade como educadores transformadores da
realidade (Perrenoud).
■ O educador social traz em sua prática pedagógica e política a não
neutralidade, a decisão e a responsabilidade em desvelar o que está oculto
nas relações de poder que determinam a realidade (Paulo Freire).
■ O pedagogo precisa assegurar as finalidades sociais e políticas e os meios
apropriados para a formação humana (Libâneo).
13. O trabalho do pedagogo nas ONGs
■ Promover parcerias, adquirindo desta forma recursos para
desempenhar com autonomia o real papel das entidades, trazendo
alternativas e perspectivas inovadoras (Gohn).
■ Desenvolver e elaborar projetos educacionais, planejar ações da
instituição e prestar suporte pedagógico, podendo também,
desempenhar o papel de educador social (Silva).
■ Oportunizar novas experiências educativas a crianças, adolescentes,
jovens e adultos, auxiliar no fortalecimento do vínculo familiar e
comunitário, viabilizar a descoberta de novas potencialidades e
fortalecer a autoestima dos sujeitos.
14. O trabalho do pedagogo nas ONGs
■ Pode receber salário fixo ou atuar como voluntário.
■ As ONGs apresentam-se como espaços favoráveis para o pedagogo
promover a educação não formal, pois, possui maior flexibilidade em
relação há tempos, espaços, métodos e conteúdos.
■ No Brasil cerca de dois milhões de educadores sociais estão exercendo
trabalhos socioeducativos com a comunidade sem ter recebido
formação adequada para desenvolver tais práticas.