O resumo do documento em 3 frases ou menos é:
O documento é a edição de Abril de 2008 da Revista Canavieiros. Ele destaca que os fornecedores da Canaoeste entregaram 11,9 milhões de toneladas de cana na última safra, um aumento de 7% em relação ao período anterior. O documento também apresenta uma entrevista com o deputado federal Duarte Nogueira sobre a carga tributária no agronegócio e as falhas do Programa Nacional de Biodiesel.
3. Editorial
Bom desempenho
O
s fornecedores da Canaoeste
entregaram na última safra
11,9 milhões de toneladas, um
aumento de 7% em relação ao período
anterior. O aumento na produção
deve-se principalmente à ampliação de
área, já que houve queda na produtividade por conta de fatores climáticos.
Para o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, apesar de não haver
mais área nova para expansão na região de Ribeirão, o desempenho dos
fornecedores foi importante. Para a
nova safra, no entanto, a estimativa é
de uma queda de 5,4% na produtividade, reflexos da seca no segundo
semestre de 2007, de acordo com o
Programa Cana IAC.
O entrevistado deste mês é o deputado federal Duarte Nogueira. Para
ele, o projeto de reforma tributária
enviada pelo governo ao Congresso
não traz nenhum dispositivo que trate ou beneficie o agronegócio. Ele
ressalta que, além da carga tributária que recai sobre o setor ser sufocante, o governo ainda editou a Medida Provisória 413, que eleva alíquotas de impostos cobrados sobre o
setor sucroalcooleiro. “Acho que a
lógica do governo foi a de que se o
setor está bem, vamos cobrar mais
dele. É assim que os burocratas desse governo pensam”.
O Ponto de Vista deste mês é do
presidente da ABIMAQ – Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos, Luiz Aubert Neto.
Em seu artigo “As oportunidades
batem a nossa porta”, Aubert Neto
fala sobre um projeto ambicioso e, ao
mesmo tempo, fundamental e estratégico para as nossas pretensões de
manter a liderança internacional nas
áreas da bioenergia e do agronegócio: o Projeto Cidade Energia Abimaq.
Ele também lembra que há mais de 14
anos a ABIMAQ promove a maior feira de tecnologia agrícola da América
Latina: Agrishow.
Um evento já consagrado pela
cadeia do agronegócio, principalmente pelas tecnologias de ponta apresentadas anualmente na feira.
A seção Notícias da Copercana
traz uma reportagem sobre o Dia de
Campo sobre plantio direto de amendoim, que contou com o apoio da
cooperativa, e também a participação da Copercana no II Concana,
em Uberaba. Nas páginas da Canaoeste, o leitor poderá conhecer a
nova ala pediátrica do Netto Campello e a campanha do silêncio, que
espera criar um ambiente ainda melhor no hospital. A Cocred divulga
o balanço do show beneficente em
prol do Hospital do Câncer de Barretos, organizado pelo Cocred em
Ação, em parceria com a Copercana
e Canaoeste.
O destaque deste mês vai para a
Agrishow 2008. O evento, que acontece entre os dias 28 de abril e 3 de
maio, deve superar a edição de 2007,
tanto em público quanto em faturamento. De acordo com a organização, esta previsão de melhora devese, principalmente, ao aumento do
número de expositores e no interesse mundial pelo etanol. Na editoria
“Culturas de Rotação”, o gerente da
Unidade de Grãos da Copercana,
Augusto Paixão, fala sobre o bom
momento para comercialização do
amendoim.
O artigo técnico desta edição é
sobre colheita mecanizada. O consultor da Canaoeste, Cléber Moraes, assina o texto “Introduzindo qualidade
nos serviços de colheita mecanizada”.
A Canavieiros traz, ainda, os prognósticos climáticos do dr. Oswaldo
Alonso, os artigos sobre legislação
do dr. Juliano Bortoloti, dicas de português, indicação de livros, agenda
de eventos, repercutiu, classificados
e muito mais.
Boa Leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros Abril de 2008
Revista Canavieiros -- Abril de 2008
3
4. Indice
EXPEDIENTE
Capa
CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Canaoeste eleva
produção de cana na
safra 2007/08
Fornecedores, na maioria
pequenos e médios, entregam 11,9
milhões de toneladas, 13,2% do
total entregue pelos canavieiros
independentes paulistas
Pag.
Pag.
20
EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788
DESTA
DESTA QUES
OUTRAS
Entrevista
CONSECANA
COLABORAÇÃO:
Marcelo Massensini
REPERCUTIU
DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo
Pag.
Duarte Nogueira
15
Deputado Federal
“Carga Tributária sobre o
agronegócio é sufocante”
Pag.
Pag.
05
Pag.
22
INFORMAÇÕES
Pag.
SETORIAIS
26
Ponto de vista
FOTOS:
Carla Rossini
Marcelo Massensini
LEGISLAÇÃO
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Ana Carolina Paro, Carla Rossini, Daniel
Pelanda, Letícia Pignata, Marcelo Massensini,
Rafael Mermejo, Roberta Faria da Silva.
Pag.
Luiz Aubert Neto
28
Pag.
30
ARTIGO
TÉCNICO
Pag.
32
CULTURA DE
ROTAÇÃO
Presidente da ABIMAQ
As oportunidades batem à
nossa porta
Pag.
Pag.
Notícias
08
08
Pag.
10
Copercana
- Copercana participa de congresso
em Uberaba
- Copercana apóia evento sobre
plantio direto
Notícias
12
Canaoeste
- Netto Campello Hospital & Maternidade inaugura nova ala de pediatria
Notícias
COPERCANA
Pag.
SEGUROS
34
CULTURA
Pag.
36
AGENDE-SE
Pag.
Pag.
37
Pag.
38
CLASSIFICADOS
16
Cocred
- Cocred em Ação promove show em prol
do Hospital do Câncer de Barretos
Pag.
Destaque
Agrishow 2008
Revista Canavieiros terá, pela primeira vez,
um estande na feira
4
4
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Pag.
Pag.
24
IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora
TIRAGEM:
10.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e
fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
são de responsabilidade dos autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.
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Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
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5. Entrevista
Duarte Nogueira
Deputado Federal
“Carga
“Carga
Tributária
Tributária
sobre o
sobre o
agronegócio
agronegócio
é sufocante”,
é sufocante”,
diz Nogueira
diz Nogueira
Da redação
E
m seu primeiro mandato de deputado federal, Duarte Nogueira já se destaca que entre os parlamentares de oposição ao governo. Foi
designado vice-líder da bancada do
PSDB e tem assento em comissões técnicas importantes: das Comissões de
Agricultura, Finanças e Tributação, e de
Fiscalização Financeira e Controle.
Para ele, o projeto de reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso não traz nenhum dispositivo
que trate ou beneficie o agronegócio.
Ele ressalta que, além da carga tributária que recai sobre o setor ser sufo-
cante, o governo ainda editou a Medida Provisória 413, que eleva alíquotas de impostos cobrados sobre o setor sucroalcooleiro. “Acho que a lógica do governo foi a de que se o setor
está bem, vamos cobrar mais dele. É
assim que os burocratas desse governo pensam”.
Ele acredita que a solução para o
impasse da reforma legal seja a realização do Zoneamento Econômico Ecológico. Acha que a adesão dos fornecedores independentes ao Protocolo
Agroambiental foi um grande passo
dado pelo governo paulista e pelo se-
tor. “As cooperativas e associações
terão um papel importante também nesse momento porque elas são os instrumentos que o produtor dispõe para
superar as dificuldades e para se fortalecer”, diz.
Nogueira iniciou sua trajetória política em 1995, quando foi eleito deputado estadual, aos 30 anos. De lá para
cá foram três mandatos na Assembléia
Legislativa e foi nomeado duas vezes
secretário de Estado: da Habitação,
entre 95 e 96, e da Agricultura, de 2003
a 2006. A seguir, a entrevista que ele
concedeu à Canavieiros.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
5
6. Entrevista
Canavieiros: Qual a avaliação
que o senhor faz do Protocolo Agroambiental, assinado pela indústria,
em junho, e pelos fornecedores, no
início de março?
Duarte Nogueira: Faço uma avaliação positiva. Hoje há uma pressão
planetária sobre a questão ambiental,
um consenso sobre a necessidade de
se buscar meios para garantir o desenvolvimento sustentado. E penso
que, nesse aspecto, o setor sucroalcooleiro brasileiro passou a ser observado com lupa pelos demais países pela posição de vanguarda que
ocupa na produção de biocombustíveis e também pelo potencial que representa dentro
do comércio internacional.
A queima da cana para o
corte manual é uma espécie
de “calcanhar de Aquiles”
do setor e tem suscitado
muitas críticas e colocações
equivocadas de organismos e imprensa internacionais. Acho
que foi um grande passo dado pelo
governo e pelo setor.
hoje um dos mais promissores do agronegócio nacional, na última safra houve queda nos preços, sentida com maior intensidade pelos pequenos e médios. Mas, acho que a adesão ao protocolo em si já é uma demonstração de
força desses produtores e também de
comprometimento. Como disse em pronunciamento que fiz no plenário da
Câmara no dia seguinte à assinatura
do protocolo, acho que as cooperativas e associações terão um papel importante também nesse momento porque elas são os instrumentos que o
produtor dispõe para superar as dificuldades e para se fortalecer.
“
rada. E por quê? Porque o governo
falhou no planejamento.
Canavieiros: Quais seriam as falhas
do Programa Nacional de Biodiesel?
Nogueira: O programa foi concebido prevendo desoneração tributária apenas para a regiões Norte, Nordeste e
Semi-Árido e apostou na produção de
biodiesel a partir da palma e mamona.
Não foram consideradas a região Centro-Sul do país, que é o maior mercado
consumidor de diesel, e nem outras matérias-primas. Com o aumento nas cotações de soja, que é a matéria-prima mais
utilizada, os custos de produção aumentaram e, por isso, as indústrias estão paralisando a produção. Daqui a pouco pode haver problemas no fornecimento de biodiesel.
“Acho que o produtor não pode
ser penalizado e nem tachado
de inimigo do meio ambiente.
