O documento descreve os procedimentos para coleta de sangue e urina para análises laboratoriais. Detalha os tipos de materiais biológicos coletados, como sangue e urina, e as formas de coleta de sangue, principalmente punção venosa e arterial. Fornece instruções sobre preparação do paciente, locais de punção, uso de anticoagulantes e armazenamento das amostras.
3. COLETA DE SANGUE
• INTRUÇÕES GERAIS
• O jejum recomendado é de 10 a 14 horas. É livre a ingestão de água.
• As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da
manhã.
• Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja acalmado e
que descanse por alguns minutos.
• Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta.
4. COLETA DE SANGUE
• FORMAS DE COLETA:
– Agulha e seringa estéreis e descartáveis.
– Lanceta estéril e descartável.
– Coleta a vácuo.
5. COLETA DE SANGUE
• O PROBLEMA DA HEMÓLISE
• A ruptura de hemácias libera hemoglobina e altera os resultados de
alguns exames.
• A ruptura de uma pequena quantidade de hemácias é praticamente
inevitável e não causa hemólise visível.
• Amostras de plasma ou de soro hemolisadas apresentam-se mais
coradas.
• Na grande maioria das determinações a hemólise causa aumento ou
diminuição na taxa de elementos no plasma ou no soro que estão
sendo dosados.
• Alguns cuidados:
– Após a anti-sepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o
anti-séptico.
– Usar o garrote o menor tempo possível.
– Não mover a agulha durante a coleta.
6. COLETA DE SANGUE
• Obtenção de sangue:
– Punção Venosa
– Punção Arterial
– Punção de Pele
7. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Sangue venoso que circula da
periferia para o centro do sistema
circulatório, o coração, é o mais usado
em exames laboratoriais.
• A coleta é feita com agulhas e
seringas estéreis e descartáveis ou por
meio de tubos com vácuo adaptados a
agulhas estéreis, com ou sem
anticoagulantes.
• Preferência pelas veias intermediárias
cefálica e basílica em adultos e
crianças maiores.
• Outras opções: veias jugulares, veia
femoral, seio sagital superior,etc.
8. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veias da Dobra do Cotovelo
1. Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril,
deixando na própria embalagem estéril pronta para ser usada.
2. Colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da
dobra do cotovelo. Verificar o pulso para garantir que a
circulação arterial não foi interrompida.
3. O paciente deve abrir e fechar a mão várias vezes para aumentar
a circulação venosa.
4. Pela inspeção e palpação determinar a veia a ser puncionada,
que deve ser calibrosa e firme.
5. Desinfetar a pele sobre a veia selecionada, com álcool a 70% e
deixar secar.
6. Não tocar o local a ser puncionado, nem deixar que o paciente
dobre o braço.
7. O paciente, agora, deve permanecer com a mão fechada.
9. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veias da Dobra do Cotovelo
8. Pegar a seringa colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para
guiá-la durante a introdução na veia.
9. Esticar a pele do cotovelo, com a outra mão, uns 5 cm abaixo do
local da punção, mas sem tocá-lo.
10. Introduzir a agulha na pele ao lado da veia que vai ser puncionada,
paralelamente a ela, e, lentamente, penetrar em seu interior.
11. O sangue deverá fluir espontaneamente para dentro da agulha ou,
então, deve-se puxar lentamente o êmbolo, para verificar se a
agulha está na veia e, em seguida, retirar o sangue necessário.
12. Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão
seco no local.
13. Retirar a agulha e transferir o sangue coletada para os tubos com ou
sem anticoagulantes, de acordo com o exame solicitado, escorrendo
lentamente o sangue, sem formar espuma.
14. Tubos com anticoagulantes devem ser invertidos, várias vezes,
lentamente.
10. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veias do Dorso da Mão
– Em pacientes obesos, cujo
acesso às veias do cotovelo é
mais difícil, essas veias da
mão são por vezes mais
calibrosas.
– São extremamente móveis em
relação aos tecidos
circunjacentes, o que dificulta
a penetração da agulha em seu
interior.
– A perfuração é mais dolorosa e
a hemostasia mais demorada,
geralmente formando
hematomas.
11. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veia Jugular Externa
– Imobilização do paciente (principalmente
crianças), em posição inclinada, com a
cabeça em nível inferior ao tronco.
– Roda-se a cabeça para o lado oposto ao da
punção, o que permite visualizar a veia.
