A Grécia Antiga influenciou profundamente a cultura ocidental, tendo sido o berço da democracia e da filosofia. O documento descreve os principais períodos históricos da Grécia, desde as civilizações micênica e minoica até o período clássico de Atenas e Esparta, marcado por conflitos como as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso. A filosofia grega surgiu com os pré-socráticos e sofistas, alcançando seu auge com
2. A gênese da cultura ocidental
• A democracia da Grécia Antiga.
• Possibilidade de participação política.
• Os cidadãos devem discutir e decidir sobre
questões de interesse da coletividade.
• Grécia e Roma: ponto de partida da noção de
democracia e de cidadania – direito, filosofia,
arte, modo de pensar do mundo ocidental.
3. A civilização grega
• Localização da Grécia.
• Descontinuidade entre a Grécia antiga e a
Grécia atual.
• Importância da sociedade grega: serviram de
inspiração para os movimentos que lutaram
por liberdade e igualdade, contra a tirania dos
governantes ou a opressão estrangeira.
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6. Períodos da História da Grécia Antiga
• Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C
• época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das
civilizações Micênica e Cretense. Invasão dos Dórios no final deste
período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.
• Homérico - entre 1.100 e 700 a.C
• conclusão do processo de ruralização das comunidades gentílicas.
Nos genos havia a coletivização da produção e dos bens. No final
deste período, com o crescimento populacional, ocorreu a
desintegração dos genos.
• Arcaico - entre 700 e 500 a.C
• surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação de uma elite
social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste
período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização.
Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento
literário e artístico.
7. • Clássico - entre 500 e 338 a.C
• época de grande desenvolvimento econômico, cultural,
social e político da Grécia Antiga. Época de grande
fortalecimento das cidades-estados gregas como, por
exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi
também uma época marcada por conflitos externos como,
por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no
século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do
Peloponeso (entre Atenas e Esparta).
• Helenístico - entre 338 e 146 a.C
• fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a
conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-
se pela Ásia, fundindo-se com outras (helenismo).
8. A civilização minoica
• 2200 a. C. – Ilha de Creta: Estados teocráticos cuja
administração estava centrada nos palácios de Creta,
como o de Cnossos.
• Principal atividade econômica: comércio marítimo.
• Século XVI a. C. – território (grego) começou a ser
ocupado pelos micênicos (aqueus): introdução do
uso do carro e do cavalo (elementos guerreiros).
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17. A civilização micênica
• Síntese de elementos culturais.
• Primeiros a compor elementos escritos em língua
próxima à grega (linear B).
• Poder centralizado – reis instalados em seus
palácios.
• 1200 a. C. – crise do mundo micênico: invasão dos
dórios, dificuldades econômicas e ocorrências
naturais.
• Transição entre o poder centralizado e a pólis (século
VIII a. C.) – período homérico.
18. Testemunhos do Período Homérico
• Ilíada: o foco central é o último ano da famosa
Guerra de Troia.
• Odisseia: narra as façanhas do herói Odisseu (Ulisses)
na sua viagem de retorno a Ítaca após combater na
Guerra de Troia.
• São poemas atribuídos a Homero, mas é mais
provável que representem o ponto culminante de
uma longa e rica tradição da poesia oral.
• Recitados pelos aedos e pelos rapsodos
19. A virtude guerreira
• Valorização da atividade bélica.
• Individualidade: a vitória resultava das
habilidade individuais do guerreiro e não de
ações coletivas ou estratégias de batalhões
(isso vai mudar no período clássico).
• Atividade guerreira restrita a uma elite.
20. Comunidade gentílicas
• Organização em gene: comunidades constituídas de
clãs familiares, que se identificavam entre si por
meio de um ancestral comum.
• Oikos: unidade social de produção (pastoreio,
agricultura e artesanato).
• Crise: concentração das propriedades de terras nas
mãos de uma minoria aristocrática.