Ele é absolutamente responsável
em sua atividade”
Canavieiros: As diretrizes do protocolo, que antecipa os prazos para
o fim da queima, acabarão elevando os custos para o produtor de cana,
no momento em que eles também
amargam perda de renda...
Nogueira: Sim. Embora o setor seja
6
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Canavieiros: Como o senhor avalia a atuação do governo nessa questão dos biocombustíveis?
Nogueira: Sempre digo que o governo já ajuda não atrapalhando. O
sentimento que temos é que o governo não tem plano algum para o setor.
Falta estratégia, um ordenamento nesse processo de expansão do setor.
Veja o caso dos Estados Unidos. Lá a
Lei Agrícola, a Farm Bill, prevê investimentos em pesquisa, um cronograma de reembolso, um detalhamento e
acompanhamento do crescimento do
setor e isso é importante porque orienta o governo a investir em infra-estrutura e localizar os gargalos. O Brasil detém hoje a mais competitiva tecnologia para produção de etanol da
cana, mas não poderemos nos surpreender se, daqui a algum tempo, os Estados Unidos já tiverem tornado viável a produção de etanol a partir da
celulose e passarem à nossa frente.
No caso do biodiesel, o governo preferiu considerar o programa apenas
como um meio de estimular a agricultura familiar ao invés de tratá-lo como
estratégico e os resultados estamos
vendo aí: a mistura de 2% passou a
ser compulsória em janeiro e a maior
parte das usinas, muitas delas inauguradas pelo presidente Lula, está pa-
Canavieiros: O setor tem
se manifestado contrariamente à MP 413, que transfere a cobrança do PIS e do Cofins
das distribuidoras para as produtoras de etanol. Qual a sua opinião?
Nogueira: Essa Medida Provisória na verdade foi mais um pacote de
maldades que o presidente Lula baixou mesmo depois de ter negado que
elevaria qualquer alíquota de imposto. Foi uma MP editada no dia 28 de
dezembro, no apagar das luzes de
2007, e que está na fila para ser apreciada pela Câmara. Apresentamos
emendas a essa MP alterando o texto
e reduzindo as alíquotas de forma a
beneficiar o produtor e o consumidor
de etanol. Ao elevar as alíquotas de
um determinado elo, toda a cadeia
acaba sendo prejudicada. Acho que a
lógica do governo foi a de que se o
setor está bem, vamos cobrar mais
dele. É assim que os burocratas desse governo pensam.
Canavieiros: Em relação à reforma tributária, que começou a ser
discutida no Congresso, qual o impacto que as modificações terão sobre o agronegócio? Haverá redução de impostos?
Nogueira: Eu tive a oportunidade
de debater o projeto de reforma tributária com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda,
7. Entrevista
Canavieiros: Há prazo para a re- opinião sobre o assunto e a sua preBernard Appy, no Cosag (Conselho
Superior do Agronegócio) da Fiesp. forma tributária ser aprovada e en- visão para a solução do impasse.
Nogueira: Acho que a melhor forO Manoel Ortolan, que é membro do trar em vigor?
Nogueira: O governo calcula que ma de se resolver esse impasse, que
conselho, estava conosco. E lá apresentei que a reforma que o setor pro- seja aprovada no ano que vem. Mas, vem desde 2001, quando foi editada a
dutivo tanto almeja atende a três re- mesmo que seja, demorará para entrar medida provisória que alterou os perquisitos: simplificação do sistema tri- em vigor. Os prazos para implantação centuais de cobertura florestal nas probutário, eliminação de distorções, das alterações são longos: as mudan- priedades, além das APPs (Áreas de
Preservação Permanente), é por
como a guerra fiscal, redução da carga tributária ...a reforma que o setor produtivo tanto meio da realização do Zoneamento Econômico Ecológico
e que seja focada na comalmeja atende a três requisitos:
para a definição do percentual
petitividade. E, nesse
simplificação do sistema tributário, a ser recomposto e as localidasentido, o projeto apresentado pelo governo é eliminação de distorções, como a guerra des onde será ou se será necessário recompor. Já há um reextremamente tímido. Alifiscal, redução da carga tributária... latório pronto para ser votado,
ás, o projeto não traz neque prevê o zoneamento, mas
nhum dispositivo que
trate ou beneficie o agronegócio. A ças mais extensas, como a reforma do o embate em torno dele é o que atrasa
carga que recai sobre o setor é sufo- ICMS, só entrarão em vigor no 8º ano a sua votação. Eu acompanhei o resulcante: o custo fiscal total para o pro- após a promulgação da emenda, as tado do seminário que a Canaoeste redutor rural pessoa física corresponde mudanças nos impostos federais só alizou no ano passado em Ribeirão para
discutir essa questão e compartilho
de 20% a 32,5% da receita e, no caso no 2º ano.
das preocupações dos produtores.
do produtor rural pessoa jurídica, de
12,28% a 48,80%. Já na agroindústria,
Canavieiros: O senhor é membro Acho que o produtor não pode ser peo custo fiscal total no mercado inter- da Comissão de Agricultura e, com nalizado e nem tachado de inimigo do
no varia de 12,28% a 51,90% e para as certeza, tem acompanhado a discus- meio ambiente. Ele é absolutamente
são sobre a reserva legal. Qual a sua responsável em sua atividade.
que exportam, de 8,63% a 42,65%.
“
Revista Canavieiros - Abril de 2008
7
8. Ponto de Vista
As oportunidades batem à
nossa porta
Luiz Aubert Neto*
N
a década de 70 a indústria
brasileira de máquinas e equipamentos era a 5ª maior do
mundo, hoje é a 14ª. Nestes quase
40 anos, nosso setor de bens de capital além de perder competitividade
foi ultrapassado por países de economias menores. Países que, neste
mesmo período, deram um salto de
qualidade e tornaram-se verdadeiras
potências industriais.
É fácil constatar, e não é coincidência, que os países que nos ultrapassaram eram ou, principalmente,
tornaram-se nações desenvolvidas.
Muito menos coincidência ainda é o
fato de todos eles terem investido
pesadamente em educação, na qualificação profissional e em tecnologia. Diferentemente do Brasil, estes
países perceberam muito rapidamente que o mundo cada vez mais globalizado passaria a conjugar inovação
tecnológica com competitividade e
que estes dois fatores seriam determinantes para a sobrevivência ou a
morte das suas indústrias.
Da mesma forma, também perceberam que o setor de bens de capital
era estratégico para garantir o fortalecimento e o dinamismo dos seus
parques industriais. Isso explica, em
grande parte, por que as novas potências econômicas mundiais também são hoje grandes fabricantes de
máquinas e equipamentos. Um bom
exemplo é a China que, mesmo não
sendo ainda uma nação desenvolvida, já exporta máquinas para todo o
mundo, desbancando fornecedores
tradicionais de bens de capital como
Japão, Itália, França e Suíça.
Estas constatações são particularmente importantes neste instante
que o governo brasileiro prepara-se
para lançar uma nova Política Industrial. Antes de tudo, e tendo como
8
Revista Canavieiros - Abril de 2008
base o que foi antecipado pela imprensa, é necessário reconhecer que
a proposta elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento Industrial e
Comércio Exterior - MDIC, com participação destacada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, deverá contemplar grande parte das reivindicações do setor privado e certamente
trará avanços significativos, como é
o caso do reconhecimento estratégico da indústria de máquinas e equipamentos, da desoneração dos investimentos em bens de capital (um
absurdo tributário, que somente o
Brasil pratica) e o alongamento dos
financiamentos para máquinas (enquanto a média mundial é de 10 anos
com juros de 5% a.a. no Brasil as linhas do FINAME são de 5 anos com
juros de 15% a.a.).
Outro aspecto importante da
nova Política Industrial são os incentivos à Inovação Tecnológica, uma
decisão que vem ao encontro daquilo que dissemos antes, porém, cabe
questionar como avançaremos nesta área tão vital para a nossa competitividade sem, ao mesmo tempo, adotarmos uma efetiva Política Nacional
de Educação?
Basta ver os últimos resultados
do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, para sabermos que o real
desafio brasileiro está, em primeiro
lugar, na qualificação do ensino básico e, em segundo, na elevação do
nível de escolaridade (a média nacional é de 5 anos enquanto nos países desenvolvidos situa-se entre 10
e 12 anos) estas medidas sim, representariam um verdadeiro salto em
termos de inovação tecnológica.
Outro fator que deve ser destacado da nova Política industrial diz
respeito aos incentivos às áreas e
setores em que somos, e que devemos continuar sendo, líderes mundiais, como é o caso da bioenergia.
Este tema, além de atualíssimo, é uma
oportunidade especial para o nosso País, face à enorme experiência
que temos nesta área. Enquanto o
restante do mundo ainda discute as
excepcionais vantagens do combustível à base de cana-de-açúcar, o
Brasil parte de um patamar sólido
representado por mais de 350 usinas, todas elas com tecnologia 100%
nacional, e um imenso mercado de
milhões de veículos movidos à álcool de cana.
A ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, atenta aos desafios da bioenergia está desenvolvendo um projeto ambicioso, denominado Cidade
Energia ABIMAQ. Vale lembrar que a
9. Ponto de Vista
O projeto Cidade Energia ABIMAQ é uma iniciativa pioneira dos
fabricantes de máquinas e equipamentos que objetiva a criação de um
pólo de inovação, pesquisa e desenvolvimento de bens de capital voltados às bioenergias e que pretende
tornar-se referencial tecnológico do
mundo. Ao mesmo tempo, na Cidade
Energia ABIMAQ será o maior centro de eventos do interior do Estado
de São Paulo voltado para a difusão
de máquinas e equipamentos, inclusive será o endereço definitivo da
Agrishow.
sas pretensões de manter a liderança internacional nas áreas da bioenergia e do agronegócio. O Brasil é
riquíssimo em recursos naturais, especialmente em água e solos propícios à agricultura, ao mesmo tempo,
convive com carências sociais gravíssimas. Na outra ponta, o mundo
precisará, cada vez mais, de alimentos. Para aproveitar este momento
tão especial temos que transformar
essas vantagens em oportunidades
comerciais e, principalmente, em novos empregos. O caminho certo é
agregar cada vez mais valor à nossa
imensa produção agrícola, ao invés
de exportar grande parte dela “in natura”. Esta decisão, muito mais que
uma Política Industrial, é a Revolução Industrial que todos nós almejamos e a indústria nacional já provou
que tem competência de sobra para
responder a este desafio.
