SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 22
Descargar para leer sin conexión
Módulo de Riscos e Unidades Ambientais
                         Responsáveis:
                    Ederson Costa Briguenti
                Oscarlina Ap. Furquim Scaleante
                 Ricardo de Sampaio Dagnino
                     Salvador Carpi Junior




Risco: o conceito e sua aplicação
            Ricardo de Sampaio Dagnino
                    Mestre em Geografia


           Campinas, 27 de outubro de 2007


                         PROJETOS
   ELABORAÇÃO DE CONHECIMENTOS ESCOLARES E CURRICULARES RELACIONADOS À CIÊNCIA, À
   SOCIEDADE E AO AMBIENTE NA ESCOLA BÁSICA COM ÊNFASE NA REGIONALIZAÇÃO A PARTIR
   DOS RESULTADOS DE PROJETO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (FAPESP: 2006/01558-1)


   CONHECIMENTOS ESCOLARES RELACIONADOS À CIÊNCIA, À SOCIEDADE E AO AMBIENTE
   EM MICRO-BACIA URBANA (PETROBRAS AMBIENTAL: 2006/834)
Risco: o conceito

Não existe um conceito unificador para trabalhar com os
problemas e alterações ambientais. Na temática
ambiental são usados termos como riscos, acidentes,
perigos, aleas (do inglês, hazard), desastres, etc. Sendo
que muitas vezes são utilizados nomes diferentes para
tratar ou designar as mesmas coisas.


 A palavra Risco está ligada aos termos latinos risicu e
 riscu, ligados por sua vez a resecare, que significa
 ‘corte’. Como uma ruptura na continuidade, como um
 risco que se faz numa tela em branco. (Monteiro, 1991,
 p.10)
O risco é uma função que conjuga diversos fatores:

 + natureza ou tipo de perigo,
 + acessibilidade ou via de contacto (potencial de exposição),
 + características da população exposta (receptores)
 + probabilidade de ocorrência
 + magnitude das conseqüências.




Risco está presente em situações ou áreas em que existe
a probabilidade, susceptibilidade, vulnerabilidade, acaso
ou azar de ocorrer algum tipo de crise, ameaça, perigo,
problema ou desastre.
Embora as definições e interpretações sejam numerosas e variadas, todos
      reconhecem no risco a incerteza ligada a um momento futuro, num tempo
      em que o risco se revelará.




                        O ideograma Chinês para CRISE é a
                        conjugação entre o risco ou perigo
                        de que algo ocorra em um
                        determinado momento específico -
                        a crise traz uma mudança que tem
                        um momento certo para ocorrer.
                                                              Oportunidade /
Risco / perigo / caos                                         Momento de mudança
                                     CRISE
                                    (Wei – Ji)
Riscos Ambientais e Eixos
              Temáticos
+ Interdisciplinaridade
Relação percepção X conhecimento técnico-científico
Conhecimentos necessários p/ mapeamento de riscos


+ CTSA
Ciência: liberdade de pensamento/ação x cientificismo
Tecnologia: de um lado, fonte de risco; de outro,
   possibilidade de remediação
Sociedade: riscos são objetos sociais
Ambiente: tudo que envolve é ambiente
Riscos Ambientais e Eixos
             Temáticos

+ Local/Regional
Escala dos fenômenos    Feição e modos de
  Implementação (ponto, linha, área)
Vinculação da bacia Conhecimentos necessários
  p/ mapeamento de riscos

+ Educação Ambiental
Mapeamento de riscos = atividade de educação
  não formal
Saberes transversais
Risco e a Ciência Moderna
Algumas teorias das ciências modernas
  podem ser úteis numa definição do
  conceito de Risco. Dentre elas temos:

1. Relatividade (Einstein),
2. Probabilidade e Incerteza (Heisenberg),
3. Lógica nebulosa ou difusa, em inglês,
  Fuzzy (Kosko)
1. Relatividade
Existe a relatividade associada ao fato de que as certezas
   de uns podem ser as dúvidas de outros.

+ Assim deve-se levar em conta e respeitar as experiências
  e percepções dos outros, sejam de uma cultura comum,
  sejam completos estranhos.

