O documento resume os principais conceitos de Recursos Educacionais Abertos (REA), incluindo suas definições, exemplos, licenças abertas e desafios. Discute como iniciativas como MIT OpenCourseWare, OpenLearn e ConneXions contribuíram para a disseminação de REAs.
1. Recursos Educacionais Abertos
Itana M. S. Gimenes (UEM)
III Fórum das Licenciaturas da UEM
Setembro, 2012
Mixagem a partir de JAI- CSBC 2012 de autoria de Itana
Gimenes, Leonor Barroca e Valéria Feltrim
3. Objetivo Educação
aberta
Recursos
Educacionais
Educação a
Abertos (REA)
distância
Tecnologia Perspectivas:
Web 2.0 Educação Híbrida,
MOOCS, etc
— Apresentar o contexto e os principais conceitos de Recursos
Educacionais Abertos
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4. Educação Aberta
— É necessário entender o papel da universidade no
mundo contemporâneo
— West (2010) afirma que a abertura no ensino superior:
◦ é o espírito verdadeiro da educação, da democratização e do
crescimento social - é um estimulo a reflexão, a aprendizagem e
ao trabalho conjunto;
◦ impulsiona a inovação, a cooperação e a competição no mundo
inteiro;
◦ permite o compartilhamento e o acesso a materiais de alto
custo que envolvem conteúdos intelectuais valiosos; e
◦ divulga valores nacionais e institucionais.
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5. Educação Aberta
— West (2010) destaca que estamos observando o
surgimento de uma Meta-Universidade que
transcende os limites geográficos, é acessível e constrói
um arcabouço de materiais abertos a partir do qual a
educação global pode crescer e melhorar.
— Na concepção de entusiastas da ideia de abertura, como
Wiley (2010):
“Se o professor não compartilhar o que ela ou ele
sabe, a educação não está acontecendo”.
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6. O Termo Educação “Aberta”
— Do ponto de vista da Open University (UK), o
termo “Aberta” é parte integrante de sua
missão, mas significa também a não existência
de requisitos de ingresso para o aluno.
— No caso do Brasil (Santos, 2012), o termo
“Aberta”, em Universidade Aberta do Brasil, se
refere ao acesso gratuito à educação por meio
da rede pública de educação a distância.
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7. Educação Aberta Contemporânea
— Aquela que incorpora os novos recursos
tecnológicos para oferecer uma
educação:
◦ alternativa, flexível, colaborativa
◦ sem as restrições do ensino tradicional
◦ valoriza a aprendizagem autônoma,
◦ rompe as barreiras geográficas e
◦ forma comunidades virtuais de
aprendizagem.
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8. Desafios
Disponibilidade para se doar e Materiais educacionais vem
compartilhar sendo produzidos por
meio de livros ou artigos
que são comercializados
Sobrecarga
de trabalho
http://gowers.wordpress.com/2012/01/21/elsevier-
my-part-in-its-downfall/
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9. Declaração sobre Educação Aberta da
cidade do Cabo (2007)
— Assinada por 2.590 educadores e organizações.
— Convida envolvidos a compartilhar a visão de abertura
para que se comprometam com a promoção da
educação aberta.
http://www.capetowndeclaration.org/
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11. Educação Aberta
— Os elementos envolvidos no cenário de educação
aberta formam um ecossistema que permite uma
aprendizagem social, que pode auxiliar no aumento da
oferta de oportunidades de formação de profissionais
qualificados (Brown & Adler, 2008) e aumentar o acesso
a educação à sociedade em geral.
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12. Educação Aberta
— Abrange desde aspectos pedagógicos até a
infraestrutura tecnológica e de pessoal de apoio.
— O estabelecimento de comunidades virtuais, bem como
formas de conviver, complementar e reutilizar
conteúdos. Ex. comunidade de software livre.
— Estratégias de aprendizagem já disponíveis na educação
formal em instituições estabelecidas e o uso eficiente
dos novos recursos tecnológicos, como as ferramentas
Web 2.0.
http://vimeo.com/43401199
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13. Recursos Educacionais Abertos (REAs)
— REAs podem ser definidos como materiais de
ensino, aprendizagem e pesquisa, em
qualquer meio de armazenamento, que estão
amplamente disponíveis para a comunidade por
meio de uma licença aberta que permite
reuso, readequação e redistribuição para
outros sem restrições ou com restrições
limitadas (Atkins, 2007) (Butcher, 2011).