Sem dúvidas este é um projeto
ambicioso e, ao mesmo tempo, fundamental e estratégico para as nos-
*Presidente da ABIMAQ Associação Brasileira da Indústia
de Máquinas e Equipamentos
nossa entidade promove, há mais de
14 anos, a maior feira de tecnologia
agrícola da América Latina, a
Agrishow. Um evento já consagrado
pela cadeia do agronegócio, principalmente pelas tecnologias de ponta
apresentadas anualmente na feira.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
9
10. Notícias
Copercana
Copercana participa de
congresso em Uberaba
Marcelo Massensini
Concana 2008 termina com recorde de público, parceiros e alto nível de palestras
dual e à Agência Nacional do Petróleo
- ANP Petrobrás. O Concana é uma realização da Fazu - Faculdades Associadas de Uberaba, da Uniube - Universidade de Uberaba e da CanaCampo Associação dos Fornecedores de Cana
da Região de Campo Florido.
Representantes do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred, o diretor Pedro Esrael Bighetti, o
cooperado Ademir Ferreira de Melo Júnior e o presidente da Canacampo, Silvio de Castro Cunha
A
Copercana participou, entre os
dias 31 de março e 3 de abril,
do Concana 2008 - II Congresso
Internacional de Tecnologia na Cadeia
Produtiva da Cana. O evento, realizado
na cidade mineira de Uberaba reuniu alguns dos mais respeitados especialistas
do setor sucroalcooleiro do Brasil e do
mundo. As discussões giraram em torno
de questões científicas, tecnológicas, ambientais, logísticas, fiscais, trabalhistas,
sociais, políticas e de mercado relacionadas à cadeia produtiva da cana.
O Congresso reuniu mais de 1.500
pessoas ligadas às áreas empresarial,
científica, acadêmica e técnica, bem
como representantes do setor público.
Foi sede, também, da Audiência Pública onde deputados estaduais da Comissão de Políticas Agropecuárias e
Agroindustriais discutiram, com os participantes, os impactos e as oportunidades geradas com a expansão do setor sucroalcooleiro.
Após acompanharem dezenas de
palestras, reuniões e debates sobre o
setor, os participantes apontaram os
clamores da classe e os entraves da atividade e decidiram produzir um documento, que ressalta as principais necessidades do setor. O documento será
enviado aos governos Federal, Esta-
COPERCANA
A Copercana, que no ano passado
inaugurou uma filial na cidade, participou
do congresso com um estande, que recebeu visitas de inúmeros representantes
da cadeia produtiva de cana, açúcar e álcool. O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, ressalta que a região de Uberaba tem grande potencial de crescimento
no que diz respeito ao setor sucroalcooleiro. "Estamos aqui para divulgar o nome
da cooperativa aos produtores locais e
mostrar a importância do cooperativismo
para atividade", diz Bighetti.
O presidente da Copercana, Antônio Eduardo Tonielo, também considera que "a região de Uberaba tem tudo
para se tornar referência na produção
de cana". Segundo ele, as discussões
em pauta no Concana são de imensa
valia para o crescimento do setor.
Ciclo de Palestras
D
urante o mês de março foi realizado o primeiro Ciclo de Palestras da filial da Copercana em
Uberaba. Durante três semanas consecutivas, fornecedores filiados à cooperativa e representantes de usinas, destilarias e associações da região participaram das reuniões que discutiram assuntos de interesse dos produtores. “As palestras tiveram um formato interativo para
que todos pudessem expor experiências
e posicionamentos quanto às práticas inerentes à cultura da cana-de-açúcar”, explica o engenheiro agrônomo responsável pela filial de Uberaba, Flávio Guidi.
10
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Entre os assuntos tratados: a utilização de defensivos de acordo com o
portifólio de produtos das
empresas palestrantes; a
importância do manejo varietal; controle de pragas;
otimização de herbicidas, entre outros.
As palestras contaram com a participação do presidente da cooperativa,
Antonio Eduardo Tonielo, do diretor
da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, do
gerente de comercializaçao, Frederico
José Dalmaso e do gerente do Depar-
tamento Técnico da Canaoeste, Gustavo de Almeida Nogueira.
A Copercana contou com o apoio
das empresas: Bayer, Dow, Basf, DuPont e FMC, que custearam as palestras e ofereceram um coquetel ao final
do evento.
11. Notícias
Copercana
Copercana apóia evento
sobre plantio direto
Marcelo Massensini
Dia de Campo realizado na Usina Cerradinho apresentou resultados de
experimentos que comprovam a eficiência e sustentabilidade da prática
A
Copercana, a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento – através do Apta
Centro Norte – e a Usina Cerradinho
realizaram no dia 27 de março, na sede
da usina em Catanduva, um dia de
campo sobre a “Colheita de Amendoim em Plantio Direto sobre Palhada de
Cana crua”. Mais de cem produtores
e técnicos da área participaram.
O evento foi aberto pelo presidente da Usina Cerradinho, Luciano Sanches Fernandes, e o diretor, Luis Antonio Paiva. Os dois falaram sobre
as experiências realizadas na usina e
importância de se dominar a técnica
do plantio direto sobre a palhada.
“Além da rotação de cultura melhorar consideravelmente a qualidade da
cana, é uma forma de aumentar a renda. Temos que aproveitar esse momento em que os grãos estão em alta
para viabilizar nosso negócio”, explica Luciano Sanches.
Em seguida, o gerente da Unidade de Grãos da Copercana (Uname),
Augusto César Strini Paixão, falou
sobre a história da cooperativa e esclareceu o trabalho feito pela Copercana nos últimos anos no que diz respeito ao amendoim. Paixão falou sobre as facilidades financeiras e estruturais oferecidos aos cooperados
e o tratamento dado ao produto, que
segue os padrões internacionais de
qualidades.
Mais de 100 pessoas assistiram a
palestra do pesquisador do Apta
Agronômos da Copercana e Canaoeste
participaram do Dia de Campo
O gerente ainda deu um panorama geral a respeito do mercado do
grão no país e no mundo. “O Brasil
ainda produz pouco amendoim, existe uma demanda estrangeira enorme
e nós podemos pegar uma fatia”, disse Paixão.
O evento contou com uma palestra do pesquisador da Apta, Denizart
Bolonhesi, um dos maiores especialistas sobre plantio direto no Brasil.
Ele mostrou resultados de inúmeros
experimentos onde foram cultivados
soja, milho e amendoim sobre a palhada da cana-de-açúcar, sem haver
prejuízos nem queda na produtividade. “Hoje buscamos formas de se fazer agricultura de maneira sustentável”, garante.
Já no campo foram feitas demonstração de semeadoras para plantio direto
em palhada de cana crua e
de operações de arranquio
e recolhimento m áreas de
plantio direto e preparo
convencional. Duas empresas do ramo, MIAC e Jumil,
foram parceiras na realização do Dia de Campo. As
máquinas apresentadas são fabricadas pelas duas empresas.
Segundo Fábio Eduardo de Campos Queiroz, engenheiro agrônomo
da Usina Cerradinho, este evento
deve conscientizar os produtores da
região sobre a importância da rotação de culturas e mostrar que é possível adotar o plantio direto de
amendoim com alta produtividade e
bons resultados. “Em parceria com
as empresas nós queremos mostrar
que a colheita com os equipamentos desenvolvidos e utilizados atualmente é possível. O plantio direto
de amendoim também trará redução
de custos com as etapas de preparo
de solo e combate às pragas”, acrescentou Queiroz.
Empresas apresentaram o que há de
mais moderno na área
Revista Canavieiros - Abril de 2008
11
12. Notícias
Canaoeste
Netto Campello Hospital & Maternidade
inaugura nova ala de pediatria
Carla Rossini
Um espaço alegre, colorido, diferente, onde crianças soltam a imaginação e esquecem que estão num hospital
C
om a inauguração da nova ala
de pediatria do Netto Campello
Hospital & Maternidade, na manhã do dia 24 de março, a direção do hospital dá um passo à frente na humanização e qualidade do atendimento e dos
serviços prestados em saúde infantil.
Numa área de 350 m2, totalmente
climatizada, também foi inaugurada uma
brinquedoteca, que vai receber diariamente pacientes que estejam internados no Netto Campello e oferece brinquedos, jogos e TV com home theater.
Segundo a terapeuta ocupacional
do Netto Campello, Cíntia Sicchieri Toniolo, a hospitalização é uma experiência traumática, que pode causar impacto considerável no cotidiano da criança e de sua família, promovendo um
confronto com situações de dor e procedimentos invasivos, o que causa
muitas vezes apatia, inatividade e problemas no desenvolvimento infantil. A
desorganização na realização das tarefas da vida diária, de lazer e escolar é
um fator que causa muita ansiedade na
criança podendo ocorrer também uma
despersonalização destes pacientes.
12
Revista Canavieiros - Abril de 2008
“A criação de brinquedotecas em
ambientes hospitalares tem como objetivos oferecer à criança e a seus acompanhantes meios que possibilitem a
continuidade do desenvolvimento infantil e também melhorar a interação
entre as crianças e diminuir os medos
das intervenções hospitalares. Através
do brincar, que é a principal atividade
do cotidiano da criança, a ansiedade
causada pela internação é diminuída,
facilitando assim o processo de recuperação. Além de este ser um meio de
interação entre profissionais e pacientes”, explica Cíntia.
Para o administrador do Netto Campello, Marcos Lopes Fernandes, “é necessário tornar o ambiente hospitalar o
Cíntia Sicchieri Toniolo, terapeuta
ocupacional do Netto Campello
mais próximo possível do ambiente familiar para promover maior bem-estar à criança hospitalizada. Dessa forma, a diretoria do Netto Campello não mediu esforços para construir a nova ala de pediatria e a brinquedoteca”, finaliza Marcos.
