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Ministério do Meio Ambiente
CICLO DE VIDA DOS PNEUS
Zilda Maria Faria Veloso
Gerente de Resíduos Perigosos
Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria
Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
Pneu novo
Pneu que não sofreu qualquer uso, nem foi submetido
a qualquer tipo de reforma, e não apresenta sinais de
envelhecimento nem deteriorações de qualquer origem.
Pneu usado
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CICLO DE VIDA SIMPLIFICADO DOS PNEUS
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PNEUS EM USO
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A destinação final dos pneus inservíveis constitui, no
mundo inteiro, um grande problema pois não resolve o
problema ambiental
Grande quantidade de pneus inservíveis
gerados anualmente
Produção brasileira de pneus em 2009 (ANIP)
53,8 milhões de unidades
Descarte indevido em rios e lagos, contribuem para o
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Lenta degradação dos pneus no meio ambiente, por
tempo indeterminado
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Dificuldade de compactação dos mesmos em aterros
Redução da expectativa de vida dos aterros
No Brasil é proibida a disposição em aterros desde 1999.
Diretiva sobre Aterros da Comunidade Europeia proíbe aos países
membros a disposição em aterros de pneus inteiros desde 2003 e
pneus cortados desde 2006.
Risco de incêndio decorrente do
armazenamento de pneus
A queima de pneus libera:
- Monóxido de Carbono - CO
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- Óxidos de Nitrogênio - NOx
- Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos -PAH
- Metais Pesados – Pb, Cd...
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No local da queima permanecem as
cinzas e a fração líquida composta
por hidrocarbonetos mais pesados,
responsáveis pela contaminação do
lençol freático.
Dioxinas
Elas têm propriedades que dificultam seu controle e medição. Mesmo em
quantidades muito pequenas, as dioxinas se caracterizam pela sua
grande afinidade pelos tecidos lipidicos e pela sua persistência, ou seja,
não degradação, tanto no meio ambiente como nos tecidos biológicos.
No homem elas podem causar câncer, enfraquecer o sistema
imunológico e a infertilidade.
Dioxinas têm sido descritas como os
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produzidos pelo homem, estando
entre as substâncias mais perigosas
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Dioxinas que são substâncias que a Convenção de Estocolmo sobre os
Poluentes Orgânicos Persistentes, ratificada pelo Brasil em 2004,
determina que devem ser totalmente eliminadas.
Pneus são criadouros e abrigo para vetores de doenças,
como a dengue
Disseminação de doenças através do transporte de
resíduos de pneus para operações de destinação final
O Comitê de Saúde Ambiental do Quebec, no Canadá, notou que o
transporte inter-regional de pneus usados foi identificado como o principal
fator por trás da propagação do Aedes Albopictus nos Estados Unidos .
• Co-processamento em fornos de cimento;
• Co-processamento na usina de xisto betuminoso;
• Asfalto/pavimentação de vias;
• Gramas artificiais e quadras esportivas;
• Recuperação:
- fabricação de artefatos de borracha;
- fabricação de granulados e pós de borracha;
- regeneração da borracha.
DESTINAÇÃO DE PNEUS INSERVÍVEIS NO BRASIL
Mistura Asfalto-Borracha
Os principais problemas do asfalto convencional são o
trincamento e o afundamento. Estudos realizados demonstram
que o asfalto-borracha possui uma alta resistência à
deformação permanente, maior vida a fadiga, menor ruído,
melhor drenagem, maior aderência, maior durabilidade, menor
custo final (pode-se utilizar a metade da espessura) e menor
custo de manutenção.
Esta tecnologia é recente e ainda não é usual no país. O Brasil
possui hoje em torno de 1000 quilômetros de asfalto-borracha.
O co-processamento de pneus em fornos de cimento
pode levar à emissão de dioxinas, furanos e outros
poluentes orgânicos persistentes.
Co-processamento de pneus na industrialização do xisto
Do pneu usado no processo industrial é extraído cerca de 50% na forma
de óleo, 10% se transformam em gases e água e o restante em
resíduos perigosos (40%), que devem ser tratados.
DIFICULDADES DE DESTINAÇÃO DOS PNEUS
Co-processamento em cimenteiras:
- Emissões de Dioxinas e Furanos, sendo que o padrão de emissões no
Brasil é 0,5 µg e na U.E. é 0,1 µg;
- Apenas 2 laboratórios habilitados para estes ensaios no Brasil, sendo
um implantado recentemente na CETESB em convênio com o MMA;
- Das 47 cimenteiras do País, aproximadamente, 26 estão licenciadas
para co-processar resíduos industriais.
