O documento apresenta o Plano Municipal para a Infância e Adolescência de Marília para o período de 2014 a 2021, definindo suas diretrizes e ações a serem implementadas pelas secretarias municipais da educação, saúde, assistência social, juventude e cultura para garantir os direitos das crianças e adolescentes. O plano foi elaborado após seminário que reuniu representantes de diversos setores para debater as necessidades locais.
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
Plano Municipal para a Infância e Adolescência de Marília
1. PREFEITURA MUNICIPAL DE MARÍLIA
PLANO MUNICIPAL PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Marília/SP
2014
2. Vinicius Almeida Camarinha
Prefeito Municipal de Marília
Sérgio Lopes Sobrinho
Vice- Prefeito de Marília
Profa
Dra
Fabiana Rodrigues Cruvinel
Articuladora Municipal do Programa Prefeito Amigo da Criança
Thays Helena Esteves Rossato
Representante do Município do Programa Prefeito Amigo da Criança
Maria Angélica Galiote da Silva
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente
3. APOIO TÉCNICO
Fundação Abrinq
COLABORAÇÃO JURÍDICA DO PLANO
Thays Helena Esteves Rossato
REVISÃO
Prof. Ms. Joaquim Bento Feijão
SISTEMATIZAÇÃO GERAL
Thays Helena Esteves Rossato
Adriana Azevedo Teruel
FORMATAÇÃO GERAL
Thays Helena Esteves Rossato
4. Comissão de Elaboração
Secretaria Municipal da Educação
ADRIANA AZEVEDO TERUEL
THAYS HELENA ESTEVES ROSSATO
Secretaria Municipal de Assistência Social
ÂNGELA IANUÁRIO
NEIDE BRITO DE MOURA LEATTI
Conselho Tutelar
DAISY CARLA M. C. CARDOSO
Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania
MARIELA RIBEIRO N. CARDOSO
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
MARIA ANGÉLICA GALIOTE DA SILVA
Secretaria Municipal da Saúde
CRISTINA T. MACEDO KUABARA
Fórum de Marília
OTÁVIO LUIZ CALIMAN GRADIM
Amor Exigente
LATIFE EMILE BAAKLINI G. COELHO
VERA LÚCIA LORENSETTI GELÁS
ARTICULADOR MUNICIPAL
Profa
Dra
Fabiana Rodrigues Cruvinel
COORDENAÇÃO
Profa
Dra
Fabiana Rodrigues Cruvinel
Thays Helena Esteves Rossato
5. RESUMO
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA) aprovou, em 2011, o Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças
e Adolescentes, que tem por princípio a implementação de políticas públicas
direcionadas aos direitos humanos das crianças e dos adolescentes.
Com isso, passou-se a recomendar que os Estados e Municípios
elaborassem planos decenais com base nos eixos, diretrizes e objetivos estratégicos
estabelecidos pelo Plano Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes.
É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão”
(CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL, ART. 227).
Preocupado com a efetivação dos direitos fundamentais das crianças e
dos adolescentes e com base neste preceito legal, o Município de Marília, através da
atual gestão, por meio da Portaria n°. 29.015 criou uma comissão, denominada
Comissão Municipal de Avaliação e Acompanhamento – CMAA, do Programa
Prefeito Amigo da Criança – PPAC (2013 – 2016).
Esta Comissão, formada por representantes de vários seguimentos,
tais como: Poder Executivo Municipal, Poder Legislativo Municipal, Conselho Tutelar
e Conselhos Municipais Setoriais e de Controle Social, Organizações da Sociedade
Civil entre outros, se reuniu periodicamente durante alguns meses.
Destas reuniões surgiu a necessidade de realizar um fórum de
discussões. A Secretaria Municipal da Educação, na pessoa de sua Secretária, com
o papel de articuladora do Plano Municipal da Infância e Adolescência, promoveu o I
Seminário de Mobilização do Programa Prefeito Amigo da Criança: Elaboração do
Plano Municipal da Infância e Adolescência, no dia 14 de Outubro de 2014. O evento
foi realizado das 8h30 às 17h00, no Auditório Bloco VIII da UNIMAR – Universidade
de Marília.
6. Este Seminário, que teve a participação de aproximadamente 200
representantes de vários segmentos da sociedade, inclusive um número expressivo
de jovens, é resultado deste processo participativo no qual foram levantadas
necessidades reais das crianças e adolescentes do município de Marília.
O processo seguinte foi sistematizar a demanda levantada,
identificando as problemáticas e possíveis soluções, dividindo-as em setores. A
estruturação deste Plano reflete o compromisso do município em priorizar este
público e tem por objetivo central a implementação de políticas públicas que
assegurem os seus direitos.
As diversas propostas recebidas contribuíram para a adequação do
Plano à realidade municipal, isto representa a legitimidade do mesmo e o
compromisso não só da municipalidade, mas de diversos atores sociais
comprometidos com os direitos das crianças e adolescentes.
Com isso certamente esta mobilização se transformará em ações
concretas de todos os envolvidos, que assumiram este compromisso até 2021.
7. Agradecimentos
À Fundação Abrinq pela orientação
técnica, pelo suporte e material
fornecido.
A todos os atores envolvidos no
Seminário de Mobilização do
Programa Prefeito Amigo da Criança,
aos participantes das oficinas de
estudos e a Comissão de Avaliação e
Acompanhamento deste Programa
que contribuíram para a construção
do Plano Municipal da Infância e da
Adolescência.
8. ...Você criança,
que vive a correr,
é a promessa
que vai acontecer...
é a esperança
do que poderíamos ser...
é a inocência
que deveríamos ter...
Você criança, de qualquer
idade,
vivendo entre o sonho e a
realidade
espargem pelas ruas da
cidade, suas lições de amor e
de simplicidade”!
Você Criança
Lauro Kisielewicz
9. PORTARIA NÚMERO 29015
VINICIUS A. CAMARINHA, Prefeito Municipal de Marília, usando de
atribuições legais, tendo em vista o que consta no Protocolo nº 54345/13, NOMEIA a
COMISSÃO MUNICIPAL DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO – CMAA, do
Programa Prefeito Amigo da Criança – PPAC (2013 – 2016), da Fundação Abrinq
– Save the Children, ficando revogada a Portaria nº 28875, de 24 de outubro de
2013:
I – REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO:
a) Representante do Poder Judiciário:
OTÁVIO LUIZ CALIMAN GRADIM
b) Representante do Conselho Municipal da Educação:
MÁRCIA REGINA DAS NEVES FERREIRA VINHOLO
c) Representante da Câmara Municipal de Marília:
WILZA AURORA MATOS TEIXEIRA
d) Representante do Conselho Tutelar de Marília:
DAISY CARLA MONTANHA CORDEIRO CARDOSO
e) Representante da Secretaria Municipal da Cultura:
JULIANA TONIOLO CARMELLO
f) Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social:
HELEN ROSE SEGAMARCHI TRINDADE
g) Representante da Secretaria Municipal de Governo, Trabalho e Inclusão:
ELIZABETE ROSA DA SILVEIRA
h) Representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente:
ROSA MIDORI KIMURA MENDES
i) Representante da Secretaria Municipal da Educação no Conselho Municipal
de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação- FUNDEB:
MARCELO CAMPOS PEREIRA
j) Representante da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer:
MAURO FERREIRA MARTA
k) Representante da Secretaria Municipal da Saúde:
CRISTINA TOSHIE DE MACEDO KUABARA
10. l) Representante da Secretaria Municipal da Educação
THAYS HELENA ESTEVES ROSSATO
II – REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL:
a) Representante das entidades de atendimento sociais de atendimento a criança
e do adolescente no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – CMDCA e Presidente da Comissão Municipal de
Acompanhamento e Avaliação – CMAA, do Programa Prefeito Amigo da
Criança – PPAC:
MARIA ANGÉLICA GALIOTE DA SILVA
b) Representantes da União dos Grêmios Estudantis de Marília – UGEM /
Sociedade Civil:
DANILO JUARI DA SILVA
DOUGLAS EDUARDO ELIAS
c) Representantes de Organização da Sociedade Civil/ Pais de Alunos da Rede
Municipal:
CAMILA PEREIRA DA SILVA OLIVEIRA
DANIELE PRISCILA DE OLIVEIRA GARCIA BRANDÃO
ELIANA FERNANDES DA SILVA CLARO
CARLOS ALBERTO GALLETTI
HERIBERTO MAGNO CÉSAR NUNES
ANTÔNIO APARECIDO PAPA
SABRINA ALVES DIAS
d) Representante da Sociedade Civil/ Pais de Alunos da Rede Estadual:
TÂNIA MACEDO DOS SANTOS KOYAMA LEITE
e) Representante da Sociedade Civil/ Ensino Superior
ANDRÉIA VICENTE ALONSO STUDIESK
Prefeitura Municipal de Marília, 19 de dezembro de 2013.
11. PARTICIPAÇÃO
Amor Exigente
APAE
APEOESP
Banco de Leite
Câmara Municipal de Marília
CEMAEE
COMEN
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Conselho Tutelar
Defensoria Pública
Diretoria de Ensino
Emdurb
Empresa Bel Chocolates
Espaço Potencial
Fórum de Marília
Gota de Leite
Lar da Criança
Legião Mirim
Ministério Público
Nikkey Clube
Ong Bella Ajuda
Polícia Civil
Polícia Militar
Secretaria de Governo, Trabalho e Inclusão
Secretaria Municipal da Administração
Secretaria Municipal da Cultura
Secretaria Municipal da Educação
12. Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania
Secretaria Municipal da Saúde
Secretaria Municipal de Assistência Social
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
SINDIMAR
Tribunal de Justiça
UNESP
Unimar – Universidade de Marília
13. SIGLAS
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
APEOESP – Associação dos Professores do Estado de São Paulo
CAOIM – Centro de Atendimento à Obesidade de Marília
CAP – Centro de Atenção Psicossocial
CEMAEE - Centro-Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado
CEMEI – Classe Municipal de Educação Infantil
CENTRO POP – Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua
CEO – Centro de Especialidades Odontológicas
CMAA – Comissão Municipal de Acompanhamento e Avaliação
CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
COMEN – Conselho Municipal de Entorpecentes
CONANDA – Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
CRAS – Centro de Referência em Assistência Social
CREAS – Centro de Referência Especializado em Assistência Social
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
EJA – Educação para Jovens e Adultos
EMDURB – Empresa de Desenvolvimento Urbano
EMEF – Escola Municipal da Educação Fundamental
EMEFEI – Escola Municipal de Educação Fundamental e Educação Infantil
EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil
FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
FUMARES – Fundação Municipal de Recuperação Social
FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OCA – Orçamento da Criança e do Adolescente
ONG – Organização Não Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
14. PA – Pronto Atendimento
PAM – Parque Aquático Municipal
PM – Polícia Militar
PMIA – Plano Municipal da Infância e da Adolescência
PMM – Prefeitura Municipal de Marília
PPAC – Programa Prefeito Amigo da Criança
PSF – Posto de Saúde da Família
SINDIMAR – Sindicatos dos Trabalhadores em Edifícios, Imobiliárias, Serviços
Terceirizados, Entidades Beneficentes e Institutos de Beleza de Marília e Região.