– Provoca-se o choro em crianças, para que
aumente a estase venosa. Se adulto, deve
ficar assoprando com a boca e nariz
fechados.
– A agulha deve penetrar diretamente sobre
a veia que nessa região é bem superficial.
– Após a punção, manter o paciente sentado
e com algodão ou gaze fazer compressão
demorada.
12. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veia Jugular Interna
– Imobilização do paciente (mesmo modo da
jugular externa)
– Toma-se como ponto de referência o
músculo esternocleidomastóideo.
– A agulha deve penetrar no ponto que
coincide com a metade da distância entre a
origem e a inserção do músculo, ao nível
de sua borda anterior.
– Após a penetração da pele a agulha deve
estar com a ponta voltada para a fúrcula
esternal, mantendo-se quase paralela à pele
e aprofundando um pouco mais de 0,5cm.
– Após a coleta, compressão por alguns
minutos.
13. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Veia Femoral
– Somente quando todas as outras
opções falharam.
– Palpa-se o pulso femoral, ao nível da
prega inguinal e punciona-se logo
abaixo do ligamento inguinal, para
dentro da artéria pulsátil.
– A agulha deve penetrar em posição
vertical, até tocar a parte óssea.
Lentamente deve ser retirada,
fazendo-se pressão negativa na
seringa, até se conseguir obter fluxo
de sangue.
– Após a coleta comprimir o local
durante alguns minutos.
14. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Seio Sagital Superior (Fontanela
Bregmática)
– Em crianças com a fontanela ainda
aberta.
– A punção é feito em nível do
ângulo posterior da fontanela.
– A agulha penetra num ângulo de 30
a 90º sendo introduzida apenas uns
3 mm e com o cuidado de não
atingir o espaço subaracnóideo.
– Após a coleta, compressão
delicada, mas eficiente, deve ser
feita.
15. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO VENOSA
• Cordão Umbilical
• Imediatamente após o nascimento do bebê, o cordão umbilical é preso
com pinça e cortado.
• Para recolher o sangue do cordão, outra pinça é colocada a 20 ou 25
centímetros da primeira, a seção isolada é cortada e a amostra do
sangue coletada dentro de um tubo de amostra.
• O exame é realizado para avaliar:
– Gases sanguíneos
– pH do tecido fetal
– Nível respiratório
– Hemograma completo
– Bilirrubina
– Glicose
– Hemocultura (se houver suspeita de infecção)
– Armazenamento de células-tronco
16. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO ARTERIAL
• Sangue arterial é o sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do
coração para todos os tecidos. É essencialmente uniforme em sua
composição
• São utilizadas a artéria femoral, a artéria radial ou a artéria braquial.
• Estudo da gasometria sanguínea.
• Através da amostra de sangue arterial, o laboratório pode determinar
as concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a
acidez do sangue, que não pode ser mensurada em uma amostra de
sangue venoso.
• O exame é utilizado para avaliação de doenças respiratórias e de
outras condições que afetem os pulmões. O exame é usado também
para determinar a eficiência da terapia com oxigênio. O componente
ácido-base do exame também fornece informações a respeito do
funcionamento dos rins.
17. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO ARTERIAL
• Obter seringa para gasometria,
heparinizada.
• O paciente deve repousar por 30
minutos.
• O local da punção pode ser
anestesiado com Xilocaína 1-2%.
• Realizar anti-sepsia com iodo-
povidona e álcool a 70%. Deixar
secar.
• Palpar a artéria com luvas e puncioná-
la em ângulo de 30º a 90º.
• Coletar cerca de 2 ml de sangue.
Remover agulha e seringa.
• Aplicar pressão ao local puncionado
com gaze estéril de 5-15minutos.
• Retirar o ar da seringa e vedá-la com
borracha. Agitar a amostra.
• Imediatamente colocar a amostra
imersa em gelo.
18. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO ARTERIAL
• pH - Avaliar o pH para determinar se está presente uma acidose ou uma
alcalose. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema
respiratório (PaCO2) ou metabólico. Normal de 7,35 a 7,45
• PaO2 - A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os
capilares pulmonares. Normal de 80 a 100mmHg.
• PaCO2 - A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da
ventilação alveolar. Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está
hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose
Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está
hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose
Respiratória.
