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             tável e está em pleno crescimento.     mida que vive o setor
             Nele, um parceiro contribui com o      de franquias e, no ge-
             desenvolvimento do outro. Como         ral, os resultados são
             em qualquer outra relação, no ca-      muito animadores,
             samento entre shopping centers e       com perspectivas de
redes de franquias há momentos de turbulên-         novos negócios em
cia, de amor e ódio. Mas a tendência é que essa     diversos segmentos.
ligação, iniciada há mais de duas décadas, se       O faturamento do
fortaleça ainda mais nos próximos anos.             franchising brasileiro,
  A pesquisa da Associação Brasileira de Fran-      há seis anos na casa
chising (ABF) e da consultoria ECD Food Ser-        dos dois dígitos, fe-
vice aponta para esse movimento. Em 2010,           chou 2010 com alta de
por exemplo, calcula-se que 55% das novas           19%, na comparação
unidades do segmento de alimentação tenham          com 2009, chegando
sido abertas dentro de shopping centers. E a        a R$ 75 bilhões. Para
tendência é de manutenção desse crescimento,        2011, o crescimento
com previsão de 59% para 2011 e 63%, para           deve ser de 15%, com
2012. Por outro lado, a instalação de novas         R$ 86 bilhões entrando em caixa. "Normal-
lojas do segmento de alimentação nas ruas e         mente, o shopping é o primeiro destino que as
hipermercados deve ter uma pequena redução          franquias buscam e, quando há um lançamento,
até o ano que vem, indica o levantamento. Nas       existe uma tendência natural de que o franquea-
galerias, o índice deve ficar estável. A pesquisa   do da região deste novo empreendimento tam-
foi realizada entre os meses de abril e junho de    bém parta para o investimento no local", afirma
2010, com 41 redes associadas à ABF, totalizan-     Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF.
do 5.308 lojas, sendo 16% unidades próprias e          Camargo lembra que, além do segmento de
84% franqueadas.                                    alimentação, existe uma presença forte nos
shoppings das redes de vestuário; acessórios
pessoais e calçados; e perfumaria e cosméti-
cos. No segmento de serviços, o investimento
ainda é pequeno, mas está em expansão com
sapatarias, lavanderias e cabeleireiros.

VANTAGENS
O diretor executivo da ABF enumera o fluxo
constante de pessoas, campanhas de marke-
ting e a segurança como fatores importantes
para os lojistas darem preferência aos shoppin-
gs. Para Camargo, outro aspecto está relacio-
nado à taxa de mortalidade de novos negócios.
No geral, de acordo com o Sebrae, é de 26% ao
ano. Para as unidades franqueadas, a taxa de
mortalidade é de 1% ao ano. E, nos shoppings,
isso é praticamente perto do zero".
   André Friedheim, sócio-diretor da consul-
toria Francap, explica que a segmentação dos
shoppings também é muito importante para
os lojistas. "Se você está em um shopping         novo, com cada perfil de consumidor". Siner-
classe A, você sabe que vai dialogar com aque-    gia e complementaridade são outras vanta-
le público. Se estiver em um shopping popu-       gens que os shoppings oferecem aos lojistas,
lar, sabe que terá de posicionar tua marca de     na análise de Friedheim. "Se eu tenho uma
outra maneira. Isso tudo, aliado à facilidade     loja de calçados, é bom ter perto de mim uma
de acesso, com estacionamentos ou próximo         loja de vestuário, porque o consumidor pode
de estações de ônibus e metrô, de acordo, de      comprar uma roupa e depois ir comprar um
sapato. Então, um negócio alavanca vendas e
volume para o outro. E, obviamente, os lojis-
tas buscam aliar a força das suas marcas com
a imagem positiva do shopping".

PONTO DE EQUILÍBRIO
"A única coisa que pode inviabilizar uma nova
unidade no shopping é o custo de operação.
É preciso um estudo financeiro detalhado de
como os gastos mensais vão impactar no ne-
gócio", adverte Camargo.
   O diretor de franquias da rede Rei do Mate
e coordenador do Grupo Setorial de Redes de
Alimentação da ABF, João Baptista da Silva
Junior, acredita que o maior desafio no rela-
cionamento das franquias com os shoppings
está justamente na busca por um ponto de
equilíbrio para os custos de operação.
   Para ele, "não há dúvidas de que o shopping
é bom para a franquia e vice-versa. Mas o mer-
cado como um todo está preocupado com os
custos de operação para manter a viabilidade do
negócio. Com a economia aquecida, temos mais
aventureiros dispostos a pagar valores altos e
isso prejudica todo o setor. É legítimo que o sho-
pping também busque remunerar os investido-
res dos empreendimentos, mas os aventureiros
vão trazer bons resultados só em curto prazo".
  João Baptista enfatiza que o custo de opera-
ção é composto pelo aluguel, pelo condomínio
e pelo fundo de promoção e propaganda. "Em
pontos de rua, galerias ou hipermercados eu
não tenho todos estes custos. Mas também é
indiscutível que no shopping eu tenho outros
atrativos. Obviamente que o custo no shop-    custo, a necessidade de otimizar os pontos de
ping tem de ser maior, mas em alguns casos    venda. Muitas vezes eu preciso formatar ope-
o custo de operação está chegando a 20% do    rações para shoppings que sejam um pouco
faturamento da unidade", afirma.              menores, se comparadas a operações de rua.
   Friedheim esclarece que uma opção para     Eu tenho de mexer em mix de produtos, pen-
viabilizar os negócios nos shoppings é rea-   sar em equipamentos diferenciados, para que
lizar adaptações na formatação das redes de   ocupem menos espaço, pensar numa forma
franquias. "Geralmente você tem, pelo alto    mais inteligente de atender o público".




