Este documento é a edição de junho de 2011 da Revista Canavieiros. O sumário fornece as seguintes informações essenciais:
1) A edição traz duas entrevistas com Miguel Rosseto, presidente da Petrobrás Biocombustíveis, e Bruno Covas, secretário de Meio Ambiente de São Paulo, sobre a produção aliada à sustentabilidade.
2) Haverá a 7a edição do Agronegócios Copercana nos dias 29 e 30 de junho e 1o de julho no Clube de Campo
4. Editorial
4
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Murilo Sicchieri
Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
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(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
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Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.500 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e SicoobCocred. As matérias
assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
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Agronegócios Copercana:
feira exclusiva aos
cooperados
O
Agronegócios Copercana chegou a sua sétima edição em
2011, ano que está sendo marcado pela retomada de negócios no setor sucroenergético. A feira já se tornou
tradicional e é conhecida pelas facilidades que apresenta para os produtores
rurais na hora de comprar máquinas,
equipamentos e agroquímicos. Neste
ano, o evento será realizado nos dias 29
e 30 de junho e 1º de julho , no Clube de
Campo Vale do Sol. Esse é o assunto da
“Reportagem de Capa” de junho.
Neste mês, a Canavieiros tem novidade: duas entrevista com personalidades importantes para o setor
sucroenergético do país, na secção
“Entrevistas”. A primeira é com o
presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosseto, que falou sobre a demanda de energia no planeta
e o crescimento da petroleira no setor
sucroenergético. E a segunda entrevista é com o secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Bruno Covas que falou sobre as ações da
Secretaria do Meio Ambiente no Estado de São Paulo e as expectativas
em relação ao novo Código Florestal.
As entrevistas foram concedidas exclusivamente à Canavieiros durante
o Ethanol Summit 2011.
A revista traz nas páginas de notícias da Copercana, a participação no
Ethanol Summit 2011, junto com o
presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, com o
presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e com os diretores Luiz Carlos
Tasso Júnior e José Mário Paro. Mais
de mil e quinhentas pessoas assistiram
RC
www.twitter.com/canavieiros
redacao@revistacanavieiros.com.br de 2011
Revista Canavieiros - Junho
na manhã da segunda-feira, 6 de junho,
à cerimônia de abertura do evento.
Nas páginas da Canaoeste, está a
participação de diretores e associados na posse de Mônika Bergamaschi
à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A
cerimônia foi realizada no Palácio
dos Bandeirantes e contou com a
participação do governador paulista,
Geraldo Alckmin.
O Artigo Técnico “Acompanhamento da Safra 2011/2012”, foi assinado
pelo assistente de Controle Agrícola da
Canaoeste, Thiago de Andrade Silva,
que apresenta os dados obtidos até a 2ª
quinzena de maio em comparação com
os obtidos na safra 2010/2011.
O advogado da Canaoeste, Juliano
Bortoloti escreve sobre dois temas em
“Assuntos Legais”: a suspensão das
autorizações que queima da palha na
cana-de-açúcar no Estado de São Paulo e, sobre o Decreto 7.497/2011 que
prorroga o prazo de vencimento de
averbação da Reserva Florestal Legal.
Na secção “Pragas e Doenças”, o
engenheiro agrônomo da Canaoeste,
Marcelo de Felício explica a broca
Diatraea saccharalis, uma das pragas
mais prejudiciais aos canaviais brasileiros e que infelizmente tem aumentado muito no nordeste paulista.
Além disso, não deixe de conferir as
Informações Setoriais com o Técnico
Agronômico da Canaoeste, Oswaldo
Alonso, dicas de leitura e gramática,
agenda de eventos e classificados.
Boa leitura!
Conselho Editorial
5. 5
Ano V - Edição 60 - Junho de 2011
Índice:
Capa - 20
Vem aí o VII Agronegócios
Copercana
Feira exclusiva aos cooperados marca retomada de crescimento do setor sucroenergético
E mais:
Ponto de Vista
06 - Entrevistas
Miguel Rosseto
Presidente da Petrobrás Biocombustível
Produção aliada à sustentabilidade
.................página 10
Circular Consecana
.................página 16
Assuntos Legais
.................página 18
Bruno Covas
Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Produção aliada à sustentabilidade
11 - Notícias Copercana
Destaque
.................página 24
Informações Setoriais
- Diretores da Copercana prestigiam lançamento de produto da Dupont
- Ethanol Summit: “desafio do setor sucroenergético é crescer de forma sustentável e eficiente”
.................página 26
14 - Notícias Canaoeste
Artigo Técnico
- Mônika Bergamaschi assumiu Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo
17 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal
32 - Pragas e Doenças
Broca da Cana-de-açúcar: uma praga “quase”
invisível, mas que provoca grandes prejuízos à
cultura
Marcelo de Felício, Engenheiro Agrônomo
Canaoeste-Pitangueiras
Leandro Aurélio Rossini, Engenheiro Agrônomo
Biocontrol-Sertãozinho
.................página 28
Agende-se
.................página 35
Cultura
.................página 36
Classificados
.................página 38
Revista Canavieiros - Junho 2011
6. 6
Entrevista com:
Produção aliada à sustentabilidade
Carla Rossini
Miguel Rosseto,
Presidente da Petrobrás Biocombustível
Bruno Covas,
secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Neste mês, a Canavieiros traz duas entrevista com personalidades
importantes para o setor sucroenergético do país. A primeira é
com o presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosseto,
que falou sobre a demanda de energia no planeta e o crescimento da petroleira no setor sucroenergético. E a segunda entrevista
é com o secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
Bruno Covas que falou sobre as ações da Secretaria do Meio Ambiente No Estado de São Paulo e as expectativas em relação ao
novo Código Florestal. As entrevistas foram concedidas exclusivamente à Canavieiros durante o Ethanol Summit 2011. Confira!
Revista Canavieiros - Junho de 2011
7. 7
Foto: Pedro Calado
uma outra parcela da comunidade mundial. Por isso os governos e as empresas
de energia precisam assegurar crescentemente a ampliação de oferta de energia e
a sua racional utilização. Neste cenário
planetário mundial, não enxergamos outras fontes primárias nas próximas décadas que não o petróleo, o gás e o carvão,
que continuarão sendo responsáveis por
grande parte da oferta primária de energia em escala mundial, eu falo em 80%.
Revista Canavieiros: Quando foi
criada a Petrobrás Biocombustíveis e
com qual finalidade?
Rosseto: A Petrobrás Biocombustíveis
foi criada em 2008, à partir de uma decisão estratégica da Petrobrás em participar
da produção de etanol e biodiesel. Nós
terminamos 2010 operando 14 usinas,
sendo 4 de biodiesel e 10 de etanol. Como
na área de etanol ainda temos muito que
aprender e conhecer essa atividade, fizemos a opção de presença flexível, através
de busca de associações com grupos que
dispõem de experiência na produção do
setor. Tanto as empresas Guarani, Nova
Fronteira com o Grupo São Martinho e
Minas Gerais são investimentos onde temos 50% e participamos ativamente da
gestão dessas empresas. Isto permitiu que
rapidamente tivéssemos uma produção de
etanol e uma sinergia com empresas como
a BR, por exemplo, e o próprio abastecimento da Petrobrás. Isto tem criado um
aprendizado muito grande por parte da
equipe da Petrobrás Biocombustíveis. É
uma nova atividade econômica e é evidente que temos exigências ambientais e
sociais muito grande, temos uma responsabilidade junto com esses sócios e desenvolvemos as melhores práticas ambientais
e sociais na atividade de produção. Vamos
continuar crescendo, temos investimentos
importantes que estão sendo realizados, temos hoje em termos de negócios US$ 1,9
bilhões para investimento na produção de
etanol no Brasil até 2014, ou seja, investimentos muito fortes e de crescimento.
Revista Canavieiros: O que o senhor
pensa sobre o futuro do etanol?
Rosseto: O sucesso do etanol como
um combustível renovável, com qualidade ambiental e o enorme crescimento que
teve nos mostra um cenário muito pro-
missor. Hoje, o etanol representa quase
50% da matriz de veículos leves. Portanto
mexe diretamente com a economia brasileira, mexe com os interesses da sociedade brasileira. Isso fez com que a Petrobrás
reorientasse sua estratégia e passasse a
participar ativamente da produção de etanol e biodiesel, os biocombustíveis, como
grande empresa de energia. Há uma observação importante que é a enorme velocidade de participação das petroleiras,
das empresas de energia internacionais no
Uma das fontes alternativas que está
sendo trabalhada em vários cenários, que
é a energia nuclear ou atômica, entra num
profundo processo de reflexão, à partir
dos acontecimentos do Japão. Portanto
temos duas agendas que vão ter que obrigatoriamente se encontrar. O direito de
acessar energia, a existência das fontes
primárias fósseis por um longo período e
as exigências ambientais crescentes.
mercado de produção da energia no Brasil. Energia exige planejamento, porque
exige disponibilidade permanente, isso
em qualquer país do mundo. Temos que
ter capacidade de ofertar preços razoáveis
para a sociedade. 2011 será um grande
ano de discussão do novo marco regulatório para os biocombustíveis no Brasil.