• HCO3
-
As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem
desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o
HCO3
-
estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está
em Alcalose Metabólica. Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L com desvio
19. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO ARTERIAL
• Fatores que afetam os resultados:
– Rejeitar amostra coagulada;
– Transportar a amostra para o laboratório, a fim de processá-la dentro de
15 minutos.
– Se o paciente está sendo submetido à aspiração endotraqueal ou à
terapia respiratória, a amostra deve ser colhida pelo menos 20 minutos
após o procedimento;
– A não expulsão do ar da seringa de gasometria resultará em falsa
elevação da PaO2 ou falsa redução da PaCO2;
– A não imersão da amostra em gelo pode resultar em redução do pH e
da PaO2;
– A não expulsão da heparina da seringa antes da coleta da amostra pode
resultar em redução do pH, PaCO2 e PaO2.
20. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO CAPILAR
• Utilizado na hematologia, em pesquisa de hemoparasitos, na coleta de
amostras para execução de microtécnicas e em provas de coagulação.
• É uma mistura de sangue venoso e arterial, mas o sangramento é
principalmente arterial.
• O sangue capilar é obtido através da pele.
• Especialmente em pacientes pediátricos.
• Punção da pele:
– Superfície póstero-lateral do calcanhar, em crianças até 1 ano de
idade.
– Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão.
– Lóbulo da orelha.
21. COLETA DE SANGUE
• PUNÇÃO CAPILAR
• Nunca:
– Em local edematoso.
– Massagear antes.
– Espremer.
• Pode:
– Aquecer previamente com compressas quentes.
• Sempre:
– Limpar com álcool a 70%.
– Desprezar a primeira gota.
22. COLETA DE SANGUE
• ANTICOAGULANTES
• Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises
usam-se anticoagulantes.
• Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a
formação da protrombina ou da trombina.
• Os mais usados são:
– EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações
bioquímicas e hematológicas
– Heparina – provas bioquímicas
– Oxalatos – provas de coagulação
– Citratos – provas de coagulação
– Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas
23. Ação dos Anticoagulantes
Contato com XII
vidro XI
Heparina
VIII
X
V
Plaquetas, Ca+2
EDTA Heparina Fibrinogênio
Oxalatos
Citratos Fibrina Frouxa
Fluoreto
Fibrina Firme
24. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– VERMELHO
– Sem anticoagulante.
– Obtenção de soro para bioquímica e sorologia.
– Exemplo de testes:
• Creatinina
• Glicose
• Uréia
• Colesterol
• Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no
soro.
25. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– LAVANDA
– Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico
– EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a
cascata de coagulação
– Obtém-se assim o sangue total para hematologia
– Testes:
• Eritrograma
• Leucograma
• Plaquetas
26. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– VERDE
– Paredes internas revestidas com heparina.
– Produção de uma amostra de sangue total.
– Estabilização por até 48 horas.
– Testes bioquímicos.
27. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– AZUL
– Contém citrato de sódio
– Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para
provas de coagulação:
• Tempo de Coagulação
• Retração de Coágulo
• Tempo Parcial de Tromboplastina
• Tempo de Protrombina
28. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– PRETO
– Os tubos para VHS
– Contêm solução tamponada de citrato trissódico
– Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para
o teste de sedimentação.
29. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– AMARELO
– Tubos para tipagem sangüínea
– Com solução de ACD (ácido citrato dextrose)
– Utilizados para teste de tipagem sangüínea ou
preservação celular
30. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– CINZA
– Tubos para glicemia
– Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em
diferentes versões:
• EDTA e fluoreto de sódio
• oxalato de potássio e fluoreto de sódio
• heparina sódica e fluoreto de sódio
• heparina lítica e iodoacetato
– Ocorre inibição da glicólise para determinação da
taxa de glicose sanguínea
31. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– ROSA
– Tubos para provas de compatibilidade cruzada
– Duas versões:
• Com ativador de coágulo » Provas cruzadas com soro.
• Com EDTA » Testes com sangue total.
32. COLETA DE SANGUE
• Tubos com vácuo:
– ROYAL
– Três versões:
• Sem aditivo
• Com heparina sódica
• Com ativador de coágulo
– Utilizados para testar traços de elementos
metálicos, como: Cu, Zn, Pb, etc.
33. COLETA DE SANGUE
• HEMOCULTURA
• É realizada quando se suspeita de uma infecção no sangue (bacteremia ou
septicemia) com presença de febre, calafrios, pressão sangüínea baixa ou
outros sintomas.
