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Deodoro da Fonseca
Manuel Deodoro da Fonseca1
(Cidade de Alagoas, 5 de agosto de 1827 — Rio de Janeiro,
23 de agosto de 1892) foi ummilitar e político brasileiro, proclamador da República e
primeiro presidente do Brasil.2
O Governo Deodoro foi marcado pelo esforço da implantação de um regime de Estado
Republicano, mas foi caracterizado, entretanto, por grande instabilidade política e também
econômica, devido às tentativas de centralização do poder, da movimentação de opositores
da queda do Império, e por parte de outros setores das Forças Armadas descontentes com
a situação política republicana. A crise teve seu ápice no fechamento do "Congresso
Nacional do Brasil", o que mais tarde acabou levando à renúncia de Deodoro da Fonseca.3 4
Origem e formação
Família
O marechal Hermes Ernesto da Fonseca, irmão de Deodoro, foi pai de outro presidente da
república,Hermes da Fonseca.
Manuel Deodoro da Fonseca vinha de uma família essencialmente militar. Seu pai ingressou
no Exercito em 1806 como praça de infantaria, subindo as poucos todos os postos
subalternos da carreira.5
Deodoro tinha duas irmãs e sete irmãos.6
Todos os homens eram
militares e seis deles lutaram na Guerra do Paraguai.7
O mais velho,Hermes Ernesto da
Fonseca, pai do também presidente da República e marechal Hermes da Fonseca, chegou
ao posto de marechal-de-exército e foi presidente das províncias deMato Grosso e
da Bahia.8 9
Afonso Aurino da Fonseca, o mais jovem, alferes do 34º batalhão dos Voluntários da Pátria e
o major Eduardo Emiliano da Fonseca morreram na Batalha de Curupaiti. O capitão Hipólito
Mendes da Fonseca morreu na passagem da ponte de Itororó. O marechal-de-campo
Severino Martino da Fonseca e o general Severiano Martins da Fonseca também serviram
na guerra.10
Severiano recebeu o título nobiliárquico de barão de Alagoas11
e foi diretor
da Escola Militar de Porto Alegre. Coronel honorário do exército brasileiro, Pedro Paulino da
Fonseca foi governador de Alagoas, logo quando proclamaram a república, e
também senador pelo mesmo estado.12
Além disso, foi pai de Orsina da Fonseca, esposa
do filho de um outro irmão seu, também seu sobrinho, o presidente da República marechal
Hermes da Fonseca, compondo, portanto, um casamento entre primos.13 14
Pedro Paulino,
que já estava reformado à época, foi impedido por seus irmãos de servir como voluntário,
sendo assim o únicos dos oito irmãos a não combater na Guerra do Paraguai.15
Juventude
O Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde Deodoro estudou na adolescência.
Deodoro da Fonseca nasceu em 5 de agosto de 1827, na Cidade Velha das Alagoas,
na antiga província homônima, hoje cidade que leva o nome de Marechal Deodoro. Ele era
filho de Manuel Mendes da Fonseca (1785-1859) e Rosa Maria Paulina da Fonseca (1802-
1873).16 17
Seu pai também foi militar, chegando à patente de tenente-coronel, e pertencia
ao Partido Conservador.18
Em 1843, aos dezesseis anos, Deodoro matriculou-se no Colégio
Militar do Rio de Janeiro, terminando em 1847 o curso de artilharia.19
Em 1845, já era cadete
de primeira classe. Em 1848, participou de sua primeira ação militar, ajudando na repressão
da Revolta Praieira,19 2
insurreição promovida pelosliberais de Pernambuco.
Casou-se aos 33 anos, no dia 16 de abril de 1860, com Mariana Cecília de Sousa Meireles,
considerada pelos biógrafos mulher educada, religiosa, modesta e prendada. O casal não
teve filhos. Boatos da época diziam que Deodoro era estéril.15
Seu sobrinho, Hermes da
Fonseca, que também chegou à presidência da república, era tratado por Deodoro como um
filho.