O Netto Campello Hospital e Maternidade foi fundado em 1.955 e é
reconhecido como um dos melhores
hospitais de Sertãozinho e região. A
brinquedoteca vem de encontro com
os interesses da diretoria em tornar o
hospital cada dia mais adequado aos
seus usuários.
14. Notícias
Canaoeste
Silêncio é fundamental
Silêncio é fundamental
Marcelo Massensini
Netto Campello Hospital & Maternidade inicia campanha de conscientização sobre a
importância do silêncio nas dependências da instituição
O
Netto Campello Hospital &
Maternidade iniciou em abril
uma campanha pelo silêncio
no seu interior e arredores. Para auxiliar na conscientização, foram espalhados cartazes que ensinam aos funcionários e visitantes como se portar adequadamente nas dependências do hospital e em suas imediações.
Usando o slogan: “O Silêncio ajuda a
Curar”, a administração do Netto Campello espera diminuir a quantidade e a intensidade dos barulhos que incomodam e
até atrapalham o tratamento dos pacientes da instituição. “Como a própria campanha diz, o silêncio é sinal de carinho e
atenção, mas é também sinal de respeito.
Um ambiente silencioso é extremamente
14
Revista Canavieiros - Abril de 2008
necessário para o tratamento de diversas
doenças”, diz Marcos Lopes Fernandes,
gerente administrativo do hospital.
Pesquisas já comprovaram os efeitos negativos da poluição sonora para
a saúde das pessoas, principalmente
as que estão internadas nos hospitais.
Além das conversas habituais nos corredores, os ruídos provenientes de
aparelhos como telefones e ventiladores geram incômodo nos pacientes e
prejudicam a concentração, tão importante para os profissionais da saúde.
Estudos demonstram que esses fatores, somados ao som do trânsito nas
imediações dos hospitais, podem aumentar a sensibilidade dos pacientes à
dor e acelerar os batimentos cardíacos.
“A redução dos níveis de ruído auxilia na recuperação dos pacientes, diminuindo o estresse que, naturalmente, atinge as pessoas internadas”, explica Lopes, que espera contar com a
participação dos médicos e demais
funcionários do Netto Campello. “Tanto no hospital quanto nas ruas, as
pessoas e profissionais da saúde podem colaborar com ações simples,
como evitar buzinas, o uso de celular
ou conversar em um tom de voz elevado”, completa. Por se tratar de uma
ação humanizadora, a iniciativa não
exige maiores investimentos financeiros, mas sim a sensibilização e conscientização da população e das pessoas que circulam no ambiente intrahospitalar no dia-a-dia.
15. Consecana
Notícias
Canaoeste
CIRCULAR Nº 17/07
DATA: 08 de abril de 2008
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
A
qualidade média da matéria-prima entregue pelos Fornecedores de Cana do Estado de São Paulo, na Safra 2007/
2008 foi a seguinte: Cana processada: 89.822.417 toneladas; Pol da Cana = 14,86; Pureza do Caldo = 86,91; Fibra da
Cana =12,78; ARC = 0,55; ATR = 146,57 e Fator K = 0,9982.
A seguir, informamos a curva de comercialização do Açúcar de Mercado Interno (ABMI), Açúcar de Mercado Externo
Branco (ABME), Açúcar de Mercado Externo VHP (AVHP), Álcool Anidro (AAC), Álcool Hidratado (AHC), Álcool Anidro
Industrial (AAI), Álcool Hidratado Industrial (AHI), Álcool Anidro Exportado (AAE) e Álcool Hidratado Exportado (AHE),
praticada na safra 2007/2008. A alíquota de IPI apurada pelo CEPEA foi de 3,8223% ajustando o fator para cálculo do preço
líquido do Açúcar de Mercado interno (ABMI) de 0,82111 para 0,82251.
A seguir informamos o mix de produção e comercialização, os preços de faturamento do açúcar nos mercados interno
e externo, do álcool anidro e hidratado, carburante, outros fins e exportado e os respectivos preços líquidos médios do Kg
de ATR, em R$/kg, por produto, para efeito do ajuste final da safra 2007/2008.
O preço médio estadual do kg de ATR é de R$ 0,2443.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
15
16. Notícias
Cocred
Cocred em Ação, Copercana e Canaoeste promovem
show em prol do Hospital do Câncer de Barretos
Marcelo Massensini
Apresentação do cantor Leonardo reuniu mais de mil pessoas e arrecadou R$ 250 mil.
eventos como este para ajudar o hospital”, disse o presidente do Hospital
do Câncer, Henrique Prata.
O cantor Leonardo, presidente do Hospital do Cancêr de
Barretos, Henrique Prata e o presidente da Copercana e
Cocred, Antônio Eduardo Tonielo
O show, organizado pelo Cocred em
Ação, Copercana e Canaoeste, arrecadou R$ 250 mil para o hospital e foi aberto somente para convidados. Toda a
renda será revertida para o a fundação
Pio XII. “Nós, que estamos aqui hoje e
temos uma situação financeira melhor,
temos quase uma ‘obrigação’ de ajudar
uma causa tão nobre como esta”, disse
Antônio Eduardo Tonielo, presidente da
Copercana e Cocred, em seu discurso
de agradecimento durante o show.
O
que você faz para transformar
o mundo em um lugar melhor
de se viver? Algumas pessoas doam comida, algumas dinheiro,
outras apenas o seu tempo e dedicação, cada um ajuda como pode, dentro
de suas limitações. Porém, nem todos
16
Revista Canavieiros - Abril de 2008
que possuem condições costumam ajudar, o que, felizmente, não é o caso dos
empresários de Sertãozinho, que constantemente estampam as primeiras páginas dos jornais, participando de
acontecimentos em prol dos mais necessitados.
Desta vez, o evento foi
um show do cantor Leonardo e os beneficiados são
todos os pacientes – e familiares – que utilizam o
Hospital do Câncer de Barretos. Mais de mil pessoas
lotaram o salão do Clube
de Campo Vale do Sol, em
Sertãozinho, para ouvir antigos e novos sucessos do
cantor, que sempre se preocupou com a causa. “O
Leonardo é um dos artistas mais participativos em
A Cocred sempre preocupada em
apoiar eventos beneficentes, criou em
2007 o “Cocred em Ação”, que visa angariar fundos em prol de entidades assistenciais das cidades onde a cooperativa de crédito está inserida, arcando com
todos os custos de estrutura e divulgação do evento. A arrecadação é revertida para as entidades. No ano passado
cinco eventos foram realizados beneficiando 47 entidades. Em 2008, a Cocred
iniciou as atividades com a apresentação do cantor Leonardo.
Segundo Prata, existem outros shows em prol do hospital, mas nenhum
nos moldes do organizado pela cooperativa. O cantor elogiou a iniciativa de
Tonielo e agradeceu a presença de todos. “Estão todos de parabéns, essas
ações são importantes para muitas pessoas”, elogia Leonardo.
Toninho Tonielo também agradeceu
“com muito orgulho a cada um de todos
os presentes que prestigiam o evento, em
especial toda a equipe de diretores, funcionários e colaboradores das entidades Copercana, Canaoeste e Cocred, que não mediram esforços para promover e realizar
17. Notícias
Cocred
este acontecimento, que já é tradicional
em nossa região como um evento assistencial e beneficente”. Segundo ele, aquele não era apenas um dia de festa, mas sim
um dia para salvar vidas.
O Hospital do Câncer de Barretos
é mantido pela solidariedade de todos
que conhecem o atendimento oferecido à população carente. Noventa e
oito por centro dos atendimentos são
feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Pacientes de 27 Estados e 1.296
municípios já foram atendidos. Em ape-
nas um dia são servidas 6.000 refeições, atendidos 2.400 pacientes e lavados 2.000 quilos de roupas. O hospital está classificado entre as nove
melhores instituições de saúde brasileiras e desde 1998 o local é considerado centro de referência no tratamento do câncer.
Sandra, Leonardo e Pedro Esrael Bighetti
Sandra, Leonardo e Manoel Ortolan
Neli, Leonardo, Toninho Tonielo e Henrique Prata
Livia, Maria José, Leonardo e Thaís
Revista Canavieiros - Abril de 2008
17
20. Reportagem de Capa
Canaoeste eleva produção
Cristiane Barão
O
s 3.356 fornecedores da Canaoeste foram responsáveis pela
entrega de 11,9 milhões de toneladas de cana na safra 2007/08, que
se encerrou em 31 de março, volume
7% superior à anterior, quando entregaram 11,1 milhões de toneladas.
Em sua maioria, os produtores
são pequenos e médios: quarenta e
cinco por cento deles forneceram até
5.000 toneladas e 33%, até 1.000 toneladas e 12% estão na faixa de até
10 mil toneladas. Assim, a Canaoeste foi responsável por 13,2% de toda
a cana entregue pelos fornecedores
paulistas independentes, que foi de
89,8 milhões de toneladas, de acordo com o Consecana.
O aumento na produção deve-se
principalmente à ampliação de área.
Houve queda na produtividade por
conta de fatores climáticos, também
observados na média estadual. Para o presi-
20
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Fornecedores, na maioria pequenos e médios, entregam 11,9 milhões de t
dente da Canaoeste, Manoel Ortolan,
apesar de não haver mais área nova
para expansão na região de Ribeirão
Preto, o desempenho dos fornecedores foi crescente.
“O desafio do produtor de áreas
tradicionais, como a de Ribeirão Preto,
é o crescimento vertical. No entanto, a
safra passada foi de queda nos índices de produtividade, mas ganhamos
em área nova, com a entrada de novos
produtores”, disse.
Número de Associados por quant
Quantidade de Cana entregue p
De acordo com a Unica, houve queda no volume de cana processada pela
indústria paulista. O Estado de São Paulo respondeu por 68,7% da moagem de
cana da região Centro-Sul nesta safra,
o que representou uma queda em relação aos 70,9% verificados na 06/07.
“Esta foi à safra mais longa das últimas cinco. E o aproveitamento de tempo
ficou muito semelhante ao da anterior,
com apenas 11 dias a mais de moagem”,
afirmou Pádua, acrescentando que, mesmo com um canavial mais jovem, a
produtividade agrícola caiu.