• Neste exame é importante que a amostra de sangue não seja contaminada
por organismos na pele ou instrumental utilizado na preparação do exame.
• Uma rigorosa técnica de anti-sepsia é seguida para obter e preparar o
espécime.
• O sangue é colhido de uma veia, geralmente da prega do cotovelo ou dorso
da mão.
• A cultura é examinada para detectar a presença de microorganismos
durante vários dias. Se os organismos estiverem presentes, outras culturas
podem ser realizadas para identificar os organismos.
34. COLETA DE URINA
• EXAME DE URINA / EQU
• de preferência colher a 1ª urina da manhã.
• lavar os genitais externos com água e sabão. Secar.
• colher a urina em recipiente limpo e seco e enviá-la
imediatamente ao laboratório.
• colher somente o jato médio, desprezando o início e o fim da
micção.
• na coleta de urina em mulheres, recomenda-se abstinência sexual
de pelo menos 24 horas.
• em mulheres menstruadas, e em caso de urgência, usar tampão
vaginal depois da lavagem, para não contaminar a urina com
sangue. O ideal seria coletar a urina de 3 a 5 dias após o término
do sangramento menstrual.
35. COLETA DE URINA
• EXAME DE URINA DE 24 HORAS
1. Alimentação normal.
2. Pela manhã, ao acordar, esvaziar completamente a bexiga e
desprezar a urina. Marcar a hora exata (p.ex.: 8 horas da manhã).
3. Daí em diante colher as urinas produzidas durante o dia e a noite,
juntando-as em um ou mais frascos limpos ou frascos produzidos
pelo laboratório (3 litros). Mantê-los no refrigerador e ao abrigo da
luz.
4. A - Pela manhã do dia seguinte, exatamente 24 horas após a hora em
que foi desprezada a urina do começo da prova, colher toda a urina
da bexiga, em frasco separado, rotulando-o “Primeira urina da
manhã, data...”
B - Após 24 horas exatamente, colher todo a urina e juntar com as
outras.
5. Enviar todas as urinas para o laboratório imediatamente.
36. COLETA DE URINA
• COLETA EM CRIANÇAS /
LACTENTES
• Crianças muito jovens e neonatos » Coletor auto-aderente
hipoalergênico
• Recomendações:
– Identificar o coletor auto-aderente
– Abrir as pernas da criança
– Certificar que a região púbica e perineal estão limpas, secas e
isentas de muco.
– Meninas: colocar o adesivo na pele em volta dos genitais externos,
de maneira que a vagina e o reto fiquem isolados e evitando a
contaminação. Após 30 minutos retirar o coletor, mesmo sem a
emissão de urina.
– Meninos: colocar o coletor auto-aderente de maneira que o pênis
fique em seu interior. Após 30 minutos retirar o coletor, mesmo
sem a emissão de urina.
37. COLETA DE URINA
• COLETA COM CATETER
• Cateter é inserido na bexiga através da uretra com o uso de técnica estéril
para obtenção da urina.
• COLETA COM ASPIRAÇÃO SUPRAPÚBICA
• Aspira-se a bexiga distendida com um seringa e agulha acima da sínfise
pubiana através da parede abdominal adentrando a bexiga cheia.
• Complicações são raras.
• Método usado para culturas anaeróbicas, culturas problemáticas (onde a
contaminação não pode ser eliminada) e em crianças.
38. COLETA DE URINA
• ARMAZENAMENTO,
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DA
AMOSTRA DE URINA
• O paciente deve receber instruções claras e por escrito a respeito do
armazenamento, conservação e transporte da amostra de urina
coletada, a fim de manter a integridade dos elementos e contribuir para
a estabilidade das substâncias químicas.
• O tempo entre a coleta e a entrega da amostra no laboratório não deve
ultrapassar uma hora.
• Em caso de demora na entrega, conservar a amostra em refrigerador
(2-5ºC), sendo também necessário, ás vezes o uso de conservantes:
– Formalina – preservação dos elementos figurados
– Ácido Bórico – preservação de aldosterona, estrógenos, etc
– Timol – preservação de mucopolissacarídeos, etc
– Ácido Clorídrico – preservação de adrenalina, noradrenalina, etc
– Fluoreto de Sódio – preservação de glicídeos
– Bicarbonato de Sódio – urina de 24 horas
39. COLETA DE URINA
• FATORES QUE AFETAM OS
RESULTADOS
• Amostras da 1ª urina da manhã fornecem o reflexo mais preciso da
presença de bactérias e de elementos formados, tais como cilindros e
cristais.