SISTEMA “S” – Conjunto de onze contribuições de interesse de categorias profissionais,
estabelecidas pela Constituição Brasileira
UBS – Unidade Básica de Saúde
UGEM – União dos Grêmios Estudantis de Marília
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação
UNESP – Universidade do Estado de São Paulo
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância
UNIMAR – Universidade de Marília
USF – Unidade de Saúde da Família
SAS – Secretaria Municipal de Assistência Social
SC – Secretaria Municipal da Cultura
SE – Secretaria Municipal da Educação
SEL – Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
SJC – Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania
SMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente
SS – Secretaria Municipal da Saúde
15. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................15
2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA...........................................................18
3. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL.................................................................................22
4. MARCO SITUACIONAL........................................................................................24
5. MARCO CONCEITUAL.........................................................................................28
6. IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO...............................30
7. PLANO DE AÇÃO E SUAS DIRETRIZES.............................................................32
7.1. Quadro de ações......................................................................................34
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................64
ANEXO 1 – SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO.....................................................................65
ANEXO 2 – SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE..............................................................................78
ANEXO 3 – SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL................................................83
ANEXO 4 – SECRETARIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE E CIDADANIA.....................................92
ANEXO 5 – SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA........................................................................95
ANEXO 6 – SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE........................................................98
ANEXO 7 – SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER......................................................99
ANEXO 8 – CONSELHO TUTELAR..........................................................................................................103
ANEXO 9 – CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
................................................................................................................................................................................106
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................................144
16. 15
1. INTRODUÇÃO
Há documentos internacionais, entre os quais a Declaração dos
Direitos da Criança, de 1959 e a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança,
de 1989, ratificada pelo Brasil em 1990, que já reconhecem a criança como credora
de direitos frente ao Estado.
Este Plano emerge com vistas à formulação e implementação de
Políticas Públicas que assegurem a garantia dos direitos das crianças e
adolescentes a partir da identificação dos papéis do Estado Democrático e da
sociedade, destinado a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e
adolescentes de Marília/SP, e para tanto foi criado de forma integral e articulada,
buscando uma compreensão descrita na Constituição Federal de 1988 e na Lei nº
8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
A partir da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, e da
elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8069/90, que foi um marco
na legislação brasileira ao estabelecer a proteção integral, onde as crianças
brasileiras, sem distinção de raça, classe social ou qualquer outra forma de
discriminação, passaram de objetos a ser sujeito de direitos, consideradas em sua
peculiar condição de pessoas em desenvolvimento a quem se deve assegurar
prioridade absoluta na formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de
recursos.
Art. 227. “É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência
integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem,
admitida a participação de entidades não
governamentais, mediante políticas específicas e
obedecendo aos seguintes preceitos:
I - aplicação de percentual dos recursos públicos
destinados à saúde na assistência materno-infantil;
II - criação de programas de prevenção e atendimento
especializado para as pessoas portadoras de deficiência
física, sensorial ou mental, bem como de integração
social do adolescente e do jovem portador de deficiência,
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência,
e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos,
17. 16
com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de
todas as formas de discriminação..... (BRASIL,1988).
Com isso o Estado, juntamente com a Família e a Sociedade têm
deveres, com absoluta prioridade, perante esta parcela vulnerável da população. E
com o Município de Marília, esta responsabilidade não poderia ser diferente, daí a
importância da criação deste Plano, através de uma forma integral e articulada com
todos os segmentos da sociedade e do poder público em todas as esferas.
Os artigos 4º e 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei
federal nº. 8069/90) reiteram o citado dispositivo constitucional.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou
de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas
sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão,
aos seus direitos fundamentais”. (ECA)
As diretrizes estabelecidas pelo ECA, relativas à política de
atendimento, são consideradas como a origem do Sistema de Garantia dos Direitos
da Criança e do Adolescente, sendo que este possui três grandes eixos ou linhas de
ação: a promoção dos direitos, a defesa dos direitos e o controle social das ações
levadas a cabo no âmbito dos eixos anteriores.
O Plano Municipal da Criança e Adolescente é resultado de um
processo articulado, participativo e de elaboração conjunta, envolvendo
representantes de todos os segmentos governamentais do município e da sociedade
civil organizada, os quais participaram do Seminário de Mobilização e do Fórum
Permanente do Diagnostico Social para elaboração do Plano. As propostas
recebidas de todos os envolvidos contribuíram para o estudo de problemáticas e a
possibilidade de ações, salientando a adequação do Plano à realidade do município,
18. 17
bem como aos princípios da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Criança
e do Adolescente e às normativas vigentes.
O Plano concebe uma importante ferramenta de mobilização municipal
e suas diretrizes certamente se transformarão em ações concretas e articuladas de
responsabilidade do Estado e dos diversos atores sociais, que renovam o
compromisso pela promoção, proteção e defesa do direito de crianças e
adolescentes.
É de soberana importância a mobilização do Estado e da sociedade
para que as crianças e os adolescentes sejam vistos de forma integral em seus
direitos e deveres constitucionalmente regimentados. No entanto, a implementação
das políticas sugeridas pelo Plano, não exclui as importantes ações transversais e
intersetoriais que são necessárias no poder público em conjunto com a sociedade.
O atendimento à criança e ao adolescente deve ser integral, com políticas públicas
que garantam a efetividade dos direitos.
Em observância ao desafio de garantir efetivamente o direito de
crianças e adolescentes apresentadas pelo Diagnóstico da Criança e Adolescente, a
Secretaria Municipal da Educação, através de sua Secretária, elaborou o Fórum do
Diagnóstico Social e no mês de outubro de 2014, no qual se reuniram na UNIMAR-
Universidade de Marília, em torno de 200 atores separados por segmentos, com a
finalidade de refletir sobre situações-problema e apresentar possíveis ações na
busca de soluções possíveis.
Assim, o Plano Municipal para Infância e Adolescência utilizando-se
dos eixos preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e orientando-se
pelas diretrizes ali apontadas deve buscar o fortalecimento do Sistema de Garantia
dos Direitos da Criança e do Adolescente dentro da realidade diagnosticada no
município.
19. 18
2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA/SP
Localizada no Centro Oeste Paulista, sua história começou a ser
contada em 1905 quando a comissão geográfica e geológica do Estado fez um
levantamento da região, que então era habitada por silvícolas.
Em 1913, o Governo do Estado encarregou o Coronel Antônio Carlos
Ferraz de Sales de abrir uma estrada ligando Presidente Pena, hoje Cafelândia, na
Noroeste, e Platina, na Sorocabana. Aberta a estrada, Cincinato César da Silva
Braga adquiriu as terras que margeavam o espigão divisor das Bacias Peixe e
Tibiriçá, denominando-a Cincinatina, e determinou que nelas fossem plantados
10.000 pés de café.
Muitos imigrantes chegaram à região, sobretudo os de origem
japonesa, italiana, espanhola e síria.
Em 1923, o lusitano Antônio Pereira da Silva e seu filho José Pereira
da Silva, o Pereirinha, adquiriram 54 alqueires de terra dos quais vieram constituir o
patrimônio Alto Cafezal onde surgiram as primeiras casas de tábua e uma capela
humilde erguida na colina, sendo Santo Antônio o padroeiro da nascente povoação.
Em 1926 surgiram mais dois patrimônios; um denominado Vila Barbosa
pertencente a princípio a Marcelo Ferraz e depois a Almeida e Nogueira e outro
pertencente a Bento de Abreu Sampaio Vidal a leste.
Nesta mesma época a companhia paulista de estrada de ferro estava
avançando seus trilhos de Piratininga ao espigão, a parte mais ocidental da Serra de
Agudos, chegando ao Município de Lácio e segundo os critérios usados por essa
companhia as estações iam sendo nomeadas no ramal por ordem alfabética e,
portanto a próxima deveria começar com a letra “M”.
A cidade resultou da união dos três patrimônios. O Sr. Bento de Abreu
autor do projeto de criação do distrito de paz em 1926 denominou a futura cidade de
Marília inspirado no romance Marília de Dirceu.
O Município foi criado em 24 de dezembro de 1928 e emancipado em 4
de abril de 1929.
20. 19
Extensão territorial: área total de 1194 km sendo 42 km de área rural
de área urbana e 1152 km de área rural. Tem altitude de 650 metros e sua
topografia descreve uma região montanhosa.
Distante da capital, São Paulo, 443 km por rodovia e 529 km por
ferrovia.
A fertilidade de seu solo a fez crescer rapidamente. Segundo o
historiador Lucillo Coelho de Oliveira em sua monografia “A cidade de Marília”, nos
diz: “derrubam de uma só arrancada 12.000 alqueires de matas e plantaram quase
de um só fôlego, mais de 24 milhões de pés de café. Havia abundância de braços”.
E nas locomotivas que trilhavam a estrada de ferro havia mais do que
passageiros e produções agrícolas; elas levavam e traziam um pouco de cultura e
de conhecimento.
A cidade cresceu rica, abençoada por seus habitantes que a
transformaram no “Símbolo de Amor e Liberdade”.
Marília possui hoje uma população de 223.454 mil habitantes e possui
249 bairros registrados.
Atualmente, nosso segmento industrial conta com uma variedade de
produção de alimentos, o que tornou a cidade conhecida como “A Capital Nacional
do Alimento”.
Destacam-se indústrias como: Marilan S/A; Bel Produtos Alimentícios;
Nestlé; Yoki; Yanks; Spaipa (Coca-Cola); Sasazaki, entre outras.
A cidade conta com 40 EMEI’s; 19 EMEF’s; 03 EMEFEI’s; 02 CEMEI’s;
34 Escolas Particulares; 46 Escolas Estaduais; 02 Centros Supletivos; 03
Universidades e 01 Faculdade de Medicina. Além disso, o município dispõe do
CEMAEE – Centro-Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado
“Profª Yvone Gonçalves”, que atende alunos com atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor, deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, dificuldades
de aprendizagem e altas habilidades ou superdotação.
21. 20
Possui ainda escolas profissionalizantes de várias áreas como:
mecânica, desenho, industrial e mecânico, técnico em contabilidade entre outros.
Na área da saúde o município é referência estadual. Possui 5 hospitais
e é servida por inúmeras clínicas. A Rede Municipal de Saúde é exemplar. Conta
com 35 USFs (Unidades de Saúde da Família), 12 UBSs (Unidades Básicas de
Saúde), 1 Policlínica e 2 PAs (Pronto Atendimento). O município conta ainda com
serviços diferenciados como 2 CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), tratamento
de obesidade infantil pelo CAOIM (Centro de Atendimento à Obesidade de Marília),
1 Clínica de Fisioterapia, 1 CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), 1 Clínica
de Fonoaudiologia, além do atendimento do Programa Municipal de Ações
Antitabágicas, que colabora na recuperação de pessoas dependentes em tabaco.
Na parte esportiva possui espaços diferenciados como o PAM (Parque
Aquático Municipal) Tetsuo Okamoto, academias ao ar livre, pista de
aeromodelismo, 4 estádios municipais, 2 ginásios municipais.
Marília conta com uma rede integrada de assistência social, com várias
entidades filantrópicas e religiosas que atendem a todos os públicos, desde os mais
jovens até os idosos, assim como os migrantes. A Rede Municipal de Assistência
Social conta com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social
(CREAS), 4 unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), 6
Casas do Pequeno Cidadão, 2 Casas do Pequeno Cidadão que são serviços de
acolhimento, 2 Centros Dia do Idoso, a Fundação Municipal de Recuperação Social
(FUMARES) e 1 Centro Pop – Centro de Referência Especializado para Pessoas em
Situação de Rua.
Na área cultural, são 03 Cinemas, totalizando 09 Salas de Projeção; 01
Clube de Cinema; 01 Espaço Cultural.
Nossa área verde está representada por bosque florestal, uma área
reservada ao reflorestamento e uma área de vegetação de 7.400 hectares de
vegetação natural.