Por que eu digo isso? Porque o cenário
das energias alternativas ou renováveis, a
solar, a eólica e as biomassas fazem parte
de uma agenda de transição já começada
impostas por questões ambientais e por
questões de soberania energética. Temos
que trabalhar com uma maior diversidade energética. Diferente de outros países,
o Brasil tem em sua matriz energética,
cerca de 50% de energia renovável por
conta da hidroeletricidade, do etanol e
biodiesel. Essas matrizes vão continuar
crescendo. É evidente que todos os países devem manejar os seus recursos naturais com sabedoria e com visão estratégica, isso serve para o petróleo, para os
minerais, para suas terras e para as suas
águas, para o conjunto de recursos naturais que compõem o patrimônio de um
país. Todas elas devem ser gerenciadas
com sabedoria e com visão de tempo.
Revista Canavieiros: Alguns especialistas afirmam que se tratando de
biocombustíveis, as empresas petroleiras estão tendo mais estratégica do que
o próprio governo. Você concorda?
Rosseto: Existe uma demanda crescente por energia em escala mundial,
temos bilhões de homens e mulheres no
planeta que não tinham acesso a nenhum
padrão energético e passam necessidades, tem dificuldade de acessar alimentos
e bens culturais, ou seja, tem dificuldade
de ter um padrão de qualidade de vida
que a tecnologia energética oferece a
O governo vem trabalhando no sentido de reorganizar a atividade do etanol,
fez dois movimentos muito importantes
em 2009, o Zoneamento Agroambiental,
disciplinando a expansão da cana-deaçúcar no país, preservando áreas importantes como o bioma amazônico e bioma
do pantanal. E o segundo grande movimento foi o compromisso de qualificação
das relações de trabalho de tal forma que
afastou o setor de práticas inaceitáveis
como as péssimas condições de trabalho.
Esses dois movimentos colocaram o setor em outro padrão de qualidade.
Hoje, o etanol representa quase 50% da
matriz de veículos leves. Portanto mexe
diretamente com a economia brasileira
Revista Canavieiros - Junho 2011
8. 8
Foto: José Jorge
Entrevista
Revista Canavieiros: O Estado de
São Paulo apresenta números bastante positivos em relação a sustentabilidade da produção agrícola e o meio
ambiente. Como o senhor avalia esses
números?
Secretário: O setor sucroenergético representa 25% da área agricultável
no Estado de São Paulo, ou seja 1/3
de toda a agricultura do nosso estado,
portanto é um setor muito importante
do ponto de vista econômico, mas no
ponto de vista ambiental causa grande
impacto. Acho que o Protocolo e o Zoneamento ajudaram muito a diminuir o
impacto ambiental, é um caso de sucesso que a gente quer levar para outros
setores da agricultura e vamos ampliar
a participação do Estado esse ano no
sistema atual de prevenção e combate
aos incêndios, e esperamos anunciar,
em breve, um plano de financiamento
de mecanização, principalmente para
os fornecedores pequenos, porque as
máquinas são muito caras e individualmente os pequenos produtores tem
dificuldades de se financiar para conseguir comprar essas máquinas.
Revista Canavieiros: Os especialistas do setor são quase que unânimes em dizer que precisamos praticamente dobrar a produção de cana,
açúcar e etanol para atender as demandas. No caso do etanol, a demanda ocasionada pelos carros flex cresce
aceleradamente. Por outro lado existe
uma pressão muito forte em relação à
questão ambiental. Essa contradição
pode ser perigosa para o setor?
Bruno: Não acredito nisso. Acho que
temos que conseguir dialogar, discutindo a
utilização de recursos hídricos, diminuindo a pegada hídrica do setor, diminuindo
Revista Canavieiros: Em quanto
tempo deve sair esse financiamento?
Bruno: Nós tínhamos iniciado a
conversa com o secretário João Sampaio, esperamos retomar agora com a
nova secretária, para em breve o governador Geraldo Alckmin anunciar
esse plano tão importante para a mecanização do pequeno agricultor no
Estado de São Paulo.
ainda mais a queima da palha. Há uma série de ações que podem ser realizadas para
evitar os impactos ambientais e ainda assim ter um crescimento no setor. O nosso
desafio na Secretaria do Meio Ambiente é
aliar produção e sustentabilidade.
“Há uma série de
ações que podem ser
realizadas para evitar
os impactos ambientais e ainda assim ter
um crescimento no
setor. O nosso desafio é aliar produção e
sustentabilidade...”
Revista Canavieiros: Uma nova
secretária assumiu a pasta da Agricultura no Estado de São Paulo.
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Como será o relacionamento das
duas Secretarias?
Bruno: Temos duas Secretarias, mas
o mesmo Governo. Não podemos ter
ações em campos opostos. Nós precisamos trabalhar em conjunto porque o
governador tem uma responsabilidade
com o desenvolvimento sustentável no
Estado de São Paulo, por isso precisamos fortalecer a agricultura e também
o meio ambiente.
Revista Canavieiros: Como o senhor
analisa o novo Código Florestal que foi
votado recentemente na Câmara dos
Deputados e agora vai ao Senado?
Bruno: Assim que o Código Florestal for aprovado no Senado, teremos que
fazer um grande Seminário aqui no Estado de São Paulo para analisarmos quais
serão os impactos desse novo Código.
Precisamos saber de que forma as novas
regras de consolidação e das áreas que
foram devastadas antes do atual Código,
qual é o impacto disso dentro do nosso
Estado. Estou certo de que o Senado vai
rediscutir esse Código e que não será
apenas homologador do que foi discutido
na Câmara. O que se previa inicialmente
era que o Senado não faria nenhuma alteração, mas não é isso que estamos vendo
nas declarações dos senadores.
Revista Canavieiros: O texto que foi
aprovado, teve pareceres do governo, de
ambientalistas, de cientistas e ruralistas. O senhor acredita que a discussão
avança?
Bruno: Acho que o Brasil perdeu muito porque a discussão não foi técnica. A
discussão acabou sendo política a apaixonante. Quando esquecemos o lado técnico e perguntamos, quem é melhor: quem
produz alimento ou quem pensa na população no futuro? Temos é que conciliar as
duas coisas. No ponto de vista técnico o
que interfere na preservação? Talvez no
Senado vamos conseguir uma conciliação
mais técnica de ambos os lados.
Revista Canavieiros: Essa conciliação é importante porque ninguém
consegue pensar nas gerações futuras
de “barriga vazia” né?
Bruno: Exatamente. Para o agricultor
não há nenhum interesse em não proteger
os recursos hídricos, ele precisa da água
para irrigar, enfim, o agricultor é um parceiro na preservação do meio ambiente. RC
10. 10
Ponto de Vista
Arnaldo Jardim*
Ampliar a produção de etanol
O
s produtores de etanol precisam investir R$ 97 bilhões até
2020 para atender o aumento da
demanda interna de 170%, segundo estimativa da EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), no “Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 (PDE)”. Isso
sem levar em conta o promissor mercado
internacional de biocombustíveis, que
deve se consolidar na esteira do combate às emissões de gases de efeito estufa.
Todavia, se o futuro nos reserva um céu
de brigadeiro, o presente do setor sucroenergético é desafiador e exige ação
imediata.
Entenda a “crise”
Depois de um salto de quase 60% em
apenas três safras, elevando a produção
de etanol de 17 bilhões de litros para 27
bilhões, no ciclo 2008/09, o setor sucroenergético passou por um período de estagnação de investimentos causado pela
crise financeira global. A partir daí, os
investimentos se concentraram na compra de empresas em dificuldades, ou seja,
na consolidação do mercado, e não mais
na construção de novas usinas. Na safra
2008/09, o número de novas unidades
produtoras chegou a 34, na safra seguinte (2009/10) foram 19, caindo para dez
(safra 2010/11) e chegando a apenas cinco previstas para safra 2011/12.
A falta de investimentos na produção somada a problemas climáticos nas
últimas safras fez com que o preço do
etanol disparasse, suscitando dúvidas
sobre a capacidade do setor de atender
a crescente demanda interna e fazendo
surgir dentro do governo recaídas intervencionistas!
Ausência de políticas públicas
Este foi o pano de fundo para o
Ethanol Summit 2011, o maior evento
de etanol, bioletricidade e açúcar do
mundo, organizado pela Unica (União
da Agroindustria de Cana-de-Açúcar).
Estabeleceu-se um paradoxo entre as
boas perspectivas futuras, disponibilidade de recursos (nacionais e internacionais), e o atual momento atribulado
do setor marcado pela escassez de in-
vestimentos na ampliação da produção de etanol.
Fui palestrante no painel: Políticas
públicas: Garantindo o abastecimento e
o crescimento, juntamente com representantes dos Ministérios da Fazenda,
Minas e Energia, Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
Na ocasião, destaquei a necessidade de
políticas públicas capazes de garantir a
estabilidade, previsibilidade e o planejamento, que evitem grandes oscilações de
preços do etanol e que garantam a capacidade de abastecimento do mercado.
