2. O que significa CIP?
• Em inglês, Cataloging-in-Publication;
• Em português, Catalogação-na-
Publicação;
• Também chamada de Catalogação na
Fonte, ou ainda, Catalogação Pré-
Natal, denominação dada por
Ranganathan, no ano de 1948.
3. O que é a CIP?
É a catalogação de livros e outros
documentos antes da sua publicação,
quando estes ainda se encontram em
fase de elaboração, de maneira a
permitir as impressões bibliográficas
no próprio livro ou documento.
Geralmente as instituições responsáveis
por essa catalogação são as
Bibliotecas Nacionais.
4. Objetivos da CIP
• Reduzir o tempo entre a publicação de uma
obra e a sua disponibilidade imediata aos
usuários em uma unidade de informação;
• Padronizar a catalogação em âmbito
nacional;
• Diminuir os custos da catalogação realizada
individualmente em cada unidade de
informação.
5. Vantagens da CIP
• Facilita o controle bibliográfico e
contribui para uniformizar os
catálogos;
• Uniformiza a citação bibliográfica;
• Auxilia as editoras e livrarias na
divulgação;
• Reduz tempo e custos.
8. Estados Unidos
• 1853
• Charles Jewett – Conceito de catalogação
que acompanhasse a publicação;
• 1876
• Justin Winson – apresenta uma proposta
concreta para que fosse incluída no próprio
livro uma ficha catalográfica de tamanho
padronizado, que poderia ser destacada e
inserida nos catálogos das bibliotecas;
• Max Müller, curador da biblioteca da
Oxford University, Inglaterra, propôs idéia
semelhante;
9. • 1877
• Richard Rogers Browker, Justin
Winson e Melvil Dewey – Estudo da
viabilidade de um programa de
catalogação na fonte nos EUA.
• 1878 – É apresentado um projeto
apontando que editores interessados
em fazer parte do programa deveriam
enviar a prova dos seus livros para que
fossem catalogados, ao preço de
U$1,00, por bibliotecários da Harvard
University e do Boston Athenaeum.
10. Impressão de dados catalográficos no
livro;
Impressão de uma ficha catalográfica
a ser enviada para os assinantes;
Publicação das fichas nas revistas
Library Journal e Publishers Weekly.
11. • 1958 e 1959
• Experiência de catalogação-na-fonte
(CIS – Cataloging-in-Source) pela LC
(Library of Congress);
• Não deu certo, pois a confecção de
fichas, a edição do documento e a
transferência de informações
catalográficas eram sofisticados para
a época;
12. • 1971
• Implantação da CIP, pela LC, seguindo
recomendações da UNESCO, contando
com tecnologias de informática
(MARC) e participação de 27
editoras;
• 1976
• Encontro Internacional de Catalogação-na-
publicação;
• EUA, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá e
Reino Unido;
13. Sigla CIP e o nome da entidade responsável
por sua elaboração;
ISBD;
Autor, título principal, notas
suplementares;
Notas secundárias, cabeçalhos de assunto;
Indicação de série, subsérie e número;
Notas relativas à tradução e indicação de
tese ou dissertação;
ISBN;
Número de classificação bibliográfica de
assunto.
14. Alemanha
• 1973 – Deutsche Bibliothek – projeto
piloto, contando com a participação de
apenas uma editora;
• 1975 – Consolidação do projeto;
Descrição bibliográfica feita de
acordo com as normas da ISBD(M),
incluindo o ISBN.
15. Austrália
• 1945 – 1950 – Acordo entre a Biblioteca
Nacional da Austrália e uma editora para
tentar uma experiência de catalogação na
fonte, sem sucesso;
• 1974 – 30 editoras;
• 1976 – 94 editoras;
AACR, normas da ISBD(M), ISBN, Sistema
de Classificação Decimal de Dewey;
16. Canadá
• 1976 – O programa tornou-se operacional, através
de um projeto-piloto estabelecido no período de
dois anos (1975 – 1977);
• O programa é coordenado pela Library and
Archives Canada e operado por uma rede de
agências que realizam a catalogação para os
editores em suas respectivas áreas;
• É dividida em: Publicações Comerciais, Publicações
do Governo Regional e Publicações do Governo
Federal;
Padrões de catalogação exigidos pelo Task Group
on Cataloguing Standarts, AACR2 e ISBD(M).
17. Reino Unido
• 1975
• British Library contrata uma empresa privada
(BDS – Bibliographic Data Services Limited),
que elabora os registros bibliográficos;
Os registros são inseridos na British National
Bibliography de duas maneiras: em sua
publicação semanal e impressa em uma
publicação mensal em CD-ROM.
Responsabilidade e título, editor, data de
publicação estimada, paginação, ISBN, preço e
cabeçalhos de assunto.
18. Portugal
• 1990
• Implantação da Catalogação-na-Publicação pela
Biblioteca Nacional e a APEL (Associação
Portuguesa de Editores e Livreiros);
• O programa restringe-se a obras monográficas
editadas no país, de editores que estabeleçam
com a Biblioteca Nacional um protocolo de
adesão ao programa;
Normas de descrição estabelecidas a nível
internacional (ISBD e AACR2).
19. China
• 1970
• Cooperação entre a PPA (Information
Anter of the Press and Publication
Administration), a ALCP (Archives Library
Chinese Publications) e a imprementação
da norma nacional chinesa;
• Atualmente apresenta problemas, como a
falta de envolvimento, por parte dos
editores, no programa e no controle de
qualidade, falta de pessoas interessadas e
suporte financeiro.