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15. Termos relacionados
— OpenCourseWare usado no OCW consortium ou MIT
OpenCourseWare.
— Objetos de aprendizagem: “…ferramentas interativas baseadas na
web que apoiam o aprendizado de conceitos específicos
incrementando, ampliando, ou guiando o processo cognitivo dos
aprendizes”. Hay e Knaack (2007, p. 6) apud Amiel et al (2011).
— “O conceito de objeto de aprendizagem tornou-se engessado e
confuso, em parte pela enormidade de padrões, sistemas e projetos
que tentam definir e direcionar o conceito (WILEY, 2007)” http://
opencontent.org/presentations/bcnet07/
— O termo REA, que engloba o conceito de objeto de aprendizagem
enfatizando o conceito de abertura. Isso inclui direitos de uso,
reúso, revisão, remix e redistribuição (WILEY, 2007b; [s.d.(b)]), bem
como facilidades técnicas de adaptação.
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16. Abertura
— Social – doação
— Localização
— Adaptação
— Dificuldades de “pay
and collect”
— Granularidade
— Formação de
comunidades
inspirado em
software livre
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18. Reusar
— O direito de usar o conteúdo em sua forma original ou
modificada (ex. fazer uma cópia).
Reproduzir
Cambridge, UK
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19. Revisar
— O direito de adaptar, ajustar, modificar, ou alterar o
próprio conteúdo (ex. traduzir o conteúdo para outra
língua);
Traduzir e Reproduzir
Adicionar ilustrações,
exemplos e
Reproduzir
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20. Remixar
— Remixar: o direito de combinar o original ou o revisado
com outro conteúdo para criar algo novo (ex.
incorporar o conteúdo em um mash up).
Grady Booch: "The Promise, the Limits, the
Beauty of Software”,
http://www.youtube.com/watch?v=adiVOdztQ34
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21. Redistribuir
— O direito de compartilhar cópias do conteúdo original,
das revisões ou mixagens com outros (ex. dar uma
cópia do conteúdo para um amigo).
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22. Disseminação de REA
— Qualidade
— Posições políticas e profissionais
Sociedades Científicas:
Química, Matemática,
O estabelecimento de políticas de etc.
Biologia,
incentivo, estratégias de conectividade,
padronização e disseminação de REAs
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23. Professor
— Conciliar a produção de REAs com as demais tarefas
e as restrições de tempo;
— Obter reconhecimento profissional por esse tipo de
produção intelectual;
— Adaptar-se a realidade da imensa disponibilidade de
recursos online e assim guiar seus alunos no
aproveitamento desses recursos;
— Incentivar os alunos a participar ativamente de
comunidades de aprendizagem; e,
— Compreender o valor das políticas de licença aberta.
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24. Alunos
— Devem ser mais ativos e autônomos e
— Preocupados com cidadania, empregabilidade,
habilidades de comunicação, criatividade e
inovação.
— Portanto, devem também divulgar seus
trabalhos por meio de REAs em sintonia com
seus educadores;
— Se preocupar com a qualidade dos REAs; e
— Ter um papel ativo nas comunidades virtuais
para promover o consumo e a produção de
REAs.
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25. Do MIT Open Courseware ao OCW
Consortium
— Em 2000, o MIT nomeou um comitê para estudar uma
estratégia para lidar com a influência da Internet na
educação superior.
— Dificuldade vislumbrada em oferecer educação a
distância de forma rentável, bem como de compatibiliza-
la com a missão do instituto de disseminar
conhecimento.
— O comitê propôs disponibilizar gratuitamente todo o
conteúdo de cursos de graduação e pós-graduação,
incluindo ementas, notas de aula, exercícios e exames.
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29. OpenLearn
— A introdução de REAs na OU, seguiu-se a muitas de
suas iniciativas de produção de material didático em
múltiplas mídias.