+ As pessoas consideram como risco uma situação de
  perigo potencial ou evento que originou uma catástrofe.

+ O conceito de risco pode ser baseado na sua experiência
  e honestidade individual e/ou na memória coletiva da
  sociedade a que pertencem aqueles que já vivenciaram
  algo semelhante.
2. Probabilidade e Incerteza
Semelhante a afirmação:
- quando conhecemos a velocidade ou o
   movimento de um evento não temos condições
   de determinar sua localização exata, e vice versa.
Temos que:
- quanto mais perto chegamos de uma conclusão
  objetiva e realista sobre o grau dos problemas e
  a qualidade dos riscos, mais nossa conclusão
  será relativa e incerta.
Escala Individual:
               Psicanálise do Risco
No nível individual, em contraste com a memória e experiência coletivas,
  tem-se o que chamamos de uma noção psicanalítica sobre Riscos.

Amaro (2003, p. 117) chama atenção para um fenômeno da psicanálise
  chamado de RECALCAMENTO, e que, em se tratando de riscos, pode
  significar uma postura individual de negar ou subestimar um risco,
  bem como recusar-se inconscientemente em admitir imagens,
  acontecimentos, lembranças e representações de perigo.

Dessa forma, parece plausível que a melhor forma de encarar o risco é
  não tratá-lo como uma ameaça rara, uma atividade incomum ou
  exógena.

A saída é admitir que ele representa uma ameaça possível, muitas vezes
   habitual ou familiar às nossas atividades.
Escala Coletiva:
               Cultura do Risco

Segundo Di Giulio (2006, p. 48), a maior parte dos
  estudos de risco está preocupada com a escala coletiva.

Este é o reflexo de uma abordagem sobre os riscos que
  dedica grande atenção para a sociedade, a política, a
  tecnologia, a comunicação e a cultura.

Sobre isso temos em Veyret e Meschinet de Richemond
  (2007, p. 49), que: “Nesse sentido, “a cultura” do risco
  pode ser definida como um conhecimento e uma
  percepção da ameaça comuns a um grupo social.”
Fórmulas para Calcular Risco

 Risco = A + V          Risco = A x V         Risco = F (A, V)
 Lógica Cartesiana      Lógica Cartesiana     Lógica Nebuloza (depende...)


Onde:

A quer dizer Aléa ou Acaso, um evento natural que nada tem a ver
   com a vontade ou ação humana.

V quer dizer Vulnerabilidade, algo que resulta da presença direta ou
   indireta do homem.

F é uma relação que depende do problema analisado, da relação entre
   a Aléa e a Vulnerabilidade

    Representa-se com 1, a existência de um fator, e 0 (ZERO) a
                       inexistência do fator.
Por exemplo, numa ilha, um vulcão entra em
   erupção (A) mas lá não existem casas (V)


Em Risco = A + V                                Em Risco = A x V
Temos:                                          Temos:
RISCO = 1 + 0 = 1                               RISCO = 1 x 0 = 0
Quer dizer Risco = 1, existe RISCO.             Quer dizer, não existe Risco.



         Em Risco = F (A,V)
         Temos:
         RISCO = F (1,0)
         Se for levado em conta que apesar de não afetar diretamente o
             homem, a erupção pode acarretar em mudanças climáticas, em
             função dos particulados lançados na atmosfera, por exemplo,
         assim, RISCO = 1, existe RISCO.
http://www.microsoft.com/brasil/security/guidance/prodtech/win2000/images%5CSGFG13301.jpg
Tipologia de Riscos

De toda a vasta tipologia de riscos devemos enfatizar
          quatro que aparecem em destaque:


               1. Risco natural;
               2. Risco tecnológico;
               3. Risco social;
               4. Riscos ambiental.
1. Risco Natural
Relaciona-se aos processos que não podem ser facilmente atribuídos
   ou relacionáveis à ação humana.

Embora, nos dias de hoje, essa seja uma tarefa cada vez mais difícil
  em função da ação humana sobre todo o globo e a atmosfera.