Neste setor estratégico para o desenvolvimento do País, as demandas
ficaram mais complexas evidenciando a
necessidade deste arcabouço institucional claro, estável e perene para o restabelecimento da competitividade do etanol. Um marco regulatório que defina o
papel da bioeletricidade e do etanol na
matriz energética nacional, incorporando as externalidades do setor, em virtude dos seus benefícios ambientais.
Cobro ainda tratamento igualitário
na definição de preços de combustíveis
concorrentes, pois o preço da gasolina
é artificialmente mantido pelo governo,
desde 2005, enquanto o preço do etanol
oscila de acordo com a relação entre a
oferta e a demanda.
Secretaria Nacional de Biocombustíveis
As questões que cercam o segmento de
biocombustíveis se dispersam em vários
ministérios e secretarias, com diferentes
linhas de abordagem, interesses e enfoques. Assim defendo a criação da Secretaria Nacional de Biocombustíveis, ligada
diretamente à Presidência da República,
para promover um diálogo sério, propositivo e definitivo quanto aos rumos do
etanol e demais biocombustíveis, envolvendo governo, toda a cadeia produtiva,
comercializadores e consumidores.
Que defina medidas estruturantes
de curto, médio e longo prazos, tais
Revista Canavieiros - Junho de 2011
como: a formação de estoques estratégicos com recursos orçamentários
garantidos; o tratamento tributário
diferenciado para os biocombustíveis
(alíquota nacional de ICMS, IPI diferenciado para veículos menos poluentes que utilizam combustíveis renováveis, uso da CIDE como imposto
ambiental e regulatório); melhorias
na estrutura de comercialização; incentivos tributários para desonerar investimentos em pesquisa e a inovação,
além de ampliação dos canaviais e melhorias na eficiência das unidades de
produção. Algumas delas de responsabilidade do Executivo e outras que
seriam decididas pelo Legislativo.
Força à Bioeletricidade
Um exemplo a ser seguido vem do
Estado de São Paulo, onde o Governador Geraldo Alckmin e o Secretario José
Anibal, anunciaram um decreto que isenta de ICMS a compra de equipamentos
para a coogeração de energia a partir do
bagaço da cana-de-açúcar. Com a medida, o governo estadual espera ampliar os
atuais 660 MW exportados pelas usinas
para a rede pública para 5,5 MW em
2015, quase metade do que é produzido
pela Usina de Itaipu.
Ninguém discute as excelentes perspectivas para o nosso setor sucroenergético, mas precisamos de medidas estruturais de curto, médio e longo prazos. Para
tanto, governo e setor produtivo precisam
trabalhar juntos para atender as novas
exigências do mercado: comercialização
eficiente, respeito às normas socioambientais e investimentos permanentes em
pesquisa e desenvolvimento. RC
*Deputado Federal (PPS-SP) e membro da Comissão de Minas e Energia da
Câmara Federal
11. 11
Notícias Copercana
Diretores da Copercana prestigiam
lançamento de produto da Dupont
Carla Rossini
A
O herbicida – Front – é para uso em época de seca nas lavouras de cana-de-açúcar
Dupont Produtos Agrícolas, reconhecida mundialmente como uma
companhia que investe no desenvolvimento da ciência aplicada à produção
de açúcar, etanol e energia, apresentou, no
Hilton Hotel em São Paulo, o seu mais recente lançamento - Front®, um herbicida
para uso em época de seca nas lavouras
de cana-de-açúcar (cana soca-seca). O
evento de lançamento foi realizado no dia
28 de abril. O presidente da Copercana,
Antonio Eduardo Tonielo, prestigiou o
lançamento do produto, acompanhado
pelo diretor da cooperativa, Pedro Esrael
Bighetti e pelo gerente de comercialização, Frederico José Dalmaso. Na ocasião,
houve apresentação de Talk Show com o
Jô Soares, apresentador da Rede Globo.
Ricardo Vellutini, presidente da Dupont; Frederico Dalmaso, gerente de comercializado da
Copercana; Antonio Tonielo, presidente da Copercana; Pedro Bighetti, diretor da Copercana;
Marcos Jank, presidente da Unica; Jorge Cavallieri, Usina da Pedra; Jaime Stupiello, diretor
agrícola Grupo Tereos Guarani e Rodrigo Junqueira, diretor de vendas da Dupont
O herbicida promete controlar plantas
daninhas (corda-de-viola, brachiarias,
capim colonião, entre outras) no perío-
do de seca e pode ser aplicado na cana
convencional (queimada) ou na palha
(colheita mecanizada). RC
Revista Canavieiros - Junho 2011
12. 12
Notícias Copercana
Ethanol Summit: “desafio do setor
sucroenergético é crescer de forma
sustentável e eficiente”
Da redação
J
A declaração é do presidente da UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Jank
unto com o presidente da Copercana
e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo
Tonielo, com o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e com os diretores
Luiz Carlos Tasso Júnior e José Mário
Paro, a Revista Canavieiros participou do
Ethanol Summit 2011. Mais de mil e quinhentas pessoas assistiram na manhã da
segunda-feira, 6 de junho, à cerimônia de
abertura do evento. O presidente da UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Jank, que abriu oficialmente
o Ethanol Summit 2011, fez uma apresentação de projeção de crescimento do setor.
A primeira plenária teve duração de quase
duas horas sob coordenação do jornalista
da Rede Globo, William Waack.
“Nosso desafio é o crescimento com
sustentabilidade e eficiência, o que implica em investimentos para a inovação
tecnológica, eficiência e uma crescente
profissionalização do setor,” afirmou
Jank. Ele citou importantes esforços na
área educativa e social, como o Projeto
AGORA, iniciativa de comunicação e
marketing de toda a cadeira produtiva
da cana, e o RenovAção, cujo principal
trabalho é a recapacitação profissional
Silvio Borsari Filho (MAPA), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Antonio Eduardo Tonielo
(presidente da Copercana) Luiz Carlos Tasso Jr. (diretor da Canaoeste)
dos trabalhadores manuais do corte de
cana em função do avanço da colheita
mecanizada.
Em seguida, o presidente do BNDES
- Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, Luciano Coutinho,
afirmou que o BNDES está preparado
para suportar a expansão do setor sucroenergético. “No curto prazo temos desafios, como o investimento para aumentar
a capacidade de produção, precisamos
ampliar e expandir a oferta de cana com
novos projetos greenfields,” explicou.
De acordo com o Coutinho, o BNDES
investiu R$ 7,6 bilhões em 2010 no setor,
sendo parcela significativa desta cifra
para a mecanização da indústria.
Coutinho disse que os problemas ocasionados com a crise mundial de 2008 já
foram superados, um “teste importante
pelo qual todos já passamos”. Ele concluiu ao afirmar que “estamos preparados para novos financiamentos para o
açúcar e o etanol.”
O deputado federal Aldo Rebelo, relator do projeto do novo Código Florestal, falou sobre o momento único pelo
qual a agricultura brasileira atravessa
e disse que existe um paradoxo no Senado: “a mesma agricultura que produz
um combustível renovável é acusada de
forma leviana, de destruir o meio ambiente”, disse Rebelo e concluiu: “esta
atividade (do setor sucroenergético) é
o depoimento mais eloquente de que se
pode proteger o meio ambiente e produzir tecnologia, situações que são tratadas pelo Novo Código.”
Revista Canavieiros - Junho de 2011
13. 13
Geraldo Alckmin e Marcos Jank,
assinaram um decreto que zera o ICMS
para a aquisição de bens de capital para
a produção de energia elétrica gerada a
partir da da cana-de-açúcar.
O presidente da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, explicou
que o trabalho conjunto do órgão junto às
usinas resultará em “aperfeiçoamento do
sistema”, com objetivo de afastar qualquer risco de desabastecimento de etanol
no País, e auxiliar para que não haja tanta volatilidade nos preços ao consumidor
do produto, particularmente no período de
entressafra. Ele também falou dos investimentos estrangeiros no setor. “Nos últimos
4 anos, os grupos estrangeiros cresceram
7% no setor sucroenergético”, disse Lima.
Já o Prefeito de São Paulo, Gilberto
Kassab, preferiu fazer apologia ao etanol
como forma de se combater a poluição
nas grandes cidades e aumentar a qualidade de vida das pessoas. E citou o recente lançamento de 50 ônibus movidos à
etanol na cidade, “um exemplo que deve
ser assistido por outras cidades do País”.
“Precisamos investir muito nesta questão
ambiental, de poluição, para termos de
fato uma economia movida por meio de
energia limpa como o etanol,” afirmou.
O Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão - que representou a Presidente
da República, Dilma Rousseff, disse que o
“setor sucroenergético vive uma nova fase
após a crise global de 2008 cujos desafios
são enormes, mas que vamos superar”.
Lobão ratificou o trabalho da Agência Nacional de Petróleo, que a partir de agora
será o órgão de competência para acompanhamento do setor em lugar do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), e anunciou para breve um “Plano
Decenal”. “Trabalhamos para elaboração
de um plano de extrema importância, que
mostrará os desafios que teremos de enfrentar nos próximos anos,” acrescentou
ao explicar a necessidade da consolidação
de uma matriz energética brasileira limpa,
de longo prazo. Atualmente cerca 45% da
matriz nacional tem esta característica,
com o uso de recursos hídricos, etanol e
uso de biomassa da cana-de-açúcar, entre
outras fontes de energia.