— Iniciativas de disponibilização de materiais didáticos com
licença aberta incluíram, inicialmente: a transmissão de
programas pela BBC e a consequente liberação da
gravação dos materiais transmitidos;
— A possibilidade de aquisição de materiais de alguns
Todos os materiais
cursos sob demanda e a implantação do portal
envolviam direitos
Open2.net em 1999. autorais
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30. Lançada em 2006, financiado pela Hewlett Foundation
http://www.open.edu/openlearn/
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31. Avaliação do OpenLearn, 2008
— Internamente, mostrou como a universidade pode entregar
materiais de forma mais ágil e sintonizada com a filosofia da Web 2.0;
— Induziu várias atividades de pesquisa e desenvolvimento; permitiu que
o pessoal de apoio (ex., tutores) encontrasse novas formas de obter
informações, orientações e participações;
— Supostamente estimulou a atração de 6.000 alunos a cursos pagos; e
contribuiu para aumentar a presença da universidade na Web.
— Externamente, aumentou substancialmente a atenção internacional
dada a universidade, com 69% de visitantes fora da Grã-Bretanha;
— Colocou a universidade a frente das iniciativas de educação aberta e
aprendizagem apoiada pela Web, tendo recebido várias premiações,
coberturas positivas da mídia e sendo citada em diversas publicações;
— Aumentou a cooperação com instituições internacionais, incluindo a
UNISUL no Brasil.
— Os gastos com REAs nesses 5 (cinco) anos passam de 5 milhões de
libras (Lane, 2012)
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32. Connexions, Rice University, 1999
— Oferece ferramentas de software livre e código aberto para
auxiliar alunos, professores e autores a gerenciar conteúdos.
— Em julho de 2009, foi formado o ConneXions Consortium para que
organizações interessadas pudessem contribuir com o
desenvolvimento e o crescimento da plataforma.
— Atualmente, o consórcio envolve mais de 20 membros de países
como China, Índia, África do Sul, Holanda e Vietnam. Seus membros
são tanto de instituições privadas quanto públicas tais como
universidades, escolas, fundações e ONGs.
— Burrus et al. (2004), um de seus fundadores, diz que “informações
são apresentadas linearmente, mas que aprendemos, na maioria dos
casos, fazendo conexões (“connections”), entre conceitos e coisas
que já conhecemos ...”.
— O software de apoio, denominado Rhaptos, é de código aberto.
Toda a arquitetura do ConneXions, bem como suas ferramentas de
software foram projetadas com o objetivo de facilitar os 4Rs.
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34. Organização sem fins lucrativos que foi fundada
Licenças em 2001 por Larry Lessig da Stanford University
http://creativecommons.org/videos/a-shared-culture
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35. Licenças Creative Commons (CC)
— O objetivo é oferecer licenças abertas e de fácil
compreensão ao público em geral para o licenciamento de
recursos digitais.
— As licenças CC, evitam a aplicação na íntegra das restrições
de copyright (o tradicional “todos os direitos reservados”),
que por lei se aplicam automaticamente a um recurso, seja
ele um vídeo, um conjunto de slides, um texto ou uma página
Web.
— É importante destacar que o uso de licenças abertas não
implica no abandono do conceito de copyright.
— As licenças se baseiam nas leis de copyright, porém as usam
de forma criativa buscando articular um discurso mais
positivo em vez de negativo (Liang, 2005).
— As leis de copyright tradicionais dão mais foco nas restrições,
as licenças abertas focam nas permissões.
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36. Licenças Creative Commons (CC)
— Todas as licenças incluem um conjunto de direitos
básicos, chamado de “Baseline Rights”.
— Elas garantem ao autor do recurso o direito autoral e,
em consequência, a obtenção de crédito pelas suas
obras;
— Em contrapartida, garantem aos usuários do recurso o
direito ao uso e a distribuição, bem como a mudança de
formato do recurso desde que mantido seu conteúdo
na íntegra (Hofman & West, 2008).
— Os “Baseline Rights” estão disponíveis na íntegra em
http://wiki.creativecommons.org/Baseline_Rights
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37. Licenças Creative Commons (CC)
— Licenciar um recurso utilizando uma licença CC é muito
simples e pode ser feito por meio de um “gerador de
licença” disponível no website da Creative Commons.
— O gerador solicita ao autor que responda algumas
perguntas simples sobre como ele quer que o seu
recurso seja usado e, com base nas respostas, sugere a
licença CC mais apropriada.
— Uma vez escolhida a licença, o gerador direciona o
autor para uma página contendo diretrizes sobre como
referenciar a licença nos diferentes tipos de recursos
(ex., recursos audiovisuais, páginas Web e textos). http://
creativecommons.org
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38. Licenças Creative Commons (CC)
— As licenças CC são expressas em três
“camadas”:
◦ (1) Código Legal (Legal code) - é a versão completa da
licença e que serve de ferramenta jurídica.
