Este documento discute o infarto agudo do miocárdio (IAM), definindo-o como a necrose das células miocárdicas devido à oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco, geralmente causada pela redução do fluxo sanguíneo coronariano. Detalha os sintomas, fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prevenção do IAM, bem como a angina de peito e suas características.
3. DEFINIÇÃO
IAM é a necrose das células miocárdicas devido a oferta inadequada
de oxigênio ao músculo cardíaco. E causado pela redução do fluxo
sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser
compensado pelas reservas orgânicas, levando a isquemia e por
consequências a necrose.
Isquemia cardíaca é caracterizada pela diminuição da passagem de
sangue pelas artérias coronárias. Geralmente, é causada pela presença de
placas de gordura em seu interior, que quando não são devidamente
tratadas, podem romper e entupir o vaso, causando angina e infarto.
4. A isquemia cardíaca pode ser classificada como
sendo:
• Isquemia cardíaca crônica:
caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias,
cujo principal sintoma é a dor no peito que surge inicialmente, durante
esforços e, com o tempo, passa a surgir até mesmo em repouso;
• Isquemia cardíaca transitória:
caracterizada pela dor no peito que surge quando o indivíduo encontra-se
sob estresse emocional ou estresse físico, e diminui em repouso; Comum
em mulheres jovens.
• Isquemia silenciosa:
pode não gerar sintomas e afetar o indivíduo descansando, sentado, deitado
ou dormindo.
Geralmente é diagnosticado durante exames de rotina.
5. FISIOPATOLOGIA
• O IAM é resultante da ruptura ou erosão de uma placa
aterosclerótica, desencadeando um processo em cascata, o qual
reduz de forma critica o fluxo sanguíneo na artéria coronária por
espasmo coronário ou formação de trombo. Desencadeando
isquemia cardíaca e por fim necrose e fibrose do tecido.
6.
7. IDADES AFETADAS
• 0-2 Muito raro
• 3-5 Muito raro
• 6-13 Muito raro
• 14-18 Muito raro
• 19-40 Raro
• 41-60 Comum
• 60+ Comum
8. CAUSAS
A presença de placas de gordura no sangue é chamada
de Aterosclerose (placa de colesterol). O paciente que possui placas de
aterosclerose com algum grau de obstrução na luz de uma artéria tem a
chamada DAC – doença arterial coronariana. Conforme a placa de
gordura (ateroma) cresce, ela leva à obstrução cada vez maior da
coronária e pode levar ao sintoma de dor no peito aos esforços (angina).
Em geral, uma pessoa tem sintoma de dor no peito aos esforços quando a
obstrução é maior que 70%.
Antigamente acreditava-se que o infarto agudo do miocárdio ocorria
quando estas placas cresciam progressivamente até fechar
completamente o vaso. Hoje sabemos que não é isso que ocorre. O
fechamento do vaso ocorre devido a uma ruptura na parede da placa de
gordura, levando à formação de um coágulo que obstrui a artéria e
ocasiona o IAM.
9.
10.
11. FATORES DE RISCO
Fatores de risco de infarto incluem:
Idade: homens acima dos 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais tem
maior propensão ao infarto
• Tabagismo;
• Idade;
• Hipertensão;
• Colesterol elevado;
• Diabetes;
• Histórico familiar de infarto;
• Sedentarismo;
• Obesidade;
• Estresse;
• Alcoolismo;
• Uso de drogas ilegais estimulantes, como cocaína.
12. CLASSIFICAÇÃO
A dor do infarto pode ser atípica ou atípica.
Dor atípica podem ser mais difíceis de caracterizar. Em geral se diz
que a dor do infarto pode se alojar em qualquer local entre o lábio
inferior e a cicatriz umbilical.
Dor típica tem como características ser no meio do peito, em
aperto, espalhando para o braço esquerdo, acompanhada de
sudorese, náusea e palidez cutânea.
As características do infarto em mulheres são muito menos
típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou
ainda falta de ar sem dor.
13. CONSEQUÊNCIAS DO INFARTO
As consequências do infarto vão depender da gravidade do quadro. Quando
o infarto afeta somente uma pequena área do coração, a possibilidade de
não haver nenhuma consequência é maior, contudo, na maior parte dos
casos, a principal consequência do infarto é a alteração na contração do
músculo cardíaco.
Pode ser classificada como:
• Disfunção sistólica normal;
• Disfunção sistólica leve;
• Disfunção sistólica moderada
• Disfunção sistólica importante/grave.
Outras possíveis consequências do infarto são:
• Arritmias cardíacas ;
• Distúrbio no funcionamento da valva mitral, provocando insuficiência mitral.
14. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos
deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se
associada aos seguintes sintomas:
• Vômitos;
• Suor frio;
• Fraqueza Intensa;
• Palpitações;
• Falta de ar;
• Sensação de ansiedade;
• Fadiga;
• Sonolência;
• Tontura ou vertigem.
SINTOMAS
15. DIAGNÓSTICO E EXAMES
Exame Clínico:
• Alterações eletrocardiográficas;
• Elevação Enzimática: - Creatinoquinase ( CK )
- Isoenzimas – CK
- Mioglobina cardíaca
- Troponinas Cardioespecíficas
16.
17. Estes exames incluem:
• Eletrocardiograma (ECG);
• Exames de sangue.
Você também pode passar por esses exames adicionais:
• Radiografia do tórax;
• Ecocardiograma;
• Cateterização coronariana (angiografia);
• Teste ergométrico, após o quadro estar estabilizado;
• Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética.
18. TRATAMENTO
• Oxigenoterapia: melhora a oxigenação para o músculo
cardíaco isquêmico.
• Controle da dor:
Terapia analgésica por opiáceo;
Terapia vasodilatadora;
Terapia ansiolítica
Terapia Farmacológica – trombolíticos
- anti- trombínicos
- antiplaquetários
- Anti-isquemicos
• Angioplastia Coronariana
19. PROCEDIMENTOS
Além de medicamentos, você pode passar por um dos seguintes
procedimentos para o tratamento de seu ataque cardíaco:
Angioplastia coronária com implante de stent .
20. CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA
• Nos casos mais graves, pode ser necessária a realização da
cirurgia de ponte de safena, que normalmente é feita cerca de 3 a
7 dias após o ataque cardíaco.
• Essa cirurgia consiste na retirada de um pedaço da veia safena,
localizada na perna, para substituir a parte obstruída da artéria do
coração, reativando o fluxo sanguíneo normal para o órgão.
21. FISIOTERAPIA APÓS INFARTO
O tratamento fisioterapêutico pós infarto deve ser iniciado ainda no
hospital, após a liberação do médico cardiologista, e costuma ser
composto por:
• Exercícios respiratórios para fortalecer os pulmões;
• Alongamentos musculares;
• Subir e descer escadas;
• Exercícios para melhorar o condicionamento do corpo.
A intensidade dos exercícios varia de acordo com a fase da reabilitação
que o paciente se encontra. Inicialmente sugere-se de 5 a 10 minutos
de exercícios 2 vezes por dia, que evolui até que o indivíduo consiga
realizar 1 hora de exercícios por dia, o que costuma acontecer 6 meses
após o infarto.
22. Dieta Equilibrada Exercícios Físicos Manter o Peso Ideal
Níveis de Colesterol e Triglicérides Acompanhar a Glicemia Aferir Pressão Arterial
Abandonar o Cigarro Reduzir o Estresse
COMO PREVINIR O IAM
23. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
A assistência de enfermagem no IAM é de grande
importância, devendo o enfermeiro estar atento:
• As alterações eletrocardiográficas;
• Pressão arterial;
• Frequência cardíaca e queixas de dor precordial;
• Deve-se manter no paciente a oxigênioterapia e um
acesso venoso calibroso.
24. Assistência de enfermagem após angioplastia:
•Orientar o paciente quanto ao repouso, cuidados com o curativo e dieta;
• Quando o procedimento for realizado pela via radial deve-se retirar o
introdutor assim que finalizado o procedimento e realizar curativo
compressivo mantendo-o por duas horas. Em seguida desapertá-lo e
verificar perfusão e pulso;
• Quando o procedimento for realizado por via femoral, o introdutor será
retirado após cinco horas, o paciente deve ser orientado quanto ao
repouso e manter restrição do membro durante esse período;
• Após cinco horas, retirar o introdutor e manter compressão manual por
aproximadamente vinte minutos para hemostasia, logo após, realizar
curativo compressivo em região inguinal, orientando o paciente à retirá-lo
no dia seguinte.
26. A angina, angina de peito, angina pectoris ou angor pectoris não é
uma doença, mas um conjunto de sintomas (uma síndrome) que
ocorre devido ao baixo suprimento de oxigênio ao músculo
cardíaco em razão de obstruções
ou espasmos das artérias coronarianas.
Essa insuficiência quase sempre é transitória e se verifica naquelas
condições em que o coração exige um desgaste maior de oxigênio
como esforços físicos ou excitações emocionais intensas e geralmente
cede em poucos minutos, sem deixar sequelas. Quase sempre é
indicativa de uma doença coronariana. Um de seus principais
componentes é uma dor no peito e o termo “angor pectoris” significa
algo como "estrangulamento do peito", que é a forma característica
como essa dor é sentida.