O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), aproveitou sua participação na abertura do Ethanol Summit
e assinou um decreto que zera o Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a aquisição de bens
de capital para a produção de energia
elétrica gerada a partir da biomassa da
cana-de-açúcar. Antes, os novos investimentos eram tributados em 12%, mas os
investidores tinham o valor do ICMS devolvido em 48 meses sem juros. Agora, a
isenção é imediata.
Segundo Alckmin, “o governo não vai
deixar de arrecadar, porque o imposto já
era devolvido; a isenção direta, com a
alíquota passando de 12% para zero vai
ajudar e facilitar os investimentos no setor”, disse o governador.
Alckmin também anunciou um plano
de investimento de R$ 1 bilhão na remodelação da hidrovia Tietê-Paraná, com obras
de ampliação de pontes, rebaixamento da
calha de rios e a construção de terminais
de escoamento de produtos transportados,
bem como para integração com ramais
ferroviários. Do total, de acordo com Alckmin, R$ 600 milhões virão do governo
federal e R$ 400 milhões do Estado.
Também durante o evento, foi assinado o
protocolo de cooperação para a certificação
de energia verde em bioeletricidade, entre o
governo paulista, a UNICA e a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica.
O certificado funciona como um selo
verde, a ser obtido por uma empresa
certificada que utilizou, em sua linha de
produção, energia adquirida de usinas signatárias do Protocolo Agroambiental do
Setor Sucroenergético, em 2007. O protocolo, além de determinar o fim da queima
da palha da cana no Estado até 2017, estipulou ainda diretrizes de sustentabilidade
para as usinas sucroalcooleiras.
A expectativa é que até agosto o selo
possa ser solicitado junto à Secretaria de
Energia pelos consumidores livres e especiais de energia, ou seja, aqueles que escolhem o próprio fornecedor. Mesmo fora
do Estado de São Paulo, esse consumidor
poderá obter o selo verde, desde que a eletricidade adquirida seja proveniente das
usinas do Protocolo Agroambiental. RC
*Com informações da UNICA e da Agência Estado
Revista Canavieiros - Junho 2011
14. 14
Notícias Canaoeste
Mônika Bergamaschi assumiu Secretaria
da Agricultura do Estado de São Paulo
Carla Rodrigues
N
Diretores e associados da Copercana e Canaoeste
prestigiaram a cerimônia de posse
o dia 6 de junho, a ex-diretora
executiva da ABAG-RP - Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto, Mônika
Bergamaschi, assumiu a Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo, em cerimônia realizada
no Palácio dos Bandeirantes, que contou
com a participação do governador paulista, Geraldo Alckmin.
Mônika substitui o secretário em
exercício, Antonio Julio Junqueira de
Queiroz. O governador Geraldo Alckmin, disse em seu discurso que nomeou
a pessoa certa para o cargo, já que a nova
secretária “é uma pessoa extremamente
experiente, preparada, apaixonada pelo
setor e tem liderança”.
Para a cerimônia estiveram presentes várias lideranças do agronegócio
paulista, como o ex-secretário da Agricultura, João Sampaio, o presidente da
Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, o deputado federal, Duarte Nogueira e o ex-ministro da Agricultura,
Roberto Rodrigues.
O presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antônio Eduardo Tonielo e o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan participaram da cerimônia. Também estava presente o
diretor das instituições, Luiz Carlos
Tasso Júnior e um grupo de cooperados e colaboradores que viajaram à
São Paulo exclusivamente para prestigiar a nova secretária.
Mônika é a primeira mulher a ocupar
este cargo na Secretaria de Agricultura
do Estado de São Paulo. Ela é engenheira agrônoma formada pela UNESP (Universidade Estadual Paulista) com mestrado em Engenharia de Produção pela
Universidade de São Carlos, com MBA
pela FEA/USP (Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e por 10 anos foi
diretora executiva da ABAG.
Nério Costa (prefeito de Sertãozinho), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Mônika
Bergamaschi (Secretária da Agricultura), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana)
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Após a cerimônia, a secretária recémempossada concedeu uma coletiva de
imprensa e conversou com os jornalistas
sobre importantes pontos que pretende
trabalhar durante sua gestão no agronegócio paulista. A equipe de redação da
Revista Canavieiros esteve presente. A
seguir, a entrevista:
Revista Canavieiros: A senhora assume a secretaria num momento em
que o principal produto do agronegócio
brasileiro (cana-de-açúcar) está passando por algumas dificuldades. Como
superar isso?
Secretária: Todo esse momento pelo
qual estamos passando, decorre em parte de uma época de entressafra. Porém,
a safra já começou e os fundamentos do
setor são importantíssimos. Nós precisamos muito da bioenergia, da bioeletricidade e dos outros derivados da canade-açúcar. Todos estão sendo estudados,
para inclusive, termos energia necessária
para o crescimento que queremos para o
Estado de São Paulo. Imagino que daqui
para frente, com muito investimento, a
gente consiga melhorar e colocar o etanol sempre numa grande posição de destaque do setor sucroalcooleiro.
Revista Canavieiros: A senhora
acredita ser possível aumentar o ganho
do produtor rural?
Secretária: Com certeza. Essa é uma
das minhas principais metas. Existem
15. 15
Associados e colaboradores da Canaoeste parabenizaram a nova Secretária da Agricultura
alguns mecanismos, que passam por
créditos, por questão do seguro rural,
pela pesquisa, pelo afinco e pelo comprometimento de todos com relação
à defesa, pois isso compromete todo
agronegócio paulista, e também o ramo
cooperativista que nos ajuda a darmos
oportunidades aos pequenos produtores. As medidas que vou tomar serão
em conjunto com o setor e com todos
os institutos voltados na secretaria e,
inclusive, com outras secretarias para
trabalhar essa questão.
Revista Canavieiros: Como a senhora pretende conseguir mais investimentos para aumentar a renda do
produtor?
Secretária: Existem diversas iniciativas do setor público e do setor privado. A minha ideia é sentar, conversar
e conseguir maximizar o resultado em
vista de tanto investimento que já é feito. Não é pouco dinheiro que está sendo
investido, claro que mais é sempre bem
vindo, mas se conseguirmos juntar todo
mundo e trabalhar numa linha compondo isso, com certeza os resultados serão
ainda melhores.
Revista Canavieiros: A senhora já
tem algum projeto desse tipo?
Secretária: Tenho grandes metas,
mas tudo ainda é muito recente para
mim. O entusiasmo do governador Alckmin me motivou ainda mais. Com
base nisso eu vou partir agora para um
reconhecimento de toda estrutura da
secretaria, aproximar o setor privado e,
juntos, delinearmos as principais linhas
de ação num futuro bem próximo.
Revista Canavieiros: A senhora fez
parte da ABAG por 10 anos. Como é
deixar o setor privado, onde as respostas são mais rápidas e vir para o setor
público, que é bem mais burocrático?
Secretária: É um desafio que eu estou auto impondo. Nunca fiz parte de um
setor público, também não tenho envolvimento político, todos sabem, mas estou fazendo tudo isso pelo agronegócio
paulista. Eu entendo que dá para fazer e
espero imprimir um pouco dessa agilidade que a gente tem no setor privado,
inclusive via aproximação deles (setor
público e privado), para que possamos
conseguir mais ganhos e mais resultados
positivos para o nosso setor.
Diretores, associados e colaboradores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred no Palácio dos Bandeirantes.
Revista Canavieiros: O governador
disse que vai adiantar o pro- implemento. Isso é uma forma do governo auxiliar os agricultores a ter mais produtividade em suas lavouras?
Secretária: Sem dúvida. Como disse
anteriormente, nós precisamos de muito investimento e esses investimentos
feitos em máquinas e implementos são
difíceis o retorno. As margens agrícolas
são sempre muito espremidas. São muitos os fatores e as variáveis que não são
controláveis, como o clima, que temos
visto como isso afeta o setor. Então é
claro que, se nós pudermos equalizar o
custo do investimento, colocar isso com
mais tempo em juros compatíveis com
a atividade, uma vez que isso é um bem
para a produção, é sempre muito bem
vindo. No que depender de mim, vou
sempre conversar com o governador no
sentido de ampliarmos esse tipo de linha para os produtores e para as agroindústrias também.
Revista Canavieiros: Com relação
às mudanças que estão por serem feitas
no Código Florestal, qual o posicionamento da senhora? E como secretária,
a senhora pretende conversar com os
senadores e trabalhar para a aprovação
do texto que vai ao encontro dos anseios
de São Paulo?