• Aristocracia X artesãos e camponeses = nova
estrutura social – a pólis grega
22. A formação da pólis grega e a invenção da
democracia
• Pólis = cidade-estado + comunidade de cidadãos
responsáveis pelas atividades política e militar.
• Assembleias de guerreiros para tomar as decisões –
debate e discussão. Os cidadãos podiam, portanto,
participar do governo.
• Século VIII ao VI a. C. – pólis aristocrática, com
reduzida participação política.
23. A colonização grega
• Colonização como válvula de escape para a
crise social que ameaçava as póleis gregas.
• Expansão pelo Mar Negro e pelo Mar
Mediterrâneo (séculos VIII a VI a. C.)
• As colônias não mantinham dependência
política em relação às suas cidades-mães.
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25. As reformas sociais (p. 106)
• A colonização não conseguiu resolver a questão agrária.
• O homem comum passou a contestar os privilégios
tradicionais da aristocracia guerreira.
• Instituição do direito escrito (Licurgo em Esparta, Drácon em
Atenas.
26. Sólon e a cidade ateniense
• Novas leis para controlar a tensão social que
tomava conta da pólis (Atenas).
1. Abolição da escravidão por dívidas;
2. Organização censitária da sociedade;
3. Criação de um Conselho (Bulé).
• As reformas não conseguiram conter as
agitações sociais: aristocracia descontente
com a perda de privilégios; camadas
populares queriam mais poder de decisão.
• Pisístrato toma o poder em 546 a. C. –
instalação da tirania
27. A tirania (Pisístrato)
• Confiscou terras e as distribuiu entre os
pequenso proprietários.
• Impulsionou o comércio marítimo financiando
a construção naval.
• Incentivou grandes obras arquitetônicas.
• Promoveu festivais de teatro.
• Ordenou a compilação da Ilíada e da Odisseia.
• Outras cidades-estado também conheceram a
tirania nessa época.
28. A democracia ateniense
• 509 a. C. – Clístenes aboliu as diferenças baseadas na origem
familiar ou na fortuna pessoal e estabeleceu a igualdade de
todos os cidadãos perante a lei
• Em Atenas: democracia direta – os cidadãos participavam
diretamente do governo, cada um expressando suas posições
(ver doc. 5 na página 108).
• Democracia moderna: é “representativa” – os cidadãos
escolhem, por meio do voto, os seus representantes.
• Divisão social em Atenas (cidadãos, metecos e escravos) –
(ver doc. 4 na página 108).
29. Esparta: a pólis oligárquica
• Sociedade aristocrática de base agrária.
• A principal atividade era a guerra.
• Governada por dois reis pertencentes a duas famílias distintas:
diarquia.
• Gerúsia: conselho de anciãos formado por dois reis e mais 28
cidadãos maiores de 60 anos – cuidava da política externa.
• Ápela: onde votavam os cidadãos para designar os éforos, que
eram os que de fato governavam a cidade.
• Em Esparta não se manifestou a tendência à livre discussão e à
livre expressão do pensamento, que eram essenciais para a
democracia ateniense.
• Divisões sociais em Esparta: Esparciatas, Periecos e Hilotas (ver
doc. 7 na p. 109).
30. As guerras médicas
• Independência das cidades gregas na Ásia
Menor – vitória sobre o Império Persa.
• Liga de Delos: aliança militar das cidades
gregas com o objetivo de organizar uma
poderosa frota marítima, financiada por meio
de tributos recolhidos entre as cidades
integrantes.
• Florescimento cultural de Atenas graças aos
tributos recolhidos da Liga.
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33. A Guerra do Peloponeso
• Formação da Liga do Peloponeso (Esparta e outras cidades
gregas): objetivo de frear o crescente poderio ateniense.
• Esparta X Atenas.
• A derrota de Atenas significou a ruína da democracia e a
instalação de regimes oligárquicos nas cidades sob influência
espartana.
• As sucessivas guerras destruíram a economia grega e
provocaram a redução populacional.
• Conquista Macedônica: inicia com Alexandre, o grande, o
período helenístico, no qual houve um grande intercâmbio de
culturas.
• Os reinos helenísticos foram conquistados pelos romanos no
século I a. C.
44. Os jogos olímpicos
• Evento religioso pan-helênico.
• proibidos pelo imperador cristão Teodósio
I em 393, por serem uma manifestação de
rituais do paganismo.
45. Local
• Os Jogos Olímpicos decorriam no santuário de Zeus em Olímpia que era
feito de mármore cristalizado situado na região ocidental do Peloponeso,
a cerca de 15 quilómetros do Mar Jônio, próximo da confluência dos rios
Alfeus e Cladeos. Este santuário retira o seu nome ao Monte Olimpo (que
se situa longe do local, na Tessália, norte da Grécia), ponto mais elevado
da Grécia continental e que era na mitologia grega a residência das
divindades.
• O núcleo de Olímpia era o Áltis, um bosque sagrado. No centro do bosque
existia um templo em estilo dórico dedicado a Zeus, que foi construído
entre 468 e 456 a.C., em cujo interior se encontrava uma estátua colossal
do deus da autoria de Fídias e que era considerada uma das Sete
Maravilhas do Mundo Antigo.
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49. Participantes
• Não poderiam participar nos jogos os estrangeiros (os "bárbaros" segundo
a mentalidade grega), os escravos e as mulheres.
• Os atletas eram de uma forma geral oriundos das classes mais favorecidas
e tinham sido iniciados no desporto desde tenra idade. Não vinham
apenas da Grécia continental, mas de todos os pontos do mundo grego
que na Antiguidade incluía as colónias espalhadas pelas costas do
Mediterrâneo e do Mar Negro.
• Os vencedores eram alvo da homenagem da sua cidade: poderiam
receber alimentação gratuita, terem estátuas erguidas em sua honra e
serem cantados pelos poetas.
• Era proibida a guerra durante o período dos jogos e que visava proteger
os espectadores e atletas durante vinda, estadia e regresso.
50. As provas
• Corridas pedestres.
• Corridas equestres.
• Luta, pugilato e pancrácio.
• Pentatlo: lançamento do disco, lançamento
do dardo, salto em comprimento, a corrida de
estádio (semelhante aos 200 m) e a luta.
53. Pré-socráticos
• Surgimento da pólis e de um novo tipo de
conhecimento.
• Voltaram sua atenção para a natureza.
• O conhecimento podia ser debatido por todos
os cidadãos.
• A palavra não era mais privilégio de um rei e a
explicação dos cosmos não ficava mais restrita
ao interior de um palácio .
54. Sofistas
• Buscavam sistematizar o conhecimento e
aperfeiçoar os instrumentos da razão.
• A persuasão era o instrumento por excelência
do cidadão na pólis democrática.
• Se dedicava ao ensino itinerante, cobrando
pelas aulas que ministravam.
55. Socráticos
• Assim chamados devido à forte influência exercida pelo
pensamento de Sócrates (470-399 a.c).
• Platão foi o mais importante discípulo de Sócrates: refletiu
sobre a natureza do conhecimento e da política. Escreveu A
República e As leis.
• Aristóteles foi discípulo de Platão, mas criticava a
preocupação quase exclusiva dos socráticos com problemas
morais e políticos, voltando sua atenção também para a
observação da natureza e sua leis.
57. Responda as perguntas abaixo (ler texto das páginas 110 a 113)
- pode fazer em dupla, mas tem que ser entregue individualmente.
- vale como atividade avaliativa complementar à prova
1. Relacione a origem da pólis ao surgimento da filosofia.
2. Como podemos caracterizar o pensamento dos pré-
socráticos, dos socráticos e dos sofistas?
3. Explique, resumidamente, como era a educação de
meninos e meninas em Esparta e em Atenas.
4. Quais eram o gêneros teatrais mais celebrados nos festivais
gregos? Caracterize-os e cite os principais autores de cada
um desses gêneros.
5. Que importantes descobertas matemáticas são atribuídas a
Pitágoras e seus discípulos?