Assim é Marília hoje, um grande polo de desenvolvimento econômico,
cultural, educacional e turístico que com sua potência cresce e mostra ao país que é
possível crescer respeitando a natureza e fazendo história.
22. 21
3. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Constituição Federal de 1988 introduziu no direito brasileiro um
conteúdo e um enfoque próprios da Doutrina de Proteção Integral da Organização
das Nações Unidas, trazendo para nossa sociedade os avanços obtidos na ordem
internacional em favor da infância e da juventude.
Promulgado em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA -
detalhou e aprofundou as diretrizes constitucionais relativas aos direitos das
crianças e adolescentes. Sua maior inovação foi consagrar crianças e adolescentes
como sujeitos detentores de um amplo conjunto de direitos relacionados aos vários
campos de suas vidas: liberdade, respeito e dignidade; convivência familiar e
comunitária; educação, esporte, cultura e lazer; profissionalização e proteção no
trabalho; entre outros.
Acredita-se, pois que o legislador, ao dispor o direito à vida como o
primeiro entre os direitos fundamentais, tanto no Estatuto da Criança e do
Adolescente, quanto na Constituição Federal, assim o fez não por mera casualidade,
e sim, porque se trata do principal direito entre os direitos fundamentais, haja vista
que como mencionado anteriormente, trata-se do direito mais elementar e absoluto,
sem o qual seria impossível que o ser humano pudesse dispor do exercício de todos
os demais direitos, por isso, a grande importância de implementação de políticas
públicas voltadas às crianças e aos adolescentes, principalmente no que diz respeito
à garantia do nascimento e do desenvolvimento em condições dignas de existência.
Ao buscarmos uma compreensão plena dos fundamentos do ECA
somos naturalmente levados ao contato com outras leis que estabelecem os
princípios norteadores de diferentes políticas setoriais – saúde, educação,
assistência às famílias, trabalho etc.
Por sua abordagem abrangente e inovadora dos direitos das crianças e
adolescentes, o ECA constitui-se em marco orientador para essas políticas setoriais
e para diversos planos e programas governamentais nacionais, estaduais e
municipais em temas como erradicação do trabalho infantil, enfrentamento da
exploração sexual infanto-juvenil, adolescentes em conflito com a lei, convivência
23. 22
familiar e comunitária, saúde de crianças e adolescentes, garantia de acesso,
permanência e sucesso na escola entre outros.
A descentralização de políticas e a elaboração de planos e programas
municipais significam o cumprimento de um preceito constitucional.
Neste contexto é que foi elaborado o Plano Municipal para a Infância e
Adolescência.
24. 23
4. MARCO SITUACIONAL
A Constituição da República Federativa do Brasil assegura uma ampla
participação e controle da sociedade no desenvolvimento das políticas públicas,
principalmente com o surgimento do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da
Criança e do Adolescente-CONANDA. Inicia-se um amplo movimento, envolvendo
todos os atores sociais, no sentido de se trabalhar em rede, de forma articulada,
sistemática, integrada e em parceria, em prol dos interesses de crianças e
adolescentes. Intensificou-se, então, a forma de intervenção social em rede na
busca da promoção e restituição do direito violado.
Reconhecida a importância do CONANDA no estabelecimento de
Diretrizes Nacionais para a Política de Atenção Integral à Infância e Adolescência,
adquirem-se formas estas orientações, de acordo com a realidade local e
ponderando que a municipalidade deva trabalhar para que sejam oferecidas
condições e competências para elaborar e constituir a rede de atenção a crianças e
adolescentes.
No dia 19 de abril de 2011, o CONANDA – Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente aprovou os eixos, as diretrizes e os objetivos
estratégicos do Plano Decenal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente,
fruto de trabalho iniciado em 2009 com ampla participação do governo e da
sociedade.
Posteriormente, o Diagnóstico Social da Criança e do Adolescente foi
realizado no ano de 2013 no município de Marília/SP, através do preenchimento do
Módulo de Prioridades Nacionais, caracterizando-se como importante instrumento
de planejamento estratégico, participativo e de controle social.
O objetivo deste diagnóstico é conseguir a aproximação entre a
sociedade e o poder público, demonstrando a realidade em que vivem as crianças e
adolescentes em suas comunidades, além de ofertar uma forma de
acompanhamento e evolução deste indicador.
Agrupando-se nas diretrizes propostas, o Plano Municipal da Infância e
Adolescência propõe a superação de planos de governo de curto prazo, não se
limitando a uma gestão, onde são substituídas Políticas de Governo por uma Política
25. 24
de Estado com desígnio de trabalhar de forma intersetorial, articulada,
descentralizada, representativa e continuada.
Conforme orientação dos instrutores da Fundação Abrinq, em
conhecimento no Seminário de Formação da Região Sudeste, houve uma
mobilização para elaboração do Plano Municipal para Infância e Adolescência de
Marília/SP.
Tal iniciativa partiu de decisão da atual gestão, através do Senhor
Prefeito Vinicius Almeida Camarinha e foi compartilhada com a Secretaria Municipal
da Educação, de forma que a Secretária Municipal da Educação Prof.ª Dra. Fabiana
Rodrigues Cruvinel tornou-se Articuladora deste plano, tendo como coordenadora e
representante do Programa Prefeito Amigo da Criança a Coordenadora de Gestão
Escolar Thays Helena Esteves Rossato.
Uma comissão foi formada, e em 19 de Dezembro de 2013 foi
publicada a Portaria n°29015, que nomeou a Comissão Municipal de Avaliação e
Acompanhamento – CMAA, do Programa Prefeito Amigo da Criança – PPAC (2013
– 2016). Tal comissão reunia-se em encontros mensais, com a participação de
representantes de segmentos variados, como do Poder Executivo Municipal, Poder
Legislativo Municipal, Conselho Tutelar e Conselhos Municipais Setoriais e de
Controle Social, Organizações da Sociedade Civil e outros. O objetivo deste grupo é
o acompanhamento e a avaliação da execução do Programa no município,
incumbindo-lhe a promoção e o fortalecimento do diálogo entre a gestão pública e a
sociedade civil.
A partir da formação da Comissão, e com um grupo de trabalho
coordenador, a realização do processo é desenvolvida em seis etapas, sendo
Mobilização, Identificação de problemas e soluções, Sistematização, Análise
Setorial, Consolidação.
Nesta etapa de mobilização, com objetivo de divulgar e formar o
processo de elaboração de um Plano Municipal para a Infância e Adolescência em
Marília, com vigência até 2021, a Secretaria Municipal da Educação promoveu o I
Seminário de Mobilização do Programa Prefeito Amigo da Criança: Elaboração do
Plano Municipal da Infância e Adolescência, no dia 14 de Outubro de 2014. O evento
26. 25
foi realizado das 8h30 às 17h00, no Auditório Bloco VIII da UNIMAR – Universidade
de Marília.
O seminário contou com a apresentação do programa realizada pela
Articuladora Municipal, Secretária Municipal da Educação Profa. Dra. Fabiana
Rodrigues Cruvinel e “mesa redonda” composta pelo Exmo. Sr. Dr. José Roberto
Nogueira Nascimento, Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca
de Marília, Exmo. Sr. Dr. Jurandir Afonso Ferreira, Promotor de Justiça da Vara da
Infância e Adolescência, e Exma. Sra. Dra. Cássia Zanguetin Michelão, Defensora
Pública, com tema “O Estatuto da Criança e do Adolescente e os desafios atuais”.
Durante o evento, a Articuladora do Município Profa. Dra. Fabiana
Rodrigues Cruvinel apresentou a metodologia utilizada para a elaboração do Plano
Municipal para a Infância e Adolescência. Ela destacou que são priorizados dois
aspectos: o diagnóstico dos principais indicadores para se determinar as prioridades,
e o planejamento de quais ações são necessárias para se atingir as metas.
No período da tarde foram realizadas oficinas de estudos para melhor
elaboração do Plano, contando com a participação de diversos segmentos da
sociedade, como Representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, das Secretarias da Saúde, Assistência Social, Juventude, dos
Conselhos Municipais de Organizações da Sociedade Civil, entre outros, estimando
cerca de 200 participantes, com significativa representação do público adolescente.
As oficinas de estudos foram divididas em 4 (quatro) salas para
efetivação do processo participativo, contendo em cada sala um grupo com cerca de
30 (trinta) participantes. Cada sala contava com um moderador pertencente a um
dos segmentos participantes.
Os trabalhos desenvolvidos pelas quatro oficinas tiveram como material
base os princípios, os eixos e as diretrizes para construção da Política Nacional e do
Plano Decenal dos Direitos Humanos de Criança e Adolescente. Foram discutidas
as situações-problema e as possíveis ações para solucioná-las.
Completada a fase de intensa mobilização, a Comissão deu
prosseguimento à constituição do PMIA, incidindo para a etapa de sistematização.
27. 26
Diante das problemáticas já identificadas e possíveis ações apontadas
foram agrupadas através de itens e desta forma iniciou-se a sistematização dos
objetivos. Vale ressaltar que os problemas e objetivos de impacto foram pensados
numa perspectiva local, do município.
Identificados problemas e possíveis ações estipularam-se duas
reuniões semanais com a Comissão, diante disso o processo seguinte foi o da
análise setorial, momento em que a Comissão de elaboração reuniu-se com as
Secretarias afins (Meio Ambiente, Juventude e Cidadania, Assistência Social,
Esporte, Saúde) com demonstrativo das questões levantadas durante todo o
processo. Nesta etapa, estabeleceram-se prazos, estratégias, ações e atores
envolvidos, desmembrando cada problema para sua Secretaria, intensificando-se
debates sobre ações já existentes que merecem nova avaliação e investimento e
possíveis novas ações.
As seguintes etapas de consolidação, aprovação, divulgação e
institucionalização estão em trâmite. É sabido que um Plano não é algo definitivo.
Mudam-se as necessidades da sociedade, deve haver um trabalho em direção à
flexibilidade. Possíveis lacunas e incompatibilidades devem ser repensadas, para
que acordos e prioridades sejam definidos.
O PMIA deverá ser aprovado convencionalmente pelo CMDCA, após
será novamente divulgado para uma nova mobilização do governo e da sociedade
civil.
Para que o Plano se converta em Política Municipal com perspectiva de
continuidade deverá ser encaminhado ao Legislativo Municipal para apreciação e
modificação em dispositivo legal.
28. 27
5. MARCO CONCEITUAL
O presente documento trabalha com o conceito de Plano como
instrumento de planejamento. Planejamento é uma palavra que significa o ato ou
efeito de planejar, criar um plano para aperfeiçoar a alcance de um determinado
objetivo, objetivo este nortear a formação da política de promoção participativa e
estratégica, visando à proteção dos direitos das crianças e adolescentes para os
próximos dez anos.
O marco conceitual do presente Plano Municipal é o Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA e a Constituição Federal fundamentada no Mapa
PPAC, em seu preenchimento do Diagnóstico Social da Criança e do Adolescente.
Importantes mudanças vêm ocorrendo na sociedade desde a
promulgação da Constituição Federal em 1988. Um olhar reflexivo para as
temporalidades humanas, Infância e Adolescência, faz-se necessário nesta
construção. Para sua formulação e conteúdo considerou-se como referência o ECA-
Estatuto da Criança e do Adolescente, que considera criança a pessoa até 12 anos
de idade incompletos e adolescente aquela entre doze e dezoito anos.