ExtraçãoExtração nono xistoxisto betuminosobetuminoso:
Resulta em 42% de Resíduo Potencialmente Perigoso;
LaminadorasLaminadoras::
Mercado Informal
Aproveitamento menor que 100% = Geração de Resíduos
AsfaltoAsfalto::
PequenaPequena escala,escala, projetosprojetos pilotos,pilotos, aproxaprox.. 10001000 KmKm
CustoCusto maiormaior queque oo asfaltoasfalto convencionalconvencional
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009
Dispõe sobre a prevenção à degradação
ambiental causada por pneus inservíveis e sua
destinação ambientalmente adequada, e dá
outras providências.
Art. 1º Os fabricantes e os importadores de pneus
novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois
quilos), ficam obrigados a coletar e dar
destinação adequada aos pneus inservíveis
existentes no território nacional, na proporção
definida nesta Resolução.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009
§ 1o Os distribuidores, os revendedores, os
destinadores, os consumidores finais de pneus e
o Poder Público deverão, em articulação com os
fabricantes e importadores, implementar os
procedimentos para a coleta dos pneus
inservíveis existentes no País, previstos nesta
Resolução.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009
Art. 3º A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada
pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as
empresas fabricantes ou importadoras deverão dar destinação
adequada a um pneu inservível.
IX - mercado de reposição de pneus é o resultante da fórmula a
seguir:
MR = (P + I) – (E + EO)
MR = Mercado de Reposição de pneus;
P = total de pneus produzidos;
I = total de pneus importados;
E = total de pneus exportados; e
EO = total de pneus que equipam veículos novos.
OBRIGADA!
zilda.veloso@mma.gov.br
Tel. 61-2028-1373

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Ciclo de Vida dos Pneus - Zilda Maria Faria Veloso

  • 1. Ministério do Meio Ambiente CICLO DE VIDA DOS PNEUS Zilda Maria Faria Veloso Gerente de Resíduos Perigosos Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
  • 2. Pneu novo Pneu que não sofreu qualquer uso, nem foi submetido a qualquer tipo de reforma, e não apresenta sinais de envelhecimento nem deteriorações de qualquer origem. Pneu usado Pneu que foi submetido a qualquer tipo de uso e/ou desgaste. Pneu inservível Pneu que apresente danos irreparáveis em sua estrutura.
  • 3. CICLO DE VIDA SIMPLIFICADO DOS PNEUS PNEUS NOVOS REFORMA PNEUS INSERVÍVEIS PNEUS EM USO PNEUS USADOS RECUPERAÇÃO, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO PNEUS EM USO
  • 4. Processo da coleta, reuso, reforma e destinação
  • 5. PORQUE O PNEU É UM PROBLEMA AMBIENTAL?
  • 6. A destinação final dos pneus inservíveis constitui, no mundo inteiro, um grande problema pois não resolve o problema ambiental
  • 7. Grande quantidade de pneus inservíveis gerados anualmente Produção brasileira de pneus em 2009 (ANIP) 53,8 milhões de unidades
  • 8. Descarte indevido em rios e lagos, contribuem para o assoreamento e enchentes
  • 9. Lenta degradação dos pneus no meio ambiente, por tempo indeterminado Material Tempo de Degradação Aço Mais de 100 anos Alumínio 200 a 500 anos Chicletes 5 anos Cordas de nylon 30 anos Embalagens Longa Vida Até 100 anos (alumínio) Embalagens PET Mais de 100 anos Isopor indeterminado Papel e papelão Cerca de 6 meses Pneus indeterminado Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos Vidros indeterminado TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE ALGUNS RESÍDUOS
  • 10. Dificuldade de compactação dos mesmos em aterros Redução da expectativa de vida dos aterros No Brasil é proibida a disposição em aterros desde 1999. Diretiva sobre Aterros da Comunidade Europeia proíbe aos países membros a disposição em aterros de pneus inteiros desde 2003 e pneus cortados desde 2006.