                                 Fonte: Revista Shopping Centers, São Paulo, ano 28, n. 160, p. 18-22, jan. 2011.

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É dos shoppings que elas gostam mais

  • 1.
  • 2. relacionamento é mais do que es- Mas não é só de co- tável e está em pleno crescimento. mida que vive o setor Nele, um parceiro contribui com o de franquias e, no ge- desenvolvimento do outro. Como ral, os resultados são em qualquer outra relação, no ca- muito animadores, samento entre shopping centers e com perspectivas de redes de franquias há momentos de turbulên- novos negócios em cia, de amor e ódio. Mas a tendência é que essa diversos segmentos. ligação, iniciada há mais de duas décadas, se O faturamento do fortaleça ainda mais nos próximos anos. franchising brasileiro, A pesquisa da Associação Brasileira de Fran- há seis anos na casa chising (ABF) e da consultoria ECD Food Ser- dos dois dígitos, fe- vice aponta para esse movimento. Em 2010, chou 2010 com alta de por exemplo, calcula-se que 55% das novas 19%, na comparação unidades do segmento de alimentação tenham com 2009, chegando sido abertas dentro de shopping centers. E a a R$ 75 bilhões. Para tendência é de manutenção desse crescimento, 2011, o crescimento com previsão de 59% para 2011 e 63%, para deve ser de 15%, com 2012. Por outro lado, a instalação de novas R$ 86 bilhões entrando em caixa. "Normal- lojas do segmento de alimentação nas ruas e mente, o shopping é o primeiro destino que as hipermercados deve ter uma pequena redução franquias buscam e, quando há um lançamento, até o ano que vem, indica o levantamento. Nas existe uma tendência natural de que o franquea- galerias, o índice deve ficar estável. A pesquisa do da região deste novo empreendimento tam- foi realizada entre os meses de abril e junho de bém parta para o investimento no local", afirma 2010, com 41 redes associadas à ABF, totalizan- Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF. do 5.308 lojas, sendo 16% unidades próprias e Camargo lembra que, além do segmento de 84% franqueadas. alimentação, existe uma presença forte nos
  • 3. shoppings das redes de vestuário; acessórios pessoais e calçados; e perfumaria e cosméti- cos. No segmento de serviços, o investimento ainda é pequeno, mas está em expansão com sapatarias, lavanderias e cabeleireiros. VANTAGENS O diretor executivo da ABF enumera o fluxo constante de pessoas, campanhas de marke- ting e a segurança como fatores importantes para os lojistas darem preferência aos shoppin- gs. Para Camargo, outro aspecto está relacio- nado à taxa de mortalidade de novos negócios. No geral, de acordo com o Sebrae, é de 26% ao ano. Para as unidades franqueadas, a taxa de mortalidade é de 1% ao ano. E, nos shoppings, isso é praticamente perto do zero". André Friedheim, sócio-diretor da consul- toria Francap, explica que a segmentação dos shoppings também é muito importante para os lojistas. "Se você está em um shopping novo, com cada perfil de consumidor". Siner- classe A, você sabe que vai dialogar com aque- gia e complementaridade são outras vanta- le público. Se estiver em um shopping popu- gens que os shoppings oferecem aos lojistas, lar, sabe que terá de posicionar tua marca de na análise de Friedheim. "Se eu tenho uma outra maneira. Isso tudo, aliado à facilidade loja de calçados, é bom ter perto de mim uma de acesso, com estacionamentos ou próximo loja de vestuário, porque o consumidor pode de estações de ônibus e metrô, de acordo, de comprar uma roupa e depois ir comprar um
  • 4. sapato. Então, um negócio alavanca vendas e volume para o outro. E, obviamente, os lojis- tas buscam aliar a força das suas marcas com a imagem positiva do shopping". PONTO DE EQUILÍBRIO "A única coisa que pode inviabilizar uma nova unidade no shopping é o custo de operação. É preciso um estudo financeiro detalhado de como os gastos mensais vão impactar no ne- gócio", adverte Camargo. O diretor de franquias da rede Rei do Mate e coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimentação da ABF, João Baptista da Silva Junior, acredita que o maior desafio no rela- cionamento das franquias com os shoppings está justamente na busca por um ponto de equilíbrio para os custos de operação. Para ele, "não há dúvidas de que o shopping é bom para a franquia e vice-versa. Mas o mer- cado como um todo está preocupado com os custos de operação para manter a viabilidade do negócio. Com a economia aquecida, temos mais aventureiros dispostos a pagar valores altos e isso prejudica todo o setor. É legítimo que o sho- pping também busque remunerar os investido- res dos empreendimentos, mas os aventureiros vão trazer bons resultados só em curto prazo". João Baptista enfatiza que o custo de opera- ção é composto pelo aluguel, pelo condomínio e pelo fundo de promoção e propaganda. "Em pontos de rua, galerias ou hipermercados eu não tenho todos estes custos. Mas também é indiscutível que no shopping eu tenho outros
  • 5. atrativos. Obviamente que o custo no shop- custo, a necessidade de otimizar os pontos de ping tem de ser maior, mas em alguns casos venda. Muitas vezes eu preciso formatar ope- o custo de operação está chegando a 20% do rações para shoppings que sejam um pouco faturamento da unidade", afirma. menores, se comparadas a operações de rua. Friedheim esclarece que uma opção para Eu tenho de mexer em mix de produtos, pen- viabilizar os negócios nos shoppings é rea- sar em equipamentos diferenciados, para que lizar adaptações na formatação das redes de ocupem menos espaço, pensar numa forma franquias. "Geralmente você tem, pelo alto mais inteligente de atender o público". Fonte: Revista Shopping Centers, São Paulo, ano 28, n. 160, p. 18-22, jan. 2011.