Somente após as conquistas sociais de movimentos de caráter
internacional comprometidos com a proteção e efetivação dos direitos humanos,
cite-se a formação da ONU e organizações ligados a ela como a UNICEF, a
UNESCO, a FAO, a própria elaboração da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a Iª e IIª Declaração sobre os Direitos da Criança, a Convenção sobre os
Direitos da Criança entre outros, consequências da atuação política e jurídica
daqueles órgãos; a mobilização nacional de determinados movimentos e demais
organizações de proteção aos direitos infanto-juvenis, na sua luta pelo exercício da
cidadania e as frequentes denúncias de violência infanto-juvenil, fizeram com que
crianças e adolescentes impetrassem a bucólica posição ocupada hoje.
Conclui-se então, que refletir hoje, sobre o papel atribuído às crianças
e aos adolescentes, é indubitavelmente repensar toda uma cultura, um
comportamento, é rever toda uma história de indiferença e esquecimento. Importa,
portanto, em redefinir os objetivos almejados pela sociedade e seus governantes,
29. 28
sobretudo, no que concerne a função da família, do Estado, da escola e do próprio
cidadão.
30. 29
6. IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO.
O Plano Municipal para a Infância e Adolescência tem como desafio
garantir de forma efetiva e concreta o direito de crianças e adolescentes do
Município, principalmente aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade
e risco social.
Sendo assim, sua implementação integral é fundamental para que haja
uma real mudança dos piores indicadores demonstrados em estudo do Diagnóstico
Social e pelo Fórum Permanente deste diagnóstico.
Para que se materialize integralmente será necessário:
Cumprimento integral do presente Plano pelo governo municipal;
Formação de Comissão de Avaliação e Acompanhamento, a fim de que
sejam monitorados os objetivos e ações propostas;
Que o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente assuma
este Plano como prioridade;
Na formulação do Plano, foram estabelecidos objetivos imediatos
resultados esperados mensuráveis, foram definidas ações adequadas, viáveis e
compreensíveis facilmente, levando em conta a capacidade de execução.
A constituição do plano requer ação corretiva ou de reforço durante sua
execução, informando se a estratégia está sendo aplicada tal como prevista, e se
não, corrigir a própria estratégia, permitindo tratar situações não previstas.
A Comissão de Acompanhamento e Avaliação é composta por
representantes de diversas secretarias municipais, tais como, Secretaria Municipal
da Educação, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal da
Saúde, Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria Municipal de Esporte e Lazer,
Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania. Compõe ainda esta Comissão,
representantes do Conselho Tutelar, do Fórum, Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, representantes da Sociedade Civil.
Cabe a Comissão de Acompanhamento e Avaliação fazer a avaliação
de estrutura e processo do plano, verificando se os objetivos e ações foram
31. 30
adequados e viáveis, se a coordenação foi efetiva e se os recursos empregados
foram adequados quantitativa e qualitativamente.
O objetivo da Comissão é o acompanhamento e a avaliação da
execução do Programa, cabendo-lhe promover ou fortalecer o diálogo entre a gestão
pública e a sociedade civil.
32. 31
7. PLANO DE AÇÃO E SUAS DIRETRIZES
As propostas operacionais deste Plano estão organizadas em eixos
estratégicos e articuladas entre si, envolvendo Educação, Saúde, Assistência Social,
Segurança, Esporte e Lazer, Cultura entre outros.
No processo de sistematizar e, sobretudo nas reuniões setoriais os
prazos foram debatidos, aferidos e deliberados analisando a atual realidade do
Município.
As diretrizes do plano de ação são: articulação com diversas políticas
públicas municipais de atendimento à criança e ao adolescente; incentivo às ações
de prevenções tais como: divulgação dos direitos de crianças e adolescentes,
garantia da convivência familiar e comunitária, atividades de complementação ao
horário escolar, promoção de ações preventivas contra as violências a crianças e
adolescentes e ao trabalho infantil, dentre outras. Ainda contemplam deliberação de
políticas de atendimento a crianças e adolescentes; integração com outros órgãos
do Sistema de garantia de Direitos; financiamento de projetos, programas ou outros
serviços na área da infância e adolescência; mobilização da sociedade civil e poder
público em torno dos direitos da infância.
Foram considerados princípios básicos deste Plano, dentre eles:
O prestígio da Criança e do Adolescente como Sujeitos de Direitos;
O respeito aos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes afiançados nas
Normas Nacionais e Internacionais existentes;
A Equidade e o Respeito à Diversidade;
A Universalidade dos Direitos e das Políticas;
A Equidade e Justiça;
A Garantia da Prioridade Absoluta;
A Descentralização Político-Administrativa e a Municipalização;
A Participação e o Controle Social;
Articulação de diferentes esferas de Poder e entre Governo e Sociedade Civil;
A Articulação, Integração e Intersetorialidade das Políticas, Programas e
Serviços;
A Transparência da Gestão do Estado;
33. 32
Os demonstrativos a seguir são procedidos de um esforço para que
sejam propostas ações permanentes e de curto, médio e longo prazo, com a
finalidade de construir uma sociedade que respeite de fato o direito da criança e
adolescente, apetecendo a superação de planos governamentais limitados apenas a
uma gestão.
A durabilidade deste Plano é de 10 (dez) anos, o marco final será 2021
e nesta probabilidade serão consideradas:
Ações Permanentes: 2013 a 2021
Ações em curto prazo: 2013 a 2015
Ações em médio prazo: 2016 a 2017
Ações em longo prazo: 2018 a 2021
Os prazos estipulados poderão ser revistos sempre que houver
necessidade sem que se perca sua prioridade absoluta de políticas públicas
voltadas para a infância e adolescência.
Destacando que todos os eixos do PMIA é prioritário dotar a política
dos direitos humanos e de crianças e adolescentes de soluções satisfatórias e
devotadas para implementação das atuações, com completa execução
orçamentária.
34. 33
7.1 Quadros de Ações
EIXO 1 - EDUCAÇÃO
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Número
insuficiente de
escolas em
tempo integral SE
Falta de recursos
financeiros
Falta estrutura física
Vulnerabilidade
social
Ociosidade de
crianças
Prejuízo para
qualidade de
ensino
Priorizar reformas
das escolas
Ampliar o quadro
de escolas em
tempo integral
Transformação de uma
escola em tempo
integral por ano de
gestão a partir de 2014 Médio prazo
Inexistência de
espaços
escolares para
atender a toda
demanda de 4
meses a 3 anos. SE
Falta de recursos
financeiros
Falta de estrutura
física
Não prioridade de
administrações
anteriores na
destinação
orçamentária para
manutenção e
construção dos
prédios escolares
Números de vagas
insuficientes na
educação infantil,
para atender a
demanda de 0 a 3
anos, em tempo
integral.
Estabelecer
parceria com
Governo Federal e
Estadual para
construção de
mais escolas
Aplicar a Quota
Salário-Educação
para reforma e
construção de
prédios escolares
Programa Mais
Creches: construção de
8 escolas até 2016
Médio prazo
35. 34
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/ META CRONOGRAMA
Falta de
investimento em
manutenção e
infraestrutura dos
prédios escolares
Acessibilidade nas
escolas
SE
SOP
Falta de recursos
humanos e
financeiros para
realização de
manutenção
Falta de estrutura
física
Não prioridade de
administrações
passadas na
destinação
orçamentária para
manutenção
Funcionários
insatisfeitos
Funcionamento
limitado da
Escola
Perda na
qualidade de
atendimento à
criança e ao
adolescente/
difícil
acessibilidade
Contratação de
empresas para
realização da
manutenção da rede
física e pequenos
reparos das escolas
Reformas e
construção de creches
Assegurar que todos
estabelecimentos
estejam conforme os
padrões de
infraestrutura e
funcionamento
estabelecidos pelos
órgãos competentes
Desde 2013 existe uma
planilha de manutenção
e reformas, totalizando
40 escolas a serem
reformadas.
Ação em andamento
Médio prazo
36. 35
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Descompasso na
distribuição de
vagas para EMEI’s
e creches
Crianças fora da
escola
SE
A escolha de
escolas para que
sejam efetuadas
as matrículas
Falta de clareza
no acesso a
vagas
Implantação da
CENTRAL DE
VAGAS
Melhora no atendimento
Crianças inscritas em
escolas na região
domiciliar
Ação permanente
Intervenção do
Ministério Público
na solicitação e
imposição de
vagas para alunos
na rede
SE
Conselho Tutelar
Ministério Público
A escolha de
escolas para que
sejam efetuadas
as matrículas
Crianças fora da
escola
Que todas as
crianças de creches
e EMEI’S sejam
matriculadas através
da CENTRAL DE
VAGAS, de acordo
com os critérios
adotados, justos e
transparentes.
Autonomia da
CENTRAL DE VAGAS
sem intervenção judicial
Crianças inscritas em
escolas na região
domiciliar
Curto prazo
37. 36
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Crianças com
problema de atrasos
de desenvolvimento
SE
SS
CMDCA
CEMAEE
APAE
ESPAÇO
POTENCIAL
Genética
Causas
socioeconômicas
Fatores
biopsicossociais
Dificuldade de
aprendizagem
Atrasos de
desenvolvimento
Criação do
CEMAEE
Diagnóstico através
do ator responsável
Estimulação
precoce da criança.
Verificar
dificuldades sociais
que os impedem de
levar o filho nos
atendimentos e que
pode fazer a ponte
saúde e educação.
Intersetorialidade
entre SMS e
CMDCA
Implantação do
projeto Cuidadores
de Crianças com
Necessidades
Educacionais
Especiais
Mapeamento de
diagnóstico da rede de
ensino
Curto prazo
Garantir o atendimento
na rede de proteção a
100% das crianças
Médio e longo
prazo
Aderir ao tratamento,
conscientizando a
família sobre os
atendimentos oferecidos
pela rede de atenção à
saúde
Efetivação do CEMAEE
e início do atendimento
às crianças em 2014
Efetivação no projeto e
inicio do atendimento à
310 crianças em 2014
Ação permanente
38. 37
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Ausência de uma
política de saúde
mental para
crianças e
adolescentes
SE
SS
CMDCA
Ausência de
prioridade na
política de atenção
a saúde mental de
crianças e
adolescentes
Busca de
medicalização
Descontinuidade
dos tratamentos
Mobilização da rede
de atenção para
infância e
adolescência e a
sociedade civil para
discussão e
informação sobre o
atendimento deste
público
Construir
fluxograma
Formar grupo
permanente de
orientação,
envolvendo SMS,
SE e CMDCA
Elaborar Plano de
Atenção e
Assistência à
Saúde,
privilegiando a
primeira infância
Promoção das
condições de saúde
mental de crianças e
adolescentes
Curto prazo
39. 38
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Ausência no
atendimento de
serviços
especializados
para alunos da
rede
Definição de papéis
na área da saúde e
educação
Mapeamento
da rede referente a
quantidade de
alunos que
necessitam de
atendimento
SE
SS
CEMAEE
Fatores
socioeconômicos
Falta de definição
de papéis entre
Saúde e Educação
Ausência de
cadastro atualizado
sobre crianças
portadoras de
deficiência no
município
Grande demanda
de crianças que
necessitam de
serviços
especializados
Déficit de
aprendizado
As escolas enviam
através de ofício as
necessidades dos
alunos em
equipamentos
como prótese,
órtese, entre outros
e a SME destina os
pedidos à SMS.