Carreira militar
Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891)
Em 1852, foi promovido a primeiro-tenente. Em 24 de dezembro de 1856, recebeu a patente
de Capitão. Em dezembro de 1864, participou do cerco à Montevidéu,19
durante a
intervenção militar brasileira contra o governo de Atanasio Aguirre no Uruguai. Pouco
depois, o Uruguai, sob novo governo, juntamente com o Brasil e a Argentina, formariam
a Tríplice Aliança, contra a ofensiva do ditador paraguaio Francisco Solano López.
Em junho de 1865, foi em rumo com o Exército brasileiro para o Paraguai, que havia invadido
a província de Mato Grosso. Deodoro comandava o segundo Batalhão de Voluntários da
Pátria. Seu desempenho no combate lhe garantiu menção especial na ordem do dia 25 de
agosto de 1865. No ano seguinte, recebeu comenda no grau de cavaleiro da Imperial Ordem
do Cruzeiro e, em 22 de agosto, a patente de major.20
Destacou-se por atos de bravura na
Guerra do Paraguai.19
Em 18 de janeiro de 1868 foi promovido a tenente-coronel e, em 11
de dezembro do mesmo ano, recebeu a patente de coronel. Pelo decreto de 14 de outubro
de 1874, Deodoro foi promovido a brigadeiro, patente equivalente ao atual general-de-
brigada. Em 1885, tornou-se pela segunda vez comandante de armas da província do Rio
Grande do Sul, cargo exercido juntamente com o de vice-presidente da província.19
Tornar-
se-ia, depois, presidente interino dessa mesma província. Em 30 de agosto de 1887, recebia
a patente de marechal-de-campo.
Foi chamado de volta ao Rio de Janeiro, por seu envolvimento no confronto das classes
armadas com o governo civil do Império, episódio que ficaria conhecido como a "Questão
Militar", e por ter permitido que os oficiais da guarnição de Porto Alegre se manifestassem
politicamente, o que era proibido pelo governo imperial. Chegando ao Rio, Deodoro foi
festivamente recebido por seus colegas e pelos alunos da Escola Militar. Foi, então, eleito
primeiro presidente do Clube Militar, entidade que ajudara a constituir, e passou a liderar o
setor antiescravista do Exército.2
Em 1888 Deodoro foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso. Permaneceu no
posto somente até meados de 1889, quando voltou para o Rio de Janeiro, pois não aceitava
como Presidente da Província o Coronel Cunha Matos, o mesmo que, quando capitão, tinha
sido o pivô da detonação da Questão Militar, e com quem tinha desavenças21
.
Em 1889 foi criado pelo Decreto nº 10.222, de 5 de abril de 1889 o Estado-Maior Geral da
Policia Militar do Estado do Rio de janeiro, que teve como primeiro Chefe o Marechal Hermes
da Fonseca. O Presidente da República, na época, era o Marechal Deodoro da Fonseca e
o Comandante Geral da Corporação o Cel Antonio Germano de Andrade Pinto. O EMG é o
Órgão de Direção Geral responsável pelo estudo, planejamento, coordenação, controle e
fiscalização das questões básicas de organização, ensino, instrução, administração e
emprego da Polícia Militar.
A Proclamação da República
Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto(1853 - 1927). Acervo da Pinacoteca
Municipal de São Paulo.
A despeito da intensa propaganda republicana, a ideia da mudança de regime político não
ecoava no país. Em 1884, foram eleitos para a Câmara dos Deputados, apenas três
republicanos, entre eles os futuros presidentes da República Prudente de Morais e Campos
Sales.2
Na legislatura seguinte, apenas um conseguiu ser eleito. Na última eleição
parlamentar realizada no Império do Brasil, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano
só elegeu dois deputados.
Percebendo que não conseguiriam realizar seu projeto político pelo voto, os republicanos
optaram por concretizar suas ideias através de um golpe militar. Para tanto, procuraram
capitalizar o descontentamento crescente das classes armadas com o governo civil do
Império,20
desde a Questão Militar. Precisavam, todavia, de um líder de suficiente prestígio
na tropa, para levarem a efeito seus planos.