  • 11. Risco de incêndio decorrente do armazenamento de pneus A queima de pneus libera: - Monóxido de Carbono - CO - Óxidos de enxofre – SOx - Óxidos de Nitrogênio - NOx - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos -PAH - Metais Pesados – Pb, Cd... - Dioxinas e Furanos –PCDD/F No local da queima permanecem as cinzas e a fração líquida composta por hidrocarbonetos mais pesados, responsáveis pela contaminação do lençol freático.
  • 12. Dioxinas Elas têm propriedades que dificultam seu controle e medição. Mesmo em quantidades muito pequenas, as dioxinas se caracterizam pela sua grande afinidade pelos tecidos lipidicos e pela sua persistência, ou seja, não degradação, tanto no meio ambiente como nos tecidos biológicos. No homem elas podem causar câncer, enfraquecer o sistema imunológico e a infertilidade. Dioxinas têm sido descritas como os compostos químicos mais tóxicos já produzidos pelo homem, estando entre as substâncias mais perigosas conhecidas pela ciência. Dioxinas que são substâncias que a Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes, ratificada pelo Brasil em 2004, determina que devem ser totalmente eliminadas.
  • 13. Pneus são criadouros e abrigo para vetores de doenças, como a dengue
  • 14. Disseminação de doenças através do transporte de resíduos de pneus para operações de destinação final O Comitê de Saúde Ambiental do Quebec, no Canadá, notou que o transporte inter-regional de pneus usados foi identificado como o principal fator por trás da propagação do Aedes Albopictus nos Estados Unidos .
  • 15. • Co-processamento em fornos de cimento; • Co-processamento na usina de xisto betuminoso; • Asfalto/pavimentação de vias; • Gramas artificiais e quadras esportivas; • Recuperação: - fabricação de artefatos de borracha; - fabricação de granulados e pós de borracha; - regeneração da borracha. DESTINAÇÃO DE PNEUS INSERVÍVEIS NO BRASIL
  • 16. Mistura Asfalto-Borracha Os principais problemas do asfalto convencional são o trincamento e o afundamento. Estudos realizados demonstram que o asfalto-borracha possui uma alta resistência à deformação permanente, maior vida a fadiga, menor ruído, melhor drenagem, maior aderência, maior durabilidade, menor custo final (pode-se utilizar a metade da espessura) e menor custo de manutenção. Esta tecnologia é recente e ainda não é usual no país. O Brasil possui hoje em torno de 1000 quilômetros de asfalto-borracha.
  • 17.
  • 18. O co-processamento de pneus em fornos de cimento pode levar à emissão de dioxinas, furanos e outros poluentes orgânicos persistentes.
  • 19. Co-processamento de pneus na industrialização do xisto Do pneu usado no processo industrial é extraído cerca de 50% na forma de óleo, 10% se transformam em gases e água e o restante em resíduos perigosos (40%), que devem ser tratados.
  • 20. DIFICULDADES DE DESTINAÇÃO DOS PNEUS Co-processamento em cimenteiras: - Emissões de Dioxinas e Furanos, sendo que o padrão de emissões no Brasil é 0,5 µg e na U.E. é 0,1 µg; - Apenas 2 laboratórios habilitados para estes ensaios no Brasil, sendo um implantado recentemente na CETESB em convênio com o MMA; - Das 47 cimenteiras do País, aproximadamente, 26 estão licenciadas para co-processar resíduos industriais. ExtraçãoExtração nono xistoxisto betuminosobetuminoso: Resulta em 42% de Resíduo Potencialmente Perigoso; LaminadorasLaminadoras:: Mercado Informal Aproveitamento menor que 100% = Geração de Resíduos AsfaltoAsfalto:: PequenaPequena escala,escala, projetosprojetos pilotos,pilotos, aproxaprox.. 10001000 KmKm CustoCusto maiormaior queque oo asfaltoasfalto convencionalconvencional
  • 21. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009 Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. Art. 1º Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução.
  • 22. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009 § 1o Os distribuidores, os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão, em articulação com os fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a coleta dos pneus inservíveis existentes no País, previstos nesta Resolução.
  • 23. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416/2009 Art. 3º A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada a um pneu inservível. IX - mercado de reposição de pneus é o resultante da fórmula a seguir: MR = (P + I) – (E + EO) MR = Mercado de Reposição de pneus; P = total de pneus produzidos; I = total de pneus importados; E = total de pneus exportados; e EO = total de pneus que equipam veículos novos.