20. Ex-URSS
• 1959
• Publicação da primeira
regulamentação sobre a Catalogação-
na-Publicação;
• Chamada de “Pré-publicação da
Catalogação”. Aplica-se a qualquer
tipo de material bibliográfico;
21. Brasil
• 1940
• Lídia Queiroz Sambaquy – DASP
(Departamento Administrativo do
Serviço Público)
Modelo de ficha catalográfica
impressa no verso da página de rosto.
22. • 1970
• Regina Carneiro – destacou a
relevância da catalogação-na-
publicação, como maneira de agilizar o
processo de catalogação.
• 1971
• Início das atividades da CIP no Brasil,
no mesmo ano que o programa se
iniciou nos EUA.
23. • 1973
• José Roberto Faria Lima – Cria um
Projeto de Lei que propunha a
obrigatoriedade da inclusão da ficha
catalográfica nos livros publicados no
estado de São Paulo e em todo o país;
• 1979
• O projeto é rejeitado;
24. CBL - Câmara Brasileira do Livro
• Tem a missão de estimular a leitura no país,
promover a indústria e o comércio do livro e
defender os interesses de seus associados.
• É responsável pela catalogação do estado de São
Paulo e dos estados da região sul do país.
SNEL – Sindicato Nacional dos Editores de
Livros
• É uma sociedade civil que tem como finalidades o
estudo e a coordenação das atividades editoriais
no Brasil;
• É responsável pela catalogação dos demais estados
do país.
Possuem apoio do Instituto Nacional do Livro e da
Editora da Universidade de São Paulo.
25. Fatores Motivadores da CIP
no Brasil
• Inexistência de bibliografias gerais,
correntes e atualizadas;
• Inexistência de catálogos e pré-
publicações;
• Ausência de programa de “Livros com
ficha”;
• Estímulo despertado pela CIP da LC;
26. Objetivos da CIP no Brasil
• Contribuir com a uniformização da
catalogação em âmbito nacional;
• Facilitar a recuperação e o intercâmbio de
informações bibliográficas no páis;
• Criar condições para a integração do Brasil
no sistema internacional de controle de
informações bibliográficas;
• Facilitar o serviço das bibliotecas do
interior do país, carente de mão-de-obra
especializada, recursos financeiros e
material.
27. • A legislação brasileira que regulamenta a
catalogação-na-publicação no país é a que
institui a Política Nacional do Livro. A Lei nº
10.753, de 30 de outubro de 2003, no
capítulo III: Da Editoração, Distribuição e
comercialização do Livro, Art. 6º, com
seguinte redação:
“Na editoração do livro é obrigatória a adoção
do Número Internacional Padronizado, bem
como a ficha de catalogação para
publicação. Parágrafo único. O número
referido no caput desde artigo constará da
quarta capa do livro impresso.”
28. Como é o processo de
catalogação na fonte
Editoras solicitam um formulário de coleta de
dados que é preenchido pelo editor e autor ou
tradutor;
O formulário preenchido é enviado para uma
central onde será feita a catalogação-na-fonte, de
acordo com as normas e códigos vigentes, junto da
prova completa da obra;
O material é encaminhado ao editor no prazo de 5
a 7 dias;
O editor, finalmente, imprime a ficha catalográfica
na página de rosto e um exemplar é encaminhado
para a Biblioteca Nacional como parte das
exigências do Depósito Legal.
29. A ABNT e a CIP
• A Associação Brasileira de Normas
Técnicas é o órgão responsável pela
normalização técnica no país;
• Fixa condições exigíveis de dados de
catalogação-na-publicação em monografias
impressas e os elementos a serem incluídos,
buscando facilitar aos bibliotecários,
editores e usuários em geral a
interpretação e uso desses dados.
31. ECIP
Electronic
Cataloging in Publication
Program
32.
33. Referências
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BNG/BRASILART, 1978. 124 p.
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Disponível em: <http://www.bn.pt/servicos-ao-publico/cip/cip.html>.
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<http://www.bl.uk/services/bibliographic/pdf_files/cip.pdf>.
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Disponível em: <http://www.bl.uk/services/bibliographic/cip.html>.
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34. • 6- CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO. Associados. Disponível
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• 7- ________________________________. Catalogação
na publicação: cbl/sp. Disponível em:
http://www.cbl.org.br/pages.php?recid=54>. Acesso em: 09
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• 8-________________________________. Missão.
Disponível em: <http://www.cbl.com.br/ ages.php?recid=28>.
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• 9- CAMPELLO, B. S.; MAGALHÃES, M. H. Introdução ao
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• 10- CARNEIRO, R. Catalogação na fonte e catalogação na
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Documentação, v.9, n.4/9, p. 148-155, abr./jun. 1977.
35. • 11- CARNEIRO, R. et al. O centro de catalogação na fonte da
Câmara Brasileira do livro: atividades e perspectivas de cooperação.
Revista brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v.2, n.1/3, p.
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• 12- GONÇALVES, N. A. R. Catalogação: esquemas exercícios. ed.
prelim. Brasília: Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal,
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• 13- LIBRARY AND ARCHIVES CANADA. Canadian CIP user´s
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38. • 26- _______________________________. Purpose.
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40. Unesp - FFC
Grupo de Catalogação
Renata E. da Silva
1º ano – Biblioteconomia
Profª Plácida L. V. A. da Costa Santos