Este documento discute a importância da tolerância na educação. Ele apresenta uma fotografia para promover reflexões sobre tolerância e individualidade. Também cita autores que discutem como a subjetividade se desenvolve através da consciência de si mesmo e das relações com os outros, levando ao desenvolvimento da tolerância. A escola deve usar recursos pedagógicos para promover uma subjetividade tolerante.
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
Educação para Tolerância
1. Universidade Federal de Pelotas Centro de Educação a Distância Produção de Material Didático Digital para Diversidade Materiais Didáticos Digitais na perspectiva da Diversidade EDUCAÇÃO PARA A TOLERÂNCIA Rafael Schilling Fuck Novo Hamburgo, 26 de Junho de 2011
2. Considerações iniciais... O presente material tem por objetivo discutir acerca da tolerância, atitude/sentimento urgentemente demandado na contemporaneidade. Este material se destina à formação de professores de todos os níveis da educação.
3. “ Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores” (Khalil Gibran)
7. Vídeo sobre tolerância La tolerancia* *Devido ao formato desta apresentação, o link para o vídeo “La tolerancia” está disponível nas referências deste trabalho.
8. Estabelecendo conexões e ampliando ideias... Rosária Sperotto afirma que “a subjetivação é um processo através do qual são criadas novas formas: de existência, de relações, de saberes e de vínculos; ela emerge a partir da consciência de si, ou seja, como nos sentimos e estabelecemos relações e conexões com o que nos cerca”.
9. Nesse sentido, Marcos Villela Pereira coloca que “talvez se trate de aprendermos a ter uma relação de tolerância, em primeiro lugar, conosco mesmos. Aprender sobre nós mesmos, aprender como é que a gente se torna aquilo que é, como é que a gente vive, age e reage com as interferências que vêm do meio, do outro, dos outros. Como é que a gente se faz feliz, como é que a gente cresce, se transforma, se diferencia da gente mesmo. Depois, depois de prestar atenção e escutar a gente mesmo e aprender um pouco mais de si, tratar de aprender a ter uma relação de tolerância com o outro, com os outros, com a cidade”.
10. A partir das ideias expressas pelos autores citados anteriormente, observa-se que a relação entre subjetividade e o desenvolvimento do sentimento/atitude de tolerância se estabelece na medida em que o sujeito se torna consciente de si, de sua forma de pensar, de agir, os quais são culturais e, portanto, não são formas naturais e neutras. A questão que emerge nesse contexto é: como a escola pode contribuir para a formação de sujeitos tolerantes, promovendo assim uma educação para a paz? Nessa ótica, a escola pode utilizar, critica e criativamente, os dispositivos pedagógicos, de tal forma que contribuam na constituição de uma subjetividade tolerante.
11. Sperotto destaca que “um dispositivo pedagógico age em qualquer lugar, transforma relações entre as pessoas, no meio onde interage, bem como nas que o sujeito estabelece consigo mesmo”. Nesse sentido, a fotografia escolhida para este trabalho é um exemplo de dispositivo pedagógico que pode mobilizar os indivíduos na busca de novas formas de pensamento, expressão, relação entre outros sujeitos e grupos, experimentação de novos modos de ser.
12. A importância dessa prática se constitui em desafio para Pereira, pois “não é nada fácil romper a inércia que nos envolve e partir para a experimentação de outros estados, outros jeitos de ser. Não é fácil (apesar do tanto que a gente reclama da violência) fazer da cidade um grande laboratório de experimentação de modos de ser. Porque isso nos coloca em constante risco. Risco de dar errado, risco de sucumbir, de se equivocar, de exagerar. Risco que faz parte, mas ao qual nós renunciamos em nome da comodidade dos espaços e dos tempos regulados, dos modos de ser padronizados e continuadores de um certo jeito óbvio de ser. Risco de não saber em que vamos nos tornar”.
14. Considerações finais A escolha pela fotografia apresentada neste trabalho decorreu da possibilidade de utilizá-la para suscitar questionamentos aos professores acerca de aspectos relacionados aos processos de subjetivação, os quais precisam considerar os diversos dispositivos pedagógicos (mídias, tecnológicos, indivíduos e grupos). Em seguida, a partir da análise dessas questões, objetivou-se apontar possíveis percursos que “ligam” os termos subjetividade e tolerância por meio das contribuições de Sperotto e Pereira.
15. Para finalizar, os dispositivos pedagógicos “contaminam”, positiva ou negativamente, o jeito de ser, de pensar e experimentar do sujeito. Nesse sentido, o papel do professor é orientar seu aluno para uma reflexão crítica dos efeitos desses dispositivos na constituição de sua subjetividade, conduzindo-o ao terreno da consciência, pois como bem colocou Pereira, “depois de prestar atenção e escutar a gente mesmo e aprender um pouco mais de si, tratar de aprender a ter uma relação de tolerância com o outro, com os outros, com a cidade”, é que a tolerância servirá de referência para as relações sociais e individuais.
16. Referência Link para vídeo “La tolerancia”: http://www.youtube.com/watch?v=xzhEo7wzMCw