Questionário de
levantamento de
problemas de
acessibilidade
Prazo menor para o
atendimento do SUS
pela responsabilidade
de compras de
equipamentos
Longo prazo
Atualização cadastral
sobre crianças com
deficiência no
município
Ação Permanente
Atendimento do
CEMAEE a todos os
alunos matriculados
na rede publica com
deficiência e
dificuldades severas
de aprendizagem
Ação Permanente
40. 39
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Ausência de
profissionais
especializados em
Educação Especial
Ineficiência escolar
no processo de
inclusão das
pessoas com
deficiência
intelectual e física e
de seus familiares
SE
CEMAEE
APAE
SS
O Município
disponibiliza de
apenas 10
professores de
educação especial
atendendo a rede
municipal
Falta de espaço
físico e recursos
humanos
Falta de
profissionais na
área da saúde para
atender essa
demanda
Falta de
interlocução entre
os setores de
Saúde e Educação
Crianças sem
acompanhamento e
estímulo necessário
Comprometimento
do quadro clínico
trazendo
transtornos de
ordem pessoal,
familiar e social
Aprovar a carga
suplementar para
professores
entrarem em EMEI
e EMEF
Um profissional do
Atendimento
educacional para cada
escola ou professor de
apoio à inclusão
Longo prazo
Disponibilizar
espaço físico e
recursos humanos
Uma sala
multifuncional por
escola
Longo prazo
Capacitação de
professores para
área de Educação
Especial
Maior número de
crianças com
necessidades
especiais em
atendimento Longo prazo
41. 40
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Crianças e
adolescentes
com laudo que
não estão se
alfabetizando
terminam a fase
escolar e não são
absorvidas pelo
mercado de
trabalho.
SE
SS
CEMAEE
Ausência de
programas que
trabalhem
habilidades
funcionais para o
público alvo
Muitos jovens
dentro de casa,
pois não existe
lugar para que
eles possam
desenvolver suas
habilidades,
socializar-se e
conviver com
outras pessoas.
Garantir
atendimento
especializado
Ampliar a
formação de
educadores e
equipe de apoio
Criar um local utilizando o
subsídio do governo, onde as
habilidades dessas crianças e
adolescentes possam ser
trabalhadas por educadores
sociais.
Atendimento humanizado e
público atendido pelas
especialidades necessárias
Longo prazo
Medicalização
(tornar médico
algo que não é
da medicina) da
criança e do
adolescente
SE
SS
CONSELHO
TUTELAR
Hiperatividade
Conflitos
silenciados pela
redução de
questões sociais
a doença de
indivíduos
Desviar o foco do
problema,
desconsiderando
a situação e o
contexto do
problema.
Institucionalizar e
organizar uma
rede de apoio
intersetorial
Descentralizar e
fortalecer o
Conselho Tutelar
Criação, fortalecimento e
homologação por decreto da
REDE APOIO
Capacitação aos professores a
rede municipal e estadual sobre
desenvolvimento/comportamento
Infanto-juvenil
Médio prazo
42. 41
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Falha na
comunicação
entre as
Secretarias e
Entidades de
atendimento à
criança e ao
adolescente
CMDCA
CEMAEE
(REDE APOIO)
Falta de articulação
setorial
Fragilidade dos
setores
Reuniões entre os
envolvidos para
discussão sobre
atribuições e fluxos
Mobilização do
CMDCA no papel de
mediador
REDE APOIO suprir
esta necessidade
Curto prazo
Ausência de
diálogo entre o
Serviço Social e
a Educação
CMDCA
SE
SS
CEMAEE
Falta de articulação
setorial
Falta de
acompanhamen
to de frequência
das crianças
nos
atendimentos
especializados
Reuniões entre os
setores
O serviço de
assistência social
acompanhar a
frequência das
crianças nos
atendimentos
especializados
Acompanhamento
de assistente
Social do CEMAEE
Mobilização do
CMDCA como
articulador destes
setores
Ação Permanente
Institucionalização da
REDE APOIO
Curto prazo
Mapeamento e
acompanhamento
através da REDE
APOIO
Curto prazo
43. 42
PROBLEMAS
ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS
OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Grande número
de faltas
escolares
SE
Conselho
Tutelar
CMDCA
Não fiscalização
do Conselho
Tutelar e difícil
comunicação
entre SME e
Conselho Tutelar
Falta de
fiscalização do
CMDCA
Ausência das
crianças na escola
Vulnerabilidade
Mobilização dos
atores
envolvidos
Maior
envolvimento do
CMDCA quanto
à fiscalização
Implantação de um
sistema informatizado
mais eficaz
Fiscalização do
CMDCA
Curto prazo
Distanciamento
entre Conselho
Tutelar e escolas
SE
Conselho
Tutelar
CMDCA
A quantidade de
conselheiros não
atende a
demanda
necessária
Dificuldade de
priorizar os casos
emergenciais
Déficit no
atendimento
qualificado e
necessário aos
usuários
Falta qualidade na
prestação de serviço
dos conselheiros por
falta de capacitação
Aumentar o
número de
conselheiros
para que estes
possam atuar de
forma preventiva
nas escolas
Capacitação dos
conselheiros
Regionalizar o
atendimento do
Conselho Tutelar para
maior aproximação
entre o conselheiro e o
diretor de escola
Com aproximação
entre Conselho Tutelar
e escolas aperfeiçoar
em 100% o
atendimento
Médio prazo
44. 43
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Ausência de
política articulada
em relação ao
uso de drogas
por crianças e
adolescentes
Ausência de
programas e
projetos de
prevenção e
promoção de
saúde, neste
campo de ação.
Tráfico de drogas
nas escolas
Falta de
segurança nas
escolas
SE
SS
AMOR
EXIGENTE
PM (PROERD)
CMDCA
ONG’s
DE
SAS
Indefinição da gestão
desta política pública
no Município
Falta de divulgação
sobre os serviços
oferecidos por
instituições de apoio
Ausência de
campanhas de
conscientização nas
escolas
Escassa atuação da
Ronda Escolar
Ociosidade em turno
oposto ao escolar
Elevados índices
de usuários de
substâncias
entorpecentes na
infância e
adolescência
Demanda reprimida
Aumento de
usuários, e
diminuição da faixa
etária de
dependentes.
Construir uma
política articulada de
prevenção e
tratamento em
relação ao uso de
drogas lícitas e
ilícitas
Apoio, promoção e
proteção à saúde da
criança e do
adolescente.
Curto prazo
Institucionalização do
PQVAE
(PROGRAMA DE
QUALIDADE DE
VIDA DO AMOR
EXIGENTE)
Realizar parcerias
nos cursos ofertados
pelas instituições de
apoio, escolas e
entidades.
Instalação do PQVAE
Mobilização e
articulação dos atores
envolvidos
Formação e
capacitação de
professores mediadores
nas escolas municipais,
assim como nas
estaduais.
Médio prazo
Maior atuação da
Ronda Escolar
Aumento de recursos
humanos e físicos
Longo prazo
45. 44
PROBLEMAS
ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS
OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Limitada
utilização dos
espaços
escolares pela
comunidade para
atividades de
lazer, cultura e
esporte.
Falta de
atividades
diversificadas
SE
SC
SEL
NIKKEY
Inexistência de
recursos humanos
e financeiros para
desenvolvimento de
projetos
Ociosidade e
vulnerabilidade
de comunidade
escolar
Estabelecer parceria
entre os atores
envolvidos
Efetividade do Projeto
Nikkey no contra
turno escolar
Promoção de lazer,
cultura e esporte.
Médio prazo
Funcionamento dos
centros esportivos e
praças públicas
Regionalizar o
Programa de
Educação Integral
Pequeno Atleta,
abrangendo Zona Sul
Capacitação de
profissionais
Reformulação do
ambiente escolar em
tempo integral, com
aulas de Inglês e
reforço no contraturno
Revitalização dos
Centros Esportivos e
Praças Públicas
Projetos e parcerias
com profissionais
especializados
Criação de Escola
Municipal de Artes
Projetos com
propostas no período
contrário,
diversificando
experiências.
Longo prazo
46. 45
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Precário
conhecimento do
ECA e das Política
Públicas
desandadas para
infância e
adolescência e
problema de
aplicação
adequada com
relação aos direitos
e deveres
SE
Conselhos
CMDCA
CRAS
CREAS
APM
Inversão dos
papéis parentais
Inversão de
valores
Ausência de
disciplina e
limites dentro e
fora da esfera
familiar
Propalar os direitos e
deveres das crianças
e adolescentes
segundo preconiza o
ECA, desmistificando
que a lei aprecia
somente os direitos
Utilizar os espaços
institucionais, programas
e projetos para a
divulgação dos direitos e
deveres de crianças,
adolescentes, família,
Estado e comunidade.
Curto Prazo
Requerer fóruns e
seminários para
entendimento e
exposição do ECA
para toda comunidade
Trabalhar com a
família e a sociedade
a acuidade do ECA,
com estudo
sistematizado e não
esporádico
Fortalecer a instituição
familiar no enfrentamento
a antiga e novas
questões relativas a
relacionamento familiar e
social
Médio Prazo
47. 46
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Pouca oferta de
cursos
profissionalizantes
para atender as
necessidades de
mercado do
Município
SE
SJC
CMDCA
ONG’s
Sistema S
DE
Falta de integração e
investimento no
Sistema S
Inserção
insuficiente no
mercado de
trabalho
Realizar parcerias
nos cursos ofertados
pelas escolas e
entidades do
Município, indicando
o que é
necessidade.
Busca e divulgação no
Município de cursos de
formação já oferecidos
através de seguimentos
estaduais
Médio Prazo
Ausência de
projetos culturais
nas escolas
SE
SC
Falta de formação
específica para esta
área direcionada aos
educadores
Crianças e
Adolescentes com
pouco
desenvolvimento
com a arte
Realizar projetos de
artes nas EMEI’s
Promover formação
em Artes para os
professores
Envolvimento com a
Arte como estratégia de
promoção da criança e
do adolescente
Longo Prazo
48. 47
EIXO 2 – SAÚDE
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Absenteísmo das
crianças nos
atendimentos no
Ambulatório da
saúde da APAE
SS
APAE
Falta de recursos
financeiros
Não
acompanhamento
efetivo de crianças
e adolescentes
Rever o protocolo
de atendimento na
Central de
Ambulância e
Serviço Social e
disponibiliza-los
para a APAE
Manter o
acompanhamento
das crianças
Curto Prazo
Estimulação
precoce da criança
com atrasos de
desenvolvimento.
SS
SE
CEMAEE
Ausência de
prioridade na
política de atenção
a saúde mental de
crianças e
adolescentes
Grande demanda
de crianças que
necessitam de
serviços
especializados
Déficit de
aprendizado
Conscientizar as
famílias sobre os
atendimentos
oferecidos pela
rede de atenção à
saúde
Estabelecer fluxo
“relatório” do
serviço
especializado para
a rede básica e esta
aos setores
competentes
Manter o
acompanhamento
das crianças com
atraso no
desenvolvimento,
detectado na
maternidade ou nas
unidades de saúde.
Intersetorialidade
entre SS,CEMAEE,
SE e CMDCA
Médio Prazo
49. 48
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/MEA CRONOGRAMA
Desnutrição e
Obesidade de
crianças e
adolescentes
SS
SE
CMDCA
Falta de
intervenção
quanto aos
agravos da
saúde,
secundários à
alimentação
inadequada
Comprometimento na
saúde de crianças e
adolescentes
Ofertar merenda
escolar nutritiva
com
acompanhamento
de nutricionista
Crianças e
Adolescentes nutridos Ação Permanente
Realizar trabalhos
educativos que
visam à
conscientização
dos alunos quanto
à segurança
alimentar
Famílias com hábitos
e vida saudáveis
Curto prazo
Garantir o acesso a
alimentação básica
das famílias
vulneráveis em
conjunto com
outros setores do
Governo
Prevenção e
tratamento das
crianças e
adolescentes
portadores de
desnutrição e outros
distúrbios alimentares
Curto Prazo
50. 49
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Obesidade Infantil SS
CAOIM
SE
Falta de
intervenção quanto
aos agravos da
saúde, secundários
à alimentação
inadequada
Comprometimento
na saúde de
crianças e
adolescentes
Descentralização
do CAOIM nos
bairros ou criação
de polos por região
Projetos de
parcerias com
profissionais
especializados na
área
Desenvolver Projeto
Piloto em área da
saúde selecionada
em parceria SS,
CAOIM e SE, onde
o Serviço CAOIM
fará seu
atendimento
multiplicado e
descentralizado.