Foi assim que os republicanos passaram a aproximar-se de Deodoro (amigo do Imperador),
procurando seu apoio (sem sua participação direta segundo diversas fontes Históricas), para
um golpe de força contra o governo imperial de Dom Pedro II.22
O que foi difícil visto ser
Deodoro homem de convicções monarquistas, que declarava ser amigo do imperador Dom
Pedro II e lhe dever favores. Dizia ainda Deodoro querer acompanhar o caixão do velho
imperador.
Proclamação da República, porHenrique Bernardelli.
Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram correr o boato, absolutamente sem
fundamento, de que o governo do primeiro-ministro liberal visconde de Ouro Preto havia
expedido ordem de prisão contra o Marechal Deodoro23
e o líder dos oficiais republicanos,
o tenente-coronel Benjamin Constant. Tratava-se de proclamar a República antes que se
instalasse o novo parlamento, recém-eleito, cuja abertura estava marcada para o dia 20 de
novembro.2
A falsa notícia de que sua prisão havia sido decretada foi o argumento decisivo que
convenceu Deodoro finalmente a levantar-se contra o governo imperial. Pela manhã do dia
15 de novembro de 1889, o marechal reuniu algumas tropas e as pôs em marcha para o
centro da cidade, dirigindo-se ao Campo da Aclamação, hoje chamado Praça da
República.22
Penetrando no Quartel-General do Exército, Deodoro decretou a demissão do
Ministério Ouro Preto – providência de pouca valia, visto que os próprios ministros, cientes
dos últimos acontecimentos, já haviam telegrafado ao Imperador, que estava
em Petrópolis - RJ, pedindo demissão. Ninguém falava em proclamar a República, tratava-
se apenas de trocar o Ministério, e o próprio Deodoro, para a tropa formada diante do
Quartel-General, ainda gritou um "Viva Sua Majestade, o Imperador!"22
Enquanto isso, Dom Pedro II, tendo descido para o Rio de Janeiro, em vista da situação,
reuniu o Conselho de Estado no Paço Imperiale, depois de ouvi-lo, decidiu aceitar a
demissão pedida pelo visconde de Ouro Preto e organizar novo Ministério.
Os republicanos precisavam agir rápido, para aproveitar os acontecimentos e convencer
Deodoro a romper de vez os laços com a monarquia. Valeram-se de outra notícia, essa
verdadeira, pois chegou-se a enviar telegrama oficial nesse sentido. Quintino Bocaiuva e
o barão de Jaceguai mandaram um mensageiro a Deodoro, para informar-lhe que o
novo primeiro-ministro, escolhido pelo Imperador, seria Gaspar Silveira Martins,
correligionário liberal do visconde deposto e político gaúcho com quem o Marechal não se
dava por conta de terem disputado o amor da mesma mulher na juventude22
. Assim, foi
Deodoro convencido a derrubar o regime.
Pelas três horas da tarde, reunidos alguns republicanos e vereadores na Câmara Municipal
do Rio de Janeiro, foi lavrada uma ata, sob os auspícios de José do Patrocínio, o qual, líder
abolicionista e homem de imprensa, fora um dos mentores da Guarda Negra e jurara
defender a pessoa da subscritora da Lei Áurea e garantir-lhe o trono (num de seus atos
típicos de súbita mudança de posição), declarando solenemente proclamada a República
no Brasil, que foi levada ao Marechal Deodoro.
À noite do dia 15, o Imperador encarregou o conselheiro José Antônio Saraiva de presidir o
novo ministério. O novo Presidente do Conselho de Ministros (do Partido Conservador - o
mesmo de Deodoro) dirigiu-se por escrito ao Marechal, comunicando-lhe a decisão do
Imperador, ao que respondeu Deodoro que já havia concordado em assinar os primeiros
atos que estabeleciam o regime republicano e federativo.
