PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
Variação sociocultural e geográfica (21/03/2011)
1. VARIAÇÃO SOCIOCULTURAL E VARIAÇÃO GEOGRÁFICA Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito SantoDisciplina: Língua Portuguesa e Lit. BrasileiraProf.: Olivaldo Marques
3. 1. Variação sociocultural Há mais de dois mil anos, o poeta romano Horácio declarou: “Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade; se uma matrona autoritária ou uma ama dedicada; se um mercador errante ou um lavrador de pequeno campo fértil [...]” 3 de 11
4. 1. Variação sociocultural Pela afirmação do poeta romano concluímos que a fala muda de acordo com o grupo a que o usuário do idioma pertence. 4 de 11
5. 1. Variação sociocultural Dentro da variação sociocultural, destacam-se dois fenômenos linguísticos bastante característicos dela: a gíria e o jargão. 5 de 11
6. 1.1 Gírias A gíria é a linguagem específica de um grupo social fechado. Tem como função social marcar a identidade de quem a utiliza, explicitar o pertencimento a um grupo. 6 de 11
7. 1.1 Gírias Trata-se de um uso tão característico do idioma que, por vezes, somente os pertencentes ao grupo compreendem seu significado. 7 de 11
8. 1.2 Jargões Os jargões podem ser considerados um tipo específico de gírias porque também nascem de um grupo social fechado e são entendidos somente pelos que formam tal grupo. A diferença é que os jargões surgem em grupos de origem profissional. É a linguagem técnica. 8 de 11
9. 2. Variação geográfica Cuitelinho (Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó) Cheguei na bêra do porto onde as onda se espaia. As garça dá meia vorta e senta na beira da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia,ai,ai Ai quando eu vim da minha terra, dispidi da parentáia. Eu entrei no Mato Grossodei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, enfrentei forte batáia,ai, ai. A tua saudade corta como aço de naváia. O coração fica afrito bate uma, a outra faia. E os óio se enche d´água que até a vista se atrapáia, ai... 9 de 11
10. 2. Variação geográfica Noturno de Belo Horizonte [...] Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem si o quinhentos réis meridional Vira cinco tostões do Rio para o norte? Juntos formamos este assombro de misérias e grandezas, Brasil, nome de vegetal!... Mario de Andrade. Poesiascompletas. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Edusp, 1987 10 de 11