◦ (2) Licença Simplificada (Commons deed) - é uma
versão da licença que resume os seus pontos chaves,
fazendo uso de ícones gráficos, sendo assim mais
legível a usuários leigos.
◦ (3) Código Digital (Digital Code) - é uma versão da
licença que pode ser automaticamente interpretada.
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39. Attribution Menos
Restritiva
(Atribuição)
CC BY
Permite que outros:
(1) Reusem,
(2) Revisem,
(3) Remixem e
(4) Redistribuam
o recurso licenciado, inclusive para uso
comercial, desde que o crédito pela criação
original seja dado ao autor de direito.
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40. Attribution Share Alike Comparada às
licenças para
(Atribuição Compartilha Igual) software livre e de
código aberto
CC BY-SA
Permite que outros:
(1) Reusem,
(2) Revisem,
(3) Remixem e
(4) Redistribuam
o recurso licenciado, inclusive para uso comercial, desde
que o crédito pela criação original seja dado ao autor de
direito e que novos recursos que sejam derivações do
recurso original sejam licenciados sob a mesma licença.
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41. Attribution No Derivatives Obra permanece
(Atribuição sem Derivados) igual
CC BY-ND
Permite que outros:
(1) Reusem, e
(2) Redistribuam
o recurso licenciado, para uso comercial e não
comercial, desde que a obra permaneça
inalterada e que o crédito pela criação original
seja dado ao autor de direito.
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42. Attribution Non-Commercial Novos recursos
não precisam seguir
(Atribuição Não-Comercial) a mesma licença
CC BY-NC
Permite que outros:
(1) Reusem,
(2) Revisem,
(3) Remixem e
(4) Redistribuam
o recurso licenciado desde que para fins não comerciais
e que o crédito pela criação original seja dado ao autor de
direito. Entretanto, novos recursos que sejam derivações
do recurso original não precisam ser licenciados sob a
mesma licença. JAI 01 42
43. Attribution Non-Commercial Share Alike
(Atribuição Não-Comercial Compartilha Igual)
Novos recursos
seguem a mesma
CC BY-NC-SA licença
Permite que outros:
(1) Reusem,
(2) Revisem,
(3) Remixem e
(4) Redistribuam
o recurso licenciado desde que para fins não
comerciais, que o crédito pela criação original seja
dado ao autor de direito e que novos recursos que
sejam derivações do recurso original sejam licenciados
sob a mesma licença.
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44. Attribution Non-Commercial No Derivatives
(Atribuição Não Comercial sem Derivados)
Mais restritiva
CC BY-NC-ND
Permite que outros:
(1) Reusem, e
(2) Redistribuam
o recurso licenciado, desde que para fins não
comerciais, que a obra permaneça inalterada e
que o crédito pela criação original seja dado ao
autor de direito.
JAI 01 44
45. Arquitetura de Plataformas REA
— Os
sistemas de acesso e disponibilização
de REAs são referenciados na literatura
por vários termos:
◦ framework,
◦ plataformas,
◦ ambiente ou
◦ simplesmente software ou aplicação.
Chamamos esses sistemas de:
◦ Plataformas de REA
JAI 01 45
46. Arquitetura de Plataformas REA
— armazenamento e recuperação de materiais em
múltiplos tipos de mídia;
— busca de materiais;
— criação, edição e manutenção de materiais;
— controle de qualidade;
— estabelecimento de licenças;
— registro de comentários aos materiais;
— registro de avaliações dos materiais e estatísticas; e,
— visualização dos materiais.
JAI 01 46
48. Interface e Visualização
— Plataformas de REAs não são uniformes.
— Em geral:
◦ página inicial com muitas informações que incluem propagandas,
patrocinadores, opções de doações, novidades e anúncios de
eventos, referências para serviços externos (ex. RSS, Facebook e
Twitter) e serviços de busca.
— A maioria das plataformas oferece opção de registro de
usuário.
— A partir da página principal se tem acesso aos cursos
ou conteúdos que estão organizados por área de
conhecimento.
— Normalmente, os cursos ou materiais possuem o ícone
da licença CC que se aplica a eles.
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49. Tipo de material: notas de aula,
projetos exemplos, exercícios e
soluções, exames e soluções,
conteúdo multimídia, galeria de
imagens e livros textos online.