Médio prazo
Medicalização da
criança e do
adolescente
SS
SE
CEMAEE
Falta de definição
de papéis entre
Saúde e Educação
Ausência de
cadastro atualizado
sobre crianças
portadoras de
deficiência no
município
Dificuldade de
aprendizagem
Atrasos de
desenvolvimento
Parceria entre as
SMS e
SE para
capacitação aos
professores da rede
municipal e
estadual sobre
desenvolvimento/
comportamento
infanto-juvenil.
Institucionalizar e
organizar uma rede
de apoio intersetorial
Institucionalização
da REDE APOIO Médio prazo
51. 50
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Falta de um centro
de atendimento
terapêutico
especializado aos
usuários de drogas
lícitas e ilícitas
SS
SE
SAS
CMDCA
CONSELHO
TUTELAR
AMOR EXIGENTE
Ociosidade de
crianças e
adolescentes
Ausência de
recursos
financeiros
Maior número de
adictos
Aumento da
marginalidade
Criação de clínicas
pela saúde para
crianças e
adolescentes
usuários de
substâncias
psicoativas
Criação de uma
comunidade
terapêutica para
tratamento de
drogadição
Implementar a Rede de
Assistência Psicossocial
(RAPS)
Inserir comunidade
terapêutica
Longo prazo
Falta prioridade nas
políticas de atenção
básica a família
SS Deficiência na
execução de
Programas da
Saúde – Saúde
bucal, Saúde
Visual
Insustentabilidade
de alguns Projetos
Capacitar
profissionais
buscando
resolução de
problemas
Criar novas
estratégias no
acolhimento e
atendimento às
crianças e
adolescentes
Melhora dos indicadores
de saúde
Melhora na qualidade
de vida das pessoas
Mais autonomia de
adolescentes e
familiares relativo à
própria saúde
Curto prazo
52. 51
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Gravidez na
adolescência
SS
SE
PSE
SAE
APE
DE
Falta de orientação
Estrutura familiar
Gravidez
Doenças
sexualmente
transmissíveis
Maior divulgação e
articulação do SAE
com as escolas do
município em
prevenção de
gravidez na
adolescência e
doenças
sexualmente
transmissíveis
Ações Preventivas na
Escola
Fortalecer e expandir o
PSE (Programa de
Saúde na Escola)
Estabelecer parceria
entre a SS e Secretaria
Municipal e Estadual
da Educação para
capacitações aos
professores sobre os
temas em questão.
Médio Prazo
Deficiência na
qualidade do
atendimento pré-
natal, parto e pós-
parto.
SS
SE
Escasso número
de médicos para
atendimento às
gestantes
Falta de busca
ativa para
atendimento as
gestantes e
adolescentes
grávidas
Gestantes que não
fazem pré-natais
Alto índice de
mortalidade
Materno-Infantil
Garantir
atendimento
seguro e
humanizado no
parto e assegurar
a transferência de
casos de alto risco
Diminuir o índice
de mortalidade
infantil
Fortalecer o vínculo
entre rede ambulatorial
e hospital
Nascimento saudável e
assistência qualificada
Garantia de
atendimento
Médio prazo
53. 52
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Deficiência de uma
política de
atendimento a
saúde de crianças
Ausência de uma
política de
atendimento à
saúde do
adolescente
SS
Ausência de
atualização das
rotinas de
atendimento da
criança e
adolescente nas
etapas de
desenvolvimento e
nas demandas
específicas
Aumento dos
índices de
mortalidade infantil
Atendimento
deficiente à saúde
da criança
Implantação e
atualização de
protocolos de
atenção à saúde da
criança
Capacitação de
profissionais
Atendimento á
criança nas
demandas
específicas
Melhora na qualidade
de assistência à
criança
Médio prazo
Implantação e
comprometimento
do atendimento à
saúde do
adolescente
Implantação e
atualização de
protocolos de
atenção à saúde do
adolescente
Capacitação de
profissionais para
atendimento de
adolescentes
Promoção da saúde
do adolescente
Médio prazo
54. 53
EIXO 3 – ASSISTÊNCIA SOCIAL
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Demora no repasse dos
recursos financeiros
pela Prefeitura para as
entidades com
atendimento à criança e
ao adolescente
Falta de
funcionários para as
entidades com
atendimento à criança e
ao adolescente
Reordenação dos
serviços das entidades
assistenciais que
atendem em contra
turnos escolares
SAS
Falta de recursos
financeiros
Ausência de
estrutura física
Falta de funcionários
Deficiência no
atendimento de
crianças e
adolescentes
Contemplar as
entidades de forma
que as verbas
sejam direcionadas
de forma
continuada
Agilizar o repasse
das verbas para as
entidades
Médio prazo
Disponibilizar
funcionários para o
aumento do quadro
e melhor
funcionamento das
entidades
Aumento no quadro
de funcionários/
contratação
55. 54
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Deficiência no
atendimento do
CRAS, CREAS e
Conselho Tutelar
SAS
Carência de
recursos
humanos e
materiais nos
serviços de
atenção básica e
especial
Demanda reprimida
nos programas
CRAS, CREAS e
Conselho Tutelar
Comprometimento
dos
encaminhamentos e
do monitoramento
dos casos
Manter e ampliar a
equipe de
referência
constituída e oferta
de serviços,
programas,
projetos e
benefícios de
proteção social
básica e especial.
Garantia da
continuidade das
ações com a equipe
de referência
capacitada para a
oferta de serviços aos
usuários
Médio prazo
Os acolhimentos
não passam pelo
CREAS (Centro de
Atendimento
Especializado de
Assistência Social)
SAS Descompasso no
atendimento à
crianças e
adolescentes
Não encaminhamento
dos acolhidos no
CREAS
Criar um fluxo de
atendimento com o
Conselho Tutelar,
Vara da Infância e
Juventude e
CREAS nos
acolhimentos de
crianças e
adolescentes.
Efetivamento do
CRAS
Médio prazo
56. 55
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Falta de programas
para enfrentamento
de situações de
urgência e
emergência
SAS
SEL
ONG’s
Falta de prioridade
sobre uma situação
problema cada vez
mais frequente
Crianças e
Adolescentes
vulneráveis em
situação de
urgência e
emergência nas
situações
Construir de forma
interativa
programas de
enfrentamento em
situações de
urgência e
emergência
Crianças,
adolescentes e suas
famílias protegidos e
com seus direitos
garantidos.
Redução da violação
dos direitos sócios-
assistenciais, seus
agravamentos ou
reincidência.
Médio prazo
Descontrole do
Bolsa Família
SAS
CMAS
SE
Falta de
acompanhamento/
Controle
Falta de frequência
de aluno
Rendimento
escolar
insatisfatório
Revisão na forma
de
aplicação/controle
do Bolsa Família
Rendimento escolar
satisfatório e
frequência dos pais
em reuniões Médio prazo
57. 56
EIXO 4 – JUVENTUDE E CIDADANIA
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Falta de oferta de
vagas para jovens
aprendizes nas
empresas
SJC
SE
CMDCA
SISTEMA S
PROJETOS
SOCIAIS
Falta de cursos
profissionalizantes
Falta de divulgação
dos cursos
existentes
Ociosidade dos
adolescentes
Aumento de
usuários de drogas
Aumento da
marginalização
Adolescentes
desempregados
Criar um comitê do
CMDCA e
Ministério do
Trabalho para
normatizar com as
entidades sociais
que atuam com
aprendizes no
Município
Divulgação do
CMDCA
Projetos Sociais
Inclusão dos jovens no
mercado de trabalho
Médio prazo
Ausência de
profissionalização
do jovem
SJC
CMDCA
SE
Falta de cursos
profissionalizantes
Falta de divulgação
dos cursos
existentes
Não inclusão dos
adolescentes no
mercado de
trabalho
Ampliar a
divulgação das
escolas técnicas
Encaminhamento
dos adolescentes
aos programas
Ação Jovem e
CEPROM
Parceria com
Empresas Privadas
Inclusão dos jovens no
mercado de trabalho
Curto prazo
58. 57
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVOS DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Dificuldade na
implantação do
fluxo de notificação
e suspeita de
violência sexual
contra a criança e o
adolescente
SJC
CONSELHO
TUTELAR
CMDCA
SS
SE
MINISTÉRIO
PÚBLICO
UNIMAR
DELEGACIA DE
DEFESA DA
MULHER
MINISTÉRIO
PÚBLICO
FEDERAL
Pouca articulação
entre os setores
Suspeitas de
abusos e violência
sexuais não
identificados
Efetivar a
implantação da
Ficha de
Comunicação junto
ao Conselho
Tutelar e parceiros
Implantar a Ficha de
Comunicação
Articulação entre os
setores
Implantar o Programa
Municipal Contra o
Abuso Sexual Infantil e
outras formas de
Violência Contra
Crianças e
Adolescentes
Curto prazo
59. 58
EIXO 5 - CULTURA
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Deficiência de
áreas destinadas a
atividades culturais
SC
Ausência de
legislação que
contemple a
construção de
áreas de lazer,
esporte e cultura.
Crianças e
adolescentes sem
conhecimento
cultural, artes e
lazer.
Promoção e
estruturação deste
setor realizando
manutenção
permanente,
executando
reformas dos
espaços públicos
existentes e
construindo novos
espaços de acordo
com as demandas
locais.
Ampliar a oferta de
espaços públicos
adequados em toda
a cidade, garantindo
a prática da cultura
Longo prazo
Falta de recursos e
incentivos para
atividades culturais
e talentos locais
dentro do
protagonismo
juvenil
SC
SJC
Ausência dos
programas de
incentivos fiscais
para arrecadação
de recursos para
fins culturais
Crianças e
adolescentes sem
conhecimento
cultural, artes e
lazer.
Disponibilização de
recursos para
viagens, pesquisas
e talentos locais.
Divulgação dos
programas de
incentivos fiscais
para arrecadação
de recursos
Projetos Culturais
Longo prazo
60. 59
EIXO 6 – MEIO AMBIENTE
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Falta de
funcionários com
formação na área
ambiental,
contratados para
trabalhar
permanentemente
no centro de
educação
ambiental.
SMA
SA
Falta de recursos
financeiros
Insuficiência de
recursos humanos
Escassez de
funcionários
Contratação e
capacitação de
funcionários em
educação ambiental
Funcionamento
adequado do centro de
educação Ambiental Longo prazo
Insuficiência de
recursos financeiros
para manutenção
dos materiais
utilizados no Centro
de Educação
Ambiental
SMA
SA
Falta de execução
orçamentária
Não
funcionamento
adequado do
Centro de
Educação
Ambiental
Reforma do local e
troca de
equipamentos
Funcionamento
adequado do centro de
educação Ambiental
Médio prazo
61. 60
EIXO 7 – ESPORTE
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Deficiência de
áreas destinadas
ao lazer e à prática
de esportes
SEL Faltam espaços
públicos para
convivência
familiar, lazer e
prática de esportes.