• Um retardo no exame após a coleta pode causar valores falsamente
reduzidos de glicose, cetona, bilirrubina e urobilinogêno.
• Amostras coletadas, mantidas à temperatura ambiente e tardiamente
entregues ao laboratório, podem causar valores falsamente elevados de
bactérias, em virtude de seu supercrescimento.
• Retardos também perturbam a nitidez microscópica, em virtude da
dissolução de uratos e fosfatos.
40. EXAME DE URINA / E.Q.U.
• Realizam-se três etapas do exame:
1. Exame físico;
2. Exame químico;
3. Exame microscópico.
41. EXAME DE URINA / E.Q.U.
• EXAME FÍSICO
1. COR: As cores usadas para a descrição são: amarelo, amarelo
claro, amarelo escuro, avermelhado, marrom, esverdeado. Quando
vermelha há presença de sangue na urina, ou também é observada
quando da ingestão de beterraba. A urina também pode apresentar-se
verde pela ação de medicamentos.
2. ASPECTO: Os três estados observados são: límpida; ligeiramente
turva e turva. Também podemos ter o aspecto sanguinolento.
3. DENSIDADE: Varia de 1,016 a 1,020 como valores normais.
Diminuição nesta densidade indica algum problema que não permite a
concentração desta urina e o aumento nesta densidade indica excretas
a mais (como glicose).
42. EXAME DE URINA / E.Q.U.
• EXAME QUÍMICO
• A maioria dos testes de triagem de urinálise são medidos por
meio de uma "fita" reagente. Existem vários tipos de fitas
reagentes. Pesquisa de:
– Urobilinogênio
– Bilirrubina
– Corpos cetônicos
– Hemoglobina
– Glicose
– Sangue
– Proteínas
– pH
– Nitritos
44. EXAME DE URINA
• SOLICITAÇÕES
ESPECIAIS
• Taxa de excreção de aldosterona
urinária de 24 horas
• Porfirinas na urina
• Amilase na urina
• Mioglibina na urina
• Cobre na urina de 24 horas
• Nitrogênio da uréia na urina
• Osmolalidade da urina
• Exame de concentração da urina
• Creatinina na urina
• Proteína na urina de 24 horas
• Cortisol na urina
• Cálcio na urina
• Exame de Norepinefrina na urina
• Exame de dopamina na urina
• Exame de adrenalina na urina
• Exame de epinefrina na urina
• Exame urinário de ácido cítrico
• Eletrólitos na urina
• Sódio na urina
• Potássio na urina
• Ácido úrico na urina
• Urocultura
• Cultura de urina (amostra
cateterizada)
• Exame de citologia da urina
• Estriol na urina
• Aminoácidos na urina
• Hemoglobina na urina
45. COLETA DE URINA
• UROCULTURAS
• Exame microbiológico da urina
• Rigorosa limpeza e anti-sepsia, tomando cuidado para completa remoção
dos produtos usados.
• Coleta por aspiração suprapúbica: o aparecimento de uma só colônia de
bactérias já indica infecção, desde que eliminada contaminação.
• Coleta por jato médio: crescimento de menos de 10.000 colônias por ml de
urina não indica infecção. Bactérias da uretra.
• Acima de 100.000 colônias por ml de urina: evidência de infecção, desde
que a espécie bacteriana seja uma só.
• É importante que se espere pelo menos 2 horas entre a última micção e a
coleta de urina pra cultura.
46. Coleta de Amostras Biológicas: Sangue e Urina
Collection of Biological Specimen: Blood and Urine
Giovani Assumpção de Linhares
Palavras-chave: amostras biológicas; coleta; laboratório
Keywords: biological specimen; collection; laboratory
______________________________________________________________
Referências Bibliográficas
• Moura, Roberto A de Almeida. Colheita de Material para Exames de
Laboratório. São Paulo: Atheneu, 1987, p.29-76.
• Motta, Valter T. Bioquímica Clínica para o Laboratório. 4 ed. Porto
Alegre: Editora Médica Missau, 2003, p. 43-55.