Secretário: O Código Florestal, da
maneira que ele foi proposto, traz uma
importante cláusula que é a manutenção
do direito na linha do tempo, ou seja,
quem abriu sua fazenda e não existia
uma legislação que dizia para fazer diferente, essa pessoa foi jogada na ilegalidade por uma lei que teve um efeito
retroativo. A nossa própria legislação,
a própria constituição diz que a lei não
pode retroagir para prejudicar, portanto,
isso que parece uma banalidade porque
é um direito constitucional, está resgatado nesse texto. Então não se trata de
acobertar o mal feito, o que se quer é
que se dê segurança jurídica necessária
para que tenha investimento e assim os
produtores possam continuar produzindo. Além disso, também é importante
ter alternativas para os casos onde forem necessárias as compensações em
outros biomas para que elas possam ser
feitas. O que o agricultor quer em relação a questão ambiental é estar legalizado e trabalhar com tranquilidade para
continuar a produzir. RC
Revista Canavieiros - Junho 2011
16. 16
Notícias Canaoeste
Consecana
A
CIRCULAR Nº 03/11
DATA: 31 de maio de 2011
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante
o mês de MAIO de 2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2011/2012, é de R$
0,5148.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril e maio de 2011 e acumulados até MAIO, são
apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem
impostos, enquanto que os preços
do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e
EHC), destinados à indústria (EAI
e EHI) e ao mercado externo (EAE
e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto,
obtidos nos meses de abril e maio de 2011 e acumulados até MAIO,
calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11,
são os seguintes:
Revista Canavieiros - Junho de 2011
17. 17
Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal
COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - MAIO/2011
Valores em Reais
Revista Canavieiros - Junho 2011
18. 18
Assuntos Legais
Queima de palha de
cana-de-açúcar
suspensão das autorizações no
estado de São Paulo
O
Resolução SMA - 22, de 30 de maio de 2011.
artigo 7º, da Lei Estadual nº
11.241/2002 e, o artigo 14,
do Decreto nº 47.700/2003,
autorizam a suspensão das autorizações para uso do fogo como método
despalhador da cana-de-açúcar em
todo Estado de São Paulo, quando a
umidade relativa do ar estiver muito
baixa, podendo ocasionar risco à saúde pública.
Com base nos sobreditos artigos, a
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, publicou no Diário Oficial do Estado de 31 de maio
de 2011, a Resolução SMA nº 22, de
30.05.2010, proibindo a queima de
palha de cana-de-açúcar no período de
01 de junho a 30 de novembro deste
ano, das 6:00 às 20:00 horas.
Referida Resolução, prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do
dia, quando o teor médio da umidade
relativa do ar for inferior a 20%, medido das 12:00 às 17:00 horas, pelos
postos oficiais determinados pela Secretaria do Meio Ambiente, ocasião
em que ficam sem validade os comunicados de queima a ela previamente encaminhados. Tal suspensão será
declarada pela Secretaria do Meio
Ambiente às 18:00 horas do dia que
se observar a baixa umidade e será
aplicada a partir das 6:00 horas do
dia posterior a referida declaração.
Após o dia 30 de novembro, poderá
ocorrer a suspensão da queima quando
a umidade relativa do ar ficar abaixo de
30% (trinta por cento) e acima de 20%
(vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste caso, ficará suspenso o
uso do fogo como método despalhador
da cana-de-açúcar no período compreendido das 6:00 às 20:00 horas do dia
posterior à declaração de suspensão,
efetuada pela Secretaria do Meio Am-
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
biente, sempre às 18:00 horas do segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita.
Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa suspender mais vezes a autorização de queima
quando as condições climáticas ou a
qualidade do ar estiverem desfavoráveis
e, se isso ocorrer, cumpre informar que
NÃO SE PODE EFETUAR A QUEIMA
EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo
porque os órgãos ambientais estarão procedendo intensiva fiscalização nestes períodos -, sob pena de sofrerem as sanções
cabíveis, tais como multas vultosas, além
de responder judicialmente em ações cíveis e criminais.
Cumpre informar que é de extrema
importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/agrônomos da Canaoeste sobre
as condições futuras de clima (já que a
Canaoeste possui convênio com órgãos
de previsão de umidade relativa do ar),
para evitar transtornos em seu planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa
do ar, assim como consultarem o “link”
específico sobre as suspensões de queima (Queima da Palha de Cana) no “site”
da Secretaria do Meio Ambiente (www.
ambiente.sp.gov.br).
19. 19
Decreto nº 7.497/2011 - prazo para averbação da
Reserva Florestal Legal que vencia em 11.06.2011, foi prorrogado
por mais 180 dias
Em virtude da discussão no Congresso
Nacional sobre o Novo Código Florestal,
a Presidência da República, através do
Decreto nº 7.497/2011, resolve prorrogar
o prazo para se averbar a reserva florestal
legal das propriedades rurais, por mais
180 (cento e oitenta) dias, tendo em vista
que o prazo final previsto no artigo 152,
do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de
2008, expirava em 11.06.2011.
Findo tal prazo, poderia o Governo
aplicar multas aos proprietários rurais
que não averbaram e/ou deram início ao
procedimento de averbação da reserva
florestal legal de sua propriedade.
Oportuno salientar que tal prazo não se
presta às pessoas físicas e jurídicas que já
estejam obrigadas, por sentença judicial
definitiva, a fazê-lo, ficando estas adstritas
aos termos da referida decisão judicial.
Veja abaixo a íntegra do decreto nº 7.497/2011.
DECRETO Nº 7.497, DE 9 DE JUNHO DE 2011
Dá nova redação ao artigo 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, que
dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o
processo administrativo federal para apuração destas infrações.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.
84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição,
DECRETA :
Art. 1º O art. 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 152. O disposto no art. 55 entrará em vigor em 11 de dezembro de 2011.”
(NR)
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
Izabella Monica Vieira Teixeira
RC
Revista Canavieiros - Junho 2011
20. 20
Vem aí o
VII Agronegócios Copercana
Carla Rossini
Feira exclusiva aos cooperados marca retomada de crescimento do setor sucroenergético
O
Agronegócios Copercana – feira exclusiva aos cooperados do
sistema Copercana, Canaoeste
e Sicoob Cocred – chega a sua sétima
edição em 2011, ano que está sendo marcado pela retomada de negócios no setor
sucroenergético. A feira já se tornou tradicional e é conhecida pelas facilidades
que apresenta para os produtores rurais
na hora de comprar máquinas, equipamentos e agroquímicos.
Neste ano, o Agronegócios Copercana
será realizado nos dias 29 e 30 de junho e
1º de julho, no Clube de Campo Vale do
Sol. O clube fica localizado na Rodovia
Atílio Balbo, Km 331 em Sertãozinho.
Durante os três dias de evento, são esperados aproximadamente 3 mil visitantes.
aos cooperados para facilitar as compras
durante a feira. “Vamos oferecer as melhores oportunidades aos nossos cooperados”, afirmou Tonielo.
Em 2011, o evento vai contar com
aproximadamente 65 expositores, que vão
demonstrar e comercializar produtos (adubos, calcário, defensivos agrícolas, etc),
serviços, máquinas e equipamentos para as
culturas de cana, amendoim, soja e milho.
O Agronegócios Copercana é uma vitrine
de produtos à disposição dos cooperados.
Quem visita a feira pode conferir as novidades e adquirir informações sobre utilização e manuseio de equipamentos. O evento
proporciona conforto e praticidade para o
cooperado realizar suas compras.
Otimista em relação aos negócios que
podem ser gerados na feira, o presidente
da Copercana, Sicoob Cocred e do Agronegócios Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, diz que o momento é propício para
os produtores rurais fazerem suas compras.
“Realizamos a feira nesse período porque
é o momento certo para os cooperados
comprarem os produtos que precisam para
cuidar das lavouras. A retomada de crescimento do setor sucroenergético vai ajudar a
feira a ter bons resultados”, disse Tonielo.
O diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti, confirma as boas expectativas
para os cooperados comprarem durante a feira. “Realizamos o Agronegócios
Copercana para os nossos cooperados
realizarem suas compras na hora certa.
As condições e facilidades oferecidas
durante a feira são bem mais vantajosas”, disse e completou: “esperamos os
nossos cooperados na feira. Além de adquirir produtos eles podem conhecer novos equipamentos e máquinas durante o
evento”, finalizou Bighetti.
Segundo Tonielo, a Copercana e a
Sicoob Cocred terão crédito disponível
Tradicionalmente realizado no Agronegócios Copercana, o rali em busca
Revista Canavieiros - Junho de 2011
de prêmios será realizado pelo 4º ano
consecutivo. Os cooperados visitam os
estandes, preenchem uma cartela e a depositam em uma urna, de onde serão sorteadas TVs de LCD de 46” – uma para
cada dia do evento. Os sorteios acontecem na praça central do salão principal,
sempre no final da tarde.
Para o cooperado Paulo Sérgio Passela, que todos os anos visita o Agronegócios Copercana, a feira é a melhor oportunidade para realizar as compras. “Eu
visito a feira e aproveito para comprar
os produtos que preciso. Também fico
sabendo de lançamento de máquinas e
equipamentos”, disse Passela. O cooperado também participa do rali: “todos os
anos eu preencho a minha cartela do rali.
É um incentivo para os cooperados visitarem todos os estandes”, finalizou.
Revista Canavieiros
A Revista Canavieiros é o único
veículo de comunicação que circula no Agronegócios Copercana. Com
um estande exclusivo dentro do salão
principal, a equipe de redação da Canavieiros recebe os visitantes e transmite
informações.