De acordo com o Consecana, a quantidade
média de ATR ficou em 146,56 quilos por tonelada,
menor do que na anterior, que foi de 150, 86 kg/ton.
O produtor recebeu em média, R$ 35,80 por
tonelada, 30% menos do que na safra anterior.
21. Reportagem de Capa
de cana na safra 2007/08
toneladas, 13,2% do total entregue pelos canavieiros independentes paulistas
tidade de cana entregue - Safra 07/08
or
por Extrato de Quantidade Entregue
Safra 2008/09: queda
de produtividade
A safra canavieira 2008/2009 tem
início oficialmente a partir de primeiro
de maio, mas algumas usinas já iniciaram a colheita. É o caso da Santelisa
Vale, de Sertãozinho, que iniciou o seu
período de safra na primeira semana de
abril. A estimativa inicial da usina é de
processamento de 18 milhões de toneladas de cana, um crescimento de 8%
em relação ao ano anterior.
A produção de açúcar deve atingir
25 milhões de sacas de 50 kg e a de
álcool 770 milhões de litros. Também
devem ser co-gerados 420 mil Mwh de
energia elétrica no ano, a partir do bagaço, o suficiente para abastecer uma
cidade de 1 milhão de habitantes.
Os dados finais da safra, divulgados pela Unica, apontam que no Centro-Sul foram moídas 431,1
milhões de toneladas, um aumento de 15,8% sobre
os 372,8 milhões de toneladas do ano anterior. A
produção de açúcar atingiu 26,2 milhões de toneladas, 1,46% superior aos 25,8 milhões de toneladas
de 2006/07. O crescimento da produção de etanol,
por sua vez, foi de 26,6 % nesta safra, chegando a
um total de 20,3 bilhões de litros. Na safra anterior,
foram gerados 16,1 bilhões de litros de etanol.
Os números impressionam, mas nem
tudo são flores na safra de se inicia. Os
reflexos da seca no segundo semestre
de 2007 e os dias menos ensolarados
nos últimos três meses do ano passado podem ser responsáveis pela queda de produtividade da nova safra. Segundo estimativa feita pelo Programa
Cana IAC, a expectativa é de uma pro-
dutividade 5,4% menor em relação à
safra anterior.
No entanto, segundo o pesquisador do Programa Cana IAC, Maximiliano Salles Scarpari, a expectativa é de
que essa queda na produtividade restrinja-se apenas ao início dessa safra.
Ele afirma também que a produção brasileira não será afetada por conta das
novas áreas em outros Estados.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
21
22. Repercutiu
“Hoje há mais pessoas comendo.
Os chineses comem, os indianos
comem, os brasileiros comem. E as
pessoas vivem mais”.
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva negando que exista vínculo
entre a alta dos preços – principalmente dos alimentos – e a produção
de biocombustíveis.
“No caso do Brasil, não há substituição da produção de alimentos por etanol.
Da área plantada, a cana usa menos de
4% do território. Com a modernização
das áreas de pastagem, com mais produtividade, liberando a área de pastagem,
não é preciso usar área nenhuma mais
para elevar a produção de cana no país”.
Do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge
“O novo regime só beneficia
as distribuidoras, que terão
mais poder de mercado, e
enfraquece a cadeia produtiva”.
Marcos Jank, presidente da
União da Indústria de Canade-Açúcar (Unica), sobre a
MP 413/08
“As cooperativas estão sempre ajudando os
produtores através de financiamentos, repasses de insumos, orientação técnica e nunca vão
deixar de ajudar”.
Do presidente da Copercana e Cocred,
Antônio Eduardo Tonielo ao Cocredinfo.
“Enquanto o mundo inteiro está dando isenções
para substituir energia fóssil por energias limpas,
esta medida do governo pode tirar do país a grande
oportunidade de se transformar em uma plataforma
mundial de produção álcool”.
Do deputado federal Mendes Thame (PSDBSP), sobre a MP 413/08
22
Revista Canavieiros - Abril de 2008
“Esse temor de que os bicombustíveis irão comprometer a produção de
alimentos e provocar o aumento da
fome, como pregam alguns, não encontra respaldo. É normal que, numa discussão, surjam posições extremas.
Mas é preciso esclarecer a questão
para não cairmos naquela velha história de que uma mentira repetida reiteradas vezes pode se transformar em
uma verdade absoluta.
Do presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan
24. Destaque
AGRISHOW 2008
Marcelo Massensini
Revista Canavieiros terá, pela primeira vez, um estande na feira
A
15ª edição da Agrishow Ribeirão Preto será aberta no próximo dia 28 e se estende até 3 de
maio. O evento, considerado o terceiro
mais importante do mundo e o maior da
América Latina, deve superar a edição
de 2007 em público e faturamento. A
estimativa é que mais 135 mil pessoas
visitem a feira, 2,5 mil vindos de outros
países da América Latina, Europa, Estados Unidos e Ásia e o restante de
todas as regiões produtoras de cana,
grãos e frutas.
Os 745 expositores (85 a mais que
2007) apresentarão na feira aproximadamente 3.000 produtos da mais avançada
tecnologia mundial. Quase 10% deles
vêm do exterior e prometem exibir modernas e inéditas tecnologias dentro do
segmento do agronegócio. A feira terá
12.500 vagas de estacionamento e a área
de alimentação terá estrutura para comportar 8,5 mil. Estima-se que mais de
5.000 pessoas sejam envolvidas com a
montagem da feira e que 25 mil prestarão serviços durante a sua realização.
A exemplo das edições anteriores,
a feira deve receber correspondentes
dos principais veículos de comunicação brasileiros e estrangeiros. A Revista Canavieiros terá, pela primeira vez,
um estande no pavilhão coberto da feira, onde os leitores poderão se informar sobre as últimas notícias do setor.
Vista aérea da Agrishow 2007
Dos 240 hectares de área da fazenda onde tradicionalmente se realiza a
Agrishow, 100 ha serão destinados aos
campos de demonstrações dinâmicas.
Serão mais de mil demonstrações durante a feira, abrangendo as culturas
de café, cana-de-açúcar, milho, feijão,
soja e forrageiras.
De acordo com a organização da
feira, a estimativa de crescimento devese, principalmente ao aumento do número de expositores, ao cenário de crescimento do setor agropecuário, à confiança depositada na economia brasileira, no interesse mundial pelo etanol
Mais de 135 mil pessoas
devem visitar a feira
24
Revista Canavieiros - Abril de 2008
e às novidades tecnológicas que serão
apresentadas pelos expositores.
A Agrishow é uma realização da
Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e
conta com o apoio da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), da Anda
(Associação Nacional para Difusão de
Adubos) e SRB (Sociedade Rural Brasileira). A Agrishow Ribeirão Preto acontece no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios
do Centro-Leste – Anel Viário, Km 321 –
Ribeirão Preto SP. O horário de funcionamento será das 8h às 18h.
Serão realizadas mais de mil demonstrações
de campo na edição de 2008
26. Informações Setoriais
CHUVAS DE MARÇO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de março de 2008.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
Na médias das observações (última linha), as chuvas de MARÇO deste ano ficaram próximas da média histórica. Abaixo
das respectivas normais climáticas, foram as chuvas anotadas em Jaboticabal, Dumont, C.E. Moreno, CFM, Monte VerdeSeverínia, Usinas da Pedra e São Francisco, evidenciando irregularidade das distribuições das chuvas nesta região.
Mapa 1: Água Disponível no Solo
entre 13 a 16 de MARÇO de 2008.
O Mapa 1, ao lado, mostra
claramente que o índice de Água
Disponível no Solo, a 50cm de
profundidade, no período de 13 a
16 de MARÇO, apresentava-se
como médio a crítico na faixa
Bauru - Sorocaba e no extremo
Sudoeste do Estado de São
Paulo; enquanto que, nas faixas
Leste e Norte do Estado, a
Disponibilidade Hídrica do Solo
mostrava-se favorável.
26
Revista Canavieiros - Abril de 2008
27. Informações Setoriais
Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de MARÇO de 2007.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático consensuado entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e
INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de abril e maio.
Ainda permanecem os efeitos do fenômeno La Niña (contrário ao El Nino), que
corresponde ao esfriamento da superfície
das águas do Oceano Pacífico, ao longo da
faixa equatorial. Quanto mais próximo da
costa oeste da América do Sul, na altura do
Equador e Peru, mais sensíveis serão os
efeitos das condições climáticas para o Brasil, como se pode observar pelos noticiários agro-meteorológicos, sobre as freqüentes (até intensas)chuvas na faixa Norte e
Nordeste do Brasil.
Mapa 3: Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final de MARÇO de 2008.
· Na Região Centro Sul, a temperatura
média poderá ficar próxima da normalidade climática;
· Quanto às chuvas para os meses de abril
e maio, prevê-se que estas poderão “ficar”
próximas às médias históricas nas Regiões
Centro-Oeste e Sudeste (Estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
estreita faixa norte do Estado de São Paulo).
Na maior parte de São Paulo e dos Estados
da Região Sul, as chuvas poderão ser inferiores às respectivas normais climáticas;
· Como referência:- as médias históricas
das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para
Ribeirão Preto e municípios vizinhos são
de 70mm em abril e 55mm em maio.
· Considerando-se as previsões pela
SOMAR Meteorologia, com a qual a CANAOESTE mantém convênio para a sua
região de abrangência, as chuvas de abril
poderá “ficar” quase próxima à média histórica, mas em maio as chuvas poderão
ser até 60% inferiores às respectivas normais climáticas.
A CANAOESTE recomenda continuar
os cuidadosos monitoramentos da broca
que está causando sérios danos à cultura
canavieira e controlar biologicamente, com
as vespinhas Cotesia flavipes.
O Mapa 2, mostra que, em MARÇO
de 2007, a Disponibilidade Hídrica do
Solo encontrava-se crítica na faixa Centro-Norte. Em MARÇO de 2008, Mapa
3, o baixo índice de Água Disponível
no Solo concentrou-se na faixa Centro-Oeste do Estado de São Paulo. Já
na faixa leste do Estado, a Disponibilidade de Água estava alta.