Nas palavras de Rebelo (2003, p. 256-257):
“O homem existe à face da Terra e o que se passa num local é sempre
susceptível de desencadear num outro qualquer local ou num outro tempo
para o mesmo local.”


             Os riscos naturais podem ser subdivididos em:

           + riscos tectônicos e magmáticos (p.ex., vulcões);
              + riscos climáticos (tempestades, furacões);
               + riscos geomorfológicos (deslizamentos);
                  + riscos hidrológicos (alagamentos).
2. Risco Tecnológico
            A abordagem desse risco deve levar em conta três fatores:


                             condição humana
                     existência individual e coletiva, ambiente




 processo de produção                                   processo de trabalho
recursos, técnicas, equipamentos,               relações entre direções empresariais e
            maquinário                                         assalariados

       Onde pelo menos um desses fatores for encontrado haverá risco
    tecnológico ou a probabilidade de um problema causado por tal risco.
                              (SEVÁ Fº, 1988, p. 81).
3. Risco Social
   Essa é a maior parte dos riscos.Podem ser riscos causados pela
     sociedade ou riscos com consequências para as sociedades
                                humanas.


                Podem ser subdivididos em dois tipos:


+ riscos exógenos,                + riscos endógenos,
relacionados aos                  relacionados aos produtos das
elementos naturais e              sociedades e às formas de
as ameaças externas               política e administração
(por exemplo, terremotos,         (crescimento urbano e industrialização,
epidemias, secas e                formação de povoamentos e densidade
inundações)                       excessiva de alguns bairros)
O risco é um objeto social,
                        como afirma Veyret (2007, p. 11):

“Não há risco sem uma população ou indivíduo que o perceba e que
  poderia sofrer seus efeitos. Correm-se riscos, que são assumidos,
  recusados, estimulados, avaliados, calculados. O risco é a tradução
  de uma ameaça, de um perigo para aquele que está sujeito a ele e o
  percebe como tal.”


Os riscos sociais carecem sempre de uma abordagem inter-multidisciplinar
pois implicam uma pluralidade de atores e resultam da combinação de um
grande número de variáveis, particularmente difíceis de serem consideradas ao
mesmo tempo.

Para entender esses riscos e contribuir para a formação de políticas de
prevenção, é necessária a integração de diversos campos do saber. Desde as
geociências, a história, as ciências políticas, o direito, a psicossociologia, a
ciências exatas, etc.
4. Risco Ambiental
A noção de risco ambiental engloba as outras noções que foram
   abordadas antes e trata das situações de risco que estão ligadas ao
   que ocorre à nossa volta, seja o ambiente natural (risco natural), seja
   o ambiente construído pelo homem (riscos social e tecnológico).

RISCOS AMBIENTAIS
“Resultam da associação entre os riscos naturais e os riscos decorrentes
   de processos naturais agravados pela atividade humana e pela
   ocupação do território.”

A utilização do termo Ambiental deriva do francês Environnement e do
   inglês Environment, e resulta da escolha consciente da não utilização
   do termo Meio Ambiente.

Ambiente é tudo aquilo que está à nossa volta, no nosso entorno, tudo
  aquilo que nos envolve – assim o homem é uma parte importante do
  ambiente.
Bacia e Sistema de Riscos

Bacia de Riscos é o nome dado para um espaço
  territorial, local ou região onde existe a convergência
  de diversos tipos diferentes de riscos. Eles podem estar
  interligados e podem ocorrer ao mesmo tempo,
  originando crises complexas ou podem ficar só em
  estado latente (REBELO, 2003, p. 262).