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51. MIT 6.00: Conteúdo
— um conjunto completo de vídeos;
— materiais de apoio aos vídeos, como folhetos, slides e
arquivos de código;
— vídeos de revisão de conteúdo e técnicas de soluções
de problemas elaborados pelos monitores;
— exercícios com amostras de soluções feitas pelos
alunos;
— listas de referências extras, onde se pode encontrar
materiais suplementares.
http://ocw.mit.edu/courses/electrical-engineering-and-computer-
science/6-00sc-introduction-to-computer-science-and-
programming-spring-2011/
JAI 01 51
52. MIT 6.00: Observações
— Que o cenário atual foi obtido com o desenvolvimento
tecnológico, tendo a computação uma grande parcela de
contribuição;
— Que apesar da tecnologia de apoio, esse curso foi
planejado e executado com apoio do professor e
monitores, incluindo detalhes do material de apoio e
calendário de estudos.
— Em qualquer modalidade de ensino,
principalmente a distância, a qualidade e o apoio
tecnológico devem ser planejados
conjuntamente.
JAI 01 52
56. Gerenciamento de dados
— IEEE LOM (Learning Object Metadata) (IEEE, 2002);
— IMS Learning Resouce Metadata;
— Dublin Core Metadata Initiative.
http://www.imsglobal.org/metadata/index.html
JAI 01 56
57. IEEE LOM
— 9 ramos de sub-elementos:
◦ Geral,
◦ Ciclo de vida,
◦ Meta-Metadados,
◦ Técnica,
◦ Educacional: tipo de interação, tipo de recurso de aprendizagem,
densidade semântica, papel pretendido para o usuário final,
contexto, intervalo típico de idade, dificuldade, tempo típico de
aprendizagem, descrição e língua.
◦ Direitos,
◦ Relação,
◦ Anotação
◦ e Classificação.
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60. Gerenciamento de materiais
— Permitir as ações 4Rs
— O MIT OpenCourseWare oferece os cursos com seus
respectivos materiais para acesso ou download, mas não
oferece os 4Rs.
— O OCW consortium funciona da mesma forma que o
MIT, só que permite acesso a todas as universidades que
fazem parte do consórcio.
JAI 01 60
64. Revisando conteúdo no Labspace
— Log in
— Vá para o Indiespace
— Escolha uma unit, ex Academic Essay Guide
— No menu lateral direito escolha “Make a copy to revise”
— “Turn editing on”
JAI 01 64
65. Criando uma nova unidade
— Escolha um tópico dentre os REAs
— Siga o link abaixo das unidades “Create a unit”
JAI 01 65
67. Revisando material
— Login em sua conta
— Escolha um módulo
— Escolha Reuse/Edit nas opções abaixo do módulo
— Aparece uma nota solicitando o tipo de permissão
desejado
— Criar uma cópia derivada no espaço de trabalho.
JAI 01 67
68. Connexions
author’s
workflow
Existe uma área para
os autores, authoring
área (MyCNX), na
qual o conteúdo
pode ser criado
usando a Connexions
Markup Language
(CNXML) e editado
usando uma dos
editores online
específicos para a
linguagem CNXML.
JAI 01 68
69. Aquisição
Reuso/Edição:
(i) derivar uma cópia que poderá ser modificada e
publicada pelos novos autores com as devidas
atribuições de autoria ao trabalho original; e,
(ii) obter uma cópia para modificações obedecendo a
licença.
http://cnx.org/content/col10213/latest/ logada em minha conta
JAI 01 69
70. Controle de Qualidade
Métricas
Marcas MIT, Standford
Indicadores de Qualidade
Qualidade versus Liberdade
JAI 01 70
71. Controle de Qualidade: OpenLearn
http://openlearn.open.ac.uk/course/category.php?
id=7&perpage=15&page=2
JAI 01 71
73. Connexions Lenses
A qualidade pode ser evidenciada
pela:
• Afiliação dos autores,
• Pessoas ou organizações podem
analisar o material e incluir
recomendações em suas coleções
• As visões podem ser criadas por
usuários e/ou organizações
• À medida que os avaliadores ganham
reputação podem marcar os REAs
dando indicativos de qualidade aos
usuários, como acontece na prática
com revisões de livros, filmes e teatro.