Sua Associação lembra ainda que, nesta
região, em função do histórico climático e
das recentes previsões pelo INMET, INPE
e SOMAR, o seguro período de plantio de
cana de ano e meio, sem irrigação, “expira”
nesta primeira quinzena de abril. Chuvas
salvadoras (acima da média) em abril e maio
não estão previstas. Logo, efetuar plantios tardios será apostar “alto” contra os
elevados custos de plantio e de produção,
comparativamente aos atuais e limitantes
preços da cana.
Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos CANAOESTE mais próximos.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
27
28. Legislação
Prazo para comunicação de área
ciliar de propriedades acima
de 2 (dois) mil hectares
encerra-se dia 30/04/2008
E
m respeito à Resolução nº 42/
2008, da Secretaria do Meio
Ambiente Paulista, esta enviou correspondência para cerca de
650 (seiscentos e cinqüenta) proprietários rurais que possuem áreas superiores a 2 (dois) mil hectares, para
que comuniquem até o próximo dia
30 de abril, a situação das áreas de
preservação permanente locadas nas
suas propriedades.
A norma exige que o comunicado
a ser feito à Secretaria deverá ter formato digital, constando a situação
atual do local, se está ou não cercado e em que estado se encontra a
vegetação ciliar.
Tal levantamento tem o objetivo
precípuo de levantar as áreas de preservação permanente paulistas, no
sentido de recuperá-las, através do
Projeto Ambiental Estratégico Mata
Ciliar, no prazo de até 25 anos, o que
dará ao Estado uma cobertura vege-
tal nativa da ordem de 5,1 milhões de
hectares, 20% do território de São
Paulo, contra as 14% atuais, segundo dados da própria secretaria
(www.ambiente.sp.gov.br).
Referida resolução estabelece,
também, que o comunicado a ser
feito pelo proprietário, desde que
possua propriedades ou posses
rurais com área igual ou superior a
2.000 (dois mil) ha, áreas exploradas por empresas florestais do setor de papel e celulose e áreas marginais a reservatórios administrados por empresas de energia e saneamento, deverão ser entregues
impreterivelmente até o dia 30 de
abril de 2008.
Já as propriedades ou posses rurais com área entre 500 e 2.000 ha., o
prazo se encerra em 30 de setembro
deste ano. As propriedades menores,
com área entre 200 e 500 ha., têm prazo até 30 de setembro de 2009.
“As propriedades canavieiras
poderão fazer
seus comunicados juntamente
com os requerimentos de queima da cana, de
acordo com o previsto na Resolução SMA 12/05.
Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste
Os demais proprietários ou arrendatários rurais poderão efetuar suas comunicações por meio da inscrição das
áreas ciliares no Banco de Áreas Disponíveis para Recuperação Florestal,
instituído pela resolução SMA 30/07.
As usinas que ainda não fizeram
a comunicação podem fazê-lo enviando as informações junto com os planos de ação do protocolo agroambiental”, segundo veiculado no saite da
própria Secretaria do Meio Ambiente
(www.ambiente.sp.gov.br).
Câmara Ambiental do
Setor Sucroalcooleiro
E
m reunião realizada no último
dia 08 de abril, no Centro de
Tecnologia Canavieira, na Cidade de Piracicaba, foram retomados os
trabalhos da Câmara Ambiental do Setor Sucroalcooleiro, órgão colegiado da
Secretaria do Meio Ambiente – SMA,
constituído em 2002 no âmbito da CETESB, de caráter consultivo, que tem
como meta promover a melhoria da qualidade ambiental por meio da interação
permanente entre o poder público e o
setor produtivo do Estado. Na verdade,
se trata de um canal de diálogo e discussão entre os diversos órgãos ambientais estaduais e o setor produtivo.
28
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Na referida reunião, já com novo
regimento formulado, ficaram definidas
as novas representações por parte do
setor produtivo e público e, também,
as novas prioridades de discussão dos
temas em prol do meio ambiente, dentre os quais destaca-se a confecção da
Guia de Boas Práticas de Produção Mais
Limpa, para orientar empresas e produtores quanto a questões de meio ambiente, que será semelhante aos que já
existem para outros setores. Foram criados, ainda, grupos de trabalho para
discutir o protocolo agroambiental, o
licenciamento ambiental e a destinação
dos resíduos.
Na referida reunião, esteve presente o advogado da CANAOESTE,
Dr. Juliano Bortoloti, representando
a ORPLANA, integrantes da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo, dentre os quais destacamos o engenheiro Ricardo Viegas, coordenador do programa “Etanol Verde”, o engenheiro Otávio Okano, diretor de Controle de Poluição da CETESB, além de diversos gerentes regionais da CETESB.
Também estiverem presentes demais
representantes do setor produtivo (ÚNICA, BIOCANA, UDOP, etc.).
30. Artigo Técnico
Introduzindo qualidade
nos serviços de
colheita mecanizada
A
té a introdução do Sistema de
Pagamento de Cana pelo Teor
de Sacarose – PCTS, o preço
da tonelada de cana-de-açúcar era fixo e
igual para qualquer matéria-prima, independentemente do teor de açúcar da
mesma. O PCTS trouxe inúmeros benefícios para o setor, colocando o Brasil
na ponta tecnológica da seleção de variedades adaptadas e com alta produção de açúcar para as condições de nossa combinação de solo, clima e relevo.
Em 1998, foi criado o CONSECANA e
modificada a metodologia de pagamento de cana, introduzindo algumas adequações ao antigo sistema e transformando a formação do preço da cana,
que ao invés de ser antecipado, passou
a ser formado ao longo da safra e sem as
antigas distorções decorrentes das variações de preços que ocorriam até a comercialização da produção.
Assim não é novidade para o setor a introdução de melhorias que levem à modificação de preços fixos,
como no caso da tonelada de cana,
para preços variáveis, que incluam a
qualidade da matéria-prima.
Atualmente, os serviços de colheita
mecanizada são cobrados a um determinado preço fixo que, basicamente, se
mantém constante independentemente
das condições da lavoura a ser colhida.
É preciso que seja encontrada uma forma
de variar o custo de colheita mecanizada
em função das condições apresentadas
pela lavoura, ou seja, sistematização da
área e colheitabilidade da matéria-prima.
É de longa data que especialistas
em colheita mecanizada sugerem algumas práticas importantes e que reduzem os custos de colheita mecanizada,
proporcionando maior eficiência aos
sistemas de colheita e melhorando a
qualidade da matéria-prima obtida no
campo e levada à unidade industrial.
30
Dentre os fatores que interferem
nos custos de colheita estão:
· Espaçamento;
· Comprimento da Linha de Trabalho;
· Nivelamento do terreno;
· Alinhamento de plantio;
· Colheitabilidade:
- Tombamento da cana;
- Tamanho do tolete;
- Diâmetro do tolete;
- Quantidade de palha e folhas;
· Regulagem da colhedora;
· Habilidade e treinamento do operador.
Abaixo são apresentados os componentes básicos de uma colhedora de
cana-de-açúcar. É possível distinguirse em uma colhedora, duas estruturas
bem distintas: a primeira parte que realiza o corte de pontas, tombamento e o
corte de base e uma segunda, que faz a
picação em toletes e posteriormente a
limpeza de palha.
Cleber Moraes - consultor de planejamento
e controle agrícola da Canaoeste
terminada quantidade de palha na cana,
tem uma capacidade limite para receber,
picar e limpar toletes, isto é, se alimentarmos a segunda etapa da colhedora
com muita cana (maior velocidade), esta
cana não será recepcionada pelos rolos
alimentadores, voltará, será cortada novamente pelo corte de base e produzirá
mais perdas de colheita.
Diante disto é preciso equilibrar velocidade da colhedora com produtividade
do talhão, e situação de colheitabilidade
da cana, isto é, quantidade de palha e tombamento da cana principalmente.
Hipoteticamente e de uma forma nada
prática, poderíamos fazer a colheita da
Mas, estando ajustada a velocidacana com uma colhedora mais simples, de de colheita de uma determinada área,
que tivesse apenas a primeira parte e, ainda há outros aspectos que podem
em seguida, levarmos esta cana para ser influenciar os custos de produção como
picada e limpa em outro equipamento. comprimento da linha de trabalho, mais
Fizemos esta distinção entre estas duas conhecido como tiro de talhão. Quanetapas do processo de colheita, porque, to menor o comprimento do tiro do tapara uma mesma velocidade de colhei- lhão, maior a quantidade de manobras
ta, teremos quantidades de cana dife- que a colhedora fará e, durante a marentes indo para a segunda parte da co- nobra, há consumo de combustível,
lhedora dependendo Figura 1: Estrutura de uma colhedora de cana
da produtividade do
Órgãos Ativos de Colheita
Órgãos Ativos de Alimentação,
canavial, pois proPicação e Limpeza
dutividades diferentes implicam em
quantidade de cana
diferente por metro
linear de sulco.
Perceba-se também que a segunda
parte da colhedora,
para um determinado
talhão, dada uma de-
Revista Canavieiros - Abril de 2008
Adaptado de Jorge L. M. Neves
31. Artigo Técnico
contagem de horas de trabalho, mas a
colhedora não está colhendo cana,
portanto é tempo perdido e com custos adicionais embutidos.
renças significativas e, do nosso ponto de vista, em grande parte, justificáveis pelas diferenças de condições dos
canaviais quanto à sistematização.