Sistema de Riscos é quando um risco está interligado a
  outros, no espaço e/ou no tempo. Ele pode ser utilizado
  para explicar as ligações entre causa e efeito, tanto em
  macroescala, como no caso da bacia hidrográfica ou de
  região metropolitana, como em microescala, quando
  tratamos de uma planta industrial, instituição acadêmica
  ou estabelecimento comercial. (SEVÁ Fº., 1988, p. 111).
http://www.adufu.org.br/SEMANAIS/Semanal-190-20-12-04/charge-risco-brasil.jpg

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Grandes Problemas Ambientais
Grandes Problemas AmbientaisGrandes Problemas Ambientais
Grandes Problemas Ambientais
lidia76
 
Aula 7 gestão de riscos
Aula 7   gestão de riscosAula 7   gestão de riscos
Aula 7 gestão de riscos
Daniel Moura
 
Aquecimento Global
Aquecimento  GlobalAquecimento  Global
Aquecimento Global
Pdrs
 
Desenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento SustentavelDesenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento Sustentavel
Rui Raul
 

La actualidad más candente (20)

Fundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambientalFundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambiental
 
Grandes Problemas Ambientais
Grandes Problemas AmbientaisGrandes Problemas Ambientais
Grandes Problemas Ambientais
 
Conceito de meio ambiente
Conceito de meio ambienteConceito de meio ambiente
Conceito de meio ambiente
 
Impactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambienteImpactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambiente
 
Responsabilidade ambiental geral
Responsabilidade ambiental geralResponsabilidade ambiental geral
Responsabilidade ambiental geral
 
Relação Homem-Natureza
Relação Homem-NaturezaRelação Homem-Natureza
Relação Homem-Natureza
 
Aula 7 gestão de riscos
Aula 7   gestão de riscosAula 7   gestão de riscos
Aula 7 gestão de riscos
 
Educação ambiental
Educação ambientalEducação ambiental
Educação ambiental
 
Odm ods 2015_odilon_faccio_meet_upflorian_2015
Odm ods 2015_odilon_faccio_meet_upflorian_2015Odm ods 2015_odilon_faccio_meet_upflorian_2015
Odm ods 2015_odilon_faccio_meet_upflorian_2015
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Os Recursos Naturais
Os Recursos NaturaisOs Recursos Naturais
Os Recursos Naturais
 
Agenda 2030 e os ODS
Agenda 2030 e os ODSAgenda 2030 e os ODS
Agenda 2030 e os ODS
 
Desenvolvimento SustentáVel
Desenvolvimento SustentáVelDesenvolvimento SustentáVel
Desenvolvimento SustentáVel
 
Ética, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável por João Furtado
Ética, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável por João FurtadoÉtica, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável por João Furtado
Ética, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável por João Furtado
 
Aquecimento Global
Aquecimento  GlobalAquecimento  Global
Aquecimento Global
 
Desenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento SustentavelDesenvolvimento Sustentavel
Desenvolvimento Sustentavel
 
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade
 
Aula 3 saneamento ambiental
Aula 3   saneamento ambientalAula 3   saneamento ambiental
Aula 3 saneamento ambiental
 
Impactos ambientais intensivo
Impactos ambientais intensivoImpactos ambientais intensivo
Impactos ambientais intensivo
 
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambientalSustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambiental
 

Destacado

1.2 conceito de perigo e risco (fotos)
1.2   conceito de perigo e risco (fotos)1.2   conceito de perigo e risco (fotos)
1.2 conceito de perigo e risco (fotos)
Rui Almeida
 
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
nucleosul2svma
 
Impacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscosImpacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscos
UERGS
 
Riscos naturais
Riscos naturaisRiscos naturais
Riscos naturais
Mayjö .
 

Destacado (13)

Mapeamento participativo de riscos ambientais como subsídio para políticas pú...
Mapeamento participativo de riscos ambientais como subsídio para políticas pú...Mapeamento participativo de riscos ambientais como subsídio para políticas pú...
Mapeamento participativo de riscos ambientais como subsídio para políticas pú...
 
1.2 conceito de perigo e risco (fotos)
1.2   conceito de perigo e risco (fotos)1.2   conceito de perigo e risco (fotos)
1.2 conceito de perigo e risco (fotos)
 
D03 reparacao civil_riscos_e_danos_ambientais_futuros_versao_final
D03 reparacao civil_riscos_e_danos_ambientais_futuros_versao_finalD03 reparacao civil_riscos_e_danos_ambientais_futuros_versao_final
D03 reparacao civil_riscos_e_danos_ambientais_futuros_versao_final
 
A teoria risconovo codigo civil brasileiro
A teoria risconovo codigo civil brasileiroA teoria risconovo codigo civil brasileiro
A teoria risconovo codigo civil brasileiro
 
Conceito Risco x Perigo
Conceito Risco x PerigoConceito Risco x Perigo
Conceito Risco x Perigo
 
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
A Questão Ambiental na Constituição Federal; Política Nacional do Meio Ambien...
 