Diante da recusa do Imperador em reagir militarmente para sufocar o golpe, como instavam
a Princesa Isabel e o seu consorte, o Conde D'Eu, fez a República no Brasil, diante da
surpresa generalizada do êxito da quartelada.22
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deodoro_da_Fonseca

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Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 

Deodoro da fonseca

  • 1. Deodoro da Fonseca Manuel Deodoro da Fonseca1 (Cidade de Alagoas, 5 de agosto de 1827 — Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1892) foi ummilitar e político brasileiro, proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.2 O Governo Deodoro foi marcado pelo esforço da implantação de um regime de Estado Republicano, mas foi caracterizado, entretanto, por grande instabilidade política e também econômica, devido às tentativas de centralização do poder, da movimentação de opositores da queda do Império, e por parte de outros setores das Forças Armadas descontentes com a situação política republicana. A crise teve seu ápice no fechamento do "Congresso Nacional do Brasil", o que mais tarde acabou levando à renúncia de Deodoro da Fonseca.3 4 Origem e formação Família O marechal Hermes Ernesto da Fonseca, irmão de Deodoro, foi pai de outro presidente da república,Hermes da Fonseca. Manuel Deodoro da Fonseca vinha de uma família essencialmente militar. Seu pai ingressou no Exercito em 1806 como praça de infantaria, subindo as poucos todos os postos subalternos da carreira.5 Deodoro tinha duas irmãs e sete irmãos.6 Todos os homens eram militares e seis deles lutaram na Guerra do Paraguai.7 O mais velho,Hermes Ernesto da Fonseca, pai do também presidente da República e marechal Hermes da Fonseca, chegou ao posto de marechal-de-exército e foi presidente das províncias deMato Grosso e da Bahia.8 9 Afonso Aurino da Fonseca, o mais jovem, alferes do 34º batalhão dos Voluntários da Pátria e o major Eduardo Emiliano da Fonseca morreram na Batalha de Curupaiti. O capitão Hipólito Mendes da Fonseca morreu na passagem da ponte de Itororó. O marechal-de-campo Severino Martino da Fonseca e o general Severiano Martins da Fonseca também serviram na guerra.10 Severiano recebeu o título nobiliárquico de barão de Alagoas11 e foi diretor da Escola Militar de Porto Alegre. Coronel honorário do exército brasileiro, Pedro Paulino da
  • 2. Fonseca foi governador de Alagoas, logo quando proclamaram a república, e também senador pelo mesmo estado.12 Além disso, foi pai de Orsina da Fonseca, esposa do filho de um outro irmão seu, também seu sobrinho, o presidente da República marechal Hermes da Fonseca, compondo, portanto, um casamento entre primos.13 14 Pedro Paulino, que já estava reformado à época, foi impedido por seus irmãos de servir como voluntário, sendo assim o únicos dos oito irmãos a não combater na Guerra do Paraguai.15 Juventude O Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde Deodoro estudou na adolescência. Deodoro da Fonseca nasceu em 5 de agosto de 1827, na Cidade Velha das Alagoas, na antiga província homônima, hoje cidade que leva o nome de Marechal Deodoro. Ele era filho de Manuel Mendes da Fonseca (1785-1859) e Rosa Maria Paulina da Fonseca (1802- 1873).16 17 Seu pai também foi militar, chegando à patente de tenente-coronel, e pertencia ao Partido Conservador.18 Em 1843, aos dezesseis anos, Deodoro matriculou-se no Colégio Militar do Rio de Janeiro, terminando em 1847 o curso de artilharia.19 Em 1845, já era cadete de primeira classe. Em 1848, participou de sua primeira ação militar, ajudando na repressão da Revolta Praieira,19 2 insurreição promovida pelosliberais de Pernambuco. Casou-se aos 33 anos, no dia 16 de abril de 1860, com Mariana Cecília de Sousa Meireles, considerada pelos biógrafos mulher educada, religiosa, modesta e prendada. O casal não teve filhos. Boatos da época diziam que Deodoro era estéril.15 Seu sobrinho, Hermes da Fonseca, que também chegou à presidência da república, era tratado por Deodoro como um filho. Carreira militar