Os cooperados aproveitam o estande da Canavieiros para descansar enquanto lêem a edição mais atualizada
da revista.
24. 24
Destaque
Seminário de Canavicultura Sustentável
Carla Rodrigues
O
Evento realizado em Ribeirão Preto marcou parceria entre Brasil e Itália
Instituto Agronômico (IAC) realizou nos dias 25 e 26 de maio, o
Seminário de Canavicultura Sustentável: uma visão para o futuro, em Ribeirão Preto, no Centro de Cana do IAC,
da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios, da Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O Seminário, que é uma parceria do
IAC com o Ministero Dell’ Ambiente e
Della Tutela Del Território e Del Mare,
da Itália, e do Fórum das Américas, teve
como principal objetivo reunir os melhores da área em pesquisas e experiências,
assim como fornecedores, estudantes,
pesquisadores, professores e técnicos,
para mostrar a viabilidade econômica da
produção de cana-de-açúcar em consonância com a preservação do ambiente,
com adequação às características regionais que o país possui.
Durante a abertura do evento, o diretor
geral do IAC, Dr. Hamilton Ramos, na
ocasião representando o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, em exercício, Antônio Junqueira,
ressaltou a importância do encontro para o
setor e para a secretaria do Estado. “Queremos e devemos ser uma instituição praticante e atenuante para a cana”, destacou
Ramos. Além disso, falou também sobre a
necessidade de “produzir ambientalmente
correto para que os produtores brasileiros
sejam reconhecidos lá fora”.
No dia 25, houve palestras sobre novos
produtos da cana-de-açúcar, condições
climáticas, produção de biomassa, pragas
e nematóides, qualificação do ambiente
Marcos Landell (diretor do Centro de Cana IAC), Hamilton Ramos (diretor geral do IAC)
e Dr. Erickson Marino (representante da Usina São Martinho)
de produção e, além disso, o Dr. Marcos
Fava Neves (FEA/USP) falou sobre sustentabilidade e a importância do setor do
agronegócio para o Brasil. “A sociedade
tem dificuldade em reconhecer este setor,
mas se o tirarmos da balança, o país fica
no negativo”, disse Neves.
Durante sua apresentação, Fava Neves,
falou sobre os problemas que o setor passou nos últimos anos devido ao desequilíbrio que ocorreu na cadeia. “O custo de
produção da cana supera o custo de remuneração, além disso, houve uma enorme
transferência de renda do produtor para o
consumidor, ocasionando um problema
de falta de planejamento”, explicou.
De acordo com Neves, para resolver
essa situação, o país precisa de um plano
imediato para instalar novas usinas em
regiões estratégicas para fornecer combustível a sua região.
Ainda em sua apresentação, o professor sugeriu, baseado em seus estudos e
pesquisas, o que é importante o país fazer
para manter-se líder na produção de etanol,
Público presente
Marcos Fava Neves
(FEA/USP)
como: não retroceder (sem aumento de tributo e sem redução da mistura do anidro
na gasolina), retomar os investimentos em
novas usinas, desonerar de tributos o setor
de bens de capital, expandir e facilitar o financiamento de estoques na safra e o preço
da gasolina, investir na cana para ocupar
o mercado interno com o etanol e ser um
grande exportador de petróleo.
Para finalizar sua participação no seminário, Neves ressaltou alguns pontos
que o Brasil se destaca, como por exemplo, sua diversificação e competitividade, capacidade de responder a demanda
mundial, mercado interno grande, tecnologias e pesquisas de qualidade, supridores internacionais, terra disponível, imagem internacional, ausência de subsídios
e estabilidade política e econômica.
Já no dia 26, foram proferidas palestras sobre doenças de cana-de-açúcar,
otimização de nutrientes e manutenção
de qualidade dos solos em cana, melhoramento genético, criação de novas
variedades e cogeração de energia com
biomassa de cana. RC
Revista Canavieiros - Junho de 2011
26. 26
Informações Setoriais
CHUV
AS DE MAIO
e Prognósticos Climáticos
As chuvas do mês de MAIO de 2011 são mostradas no quadro a seguir.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Técnico Agronômico da Canaoeste
A média das chuvas anotadas em MAIO [7
(sete) mm] “ficaram” muito abaixo da média
(60mm) das normais climáticas. As chuvas
foram desuniformes e em nenhum dos locais
acima foram anotadas chuvas acima das respectivas médias históricas. Se bem que, nos
últimos quatro anos, as chuvas de maio foram sempre inferiores à normal climática na
região de abrangência (≈ 40km) do Centro
Cana IAC-Ribeirão Preto.
O
Mapa 1, mostra que até meados
de MAIO (16 a 18), a disponibilidade d’água do solo já se
encontrava (bem) desfavorável em todo
Centro, Oeste e Sudoeste do Estado.
Nota-se a restritiva condição de umidade
dos solos em quase toda área canavieira
do Estado, já no início da safra passada (Mapa 2- MAIO 2010). Ao final de
MAIO deste ano (Mapa 3 - utilizandose o de Índice de Umidade e Satisfação
Hídrica) observa-se a persistência da crítica condição da disponibilidade de água
no solo em toda área sucroenergética do
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 16 a 18 de MAIO de 2011.
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Estado, com exceção da pequena faixa Mococa-São João da Boa Vista, que
apresentava apenas razoável índice de
satisfação hídrica.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resu-
Mapa 2:- Água Disponível no S
27. 27
me abaixo o prognóstico climático, consensuado entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, para os meses de junho a
agosto de 2011:
Mapa 4:- Prognóstico de consenso entre INMET e INPE para a
Região Centro Sul durante o trimestre junho a agosto de 2011.
Adaptado pela CANAOESTE
• As temperaturas médias e as chuvas poderão “ficar” próximas das normais climáticas em toda Região Centro Sul do
Brasil até a faixa norte do Estado do Paraná. Ao sul desta faixa e ao longo do trimestre, poderão ocorrer grandes variações
térmicas e chuvas abaixo das respectivas médias históricas;
• Para referências, as médias históricas para Ribeirão Preto
e municípios vizinhos, pelo CentroCana e Apta-IAC, são de
30mm em junho, 20mm em julho e de 20mm em agosto.
Por sua vez, a SOMAR Meteorologia assinala que, para a
região de abrangência CANAOESTE e após novas e revisões
das “rodadas” de previsões climáticas, as chuvas previstas
para ocorrer entre junho a agosto poderão ser próximas ou
ligeiramente aquém das respectivas médias históricas. Não
estão previstas secas absolutas no trimestre. Idem, quanto às
temperaturas médias, após as mesmas revisões.
Já com vistas para a safra 2012/13, face à persistência de
demanda por matéria-prima (cana), recomenda-se aos Produtores em início de suas colheitas, que procedam aos esmerados tratos culturais mecânicos e/ou químicos. Já, nas áreas
que estejam comprometidas por danos com pragas, doenças,
falhas ou elevada infestação de ervas daninhas e com vistas
às safras futuras (2013/14 e seguintes), justificam-se as renovações . . . lembrando . . . plantios de inverno somente com
irrigação e proteção das mudas e, que sanidade e qualidade
Solo ao final de MAIO de 2010.
das mudas de cana é fundamental para obter maiores produtividades e longevidades dos canaviais, resultando em redução
do custo unitário por tonelada ou por área.
Persistindo dúvidas, consultem os técnicos próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE. RC
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de MAIO de 2011
RC
Revista Canavieiros - Junho 2011
28. 28
Artigo Técnico
Acompanhamento da
Safra 2011/2012
A
safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do
mês de junho e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a 2ª
quinzena de maio em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.
Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da safra até a 2ª quinzena de maio desta safra em comparação com o obtido na safra
2010/2011, sendo que o ATR da safra 2011/2012 está 7,98 Kg abaixo do obtido na
safra 2010/2011 no mesmo período.
Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da Canaoeste
Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos
Fornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012
As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2010/2011 e 2011/2012.
Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de
Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de maio, da safra 2010/2011
Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de
Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de maio, da safra 2011/2012
O Gráfico 1 contém o comportamento do Brix do caldo da
safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
O Gráfico 2 contém o comportamento da Pol do caldo na
safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 1 – Brix do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011
Gráfico 2 – Pol do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011
O Brix do caldo da safra 2011/2012 ficou abaixo em todas
as quinzenas, em relação à safra 2010/2011, sendo de forma
mais acentuada na 1ª quinzena de março. Pode-se observar
que a Pol do caldo apresentou o mesmo comportamento do
Brix do Caldo.
Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida
nas safras 2011/2012 e 2010/2011
O Gráfico 3 contém o comportamento da Pureza do caldo na
safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
A Pureza do caldo da safra 2011/2012, exceto o mês de maio
que ficou próximo, do início da safra até a 2ª quinzena de abril,
ficou muito abaixo da obtida na safra 2010/2011, com maior
acentuação na 2ª quinzena de março.