Mas a questão é: quanto representam estes custos no custo total de colheita mecanizada? Fizemos uma pequena pesquisa no setor sucroalcooleiro,
na qual nos reservamos o direito de
preservar nossas fontes, e encontramos prestadores de serviços e unidades industriais com custos e/ou preços de colheita, isto é, valores para a
cana colhida mecanicamente e posta no
caminhão, portanto sem o transporte,
que variaram na safra passada (2.007/
08) de R$ 7,50 (sete reais e cinqüenta
centavos) a 13,00 (treze reais por tonelada). Vale ressaltar que custo é bem
diferente de preço, pois na prestação
de serviços, com a emissão de nota fiscal, são pagos impostos e isto se acresce ao valor final. O equilíbrio de oferta
e demanda deste tipo de serviço também afeta a formação de preços. Contudo, independentemente das diferenças entre custo e preço, existem dife-
Buscando contribuir para a evolução do setor, em especial, para a redução dos custos de colheita mecanizada, sem, de forma alguma, buscar fechar questão quanto ao assunto, visto
que outros técnicos poderão ter visões
e parâmetros bem diferentes dos obtidos em nossa pesquisa, desenvolvemos uma planilha eletrônica relativamente simples, que a partir de poucos
dados, permite uma avaliação prévia do
custo de colheita mecanizada para uma
dada condição do canavial.
Devido à precariedade dos dados
obtidos, muitos valores foram estimados a partir do conhecimento prático
de colegas mais experimentados em
colheita mecanizada e que, portanto,
carecem de uma aferição mais precisa.
A figura 2 apresenta os principais
parâmetros utilizados.
Figura 2 – Dados Básicos do Modelo
A figura 3 apresenta a tela principal de
entrada de parâmetro - Colheita Mecânica.
Merece um detalhamento a variável
Condição do Canavial. Utilizamos cinco
níveis de condição do canavial, a saber:
· Muito ruim, · Ruim, · Bom, · Muito bom
e · Ótimo.
Neste item seriam avaliadas as condições de colheita como:
· Tombamento da cana;
· Nivelamento do Terreno;
· Quantidade de palha.
Para cada condição do canavial foi determinada uma velocidade de alimentação
do sistema de limpeza e picação. Isto é:
· Muito ruim – 55 t/h,
· Ruim – 60 t/h,
· Bom – 65 t/h,
· Muito bom – 70 t/h e
· Ótimo – 75 t/h.
A velocidade de trabalho foi determinada
pela velocidade de alimentação do sistema de
limpeza e picação dividida pela produtividade do canavial em Kg/m ou t/Km, visto que
em condições menos favoráveis onde, por
exemplo, o desponte não funcione, a velocidade de trabalho deve ser menor, pois o sistema de limpeza estará sobrecarregado.
Segundo nossas avaliações, mantendose constante todas demais variáveis (figuras 2 e 3) e mudando-se apenas o comprimento da linha de trabalho de 300 m para
1.200 m, no modelo acima, chegaríamos a
um preço (inclui 10% de impostos) de colheita de R$ 7,68 (sete reais e sessenta e
oito centavos) contra um preço de R$ 10,91
(dez reais e noventa e um centavos) para
talhões de 300 m de tiro.
Parece-nos possível melhorar a forma
com que são determinados os preços de
colheita mecanizada e com o objetivo de
auxiliar e abrir a discussão sobre o assunto,
estamos disponibilizando esta planilha de
trabalho para todos através do endereço
www.mmoraes.agr.br/colmec e estamos à
disposição para discutirmos o assunto, avaliarmos eventuais correções na planilha e
adequarmos o modelo para permitir um
avanço na colheita mecanizada, de forma a
contribuir para a evolução do setor.
Novamente, nosso objetivo não é parametrizar ou arbitrar os preços de colheita mecânica de cana, mas permitir aos prestadores de serviços e unidades industriais variarem os preços de colheita mecanizada, reduzindo o valor para as condições mais favoráveis ou elevando para as menos favoráveis e, assim caminhar
para uma adequação da área agrícola para a obtenção de custos menores e maior
retorno econômico.
Na planilha eletrônica disponibilizada
estão todos os parâmetros utilizados e cálculos efetuados. A planilha é protegida para evitar alterações em fórmulas, mas é possível
identificar-se todas as fórmulas utilizadas.
Empresas interessadas em discutir e avançar
nesta questão poderá contatar-nos através do
email: cleber@mmoraes.agr.br. Por telefone
ligue para (16) 3946-3300 ramal 2101.
Revista Canavieiros - Abril de 2008
31
32. Cultura de Rotação
Amendoim: preço anima
produtores
Carla Rossini
Com cotações em alta, safra brasileira pode chegar a 300 mil toneladas
A falta de chuvas em setembro e
outubro de 2007 acabou atrasando o
início do plantio de amendoim na região de Sertãozinho. Mas esse fator não
atrapalhou as expectativas geradas em
relação à colheita: 300 mil toneladas
devem ser colhidas no Brasil até o final
de maio. Deste total, a Copercana vai
receber 28 mil toneladas – 9,3% do total do grão produzido no país. “São 1,7
milhões de sacas de amendoim beneficiado que atenderão os mercados interno e externo”, explica o gerente da
UNAME (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto César Strini Paixão.
Desde a safra 2006/2007, a Copercana em parceria com 42 produtores de
amendoim, implantou um sistema que
visa melhorar a qualidade do produto
produzido pelos cooperados. Para obter sucesso com o projeto, a cooperativa investiu R$ 25 milhões na safra passada. “Esse ano já conseguimos excelentes resultados e a produção que recebemos está em ótimas condições de
comercialização”, afirma Augusto.
Segundo o gerente da UNAME, 11,5
mil hectares foram plantados pelos cooperados que fazem parte do projeto. Impulsionados pelos excelentes preços
praticados em meados de 2007 – US$
800 a tonelada – os produtores investiram no plantio e se deram bem: no início
de abril, a tonelada estava cotada em
US$ 1.700, um aumento de 112,5%. “São
diversos fatores que levaram o amendoim a sofrer essa valorização, mas os
principais são o aumento no consumo
interno da China e o fato de os Estados Unidos terem iniciado a importação”, explica Augusto.
Em 2007, os produtores que entregaram o
amendoim na Copercana receberam
R$ 26,30 por saca.
Neste ano, a expectativa é que
haja valorização.
“Como o preço
de venda aumentou, os
produtores também terão remuneração
melhor”, complementa o gerente.
Para continuar estimulando a produção e ajudando a solucionar problemas
comuns dos cooperados, a Copercana
mantém convênios com universidades e
instituições de pesquisa. Desde o ano
passado, a cooperativa também faz a
compostagem com os resíduos oriundos
do amendoim, na época da colheita.
“Por meio da compostagem diminuímos os resíduos que chegam à cooperativa. Pesquisas estão sendo realizadas para podermos utilizar a compostagem como adubo em plantações”,
Augusto César Strini
Paixão, gerente da
Uname
define Augusto, que completa: neste
ano, a Copercana, em parceria com a
MIAC (Indústria de Colheitadeiras de
Amendoim), está regulando os equipamentos dos produtores em que as análises apontam grande quantidade de
resíduos. Um técnico da Copercana e
um da MIAC vão até a lavoura e regulam o equipamento para obtermos melhor qualidade durante a colheita”.
Augusto finaliza afirmando que a
colheita é o momento de maior atenção na safra de amendoim. “Precisamos fazer todo o processo de rastreabilidade de forma impecável porque
dele vai depender a boa comercialização do produto”.
Processo de separação de resíduos
Armazenamento de
grãos informatizado
32
Revista Canavieiros - Abril de 2008
36. Biblioteca
Cultura
Cultivando
a Língua Portuguesa
“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
"Glifosato: Alguns aspectos da utilização do
herbicida glifosato na agricultura"
Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
Antonio J. B. Galli
Marcelo C. Montezuma
1) Pedro disse:
- A pauta da reunião de hoje será: combate a dengue.
Dessa forma não haverá o combate.
Renata Carone
Prezado amigo leitor o tópico gramatical é crase.
Sborgia*
Darei uma dica somente para o exemplo acima:
Uma maneira de saber se há crase é substituir a palavra feminina por outra masculina.
Se o resultado for AO : significa que há a presença de preposição A e o artigo O.
Ex.: Combate ao fumo, combate ao câncer, combate ao Mal de Alzheimer.
Usando a regra acima o correto é COMBATE À DENGUE.
2) Compras... Compras!
Expressão muito bem-vinda para os verdadeiros e assumidos consumidores. Cito a
Ana com sua feliz compra.
Os sapatos comprados por Ana custou x “CADA”.
A Língua Portuguesa não está feliz como Ana.
Dica útil e fácil:
CADA: pronome indefinido, precisa ser usado sempre acompanhado de outro termo.
O que não pode, segundo as gramáticas normativas, é vir sozinho na frase, como no
exemplo acima.
Nesses casos, prezado amigo leitor, é comum acrescentar a palavra UM ou UMA
Conforme o contexto.
Exemplo correto: custou X CADA UM.
3) Indo direto ao ponto: não há vírgula entre sujeito e verbo (regra básica)
Exemplo incorreto: Pedro, trabalhou hoje.
Exemplo correto: Pedro trabalhou hoje.
Mas o problema está quando há parênteses ou travessões entre o núcleo (palavra
principal) do sujeito e o verbo.
Vamos exemplificar:
Ex.: incorreto
- O relator x , “quer acabar” com o fechamento do processo.
Ex.: correto
- O relator x quer acabar com o fechamento do processo.
Dica útil: Faça, prezado amigo leitor, frases mais curtas sempre que possível. Você
tornará a leitura mais clara e contornará problemas de vírgula.
PARA VOCÊ PENSAR:
“Cal’-te, que poderá ser
Que ‘ame a Páscoa vêm os Ramos’.
Não te apresses tu, Inês.
‘Maior é o ano que o mês’:
Quando te não precatares,
Virão maridos a pares,
E filhos de três em três.”
Gil Vicente
Maior é o ano que o mês
No excerto acima, da “Farsa de Inês Pereira”, a mãe volta da
missa e, não encontrando Inês trabalhando, dá-lhe o conselho.
E Inês, sábia, deixa claro suas intenções : “Porém, não hei-de
casar / Senão com homem avisado / Ainda que pobre e pelado,
/ Seja discreto em falar”.
36
Revista Canavieiros - Abril de 2008
“ Outono: Estação
da bruma e da doce
abundância, grande
amiga do sol que tudo
amadurece.”
John Keats
* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Consultora de Português, MBA
em Direito e Gestão Educacional, escreveu a
Gramática Português Sem Segredos (Ed.