  • 3. Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) Em 1852, foi promovido a primeiro-tenente. Em 24 de dezembro de 1856, recebeu a patente de Capitão. Em dezembro de 1864, participou do cerco à Montevidéu,19 durante a intervenção militar brasileira contra o governo de Atanasio Aguirre no Uruguai. Pouco depois, o Uruguai, sob novo governo, juntamente com o Brasil e a Argentina, formariam a Tríplice Aliança, contra a ofensiva do ditador paraguaio Francisco Solano López. Em junho de 1865, foi em rumo com o Exército brasileiro para o Paraguai, que havia invadido a província de Mato Grosso. Deodoro comandava o segundo Batalhão de Voluntários da Pátria. Seu desempenho no combate lhe garantiu menção especial na ordem do dia 25 de agosto de 1865. No ano seguinte, recebeu comenda no grau de cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro e, em 22 de agosto, a patente de major.20 Destacou-se por atos de bravura na Guerra do Paraguai.19 Em 18 de janeiro de 1868 foi promovido a tenente-coronel e, em 11 de dezembro do mesmo ano, recebeu a patente de coronel. Pelo decreto de 14 de outubro de 1874, Deodoro foi promovido a brigadeiro, patente equivalente ao atual general-de- brigada. Em 1885, tornou-se pela segunda vez comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, cargo exercido juntamente com o de vice-presidente da província.19 Tornar- se-ia, depois, presidente interino dessa mesma província. Em 30 de agosto de 1887, recebia a patente de marechal-de-campo. Foi chamado de volta ao Rio de Janeiro, por seu envolvimento no confronto das classes armadas com o governo civil do Império, episódio que ficaria conhecido como a "Questão Militar", e por ter permitido que os oficiais da guarnição de Porto Alegre se manifestassem politicamente, o que era proibido pelo governo imperial. Chegando ao Rio, Deodoro foi festivamente recebido por seus colegas e pelos alunos da Escola Militar. Foi, então, eleito primeiro presidente do Clube Militar, entidade que ajudara a constituir, e passou a liderar o setor antiescravista do Exército.2 Em 1888 Deodoro foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso. Permaneceu no posto somente até meados de 1889, quando voltou para o Rio de Janeiro, pois não aceitava
  • 4. como Presidente da Província o Coronel Cunha Matos, o mesmo que, quando capitão, tinha sido o pivô da detonação da Questão Militar, e com quem tinha desavenças21 . Em 1889 foi criado pelo Decreto nº 10.222, de 5 de abril de 1889 o Estado-Maior Geral da Policia Militar do Estado do Rio de janeiro, que teve como primeiro Chefe o Marechal Hermes da Fonseca. O Presidente da República, na época, era o Marechal Deodoro da Fonseca e o Comandante Geral da Corporação o Cel Antonio Germano de Andrade Pinto. O EMG é o Órgão de Direção Geral responsável pelo estudo, planejamento, coordenação, controle e fiscalização das questões básicas de organização, ensino, instrução, administração e emprego da Polícia Militar. A Proclamação da República Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto(1853 - 1927). Acervo da Pinacoteca Municipal de São Paulo. A despeito da intensa propaganda republicana, a ideia da mudança de regime político não ecoava no país. Em 1884, foram eleitos para a Câmara dos Deputados, apenas três republicanos, entre eles os futuros presidentes da República Prudente de Morais e Campos Sales.2 Na legislatura seguinte, apenas um conseguiu ser eleito. Na última eleição parlamentar realizada no Império do Brasil, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano só elegeu dois deputados. Percebendo que não conseguiriam realizar seu projeto político pelo voto, os republicanos optaram por concretizar suas ideias através de um golpe militar. Para tanto, procuraram capitalizar o descontentamento crescente das classes armadas com o governo civil do Império,20 desde a Questão Militar. Precisavam, todavia, de um líder de suficiente prestígio na tropa, para levarem a efeito seus planos. Foi assim que os republicanos passaram a aproximar-se de Deodoro (amigo do Imperador), procurando seu apoio (sem sua participação direta segundo diversas fontes Históricas), para um golpe de força contra o governo imperial de Dom Pedro II.22 O que foi difícil visto ser Deodoro homem de convicções monarquistas, que declarava ser amigo do imperador Dom Pedro II e lhe dever favores. Dizia ainda Deodoro querer acompanhar o caixão do velho imperador.