Ociosidade de
crianças e
adolescentes em
período oposto ao
escolar
Promover a
estruturação do
setor realizando
manutenção
permanente,
executando
reformas dos
espaços públicos
existentes e
construindo novos
espaços de acordo
com as demandas
locais e
estratégicas do
setor de esporte
Oferta de espaços
públicos adequados
em todo Município
Revitalização dos
Conjuntos
Poliesportivos
Regionalizar Projeto
Social para todas
Idades
Longo prazo
Falta de projetos na
área de esporte
para crianças e
adolescentes
SEL
SE
NIKKEY
Não envolvimento
do terceiro setor
Falta de recursos
financeiros
Ociosidade de
crianças e
adolescentes
Distanciamento do
esporte e lazer
Envolvimento do
terceiro setor
Espaços de
esportes e lazer
nas periferias
Esportes diversos
no contra turno
Projetos e parcerias
na área esportiva
para crianças
carentes
Implantação do
Projeto Beisebol e
Softbol para todos
do NIKKEY
Médio prazo
62. 61
EIXO 8 – CONSELHO TUTELAR
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Definição do
orçamento público
sem participação
do Conselho
Tutelar
SA
CONSELHO
TUTELAR
Enfraquecimento
dos canais de
participação
Restrição do seu
objetivo de
formular,
acompanhar e
avaliar as políticas
públicas.
Capacitar os
conselheiros sobre
o orçamento
público
Conselhos
capacitados e mais
atuantes Curto prazo
Falta de recursos
humanos e
financeiros para o
atendimento
qualificado do
Conselho Tutelar
CONSELHO
TUTELAR
SA
Falta de recursos,
compromisso e
suporte aos
serviços oferecidos
pelo Conselho
Tutelar
.
Déficit no
atendimento e
acompanhamento
de crianças em
risco
Mapeamento da
demanda para
garantir o
atendimento de
qualidade
Integração do
Conselho aos
diferentes
segmentos da
sociedade
Acompanhamento
das crianças em
risco em longo
prazo
Informatização do
Sistema para efetivo
funcionamento do
Conselho Tutelar
Curto prazo
63. 62
EIXO 9 – CMDCA
PROBLEMAS ATORES
ENVOLVIDOS
CAUSAS EFEITOS OBJETIVO DE
SOLUÇÃO
RESULTADO/META CRONOGRAMA
Baixa
participação da
criança e do
adolescente nos
espaços de
definição das
políticas públicas
CMDCA Ausência de
representatividade
de adolescentes
no CMDCA
Impedimento da
promoção do
protagonismo
juvenil nos
espaços de
convivência e
construção da
cidadania
Modificar a
legislação
incluindo o direito
ao voto do
adolescente nos
espaços de
definição das
políticas públicas
Reformulação
Médio prazo
64. 63
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pretende-se que o presente Plano seja um instrumento de
planejamento e articulação de ações, de constante monitoramento e avaliação e que
contribua para garantia de direitos de crianças e adolescentes, sabendo-se que só
através da articulação entre os diversos órgãos públicos, a sociedade civil
organizada, o empresariado e a participação da sociedade como um todo, é que se
tornará possível a efetivação deste Plano.
65. 64
ANEXO 1
EIXO 1 – SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
CENTRAL DE VAGAS
A Secretaria Municipal da Educação, através da Instrução SME nº
01/2013, implantou no final do ano de 2013 a Central de Vagas, priorizando a
organização e a democratização do processo de ingresso das crianças nas EMEIs.
OBJETIVOS:
Disciplinar o atendimento da Rede Municipal de Educação Infantil a partir de
critérios claros, justos e transparentes, democratizando o processo.
Implantação de critérios para preenchimento das vagas:
1. Endereço residencial (área de abrangência da escola);
2. Renda “per capita”;
3. Beneficiários do Programa Bolsa-Família;
4. Irmão Matriculado;
5. Mãe trabalhadora (período integral);
6. Local de trabalho da responsável próximo à escola.
PÚBLICO ALVO:
- Crianças de 4 meses até 5 anos de idade.
66. 65
PROJETO : AÇÕES DIAGNÓSTICAS E EDUCATIVAS INTERSETORIAIS
VOLTADAS À PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR SAUDÁVEL.
O Projeto é uma parceria entre o Banco de Leite , Secretaria Municipal
da Educação e Secretaria Municipal da Saúde, que visa, à promoção, proteção e
apoio do aleitamento materno e alimentação complementar.
OBJETIVOS DO PROJETO:
Realizar levantamento sobre as condutas adotadas na alimentação de alunos
das Escolas Municipais de Educação Infantil com atendimento de 4 meses a
1(um)ano e 7(sete) meses de idade, envolvendo tanto o aleitamento materno
quanto a introdução da alimentação complementar;
Desenvolver e avaliar ações educativas voltadas à promoção da
amamentação complementar saudável com profissionais e familiares dos
berçários.
AÇÕES:
Apresentação do Projeto aos gestores da Secretaria Municipal da Educação;
Reuniões com diretores das Escolas de Educação Infantil com atendimento
de 4 meses a 1(um)ano e 7(sete) meses de idade, visando a apresentação
do projeto e delinear as ações de investigação;
Reuniões com funcionários das escolas com objetivo de realizar um
levantamento inicial e apresentar a proposta de trabalho;
Questionário sobre condutas adotadas na alimentação de alunos das Escolas
de Educação Infantil com atendimento de 4 meses a 1(um)ano e 7(sete)
meses de idade, com pais de alunos e funcionários;
Reuniões nas escolas para realização de oficinas de manuseio e preparo de
alimentos;
Implantação das salas de amamentação.
Segundo os proponentes da REDE AMAMENTA BRASIL vários são os
fatores voltados nas ações de promoção, proteção e incentivo ao aleitamento
67. 66
materno. Desta forma, foram organizadas equipes interdisciplinares, com oficinas de
formação de Tutores do Programa no Estado de São Paulo.
Estudos e pesquisas realizados no Município de Marília revelaram que
um dos fatores determinantes do desmame precoce refere-se a volta da nutriz ao
mercado de trabalho. De acordo com as pesquisas, apenas 16,9% das mães que
trabalham fora realizam a prática do aleitamento materno exclusivo.
Com a análise dessa problemática do desmame precoce em função do
retorno das mães ao trabalho, a Prefeitura de Marília que possui 07 escolas que
atendem bebês nesta faixa etária, aceitou a proposta do Programa para a
implantação das salas de amamentação, iniciando em 2014 com a construção de
salas em duas escolas, e o Projeto de implantação nas escolas restantes, para o
ano de 2015.
Vale ressaltar que Marília é a primeira cidade do Brasil a implantar
salas de amamentação nas Escolas Municipais de Educação Infantil com
atendimento de 4 meses a 1(um)ano e 7(sete) meses de idade.
68. 67
PROJETO DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
O “Projeto de Escolas de Educação em Tempo Integral”, instituído pela
Lei Municipal nº 7588 de 18 de dezembro de 2013, está baseado nos princípios de:
I - o acesso ao conhecimento, oferecendo a todos os educandos as condições
metodológicas necessárias;
II - implementação de um currículo com ênfase no tratamento diferenciado;
III - promoção de uma educação inclusiva em todos os aspectos;
IV - formação de indivíduos autônomos, solidários e produtivos;
V - pleno desenvolvimento da pessoa humana e seu preparo para o exercício da
cidadania;
VI - promoção de uma gestão participativa;
VII - formação continuada dos profissionais da educação;
VIII - construção de uma autonomia escolar voltada ao desenvolvimento de um
projeto original, explícito e estabelecido entre os sujeitos envolvidos no processo
educacional.
As Escolas de Tempo Integral passam a oferecer, além de uma
educação de qualidade no turno regular, oficinas pedagógicas no turno inverso,
atendendo os estudantes de forma completa.
OBJETIVOS:
A essência do projeto é:
A permanência da criança na escola, assistindo-o integralmente em suas
necessidades básicas e educacionais,
Ampliação do aproveitamento escolar, resgatando a autoestima e
capacitando o educando para atingir efetivamente a aprendizagem.
Propiciar ao aluno um desenvolvimento integral, por meio dos aspectos
intelectual, afetivo, social e físico, objetivando formar o ser humano em sua
integralidade para sua emancipação.
69. 68
PÚBLICO ALVO:
Escolas da rede municipal de ensino, implantação a longo prazo.
2014: EMEF Profª Nicácia Garcia Gil
2015: EMEF Prof. Célio Corradi
70. 69
INGLÊS
As aulas de Língua Estrangeira - Inglês - iniciaram na rede municipal
de Educação de Marília, no dia 06 de abril de 2014, para os alunos dos 5º anos das
EMEFs e EMEFEIs.
A metodologia está baseada na contextualização, com ênfase em
situações concretas e na oralidade, possibilitando uma aprendizagem significativa.
As crianças aprendem de forma lúdica e prazerosa.
No ano de 2015, o ensino de Inglês será implantado do 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental, na rede municipal de ensino.
OBJETIVO:
Os alunos das séries iniciais utilizam em seu cotidiano várias palavras
da Língua Inglesa, assim a implantação do Inglês, em uma sociedade globalizada
propiciará a abrangência de novos horizontes linguísticos, desenvolvendo no aluno
estratégias de aprendizagens importantes para o desenvolvimento do pensamento e
aquisição do conhecimento sistematizado; estabelecer, neste primeiro contato, as
fundações do aprendizado de Inglês, ou seja, a aquisição da língua, através do
vocabulário e dos aspectos culturais, para que se formalize este conhecimento, com
aprofundamento de estruturas e conceitos da língua nos anos finais do Ensino
fundamental e Ensino Médio.
PÚBLICO ALVO:
- 2014: alunos do 5º ano do Ensino Fundamental
- 2015: alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental
71. 70
Programa de Educação Integral Pequeno Atleta
A Secretaria Municipal da Educação em conformidade com a atual
política educacional brasileira oferece a possibilidade de Educação Integral
baseando-se na legislação vigente: a Constituição Federal, nos artigos 205, 206 e
227; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 9089/1990); a Lei de Diretrizes e
Bases (Lei nº 9394/1996), nos artigos 34 e 87; o Fundo Nacional de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério (Lei nº
11.494/2007) e a Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, o Plano Nacional de
Educação (PNE).
Com a implantação do Programa de Educação Integral Pequeno Atleta,
desenvolvido no CMEEC – Centro Municipal Educacional Esportivo e Cultural Profª
“Profª Neusa Maria Bueno Ruiz Galetti”,a Secretaria Municipal da Educação tem por
finalidade propor a Educação Integral aos alunos da rede municipal de ensino,
através de atividades interdisciplinares, para o desenvolvimento de suas habilidades,
ampliando o tempo de permanência das crianças no sistema educacional. O
processo educativo que se dinamiza na vida social contemporânea, necessita
expandir os espaços de aprendizagem, não se limitando ao espaço físico e ao
tempo escolar.
A proposta é romper os limites da escola, ampliando a jornada escolar
em um espaço amplo e apropriado para o desencadeamento de atividades
educacionais, culturais, de artes, esportivas e de lazer, que propiciem ao educando
seu pleno desenvolvimento.
Este programa possibilita requalificar as práticas pedagógicas, os
tempos e espaços educativos da rede municipal de ensino, ampliando a jornada
escolar e a organização curricular, na perspectiva da Educação Integral. A
articulação das disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e
práticas socioculturais é fundamental para o desenvolvimento pleno do educando.
A Educação Integral (CMEEC), associada ao processo de
escolarização (dentro da escola), pressupõe que a aprendizagem está conectada à
vida e ao universo dos interesses do aluno e as suas possibilidades de
desenvolvimento, permitindo o Programa o crescimento da autoestima e
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consequentemente a superação de dificuldades de aprendizagem, pois visa
promover o desenvolvimento integral dos alunos, por meio dos aspectos intelectual,
afetivo, social e físico, formando o ser humano em sua integralidade para sua
emancipação.
