O documento discute três tipos principais de ligações químicas: iônicas, covalentes e metálicas. Explica que as ligações ocorrem quando átomos buscam maior estabilidade ao adquirirem a configuração eletrônica de um gás nobre, de acordo com a Regra do Octeto. Descreve como as ligações iônicas envolvem a transferência de elétrons entre metais e não-metais, enquanto as covalentes envolvem o compartilhamento de elétrons.
1. Ligações Químicas
Introdução
Como pode ser observado na tabela periódica, existem pouco mais de 90 átomos na natureza
(118, se forem levados em conta os elementos artificiais). Com base nisso, surge uma questão
intrigante: como podem existir dezenas de milhões de substâncias diferentes na Terra?
A resposta está nas forças de atração que agem entre os átomos. As mais fortes dessas atrações
foram denominadas Ligações químicas.
Hoje abordaremos três tipos principais de ligações químicas: Ligações iônicas, Ligações
Covalentes, Ligações Metálicas.
E qual é o motivo para que esses átomos se ligem?
A resposta está na busca por maior estabilidade, formando moléculas, agrupamentos de átomos
ou sólidos iônicos.
Para começarmos, devemos aprender a regra que rege a maioria dessas ligações, A Regra do
Octeto.
A Regra do Octeto
A regra do octeto basea-se nas propriedades peculiares dos gases nobres. Mas por qual motivo
usaram os gases nobres? Simples, o gases nobres são considerados gases inertes, ou seja, gases
que não formavam ligações químicas com outros átomos( porém hoje, já se tem conhecimento de
gases nobres que formam alguns compostos). Associando essa observação ao fato de os gases
nobres terem sempre oito elétrons na última camada(exeção do Helio), lançou-se a hipótese de
que os átomos, ao se unirem, procuram perder ou ganhar elétrons na ultima camada até
adquirirem a configuraçao eletrônica de um gás nobre, o que ficou conhecido como REGRA
DO OCTETO.
Ligações Iônicas
Para o átomo se tornar mais estável (alcançar a configuração eletrônica de um gás nobre), ele
precisa doar ou receber elétrons. Ao doar elétrons o átomo se transforma em um íon, que é
chamado de CÁTION. Ao receber um elétron o atómo se também se transforma em um íon, que
é chamado de ÂNION.
Esse tipo de ligação ocorrerá em entre átomos com tendência a perder elétrons (metais) e átomos
com tendência a receber elétrons (ametais e hidrogênio).
2.
3. Observe a tabela abaixo, onde há um representante de cada família da tabela periódica. Essa
separação ocorre para todos os elementos de cada família assim representados no exemplo
abaixo, com exceção do B (boro, família 13 ou IIIA) que não tem tendência a perder e sim
ganhar elétrons, sendo assim, a regra conta a partir do Al (alumínio).
Ex: Uma ligação iônica entre um átomo de Na (sódio) e um átomo de Cl (cloro)
Na + Cl ------> NaCl
O átomo de Na tem apenas um elétron na última camada e, na reação, perde esse elétron para o
cloro.
Para que tu precises fazer essa ilustração toda vez que precisar demonstrar uma ligação,
adotaram a representação de Lewis, onde se usa apenas a camada de valência.
4. Ligação Covalente
Esse tipo de ligação ocorre entre com tendência a receber elétrons, ou seja, Ametais e o
hidrogênio. Podendo ocorrer da seguinte forma:
1- Ametais + Ametais
2- Ametais + Hidrogênio
3- Hidrogênio + Hidrogênio
Considere o caso mais simples de ligação covalente, a ligação covalente entre os átomos de
hidrogênio. Os dois átomos de hidrogênio gostariam de receber um elétron para adquirir a
configuração eletrônica do gás nobre He (hélio).
Usemos como exemplo a situação de dois átomos se aproximando. À medida que os dois átomos
se aproximam irá aparecer uma força de atração do núcleo de um átomo pelo elétron do outro
átomo e vice-versa. A força entre os dois átomos aumentará até um valor máximo (energia
potencial mínima) na distância de ligação (comprimento da ligação). Se continuar
aproximando os dois átomos, essa força de atração será substituída por uma força repulsiva
resultante da repulsão elétrica entre os dois núcleos positivos.
Observe o gráfico.
5. Na distância de ligação, os dois elétrons são igualmente compartilhados entre os dois átomos de
hidrogênio, ou seja, ambos os núcleos atraem igualmente ambos elétrons. Essa atração constitui a
ligação covalente.
Ligações covalentes simples, duplas e triplas.
Simples: apenas um elétron é compartilhado entre os átomos
Dupla: dois elétron é compartilhado entre os átomos
Tripla: três elétron é compartilhado entre os átomos
Exemplo de Ligações covalentes SIMPLES
7. Ligações covalentes Cordenadas ou Dativas
Ligações covalentes cordenadas ou dativas, de forma simples, é o compartilhamento entre
átomos de um PAR de elétrons oriundos de apenas UM dos ÁTOMOS.
Você não entendeu?
Até aqui aprendemos que na ligação covalente há um compartilhamento de um, dois ou três
elétrons entre dois átomos, onde os DOIS ÁTOMOS contribuem.
Já nas ligações dativas, apenas UM átomo contribuirá o outro apenas “receberá” (não é uma
ligação iônica, o átomo que “receberá” estará usando ao mesmo tempo os elétrons).
Exemplo.
Preste atenção! Veja que todos os átomos já estão estáveis, porém ainda não satisfaz a formula,
pois são 3 atómos do elemento B e só tem apenas 2 átomos do elemento B.
É nesse momentos que ocorre a ligação dativa, veja que apenas o elemento A compartilhará seu
PAR de eletróns.
8. Prestou atenção? Agora sim, temos 1 átomo do elemento “C”, 1 átomo do elemento “A” e 3
átomos do elemento B.
A antiga representação da ligação dativa era feita deste modo:
Porém essa sentinha que aponta para o elemento “B” não existe mais, ela aparecerá com as
demais. Para isso você deve saber quantas ligações dativas cada família pode fazer.
Família 14 antiga IV A 15 antiga V A 16 antiga VI A 17 antiga VII A
Ligações Nenhuma 1 2 3