Este documento discute as marcas da autoridade espiritual na Igreja primitiva, incluindo a perseverança nos ideais apostólicos, a ênfase na comunhão com os irmãos, o apetite pela oração, o temor ao Senhor, o espírito solidário e a intrepidez na evangelização. O documento argumenta que devemos buscar estas mesmas características para marcar esta geração com a autoridade divina.
Escola de Profetas - Marcas da Autoridade Espiritual
1. Escola de Profetas
Comunidade Evangélica Unção Profética de Davi
Ministério Pastor Fabiano Bezerra
www.uncaoprofeticadedavi.com
2. Introdução
Nas aulas anteriores abordamos vários
aspectos da autoridade espiritual.
O
principal deles, sem dúvida, é que o poder
absoluto pertence, exclusivamente, a Deus
(Sl 24.1-10).
Vimos também que a Igreja foi capacitada
através da Palavra de Deus para utilizar os
dons espirituais (1 Co 14.12).
Observamos como o corpo de Cristo tornouse o principal instrumento para estabelecer
o Reino de Deus na terra (Ap 1.6).
3.
4. Marcas da Autoridade Espiritual
1. Perseverança
nos
apostólicos (obediência);
ideais
2. Comunhão com os irmãos;
3. Apetite pela oração;
4. Temor ao Senhor;
5. Espírito Solidário;
6. Intrepidez na evangelização.
5. Perseverança nos Ideais Apostólicos
Os pilares básicos da Igreja primitiva
foram os apóstolos (1 Co 12.28). Desse
modo, vemos a importância dada ao dever
cristão de perseverar na doutrina dos
apóstolos
(At
2.42a),
a
primeira
característica que marca uma geração de
cristãos cheios da autoridade e do poder
de Deus (Mc 13.13).
Mas
quais
são
perseverança?
as
razões
desta
6. Perseverança nos Ideais Apostólicos
1. As aspirações apostólicas são as de
Cristo.
Em Atos 5.40, vemos que a doutrina
ensinada por eles era falar em nome de
Jesus. A base do ensino apostólico vinha
de Cristo (At 1.2), incluindo o hábito de
prestar contas ao Mestre acerca de tudo o
que faziam e ensinavam (Mc 6.30).
7. Perseverança nos Ideais Apostólicos
2. O testemunho padrão pela pregação
Os apóstolos foram colocados em primazia por
Deus para que eles testemunhassem de Cristo,
Sua morte na cruz e Sua ressureição (At 4.33;
Ap 21.14).
Esse testemunho continha tanto as profecias
messiânicas quanto o mandamento do Senhor e
Salvador (2 Pe 3.2), além da preparação sobre
as duras provas que seguiriam a escolha de
seguir a Jesus (Jd 1.17-19). Assim, a Igreja era
edificada sobre o fundamento de sua mensagem
salvífica (Ef 2.20).
8. Ênfase na Comunhão com os Irmãos
O termo comunhão (gr. Koinonia)
significa aquilo que se tem em comum. O
termo se refere à efetiva participação dos
cristãos no corpo de Cristo (At 2.42b; 44,
64). A igreja primitiva era composta por
um grupo de cerca de três mil irmãos, os
quais eram ensinados a uma convivência
de amor, unidade e partilha com os
outros mais necessitados.
9. Ênfase na Comunhão com os Irmãos
A perseverança no ato de compartilhar
entre os irmãos é uma demonstração viva
do poder do Espírito Santo no meio deles
(Hb
13.16).
Paulo
incentiva
esse
sentimento: “sintais o mesmo, tendo o
mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo
uma mesma coisa “ (Fp 2.2).
Outro aspecto importante é que hoje
temos em comum o fato de desfrutar da
relação direta e íntima com Deus, pela fé
em Cristo (Jo 17.23; 2 Co 13.4; Fp 2.1,2).
10. Apetite Pela Oração
O poder de Deus se manifesta de maneira
irrefutável na vida do cristão que ora
continuamente (Lc 21.36).
Os cristãos devem orar com eficácia (Rm
8.26; Jd 1.20). Para que tal qualidade
ocorra, precisamos ter apetite por essa
atividade (1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8); e crer na
ininterrupta ajuda do Espírito Santo,
pois o Consolador atua em intercessão
constante por nós (Rm 8.26, 27).
11. Temor do Senhor
Uma marca distinta do poder de Deus em
nossas vidas é a reverência à Trindade Santa:
Pai (Lc 5.26), Filho (Cl 2.9) e Espírito Santo
(Rm 8.15), pois a palavra “temor” significa
reverência (do grego “phobos”).
Temer a Deus implica confiar de forma
absoluta (Pv 14.26) e abominar as mesmas
coisas que Ele abomina (Pv 8.13). Quem não
ama a Palavra de Deus não conhece nem
obedece a Ele, e por consequência, não o
teme (Sl 12.1-8).
12. Temor do Senhor
Salomão afirma que o temor do Senhor é o
princípio da sabedoria (Pv 1.7). Sabemos que a
sabedoria que vem de Deus sempre terá bom
senso e pureza de coração (Tg 3.17).
A espiritualidade do crente tem início, meio e
fim no temor do Senhor (Sl 111.10). O homem
néscio (do hebraico “nabhal”, aquele que não
usa a razão) não pode temer a Deus, pois vive
como se Ele não existisse (Sl 14.1), concentrado
em pensamentos vãos (1 Co 3.19-20). Porém,
para nós cristãos, a sabedoria é exemplificada
pela fé em Cristo (1 Co 1.30; Tg 1.5).
13. Espírito Solidário
A solidariedade foi amplamente divulgada por
Jesus e seus discípulos (Jo 13.36; 1 Ts 5.15).
Atos 2.44,45 narra um testemunho histórico do
trabalho
desenvolvido
pela
Igreja
,
caracterizado pela cordialidade, compaixão e
amor cristão. Tal comportamento era o
resultado do poderoso revestimento que os
primeiros cristãos receberam do Espírito Santo
(At 2.1-4). As necessidades econômicas de
grande parte dos convertidos provocou um
movimento solidário, onde os apóstolos
puderam exercer o cuidado pastoral (At 2.45).
14. Intrepidez na Evangelização
Deus confirmava as ações evangelísticas
realizadas pelos apóstolos com sinais e
maravilhas (At 2.43). Eles se lembraram das
palavras do Mestre (Jo 4.48). A alegria de ser
uma igreja forte os encorajava a prosseguir,
mesmo em meio a barreiras culturais (At
23.11), sociais (At 4.13), políticas (At 4.29), e
principalmente, de ordem espiritual (1 Ts
2.18). Deus nos concede poder, independente de
nossa condição social ou cultural. Pedro e João
eram indoutos, mas cheios da autoridade do
Espírito (At 4.13). A mesma autoridade foi
dada a Paulo, que era letrado (2 Co 3.12).
15. CONCLUSÃO
Somos a noiva de Cristo (Ap 19.7), selada
com o Espírito Santo (2 Co 1.22), ataviada
para as bodas do Cordeiro (Ap 19.9).
Portanto, todos os esforços para marcar esta
geração com ações embasadas na autoridade
divina serão tremendamente abençoadores.
Devemos ter a certeza que não há autoridade
espiritual sem fidelidade doutrinária,
solidariedade, verdadeira adoração e uma
comunhão viva com Deus e com nossos
irmãos, para a glória de Cristo, nosso
Senhor.
16. “Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu
corpo as marcas do Senhor Jesus”.
Gálatas 6.17