Processos administrativo, civil e penal em meio ambiente
Processos administrativo, civil e penal em meio ambienteProcessos administrativo, civil e penal em meio ambiente
Processos administrativo, civil e penal em meio ambiente
 
Impacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscosImpacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscos
 
Slides agentes biológicos!
Slides agentes biológicos!Slides agentes biológicos!
Slides agentes biológicos!
 
Trabalho Riscos BiolóGicos
Trabalho Riscos BiolóGicosTrabalho Riscos BiolóGicos
Trabalho Riscos BiolóGicos
 
Riscos naturais
Riscos naturaisRiscos naturais
Riscos naturais
 
Higiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no TrabalhoHigiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no Trabalho
 
Riscos Tecnologicos
Riscos TecnologicosRiscos Tecnologicos
Riscos Tecnologicos
 

Similar a Risco: o conceito e sua aplicação

Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpcDesenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Procivilednap
 
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
Editora Roncarati
 
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscosA correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
Universidade Federal Fluminense
 

Similar a Risco: o conceito e sua aplicação (20)

Apresentação: Entendo os Riscos para pensar Cidades Inteligentes e Sustentáveis
Apresentação: Entendo os Riscos para pensar Cidades Inteligentes e SustentáveisApresentação: Entendo os Riscos para pensar Cidades Inteligentes e Sustentáveis
Apresentação: Entendo os Riscos para pensar Cidades Inteligentes e Sustentáveis
 
Desastres Naturais
Desastres NaturaisDesastres Naturais
Desastres Naturais
 
Desastres naturais conceitos basicos
Desastres naturais conceitos basicosDesastres naturais conceitos basicos
Desastres naturais conceitos basicos
 
Eventos naturais de risco - desastes humanos
Eventos naturais de risco - desastes humanosEventos naturais de risco - desastes humanos
Eventos naturais de risco - desastes humanos
 
Revista Proteção: Visão Ampliada
Revista Proteção: Visão AmpliadaRevista Proteção: Visão Ampliada
Revista Proteção: Visão Ampliada
 
Com ciência sbpc labjor
Com ciência   sbpc labjorCom ciência   sbpc labjor
Com ciência sbpc labjor
 
“Criar capacidades” para a sensibilidade e a humanização em meio à pandemia d...
“Criar capacidades” para a sensibilidade e a humanização em meio à pandemia d...“Criar capacidades” para a sensibilidade e a humanização em meio à pandemia d...
“Criar capacidades” para a sensibilidade e a humanização em meio à pandemia d...
 
Vivendo entre exposições e agravos a teoria da relatividade do risco.
Vivendo entre exposições e agravos   a teoria da relatividade do risco.Vivendo entre exposições e agravos   a teoria da relatividade do risco.
Vivendo entre exposições e agravos a teoria da relatividade do risco.
 
A (im)previsibilidade da ocorrência de desvios, quase acidentes e acidentes
A (im)previsibilidade da ocorrência de desvios, quase acidentes e acidentesA (im)previsibilidade da ocorrência de desvios, quase acidentes e acidentes
A (im)previsibilidade da ocorrência de desvios, quase acidentes e acidentes
 
01 conceito básico riscoperigo -usar
01 conceito básico riscoperigo -usar01 conceito básico riscoperigo -usar
01 conceito básico riscoperigo -usar
 
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
09h10 st4 renato lima 21 08 leblon
 
Apostila Gerencia de Riscos.pdf
Apostila Gerencia de Riscos.pdfApostila Gerencia de Riscos.pdf
Apostila Gerencia de Riscos.pdf
 
Apostila Gerencia de Riscos.pdf
Apostila Gerencia de Riscos.pdfApostila Gerencia de Riscos.pdf
Apostila Gerencia de Riscos.pdf
 