JAI 01 73
74. Gerenciamento de licenças
— As licenças utilizadas amplamente são as licenças CC,
conforme descrito anteriormente.
— As licenças são atribuídas aos materiais no momento
de sua criação, assim, tanto a plataforma ConneXions
quanto a OpenLearn abrem formulários para definir a
categoria da licença e, com base na escolha feita, o ícone
correspondente à licença escolhida aparece na interface
do material.
— O MIT OpenCourseware tem em seu portal de entrada o
ícone da licença por eles atribuída a todos os seus
materiais (CC BY-NC-SA).
JAI 01 74
76. DSPACE
— Foi criado em 2000 a partir de uma parceria entre a HP
e o MIT. Atualmente, é mantido pela DuraSpace e é
amplamente utilizado por organizações para estruturar
bibliotecas digitais e REAs.
— Oferece uma interface Web que permite que os
usuários insiram informações a serem arquivadas, que
podem variar desde conjuntos de dados simples até
vídeos digitais.
— O DSpace foi utilizado na implementação do BIOE
(Leite, 2011).
JAI 01 76
78. eduCommons
— é um sistema de gerenciamento de conteúdo construído
sobre o Plone para apoiar a criação de cursos abertos.
— O software é mantido pela enPraxis.
— A partir de uma instalação do eduCommons pode-se criar
um departamento e os respectivos cursos associados.
— Os cursos são inseridos seguindo-se um workflow sequencial
com os seguintes papéis: produtor, controlador de qualidade,
revisor e publicador.
— Course Builder permite criar os atributos do curso e carregar
o conteúdo correspondente em vários formatos como IMS
Common Cartridge, Moodle Backup ou Blackboard Content
Package.
— Um curso é composto de vários objetos. Após a criação, cada
objeto fica no estado produtor e vai mudando de estado
conforme evolui e avança no workflow.
JAI 01 78
79. ConneXions e Rhaptos
— O Rhaptos é um sistema de gerenciamento de
conteúdo baseado no Plone e que foi
desenvolvido pelo próprio grupo do
ConneXions.
— A arquitetura do Rhaptos é composta pelos
seguintes componentes: Enterprise Rhaptos; APIs
for Accessing Connexions Data; Connexions Rhaptos
Development; e Quality Assurance and Testing.
— O software pode ser obtido a partir do portal
ConneXions para implementação de plataforma
de REAs.
JAI 01 79
80. iTunesU
— Uma iniciativa para permitir as universidades e outras
instituições a disponibilização de vídeos e áudios com
material educacional por meio da iTunes Store (Apple, 2007).
— A OU, por exemplo, aproveitou a oportunidade para
disponibilizar materiais de seus cursos, pois já possuía esse
tipo de material.
— Assim, foi a primeira universidade da Europa a alcançar mais
de um milhão de assinaturas na iTunes U app e teve mais de
50 milhões de downloads de materiais no formato de mobile
app com imagens vídeos, panoramas e diagramas interativos
juntamente com os textos dos cursos, promovendo assim
uma forma mais interativa de aprendizagem.
— iTunesU Moons of the Solar System
JAI 01 80
82. Sustentabilidade
— Custos: recursos humanos, físicos e
tecnológicos;
— Nos EUA houve um grande financiamento da
Hewllet Foundation para Universidades, por
exemplo para o MIT OpenCourseWare e mesmo
na Inglaterra para o OU OpenLearn.
— Sobrecarga reportada pelo MIT.
— Do MIT OpenCourseWare ao OCW Consortium.
JAI 01 82
83. Sustentabilidade
— Decisões devem considerar (Wiley, 2007):
◦ organização (tamanho, estrutura, grau de
centralização);
◦ tipo de recursos e formatos de mídia;
◦ tipo de usuário final que provavelmente utilizarão os
recursos e quanto de apoio eles necessitam na
utilização;
◦ incentivos para o engajamento de participantes;
◦ formas de redução de custo; e
◦ modelo de financiamento para viabilizar os objetivos
do projeto.
JAI 01 83
84. Sustentabilidade
— A sustentabilidade de iniciativas de REAs (Downes,
2007) inclui as questões de qualidade, custos de
produção, escala e lucros gerados, do ponto de vista do
produtor.