  • 5. Proclamação da República, porHenrique Bernardelli. Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram correr o boato, absolutamente sem fundamento, de que o governo do primeiro-ministro liberal visconde de Ouro Preto havia expedido ordem de prisão contra o Marechal Deodoro23 e o líder dos oficiais republicanos, o tenente-coronel Benjamin Constant. Tratava-se de proclamar a República antes que se instalasse o novo parlamento, recém-eleito, cuja abertura estava marcada para o dia 20 de novembro.2 A falsa notícia de que sua prisão havia sido decretada foi o argumento decisivo que convenceu Deodoro finalmente a levantar-se contra o governo imperial. Pela manhã do dia 15 de novembro de 1889, o marechal reuniu algumas tropas e as pôs em marcha para o centro da cidade, dirigindo-se ao Campo da Aclamação, hoje chamado Praça da República.22 Penetrando no Quartel-General do Exército, Deodoro decretou a demissão do Ministério Ouro Preto – providência de pouca valia, visto que os próprios ministros, cientes dos últimos acontecimentos, já haviam telegrafado ao Imperador, que estava em Petrópolis - RJ, pedindo demissão. Ninguém falava em proclamar a República, tratava- se apenas de trocar o Ministério, e o próprio Deodoro, para a tropa formada diante do Quartel-General, ainda gritou um "Viva Sua Majestade, o Imperador!"22 Enquanto isso, Dom Pedro II, tendo descido para o Rio de Janeiro, em vista da situação, reuniu o Conselho de Estado no Paço Imperiale, depois de ouvi-lo, decidiu aceitar a demissão pedida pelo visconde de Ouro Preto e organizar novo Ministério. Os republicanos precisavam agir rápido, para aproveitar os acontecimentos e convencer Deodoro a romper de vez os laços com a monarquia. Valeram-se de outra notícia, essa verdadeira, pois chegou-se a enviar telegrama oficial nesse sentido. Quintino Bocaiuva e o barão de Jaceguai mandaram um mensageiro a Deodoro, para informar-lhe que o novo primeiro-ministro, escolhido pelo Imperador, seria Gaspar Silveira Martins,
  • 6. correligionário liberal do visconde deposto e político gaúcho com quem o Marechal não se dava por conta de terem disputado o amor da mesma mulher na juventude22 . Assim, foi Deodoro convencido a derrubar o regime. Pelas três horas da tarde, reunidos alguns republicanos e vereadores na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi lavrada uma ata, sob os auspícios de José do Patrocínio, o qual, líder abolicionista e homem de imprensa, fora um dos mentores da Guarda Negra e jurara defender a pessoa da subscritora da Lei Áurea e garantir-lhe o trono (num de seus atos típicos de súbita mudança de posição), declarando solenemente proclamada a República no Brasil, que foi levada ao Marechal Deodoro. À noite do dia 15, o Imperador encarregou o conselheiro José Antônio Saraiva de presidir o novo ministério. O novo Presidente do Conselho de Ministros (do Partido Conservador - o mesmo de Deodoro) dirigiu-se por escrito ao Marechal, comunicando-lhe a decisão do Imperador, ao que respondeu Deodoro que já havia concordado em assinar os primeiros atos que estabeleciam o regime republicano e federativo. Diante da recusa do Imperador em reagir militarmente para sufocar o golpe, como instavam a Princesa Isabel e o seu consorte, o Conde D'Eu, fez a República no Brasil, diante da surpresa generalizada do êxito da quartelada.22 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deodoro_da_Fonseca