As atividades de iniciação ao esporte: Vôlei e Basquetebol, Futsal;
Jogos: Xadrez, Dama e Tênis de Mesa; Aulas de Ciclismo; Dança: Jazz moderno;
Música com instrumentos musicais; Artes Visuais; Teatro; Contação de Histórias e
Libras; complementam as atividades do Projeto Político-Pedagógico da rede de
ensino e escolas participantes.
O Programa de Educação Integral Pequeno Atleta constitui-se em um
território educativo para o desenvolvimento de atividades de educação integral, por
meio da integração do espaço escolar aos equipamentos públicos, no caso o Centro
Municipal Educacional Esportivo e Cultural e as parcerias com a Secretaria
Municipal da Cultura e a Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo.
Este Projeto atende atualmente 200 alunos da EMEF Profª Edméa
Braz Rojo Sola, sendo a partir de 2015 serão gradativamente ampliado e oferecido
aos demais alunos de toda a rede fundamental de ensino.
Os profissionais do Magistério, que desempenham suas funções no
CMEEC – Centro Municipal Educacional Esportivo e Cultural Profª “Profª Neusa
Maria Bueno Ruiz Galetti”, está desenvolvendo atividades que englobam a
Educação Integral, portanto justifica-se a atribuição de Carga Suplementar de
Trabalho, fundamentada no parágrafo 1º do artigo 18 - A da Lei Municipal nº
3200/86, alterada pela Lei nº 7595 de 28/02/2014, uma vez que as atividades
desenvolvidas no Projeto destinam-se a orientação de estudos e recuperação
intensiva, com o objetivo de complementação aos conteúdos escolares e
enriquecimento curricular.
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O MEIO AMBIENTE E A EDUCAÇÃO
Diretrizes Pedagógicas relativas ao Meio Ambiente que constam nas
Propostas Curriculares para a Educação Infantil do Município de Marília:
Abordagem interdisciplinar na questão do meio ambiente e alimentação nas
etapas: Plantação, colheita e alimentação.
Construção de saberes e valores que possibilitem compreender a realidade
social e ecológica na apropriação da cidadania.
Valorização de hábitos e atitudes de preservação e cuidados com o meio
ambiente.
Reconhecimento da importância da água para a vida, sua essencialidade
para a sobrevivência humana e conscientização da necessidade de
conservação do meio ambiente a partir de projetos diversificados.
Desenvolvimento do respeito e amor pela natureza a partir do cuidado e
preservação do meio ambiente em que vive.
Realização de diferentes ações que desenvolvam nas crianças sentimentos
positivos em relação aos animais como respeito, proteção e valorização.
Formação das crianças como multiplicadoras na “Campanha contra a
dengue”.
Conscientização da comunidade na responsabilidade sobre o destino do lixo
favorecendo a mudança de hábitos e diminuindo a produção do lixo
doméstico destinando- o ao reaproveitamento na sociedade.
Sensibilização de forma lúdica sobre o uso sustentável dos recursos naturais
através de ações na escola e fora dela.
Promoção de ações para que a criança perceba a importância de se adquirir
novos hábitos e ações com relação à utilização dos recursos naturais.
Observação e participação de atitudes de manutenção e preservação da
paisagem local.
Valorização da natureza e seus elementos.
Participação em aulas passeio que possibilitem o contato com diferentes meio
ambientes numa atitude investigativa e reflexiva.
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Realização de exposições pedagógicas de trabalhos sobre o meio ambiente
nas escolas contemplando os processos de Produção, Apreciação e
Reflexão.
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Centro Escola Municipal de Atendimento Educacional Especializado
“Profa. Yvone Gonçalves”
EQUIPE DO CEMAEE
Diretora Substituta
Supervisor de Atendimento
Auxiliar de Direção
Coordenadora de Educação Especial
Auxiliar de Escrita
Serviços Gerais
2 estagiárias de Pedagogia
1 Professora de Educação Infantil
2 Professoras dedicação parcial
1 Fisioterapeuta
1 Assistente Social
3 Psicopedagogas
5 Fonoaudiólogas
2 Terapeutas Ocupacionais
5 Psicólogos
11 Professoras de Educação Especial
1 professora de Atendimento Domiciliar
PÚBLICO ALVO
Em consonância com a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva o público alvo do CEMAEE são os alunos com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos
de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação
com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na
escola e na sociedade.
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles
que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do
autismo e psicose infantil.
Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial
elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
76. 75
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada
criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas
de seu interesse.
Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia,
disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre
outros, e que de acordo com os nossos critérios de atendimento esses transtornos
necessariamente acarretem em uma dificuldade de aprendizagem na qual o ensino
comum necessite implementar estratégias de acompanhamento mais especializado
e nos casos mais severos no comprometimento de habilidades em várias áreas do
desenvolvimento, seja necessário a implementação de adequação curricular.
OBJETIVOS
O CEMAEE como um dos serviços de apoio à Educação Especial tem
como objetivo proporcionar recursos e serviços educacionais e clínicos, organizados
institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar o ensino regular,
favorecendo não apenas o acesso, mas também a permanência do aluno centrando
a atenção nas capacidades, habilidades e potencialidades.
Portanto, desenvolveremos uma proposta colaborativa que envolverá
profissionais da saúde e da educação comprometidos com a inclusão escolar
promovendo a equidade de ensino e aprendizagem.
CARACTERÍSTICAS DA CLIENTELA
Quantidade de alunos atendidos: 196
Alunos de EMEI: 27
Alunos de EMEFEI: 14
Alunos de EMEF: 145
Alunos de Escolas Estaduais (tempo determinado): 10
Quantidade de alunos em atendimento terapêutico
- aproximadamente 800 atendimentos mensais
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Estrutura Organizacional do CEMAEE
Solicitação de entrada
Os encaminhamentos para ações dos profissionais do CEMAEE são
advindos tanto das unidades escolares como de outros profissionais do CEMAEE,
por meio de protocolo específico.
Uma vez recebido o protocolo este é direcionado para supervisão de
atendimento psicopedagógico e para a coordenação de Educação Especial que
analisarão a conduta adequada em cada necessidade relatada pela escola ou pelos
profissionais do CEMAEE por meio de relatório e avaliações do aluno: visita a
escola, avaliação para terapia, encaminhamento para a equipe pedagógica da SME.
Atendimento terapêutico
Após ser considerado publico alvo pela supervisão de atendimento e
coordenadora de educação especial encaminhar para a assistente social para
anamnese e para triagem para definir qual área o aluno será atendido.
Cada sessão de terapia, que acontece uma vez na semana, tem
duração de 50 minutos, podendo ocorrer individualmente ou em grupo, é realizada
no período inverso ao da escola regular.
Os pais também recebem orientações das terapeutas com relação ao
desenvolvimento e evolução da criança além de receberem atendimento na área de
Psicologia quando necessário.
As ações da equipe terapêutica recebem a supervisão e o apoio do
supervisor de atendimento psicopedagógico.
Atendimento às escolas
As visitas às unidades escolares ocorrem nos períodos de aula da
criança para que seja possível observá-la assim como conversar com as professoras
da sala regular.
Os profissionais transformam seu saber interdisciplinar em tecnologia
de acesso ao currículo e intervenção pedagógica, meios para a escola e professores
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cumprirem seu papel social de acesso com qualidade de ensino para todos os
alunos.
As ações dos profissionais que visitam as escolas recebem a
supervisão e o apoio da coordenação de Educação Especial.
Horas atividades
A jornada de trabalho dos profissionais do CEMAEE é de 30 horas,
sendo 10 horas destinadas para a realização de:
Avaliações;
Planejamento semestral;
Planejamento diário;
Elaboração de relatórios de atendimento e de visitas;
Encaminhamentos para a saúde;
Participação de reuniões;
Troca de informações sobre alunos atendidos em comum com outro
profissional;
Encontro com a equipe da escola regular;
Preparação para palestras;
Atualização de prontuários;
Estudo de casos e
Outras atividades afins.
Ações dos profissionais do CEMAEE de apoio às escolas
Pensando em otimizar o fazer pedagógico do professor e como
consequência a aprendizagem a equipe terá como premissa a parceria colaborativa.
Este modelo de trabalho possibilita uma articulação entre os saberes e
parcerias almejando condições mais favoráveis para o ensino e a aprendizagem do
aluno.
Sob esta perspectiva, a equipe que atua no contexto escolar entende a
necessidade desta atuação, tendo como princípio o envolvimento de todos os
79. 78
profissionais que assistem o aluno por meio de redes colaborativas, cujas funções
de cada um tenham objetivos comuns em prol da promoção da aprendizagem.
Desta forma, para o estabelecimento destas práticas colaborativas
pretende-se o desenvolvimento de ações escolares de:
Atualização de dados
Além de ser uma ferramenta de apoio à atividade administrativa,
constitui-se em um eficiente processo de coleta de informações gerenciais que
possibilitam o cadastramento atualizado com o objetivo de subsidiar o processo de
tomada de decisões, garantindo a integridade e a disponibilidade de informações.
Com tais dados podemos alterar as observações cadastradas do
discente de acordo com as recentes informações e laudos médicos fornecidos pela
família e escola, assim mantendo informados e sintonizados o Setor Vida Escolar na
SME bem como o CEMAEE, possibilitando a consulta dos dados do aluno e seus
dados pessoais com o histórico de atendimentos especializados realizados.
Também se faz necessário essa coleta, pois teremos após esse
mapeamento, a lista dos alunos em atendimento terapêutico no CEMAEE e os casos
que somente precisam do acompanhamento pedagógico já realizando terapias em
instituições externas.
Levantamento das necessidades educacionais
A Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação,
esclarece que a identificação das necessidades educacionais especiais tem como
desígnio a implementação dos apoios necessários ao progresso do aluno, bem
como a melhoria das respostas educativas oferecidas no contexto educacional
escolar como também no âmbito familiar. Levando em consideração as diferenças
individuais, suas limitações e potencialidades.
Este método de trabalho tem como finalidade conhecer as reais
necessidades do discente podendo agir de modo preventivo e/ou remediativo diante
das variáveis evidenciadas como barreiras para a aprendizagem.
80. 79
Observação das práticas educacionais
Segundo Rabelo (2012) entende-se que assistindo desta forma a
Equipe Escolar pode-se enriquecer as práticas pedagógicas, ampliando o olhar
sobre as dificuldades enfrentadas.
Esta observação como suporte consiste em um processo de reflexão,
colaboração, sendo este termo já descrito anteriormente como parceria, e a
observação como instrumento de desenvolvimento profissional aqui envolvendo os
que participam direta ou indiretamente no processo educacional.
Atividades do CEMAEE
As atividades desenvolvidas pelo Centro Escola Municipal de
Atendimento Educacional Especializado, são:
Atendimento Terapêutico
- Triagem
- Anamnese
- Avaliação
- Planejamento
- Atendimento (individual e em grupo, por duas áreas)
- Reuniões de discussão de casos
- Devolutiva semestrais para as escolas
Realização de encaminhamentos para outros serviços ou equipe da
Secretaria Municipal da Educação;
Visitas Escolares para observação de alunos;
Reunião com pais de alunos no CEMAEE ou na própria escola;
Encontro com diretoras, coordenadoras e professoras no CEMAEE ou na
própria escola;
Orientação e Apoio às escolas em ações na área da Educação Especial;
Acompanhamento de alunos em processo de inclusão;