JAI 01 84
85. Sustentabilidade
— Sinergia entre Instituições tradicionais e Educação aberta
• Ex. Lane (2012) cita entre os efeitos positivos de REAs o fato do
pessoal de apoio da OU utilizar o OpenLearn como fonte de
informação, mesmo sem serem treinados para tal.
• A busca de REAs, por alunos faz com que as universidades que
mantêm conteúdos de boa qualidade estejam mais em evidência e
como consequência atraiam alunos.
JAI 01 85
86. Projeto Folhas
— www.educacao.pr.gov.br
— Educadores/recursos didáticos
JAI 01 86
89. Massive Open Online Courses (MOOCs)
— Um MOOC é um curso que atinge uma audiência largamente
distribuída, é conduzido com o apoio de materiais distribuídos em
recursos da Web e que envolve a participação dos alunos.
— MIT lançou o MITx;
— Harvard e MIT lançaram EdX;
— Sebastian Thrun e David Evans da Stanford University lançaram
Udacity;
— Coursera oferece cursos de renomadas universidades americanas;
— Khanacademy é um outro provedor de cursos online.
— A diferença do MITx e OCW é que os recursos do MITx são
interativos, pois especialmente produzidos para esta plataforma.
— A plataforma OCW consiste basicamente de materiais existentes.
JAI 01 89
90. MOOCs
— Exemplo: curso oferecido Sebastian Thrun que teve mais
de 9000 alunos matriculados, e dos cursos do Coursera,
que tiveram mais de um milhão de alunos de inscritos
logo que apareceram em seu portal.
http://www.udacity.com/
https://www.coursera.org/
JAI 01 90
91. Qual é o futuro?
— Impacto nas universidades e educadores?
— Debate sobre o educador digital e o consequente
impacto no reconhecimento das novas formas de
produção dos pesquisadores (Weller, 2011)?
— VLE versus PLE?
http://www.youtube.com/watch?v=r77iDP_f0NY
JAI 01 91
92. Qual é o futuro?
— Envolve:
◦ acesso aberto e livre aos recursos de aprendizagem;
◦ aprendizagem em rede e fora das instituições de
educação tradicionais;
◦ e personalização da aprendizagem.
— A noção de que os alunos são também
produtores, “prosumers” (produtores
+consumidores) requer o envolvimento dos
alunos na produção democrática e criativa de
conhecimento.
JAI 01 92
93. Qual é o futuro?
— Os aprendizes precisam ser autonômos e devem ser
capazes de avaliar e fazer escolhas.
— Porém, eles nem sempre possuem a capacidade ou a
vontade de fazer essas escolhas, pois existem limitações
nas possibilidades de participação, no interesse e na
especialidade de cada um (Fischer, 2009).
— Essas transformações também demandam mudanças
culturais e de políticas institucionais que estão em
franco conflito com a abordagem dominante de
definição de padrões curriculares.
JAI 01 93
94. Qual é o futuro?
— Capdeferro & Romero (2012) analisou frustações
enfrentadas por alunos em atividades colaborativas em
um grupo de 40 alunos de um mestrado online
— A fonte de frustação mais frequente é a percepção de
um desequilíbrio de compromisso, responsabilidade e
esforço.
— Outros problemas incluem: o não compartilhamento de
objetivos, dificuldade de negociação, tempo e sobrecarga
de trabalho, conflitos, avaliação desequilibrada e
dificuldade de compreensão.
Colaboração
online?
JAI 01 94
95. Algumas questões a serem exploradas
1. Novas abordagens para ensinar que auxiliam os
aprendizes a serem mais críticos, a refletir mais e a
explorar a riqueza de recursos educacionais
disponíveis;
2. Incentivo aos educadores para reconhecer o valor das
iniciativas educacionais que ultrapassam os muros de
suas instituições;
3. Políticas educacionais que apoiem as novas iniciativas
educacionais;
4. Reconhecimento pelas instituições de que esses
desafios não podem ser ignorados e que requerem
mudança de comportamento.
JAI 01 95
96. Referências
— Gimenes, I. M. S, Barroca, L. Feltrim, V. D.,
“Tendências em Educação a Distância e Educação
Aberta”, VII Jornadas de Atualização em Informática,
CSBC 2012, Curitiba-PR. Pags 3-45.
http://www.lbd.dcc.ufmg.br/bdbcomp/servlet/Evento?
id=446.
— http://rea.net.br/site/lancamento-um-livro-rea-sobre-rea/
PUCRS 96