Revista Canavieiros - Junho de 2011
►
30. 30
Artigo Técnico
O Gráfico 4 contém o comportamento da Fibra da cana na
safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 4 – Comparativo das Médias de Fibra da cana
A Fibra da cana na safra 2011/2012 ficou acima do obtido na
safra 2010/2011 somente na 1ª quinzena de abril. Na 2ª quinzena de abril e 1ª de maio observa-se poucas variações em relação à da safra 2010/2011, ficando bem abaixo na 2ª quinzena
de março e na 2ª quinzena de maio.
O Gráfico 5 contém o comportamento da Pol da cana na
safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 5 – Pol da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011
O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
registrada em 2010 e 2011
A precipitação pluviométrica média dos meses de fevereiro
e abril de 2011 ficou acima dos valores observados em 2010. O
mês de março ficou muito acima, comparativamente com o de
2010. Porém nos meses de janeiro e maio a precipitação pluviométrica desta safra ficou abaixo da observada em 2010.
O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por trimestre na safra 2011/2012 em
comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por
trimestre, em 2010 e 2011
A Pol da cana obtida na safra 2011/2012 ficou muito abaixo
da obtida na safra 2010/2011 em todas as quinzenas, sendo a
diferença mais acentuada na 2ª quinzena de março.
O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011
Em 2011, tem-se um volume de chuva muito acima no 1ª
trimestre e um pouco maior de chuva no 2º trimestre, se comparado aos volumes médios de 2010.
Pode-se observar que o ATR apresentou um comportamento
semelhante ao da Pol da Cana.
Mesmo com a precipitação pluviométrica ocorrida, muito
acima da média, no mês de março, o prejuízo causado pelo
déficit hídrico ocorrido em 2010 fez com que houvesse uma
queda não só na produção, mas também na qualidade. O provável motivo da baixa acentuada da qualidade apresentada na 2ª
quinzena de março se deve ao fato da cana-de-açúcar ter sido
colhida forçadamente por motivo de queima acidental, uma
vez que a cana não estava na época correta para ser colhida. O
crescimento vegetativo do canavial também foi comprometido
devido ao déficit hídrico, explicando assim a qualidade mais
baixa nesta safra 2011/2012, em relação a safra 2010/2011.
Isso fez com que o ATR médio ficasse 7,98 kg abaixo do obtido
na safra 2010/2011, para o mesmo período. RC
Revista Canavieiros - Junho de 2011
32. 32
Pragas e Doenças
Broca da Cana-de-açúcar: uma
praga “quase” invisí
vel, mas que
provoca grandes prejuí
zos à cultura
Marcelo de Felício, Engenheiro Agrônomo Canaoeste-Pitangueiras
Leandro Aurélio Rossini, Engenheiro Agrônomo Biocontrol-Sertãozinho
A
broca Diatraea saccharalis é uma
das pragas mais prejudiciais aos
canaviais brasileiros e infelizmente
tem aumentado muito no nordeste paulista
pelo descaso ou falta de conhecimento de
alguns produtores dessa região que acreditam que os índices de intensidade de infestação de algumas usinas próximas que
realizam o controle biológico com a vespa Cotesia flavipes, tal como usina Santo
Antônio, São Francisco e São Martinho
correspondem às intensidades de infestação deles. Isso é um absurdo, pois a Cotesia tem um raio de ação de no máximo
30 metros e mesmo tendo um talhão bem
próximo da usina não terá controle algum
se não fizer a liberação da vespinha.
Compreenda o inimigo
É um inseto de metamorfose completa, com pelo menos 5 gerações por ano,
apresentando desenvolvimento holometabólico, ou seja, passa pelas fases de
ovo, larva, pupa e adulto, sendo uma das
principais pragas da cultura, onde causa
diversos prejuízos.
Suas posturas ocorrem frequentemente nas folhas ainda verdes, tanto na face
inferior quanto superior do limbo foliar,
e ocasionalmente na bainha, são de formato oval e achatado, sendo depositadas
em grupos de forma embricada, onde um
ovo cobre 2/3 ou a metade do que vem
logo a seguir. Essas quantidades de ovos,
de número bastante variável se assemelha
a escama de peixe ou coro de cobra. A coloração inicial dos ovos é amarelo-pálida
e com o desenvolvimento embrionário
vão adquirindo tonalidade rósea até chegar ao marrom-escuro, quando é possível
visualizar as cápsulas cefálicas. A duração
desta fase pode variar, principalmente em
função da temperatura, sendo nas condições brasileiras de uma a duas semanas.
As lagartas eclodem após quatro a
nove dias e dirige-se para a região do
Figura 1 - Ciclo reprodutivo da broca
“Diatrea saccharalis” - fotos: Rafael Mermejo e CTC.
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Marcelo de Felício
Assistente de Controle Agrícola da Canaoeste
cartucho da planta a procura de abrigo e
alimenta-se através da raspagem da folha
ou da casca do entrenó em formação, permanecendo ali por uma a duas semanas.
E logo a seguir sofre uma a duas ecdises
(troca de pele), quando inicia a perfuração
do colmo. O orifício de entrada da broca
geralmente localiza-se próximo à base do
entrenó, porção mais mole, perfurando a
região do palmito da planta. Ocasionalmente, as lagartas podem construir galerias circulares no sentido transversal,
enfraquecendo o colmo e deixando mais
suscetível à quebra ou acamamento.
Durante o período larval, o inseto sofre de cinco a seis ecdises. Ao atingirem
o completo desenvolvimento larval, em
média 40 dias, medem de 2,2 a 2,5 cm
de comprimento, com coloração amarelo-pálida e cabeça marrom. Antes de
se transformarem em pupas, as lagartas
abrem um orifício para o exterior do colmo da cana, fechando-os com fios de seda
e serragem. As pupas medem cerca de 1,7
cm de comprimento e 0,4 cm de largura.
Inicialmente, possuem coloração marrom
clara, mas com o desenvolvimento vão
adquirindo coloração mais escura, durando esse estágio de nove a quatorze dias. O
adulto emerge pelo orifício anteriormente
feito pela lagarta. O ciclo biológico completo leva cerca de 58 a 90 dias.
Quanto à época de ocorrência
O ataque da broca na cana-de-açúcar
ocorre durante todo o seu desenvolvimento. Nota-se que a incidência é menor
quando a cana é jovem e não apresenta
entrenós formados, aumentando os danos
com o crescimento da planta. No entanto, esse comportamento pode variar em
função da época do ano e da variedade de
cana. Em geral, as canas-plantas sofrem
ataques mais severos quando comparadas
33. 33
às socas. Isso ocorre pelo fato da cana
nova possuir maior vigor vegetativo e
ficar exposta durante muito tempo à praga. Ao mesmo tempo nesses canaviais, a
atuação dos inimigos naturais é menor em
função das diversas práticas culturais visando à instalação da cultura.
Quanto aos danos provocados
A fase larval é a que gera prejuízos à
cultura da cana-de-açúcar. Sua ocorrência pode ser extremamente destrutiva,
chegando a inviabilizar o canavial dependendo da intensidade de ataque.
A broca da cana pode causar danos
diretos e indiretos. Os danos diretos
decorrem da alimentação do inseto e
caracterizam-se por perda de peso do
tolete, devido à abertura de galerias no
entrenó, morte da gema apical da planta, mais conhecido como “coração morto”, encurtamento de entrenó, quebra da
cana, enraizamento aéreo e germinação
das gemas laterais. Esses danos ocorrem
isoladamente ou associados, o que pode
agravar os prejuízos.
Os danos indiretos são causados por
microrganismos que invadem o entrenó
através do orifício aberto na casca pela
lagarta. Esses microrganismos, predominantemente, fungos (Fusarium e Colleto-
tricum), invertem a sacarose armazenada
na planta, provocando perdas pelo consumo de energia no metabolismo de inversão e pelo fato dos açúcares resultantes
desse desdobramento não se cristalizarem
no processo industrial. Entretanto, quando a matéria-prima se destina à produção
de etanol, o problema é mais grave, pois
os microrganismos que penetram no entrenó aberto contaminam o caldo e concorrem com as leveduras na fermentação
alcoólica.
Quanto ao controle da broca
No que se diz a respeito ao controle da
broca da cana, podemos dividir de duas
maneiras, “Controle Químico” e “Controle Biológico”. Sendo que, a partir do
momento que a broca penetra no colmo
da cana, o controle químico, com o uso
de inseticidas, torna-se mais difícil. Dependendo, pode-se levar em consideração o alto custo, tendo que ser aplicado
de avião e a baixa eficiência dos produtos que são incapazes de atingir as lagartas no interior dos colmos.
Uma alternativa interessante e ecologicamente desejável é o uso de inimigos
naturais da broca que são eficientes em
localizar as lagartas dentro das galerias
e específicos no modo de atuação. Para
o controle da broca-da-cana é usado a
Cotesia flavipes, uma vespa endoparasitóide originária da Índia e do Paquistão
que foi introduzida no Brasil em 1974,
para ser utilizada no controle de lagartas
da broca-da-cana.
Atualmente obtém o maior sucesso
em áreas que as lagartas já se encontram
dentro dos colmos da cana.
Figura 3 - vespinha no momento
da ovoposição.
Neste caso, a “vespinha” comumente chamada, irá ovopositar (sentará em
cima da broca para colocar seus ovos) na
lagarta e esta tem seu desenvolvimento
dentro das lagartas, matando-as e evitando o aumento da praga, consequentemente diminuindo o dano provocado na
cultura de cana-de-açúcar.
