Este documento resume a carreira da escritora brasileira Ana Maria Machado, destacando que ela publicou mais de 100 livros ao longo de 40 anos de carreira, vendendo mais de 18 milhões de exemplares em 18 países. Também destaca que Ana Maria Machado começou a carreira como pintora, mas acabou se dedicando à escrita, produzindo diversas obras infantis premiadas internacionalmente.
1. Universidade Federal do Piauí - UFPI
Centro de Ciências da Educação - CCE
Depto. de Métodos e Tec. da Educação - DMTE
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Literatura Infantil
Prof. Jeymeson de Paula Veloso
SEMINÁRIO DE LITERATURA INFANTIL
ANA MARIA MACHADO
Bisa Bia, Bisa Bel
Passado, presente e futuro
Refletindo comportamentos
Equipe VIVENDO & APRENDENDO
Fabiana
Iraldo
Ricardo
Rosa
Eu vou te contar
uma história,
Agora, atenção!
Que começa aqui
No meio da palma
Da tua mão
Bem no meio tem uma
Linha ligada ao coração
Quem sabia dessa
história
Antes mesmo da
canção?
Dá tua mão, dá tua mão,
dá tua mão, dá tua mão...
Palavra Cantada
‘’
«Eu também sou inventora, todos
os dias eu invento um jeito novo
de viver»
Ana Maria Machado
2. História de Ana
Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e
em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora
também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de
dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de ArteModerna e fez exposições individuais e
coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na UniversidadeFederal (depois de desistir do curso de Geografia).
O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as
palavras, apesar de continuar pintando até hoje. Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e
faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações.
No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política
se mostrou insustentável. Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista
Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres,
além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland
Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata
da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril. A volta ao Brasil
veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio
durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter
escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela
abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.
O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos
os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da
Fundação Nacional do Livro Infantil eJuvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen,
considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o
Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela
primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de
agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor