O documento discute calopsitas, incluindo sua natureza dócil que as torna aves de estimação populares. Explica que originaram na Austrália e foram introduzidas na Europa no século XIX, onde mutações levaram a novas cores e sua popularidade global.
2. A CALOPSITA
Um dos itens que mais chama a atenção dos amantes
destas aves é a possibilidade de amansá-las. Desta
forma as calopsitas passam a ser, nestes casos, aves
de estimação. Atualmente este segmento de aves é
conhecido como aves de toque pelo fato de que elas e
outras aves poderem ser tocadas, acariciadas e
responderem a estes estímulos. Uma vez que criam
vínculos com seu criador acabam sendo criadas como
animais de estimação. Este talvez seja um dos fatores
que mais tenha difundido para sua expansão nos lares.
Embora possam ser criadas em gaiolas – a exemplo de
outras aves – podem ser criadas soltas nos
acompanhando pela casa enquanto vemos filmes ou
lemos um livro. Por vezes parece que acabam por
apreciar mais a companhia humana do que a da
própria espécie. Ou pensam que são seres humanos
pequenos ou que nós somos enormes calopsitas. Seu
criador ou dono acaba fazendo parte de seu „bando‟ e
desta forma, as famílias acabam por ganhar mais um
membro.
4. A ORIGEM DA CALOPSITA
Originária da Austrália onde podem ser vistas na natureza, a
Calopsita é a menor da família das Cacatuas. Seu nome
científico é Nynphicus hollandicus que significa „Deusa da Nova
Holanda” nome da Austrália até 1804. Em 1838, John Gould,
ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre história
natural, visitou a Austrália objetivando conhecer sua fauna, até
então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves. Foi a partir
de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações
divulgadas, que o público teve sua atenção chamada para a
beleza das aves daquele continente, especialmente a Calopsita.
Ainda é creditado a este pesquisador o fato de ter sido a primeira
pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália, contribuindo
decisivamente para a divulgação da espécie.
Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem
estabelecida nos aviários europeus, entretanto, como na
natureza só existia um padrão de cor, a disseminação maciça
dessa ave somente ocorreu a partir da primeira mutação, era o
Arlequim, pouco antes de 1950. A partir daí, outros padrões de
cores foram surgindo, ganhando então a Calopsita, enorme
popularidade, sendo hoje um dos pássaros mais criados do
mundo.
É o pássaro perfeito e o mais indicado para quem quer uma
relação mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao
bando, do qual o dono passa a fazer parte.
5. A ALIMENTAÇÃO DE FILHOTES
Normalmente os pais conseguem cuidar sozinhos de seus
filhotes, sendo suficiente oferecer os alimentos adequados,
porém, às vezes isto não acontece. Então você mesmo
poderá alimentá-los. Isto requer paciência e carinho, mas traz
resultados bastante gratificantes e é justamente por isso que
você deverá ficar atento se os pais estão ou não os
alimentando. Um filhote não alimentado poderá facilmente
morrer!
A alimentação dos filhotes é feita com uma papinha
industrializada encontrada facilmente em qualquer aviário.
Siga as instruções do fabricante quanto ao preparo da
mesma. Você pode servir a papinha com uma colher
adaptada ou uma seringa descartável de 10 ml (sem a
agulha) e sempre com muito cuidado para não afogar a ave,
remova a parte externa que protege o bico da seringa, e os
alimente com papinha sempre tomando cuidado para não
servi-la muito quente pois você pode queimar o papo da sua
ave e até causar a morte. Recomenda-se servir a papinha
com temperatura em torno de 38 ºC.
7. REPRODUÇÃO
Sua postura varia de 4 a 10 ovos, com intervalos entre eles
de cerca de dois dias. A incubação vai de 17 a 22 dias e os
ovos medem de 2 a 3 cm. O macho ajuda a fêmea no
processo todo, desde o choco até cuidar dos filhotes.
Nem sempre todos os ovos estão galados, após alguns é
possível descobrir quais estão fertilizados e quais não estão
com uma ovoscopia, que basicamente é colocar o ovo contra
a luz para ver se a luz transpassa o ovo.
O ritual de acasalamento é outro ponto muito interessante,
pois começa com o macho se exibindo para a fêmea,
levantando e abaixando a crista, abrindo as asas e cantando.
Então ele entra no ninho e a fêmea o segue, durante cinco ou
dez minutos o macho esfrega a cloaca na da fêmea, que
emite um som continuo e baixo. Este ritual costuma
prosseguir por vários dias e a postura costuma se iniciar de
uma a duas semanas após a união do casal.
9. SAÚDE NA CALOPSITA
Frequentemente as pessoas levam seus animais ao veterinário com a afirmativa
“Meu bichinho estava bem até ontem.”. Na verdade provavelmente o animal
demonstrou alguns sinais sutis de doença que acabaram passando desapercebidos
pelo dono. A capacidade de reconhecer estes sinais e como lidar com problemas de
saúde emergenciais são abordados neste site.
SINAIS CLÍNICOS MAIS DIFÍCEIS DE SEREM PERCEBIDOS
Muitas aves continuam a se alimentar e a ingerir água mesmo estando doentes.
Alguns sinais importantes como penas do corpo eriçadas ou mudanças bruscas de
comportamento, como por exemplo, a ave que nunca foi mansa repentinamente
tornar-se mais quieta e amigável. As aves escondem o máximo possível os sinais de
doença, pois na vida selvagem, uma ave que se comporta como se estivesse doente
acaba tornando-se um alvo fácil para os predadores naturais, sendo morta
facilmente. Por este motivo, aves tentam não revelar sua doença, comportando-se de
forma normal o maior tempo possível. É necessária muita perspicácia e atenção por
parte do proprietário para reconhecer um problema de saúde através de
modificações sutis do comportamento. Converse com seu veterinário especialista em
medicina de aves sobre estes sinais.
Aumento no apetite:
Aumento no gasto de calorias tais como – exercícios, postura de ovos, filhotes,
aumentam a necessidade de ingestão de comida, especialmente proteínas.
Aumento de apetite sem razões aparentes podem indicar diabetes, vermes,
problemas no pâncreas ou intestino. Em qualquer caso, havendo sinais de doença,
procure um veterinário.
Fezes:
As fezes deverão ser sólidas e tubulares, enroladas ou não, particionadas ou não.
Elas não devem cheirar mal; quando isso ocorre, pode ser sinal de infecções
bacterianas.