A liberação das vespinhas a campo
ocorre com base na densidade populacional da broca para saber onde, quando e
quanto liberar.
Então, faz-se um levantamento da densidade populacional da broca (coleta). Deve
ser iniciado a partir da cana com três entrenós tanto para cana planta como soca e repetido de 30 em 30 dias se possível até quando
restar 45 dias para o corte. O levantamento
ou coleta é feito nas ruas de cana conforme
mostra a figura de n° 5.
Figura 2 - Ciclo reprodutivo da vespinha
“Cotesia flavipes” - fotos: Rafael Mermejo e CTC.
Revista Canavieiros - Junho 2011
34. 34
Pragas e Doenças
Figura 5 - Esquema de levantamento populacional da broca com metodologia CTC - fonte Biocontrol.
O manejo integrado da broca da cana
utiliza, prioritariamente, o método biológico. O parasitóide mais empregado atualmente é a vespa Cotesia flavipes. Ela
possui um ciclo de 20 dias aproximadamente. Suas larvas alimentam-se da broca da cana, matando-a. A fase de pupa é
protegida por fios de seda e suas pupas
ficam agrupadas formando uma massa branca. Em média, essa fase dura 5
dias. É sensível a elevadas temperaturas
e deve ser liberada nas primeiras horas
do dia, preferencialmente, evitando-se o
choque térmico. Os copos estão prontos
para liberação quando 70 a 80% das vespas estiverem nascidas. Cada copo possui 1500 vespas aproximadamente.
Após o levantamento populacional,
usa-se este quadro de liberação.
Dessa forma, uma área de 10 hectares
que apresente densidade populacional de
3.000 brocas por hectare deverá receber
a liberação de 60.000 adultos de Cotesia
flavipes o que corresponde a 40 copos nos
10 hectares. A dispersão da Cotesia pode
atingir um raio de 30 metros. Para planejar
um caminhamento de liberação deve ser
utilizado um raio de 25 metros. O copo de
Cotesia aberto é encaixado entre a bainha e
colmo da cana com o intuito que ele fique
preso na parte aérea da planta para dificultar
a ação de predadores. Conforme esquema
da figura 6.
A fêmea da Cotesia a qual se diferencia
do macho por possuir antenas menores é a
responsável pelo parasitismo na lagarta da
broca. Ela chega com facilidade pelo cheiro das fezes da praga, introduz o abdômen
na broca, deixa os ovos e estes quando se
tornarem larvas consumirão toda a broca
por dentro realizando, portanto, o controle. Estas larvas saem da broca e tecem fios
de seda formando uma massa branca (fase
pupa da Cotesia) sendo que cada massa
contém, em média, 50 casulos, ou seja, 50
novas Cotesias.
Conclusão
Os danos causados pela broca influenciam principalmente na produtividade e
qualidade da cana-de-açúcar. O controle
biológico da Diatraea saccharalis pelo parasitóide Cotesia flavipes, é uma prática
cada vez mais utilizada nas regiões onde se
cultiva a cana-de-açúcar, além da eficiência
comprovada desta vespinha em parasitar a
praga e da dificuldade em controlar a broca
com produtos químicos, este método possui
ainda algumas vantagens, tais como: facilidade de criação em laboratório e liberação
no campo, interrupção do ciclo evolutivo
da praga, não provoca desequilíbrio à fauna
benéfica e não deixam resíduos.
Figura 6 - Esquema para liberação no campo da vespinha “Cotesia flavipes” - fonte Biocontrol.
Revista Canavieiros - Junho de 2011
Portanto, o controle biológico traz somente benefícios ao produtor de cana e ao
meio ambiente.Para aproveitar ao máximo o
produto biológico, é necessário manter uma
equipe de levantamento e controle com liberação da vespa para que os resultados sejam
máximos e se obtenha uma cana-de-açúcar
com mais peso e qualidade. RC
35. 35
Eventos em Junho e Julho de 2011
8º Congresso Brasileiro de Marketing
Rural e Agronegócios
Empresa Promotora: ABMR&A - Associação Brasileira
de Marketing Rural & Agronegócios
Tipo de Evento: Congresso
Início do Evento: 27/06/2011
Fim do Evento: 28/06/2011
Estado: SP
Cidade: São Paulo
Localização do Evento: Transamérica Expo
Informações com: ABMR&A
Site: www.abmr.com.br/
Telefone: 11 3812.7814
E-mail: abmra@abmra.org.br
V Simpósio: Tecnologia de Produção de
Cana de Açúcar
Empresa Promotora: Parceria pela ESALQ, FEALQ e
GAPE
Tipo de Evento: Simpósio
Início do Evento: 06/07/2011
Fim do Evento: 08/07/2011
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Teatro UNIMEP
Informações com: Maria Eugênia (FEALQ) ou na GAPE
Site: www.fealq.org.br ou www.simposiocana.com.br
Telefone: (19) 3417-6604 ou (19) 3417-2138
E-mail: cdt@fealq.org.br ou simposiocana2011@yahoo.com.br
1º Congresso Brasileiro de Fertilizantes
Empresa Promotora: ANDA - Associação Nacional para
Distribuição de Adubos
Tipo de Evento: Congresso
Início do Evento: 12/07
Fim do Evento: 12/07
Estado: SP
Cidade: São Paulo
Localização do Evento: sede do Conselho Regional de Química – CRQ, localizado no bairro de Pinheiros, Capital/SP.
Informações: www.anda.org.br/congresso
Agroind Familiar 2011 - Feira Nacional de
Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços para a Agroindústria Familiar
Empresa Promotora: Famurs, CIC Vale do Taquari e Centro Universitário Univates
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 13/07/2011
Fim do Evento: 17/07/2011
Estado: RS
Cidade: Lajeado
Localização do Evento: Parque do Imigrante
Informações com: ACIL - Associação Comercial e Industrial de Lajeado
Site: www.agroindfamiliar.com.br
Telefone: 51 3011-6900
E-mail: eventos@acilajeado.org.br
XVII Congresso Brasileiro de
Agrometeorologia
Empresa Promotora: SBAGRO, UFV, CNPMS e INCAPER
Tipo de Evento: Congresso
Início do Evento: 18/07/2011
Fim do Evento: 21/07/2011
Estado: ES
Cidade: Guarapari
Localização do Evento: SESC Centro de turismo de Guarapari
Informações com: SBAGRO
Site: www.sbagro.org.br/cba2011/
Telefone: 31 3027-1332
E-mail: secretaria@sbagro.org.br
Revista Canavieiros - Junho 2011
36. 36
36
“General Álvaro
Tavares Carmo”
Caminhando contra o vento
Roberto Rodrigues
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
““ Mude suas opiniões, mantenha seus princípios.
Troque suas folhas, mantenha suas raízes.”
Victor Hugo
1) Parabenizaram Pedro pelo seu ato “heróico”!
A partir do Novo Acordo Ortográfico, ato heroico será sem
acento!
Assim, a Língua Portuguesa parabenizará também a escrita correta.
Regra: nos ditongos (encontro de duas vogais-ou vogal+semi-vogal ou vice-versa- proferidas em uma só sílaba) abertos EI e OI das palavras paroxítonas (sílaba
pronunciada com mais intensidade é a penúltima) o acento desaparece das palavras.
No exemplo: HE- ROI- ditongo e paroxítona- CO
2) “DOI” muito o machucado no braço de Maria.
Dói mais sem o uso o acento!
Prezado amigo leitor as oxítonas (palavras com acento na última sílaba) e os monossílabos tônicos terminados em ÉI, ÉU, ÓI continuam com o acento (no singular
e/ou no plural), segundo o Novo Acordo Ortográfico.
Assim, no exemplo: dói-monossílabo-terminado em oi -usar o acento agudo
“Pouco menos de três anos após o lançamento de seu último livro – Depois da Tormenta -,
Roberto Rodrigues publica mais um trabalho.
De novo, vem à luz um conjunto de ideias, propostas e comentários ligados ao avanço e às esperanças dos produtores profissionais do campo
brasileiro. Desta vez, há um capítulo diferente,
causos que Rodrigues presenciou e ouviu, típicos do interior do País. E assim, entre a dureza
do dia a dia rural e a alegria das estórias próprias
da gente simples, ele segue como seus companheiros agricultores e pecuaristas, caminhando
contra o vento da eterna indiferença em relação
aos verdadeiros construtores do Brasil moderno
e competitivo.”
3) Churrasco aos domingos...
Pedro fez a lista para comprar: carnes, “linguiças”.
Será um churrasco agradável e delicioso!
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o trema não existirá mais (regra geral).
PARA VOCÊ PENSAR:
“ As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem
pressa. O essencial faz a vida valer a pena e para mim basta o essencial.”
Mário de Andrade
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
Citação:
RODRIGUES, Roberto. Caminhando contra o vento. São Paulo: [s.n.], 2011. 272 p.
Trecho retirado da contracapa do livro
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :
(16)3946-3300 - Ramal 2016
Revista Canavieiros - Junho de 2011
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