27. CAUSAS
• A angina ocorre quando as artérias coronárias ficam demasiado
estreitas para fornecerem sangue suficiente ao coração. A sua
principal causa é a aterosclerose das artérias cardíacas. Outras
causas menos comuns são, por exemplo, a compressão
das artérias por algo próximo às
mesmas, inflamações ou infecções das artérias e doenças nas
válvulas cardíacas.
• Os fumantes, os obesos, os sedentários e as pessoas
com colesterol ou pressão arterial alta têm mais probabilidade de
ter angina que as demais pessoas.
28. CLASSIFICAÇÃO DA DOR
A dor torácica pode ser classificada em 4 categorias a partir das suas
características clínicas, independente dos exames complementares.
29. Dor anginosa típica (tipo A):
Há características de angina do peito
típica e evidente, levando ao
diagnóstico de doença arterial
coronariana (angina do peito ou
infarto do miocárdio), mesmo sem o
resultado de qualquer exame
complementar.
Dor provavelmente anginosa
(tipo B):
Esse tipo de dor não possui
todas as características de uma
angina do peito típica, mas a
doença coronariana é a
principal suspeita diagnóstica.
Dor provavelmente não-anginosa
(tipo C):
É uma dor atípica, mas não é
possível excluir totalmente o
diagnóstico de doença arterial
coronariana sem a realização de
exames complementares.
Dor não-anginosa (tipo D):
É um tipo de dor com
características de origem não-
coronariana, onde outro
diagnóstico se sobrepõe
claramente à hipótese de
doença arterial coronariana.
30. SINTOMAS
• O sintoma principal da angina é a dor no peito. Na maioria das
pessoas ela é referida como um desconforto no peito, habitualmente
descrito como pressão, peso, aperto, ardor ou sensação de choque,
localizado principalmente no centro do peito, nas costas ou
no pescoço, no queixo ou nos ombros, com frequentes irradiações
para os braços (esquerdo principalmente).
• Em geral, é exacerbada pelo excesso de estresse emocional, pelo
esforço físico, pela digestão depois de uma refeição farta e por
temperaturas frias.
• Essa dor dura de um a cinco minutos e pode ser acompanhada por
suor e náuseas em alguns casos e é aliviada pelo repouso ou por
medicação específica.
31. DIAGNÓTICO
Nas anginas em que não haja dores no peito e em que não tenham
ocorrido problemas cardíacos anteriores, o eletrocardiograma é
tipicamente normal, mas modificações dele podem ser observadas
durante os episódios de dor.
Para se detectar eventuais deficiências circulatórias, usa-se fazer um
teste ergométrico tomando-se o eletrocardiograma enquanto o
paciente corre em uma esteira.
Em casos específicos, é necessária a realização de
uma angiografia coronariana a qual sugerirá o tratamento a ser
seguido, inclusive em casos cirúrgicos.
32. TRATAMENTO
O tratamento principal da angina deve visar três fatores:
• Aliviar os sintomas.
• Diminuir o ritmo de progressão da doença.
• Reduzir a ocorrência de complicações cardíacas futuras.
A nitroglicerina (potente vasodilatador) é usada comumente para tratar as dores
agudas da angina.
Doses baixas diárias de aspirina usadas por pacientes que não tenham problemas
com o seu uso são bastante úteis em pacientes com angina estável.
33. Algumas medicações com diferentes mecanismos de ação, à base
de nitrato, betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e
antiagregantes plaquetários são usados para aliviar
os sintomas da angina.
Torna-se ainda mais importante manter controle sobre os fatores de
risco para doenças cardíacas, como parar de fumar, perder peso,
fazer exames para o colesterol alto, controlar o diabetes e a
pressão alta, etc.
Diversas técnicas cirúrgicas, como a angioplastia, com ou sem a
colocação de stent ou uma revascularização cardíaca, podem estar
indicadas.
34. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.
• avaliar a respiração, a pressão sangüínea e freqüência cardíaca em
cada episódio de dor torácica.
• fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar
infarto posterior.
• monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.
• avisar o médico se a dor não diminuir.
• identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor.
• prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.
• ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco.
• providenciar orientação nutricional ao cliente/família.
• esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser
tomados após a alta hospitalar.
• explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.
O IAM é resultante da ruptura ou erosao de uma placa aterosclerotica, desencadeando um processo em cascasta, o qual reduz de forma critica o fluxo sanguineo na arteria coronaria por espasmo coronario ou formacao de trombo. Desencadeando isquemia cardiaca e por fim necorse e fibrose do tecido.
SINTOMAS
Oxigenoterapia: melhora a oxigenacao para o musculo cardiaco isquemico.
Controle da dor:
Terapia analgesica por opiáceo;
Terapia vasodilatadora;
Terapia ansiolitica
Terapia Farmacológica – trobolíticos
- anti- trombínicos
- antiplaquetários
- Anti-isquemicos
Angioplastia Coronariana