Madras) com Miriam M. Grisolia
A
evolução da urbanização, o crescimento da população humana, o avanço tecnológico na produção e conservação de alimentos, dos meios de
transporte, do controle de plantas daninhas, pragas,
fungos e organismos indesejáveis em residências
foram praticamente exponenciais, sendo a conquista mais rápida que a capacidade de entendimento de
seus efeitos ambientais, sociais e econômicos no
longo prazo.
Com os pesticidas, devido à sua natureza declaradamente tóxica, os cuidados foram maiores que
para outros produtos, como tintas, aditivos de alimentos e outros. No entanto, há ainda muito a ser
entendido sobre o comportamento desses produtos
no ambiente.
Deste modo, consideramos que esta obra, elaborada para esclarecer resultados de pesquisa sobre
o comportamento ambiental do glifosato, seja extremamente pertinente, pois essa é uma molécula de
importância fundamental na competitividade de
nossa agricultura.
Considerando que o glifosato vem sendo utilizado no Brasil desde 1978 em numerosas condições de agricultura, áreas urbanas, manutenção de
estradas e ferrovias, envolvendo inúmeras formulações comerciais, produzidas por empresas com
diferentes níveis tecnológicos, não há evidências
cientificamente comprovadas de impactos importantes no ambiente.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
37. Agende-se
Maio
de 2008
TECNOLOGIA PARA AMOSTRAGEM DE SOLO
Data: 01 a 03 de maio de 2008
Local: Instituto Agronômico, Centro Avançado da Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana, IAC, Anel Viário Contorno Sul,
km 321 – Ribeirão Preto – SP
Temática: Público-Alvo: profissionais das ciências ambientais e
agrárias, administradores e gerentes de fazendas Coordenadores:Afonso
Peche Filho, Moises Storino e Jener F.L. de Moraes
Mais Informações: (19) 3231-5422 (R.159)
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS
PLANTAS DANINHAS
Data: 04 a 08 de maio de 2008
Local: Centro de Artes e Convenções da Ufop – Ouro Preto – MG
Temática: O XXVI CBCPD e o XVIII Congreso de la Asociación Latino-americana de Malezas - ALAM, programados para o
período de 4 a 8 de maio de 2008, serão realizados na belíssima
cidade barroca mineira de Ouro Preto, nas dependências do Parque
Metalúrgico - Centro de Artes e Convenções da UFOP. Os congressos estão sendo realizados pela Embrapa Milho e Sorgo e pela
Universidade Federal de Ouro Preto.
Mais Informações: (31) 3779-1086
8º CURSO DE PASTAGENS SOB IRRIGAÇÃO
Data: 06 a 08 de maio de 2008
Local: Centro de Treinamento de R.H. na Esalq/USP – Piracicaba – SP
Temática: Potencial de utilização de pastagens irrigadas e suas
conseqüências sobre o sistema de produção da fazenda. Stress
hídrico e sua relação com a qualidade da forragem. Propriedades
físicas do solo e sua relação com a produtividade e manejo da
irrigação. Bases técnicas para a escolha, estabelecimento e dimensionamento de sistemas de irrigação. Manejo da irrigação em sistemas rotacionados de pastagens. Utilização de fertilizantes em sistemas de pastagens irrigadas. Simulação da viabilidade econômica
de um sistema de pastagens irrigadas com pivô.
Mais Informações: (19) 3417-6604
IV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ENSINO DE SOLOS
Data: 15 a 17 de maio de 2008
Local: Anfiteatro da Engenharia e Dependências do Depto de
Solos da ESALQ/USP - Av. Pádua Dias, 11 – Piracicaba – SP
Temática: Serão apresentados: o Painel de experiências de
educação e divulgação científica em solos; Oficinas de trocas
de saberes e fazeres; Oficina de Campo (solos, paisagem e
meio ambiente); Grupos de Trabalho para discussão e proposição de ações nas questões de percepção pública de solos e
abordagem do tema na educação básica e superior; Painel dos
desafios: solo e Educação Ambiental e interação com Escolas e
material didático e para-didático; Discussão e aprovação do
documento da Comissão de Ensino de Solos da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Mais Informações: (19) 3417-6604
TREINAMENTO EM “FORMAÇÃO DE AUDITORES
INTERNOS AMBIENTAIS - NBR ISO 14001:2004”
Data: 15 de maio a 21 de junho de 2008
Local: Associação de Egenheiros e Arquitetos de Piracicaba, na
Rua Ipiranga, 166 – Centro – Piracicaba – SP
Temática: Formação de avaliadores (auditores) internos para o
cumprimento dos requisitos normativos específicos da norma NBR
ISO 14001, versão mais atual, como também a obtenção de evidências ligadas ao desempenho ambiental de uma organização com
vistas a avaliação do grau de sua conformidade.
Mais Informações: (19) 3417-6604
CICLO DE PALESTRA DE FITOSSANIDADE
Data: 20 de maio de 2008
Local: Instituto Agronômico - IAC- Faz. Sta Elisa, Prédio de
Fitopatologia. Av. Theodureto de Camargo, 1500 – Campinas – SP
Temática: Público-Alvo: Pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação, técnicos. Coordenador: César Pagotto Stein; Margarida Fumiko Ito
Mais Informações: (19) 32315422 (R.159)
Revista Canavieiros - Abril 2008
Revista Canavieiros - Fevereiro dede 2008
37
38. Vende-se
Vende-se
Silagem de cana hidrolizada. 400 à 450 to- - 01 MB-2214/88, turbo, ótimo estado
neladas, as quais se encontram em fazenda à - 01 VW-22-160/86, turbo, traçado
17 km da cidade de Franca. Tratar pelo com - 01 Chevrolet D-70/84, traçado, reJosé Eugênio ou Ricardo pelo telefone (16) formado
3143-1140, em h/c.
- 01 Caçamba p/ esparramar torta de filtro
Tratar com João Carlos pelo telefone (16)
Vende-se
9137-8389 ou 3957-1254
- 01 caminhão MB 2635 ano 1996
- 01 pulverizador Jatão semi-novo
Vende-se
- lâmina e concha hidráulica traseira para trator Caminhão ano 80 turbinado, hidráulico, roTratar com Wilson pelo telefone (17) 9739-2000 doar, suspensor, interclima, cara preta, com
gaiola de boi. Tratar com Junior Gazoti pelo
Vende-se
telefone (18) 9749-5042 ou pelo e-mail:
- 01 Valtra BM 110/4 ano 2004, trator com juniorgazoti@hotmail.com
3600 horas, R$ 65.000,00
- 01 Ford 8830/4 ano 94 com Super-ReduVende-se
tor, trator revisado, R$ 50.000,0.
- 01caminhão Ford 21000 motor MWM
- 01 NH TL 90/4 ano 2000, cabinado com urb, com carroceria graneleira. Raridade.
3000 horas, R$ 60.000,00.
- 01caminhão Ford 21000, truck, com carTratar com José Paulo Prado pelo telefone roceria graneleira, turbo, hidráulico, rodas rai(19) 3541-5318
adas, 10 pneus radiais, novo, super-conservado. Raridade.
Vende-se
Tratar com Wladimir pelo telefone (16)
MB 2318 ano 1998 traçado, no chassi, 3664-1535 ou 8141-3813
pronto para trabalhar. Tratar com Patito pelo
telefone (16) 9187-1897 ou 9187-1901.
Vende-se
1 Grade niveladora 32x20 Pitcin;
Vende-se
1 Enleirador de amendoim,
-01 112E - 82, traçada, câmbio 10 marchas, 1 Grade aradora 14x20 Baldan;
10 pneus ressolados novos, motor câmbio e 1 Plantadeira JM 2900 Exacta com 6 linhas
diferencial a toda prova, bomba, bico e turbina Jummil;
revisados, com carroceria de cana tipo paliteira. 1 Pulverizador Jatao 600 Export Jacto;
Radiador novo, trabalhando na Destilaria Alcí- 1 Cultivador tipo gradinhas para cana.
dia (podendo ficar com a vaga). "Baixei o preço Semi-novos. Todos com preços especiais.
para vender mesmo". Valor R$ 70.000,00.
Tratar com Carlos Biagi pelo telefone (16)
- 01 Julieta Canavieira FNV 86 com pneus 3946-4200.
1/2 vida ressolados. Valor R$ 25.000,00.
Vende-se
- 01 Julieta Canavieira FNV 93 Novissima
com pneus. Valor R$ 35.000,00.
Tratar com Roberto ou João Ortiz pelo telefone (18) 3263-2053 ou 9102-6677
Vende-se
Caminhão MB 2635 traçado, pneu 70%
(original), com ou sem gaiola cana inteira.
Transfere leasing Itaú, 26 prestações de R$
4.600,00. Possui fotos.
Tratar com Hugo pelo telefone (66) 9988-4267
Vende-se
- 01Julieta canavieira ano 93, FNV, com
sistema de freio de estacionamento, com 8
pneus 295 1/2 vida, sem ressolagem (são novos), freio traseiro feito recentemente. Medidas 2.60 x 7,60. Valor R$ 35.000,00
-01 Carroceria de cana tipo paliteira, com
chapel de proteção de cabine e 6 catracas
laterais. Valor R$ 5.000,00. Ambos aceito
troca por veículo no valor de tabela como
parte do pagamento.
Tratar com Silvio César pelo telelefone (18)
3263-2676 ou 9109-3711
Vende-se
01 plantadeira JUMIL JM 2880 8/7, ano
2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelo
telefone (16) 3946-4200.
Vende-se
Vende-se
Ford cargo 2831, traçado, ano 2005/06 com
ou sem reboque canavieiro 2 eixos. Aceito
troca. Tratar com Welton pelo telefone:(34)
9168-2086
Vende-se
Vendo ou troco um Ford Cargo 2831, traçado, ano 2005. Com ou sem reboque canaviei- 01 plantadeira TATU PST PLUS 7/7, ano
01 plantadeira JUMIL JM 2880 10/9, ano
ro. Urgente! Tratar com Vicente pelo telefo- 2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelo 2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelo
telefone (16) 3946-4200.
ne (34) 9102-5798
telefone (16) 3946-4200.
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Revista Canavieiros - Abril de 2008