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscosA correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
 
O uso de múltiplas escalas no mapeamento de risco a eventos geodinâmicos
O uso de múltiplas escalas no mapeamento de risco a eventos geodinâmicosO uso de múltiplas escalas no mapeamento de risco a eventos geodinâmicos
O uso de múltiplas escalas no mapeamento de risco a eventos geodinâmicos
 
Acidentes químicos ampliados
Acidentes químicos ampliadosAcidentes químicos ampliados
Acidentes químicos ampliados
 
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpcDesenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
 
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpcDesenv sustentave prevencaoriscos_anpc
Desenv sustentave prevencaoriscos_anpc
 
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
Revista Opinião.Seg - Edição 5 - Agosto de 2011
 
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscosA correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
A correlação entre a ética ambiental a percepção e a gestão de riscos
 

Más de Ricardo de Sampaio Dagnino

Más de Ricardo de Sampaio Dagnino (19)

Mapas colaborativos no Google My Maps
Mapas colaborativos no Google My MapsMapas colaborativos no Google My Maps
Mapas colaborativos no Google My Maps
 
Mapeamento Ambiental Participativo (MAP): Relatos de experiências
Mapeamento Ambiental Participativo (MAP): Relatos de experiênciasMapeamento Ambiental Participativo (MAP): Relatos de experiências
Mapeamento Ambiental Participativo (MAP): Relatos de experiências
 
A agricultura urbana e periurbana aproximando a população da agroecologia e p...
A agricultura urbana e periurbana aproximando a população da agroecologia e p...A agricultura urbana e periurbana aproximando a população da agroecologia e p...
A agricultura urbana e periurbana aproximando a população da agroecologia e p...
 
Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na identificação de padrões e modelos...
Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na identificação de padrões e modelos...Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na identificação de padrões e modelos...
Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na identificação de padrões e modelos...
 
População e disponibilidade de alimentos: revisitando um debate ultrapassado?
População e disponibilidade de alimentos: revisitando um debate ultrapassado?População e disponibilidade de alimentos: revisitando um debate ultrapassado?
População e disponibilidade de alimentos: revisitando um debate ultrapassado?
 
População: Elementos demográficos para compreender o Brasil e suas transições
População: Elementos demográficos para compreender o Brasil e suas transiçõesPopulação: Elementos demográficos para compreender o Brasil e suas transições
População: Elementos demográficos para compreender o Brasil e suas transições
 
Migração e mobilidade como fatores de risco em tempos de pandemia
Migração e mobilidade como fatores de risco em tempos de pandemiaMigração e mobilidade como fatores de risco em tempos de pandemia
Migração e mobilidade como fatores de risco em tempos de pandemia
 
Direito à cidade, Participação e Mapeamento - Ricardo Dagnino - I SiBOGU 2017
Direito à cidade, Participação e Mapeamento - Ricardo Dagnino - I SiBOGU 2017Direito à cidade, Participação e Mapeamento - Ricardo Dagnino - I SiBOGU 2017
Direito à cidade, Participação e Mapeamento - Ricardo Dagnino - I SiBOGU 2017
 
Panoramas do Ribeirão das Pedras: Área da Fazenda Santa Genebra, Distrito de ...
Panoramas do Ribeirão das Pedras: Área da Fazenda Santa Genebra, Distrito de ...Panoramas do Ribeirão das Pedras: Área da Fazenda Santa Genebra, Distrito de ...
Panoramas do Ribeirão das Pedras: Área da Fazenda Santa Genebra, Distrito de ...
 
Antropossolo
AntropossoloAntropossolo
Antropossolo
 
(In)sustentabilidade e riscos ambientais: o caso da bacia hidrográfica do Rib...
(In)sustentabilidade e riscos ambientais: o caso da bacia hidrográfica do Rib...(In)sustentabilidade e riscos ambientais: o caso da bacia hidrográfica do Rib...
(In)sustentabilidade e riscos ambientais: o caso da bacia hidrográfica do Rib...
 
Riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Pedras (Apresentação ...
Riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Pedras (Apresentação ...Riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Pedras (Apresentação ...
Riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Pedras (Apresentação ...
 
(A)Gente na Sustentabilidade do Desenvolvimento Local
(A)Gente na Sustentabilidade do Desenvolvimento Local(A)Gente na Sustentabilidade do Desenvolvimento Local
(A)Gente na Sustentabilidade do Desenvolvimento Local
 
Pesquisas em Geografia: Práticas e Vivências
Pesquisas em Geografia: Práticas e VivênciasPesquisas em Geografia: Práticas e Vivências
Pesquisas em Geografia: Práticas e Vivências
 
Universidade e (o)mito Campinas
Universidade e (o)mito Campinas Universidade e (o)mito Campinas
Universidade e (o)mito Campinas
 
Antropossolos em Picinguaba (Ubatuba, SP)
Antropossolos em Picinguaba (Ubatuba, SP)Antropossolos em Picinguaba (Ubatuba, SP)
Antropossolos em Picinguaba (Ubatuba, SP)
 
Ecosolidariedade
EcosolidariedadeEcosolidariedade
Ecosolidariedade
 
Mapeamento participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeir...
Mapeamento participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeir...Mapeamento participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeir...
Mapeamento participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeir...
 
Construindo uma universidade sustentável, social e economicamente includente
Construindo uma universidade sustentável, social e economicamente includenteConstruindo uma universidade sustentável, social e economicamente includente
Construindo uma universidade sustentável, social e economicamente includente
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 

Risco: o conceito e sua aplicação

  • 1. Módulo de Riscos e Unidades Ambientais Responsáveis: Ederson Costa Briguenti Oscarlina Ap. Furquim Scaleante Ricardo de Sampaio Dagnino Salvador Carpi Junior Risco: o conceito e sua aplicação Ricardo de Sampaio Dagnino Mestre em Geografia Campinas, 27 de outubro de 2007 PROJETOS ELABORAÇÃO DE CONHECIMENTOS ESCOLARES E CURRICULARES RELACIONADOS À CIÊNCIA, À SOCIEDADE E AO AMBIENTE NA ESCOLA BÁSICA COM ÊNFASE NA REGIONALIZAÇÃO A PARTIR DOS RESULTADOS DE PROJETO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (FAPESP: 2006/01558-1) CONHECIMENTOS ESCOLARES RELACIONADOS À CIÊNCIA, À SOCIEDADE E AO AMBIENTE EM MICRO-BACIA URBANA (PETROBRAS AMBIENTAL: 2006/834)
  • 2. Risco: o conceito Não existe um conceito unificador para trabalhar com os problemas e alterações ambientais. Na temática ambiental são usados termos como riscos, acidentes, perigos, aleas (do inglês, hazard), desastres, etc. Sendo que muitas vezes são utilizados nomes diferentes para tratar ou designar as mesmas coisas. A palavra Risco está ligada aos termos latinos risicu e riscu, ligados por sua vez a resecare, que significa ‘corte’. Como uma ruptura na continuidade, como um risco que se faz numa tela em branco. (Monteiro, 1991, p.10)
  • 3. O risco é uma função que conjuga diversos fatores: + natureza ou tipo de perigo, + acessibilidade ou via de contacto (potencial de exposição), + características da população exposta (receptores) + probabilidade de ocorrência + magnitude das conseqüências. Risco está presente em situações ou áreas em que existe a probabilidade, susceptibilidade, vulnerabilidade, acaso ou azar de ocorrer algum tipo de crise, ameaça, perigo, problema ou desastre.
  • 4. Embora as definições e interpretações sejam numerosas e variadas, todos reconhecem no risco a incerteza ligada a um momento futuro, num tempo em que o risco se revelará. O ideograma Chinês para CRISE é a conjugação entre o risco ou perigo de que algo ocorra em um determinado momento específico - a crise traz uma mudança que tem um momento certo para ocorrer. Oportunidade / Risco / perigo / caos Momento de mudança CRISE (Wei – Ji)
  • 5. Riscos Ambientais e Eixos Temáticos + Interdisciplinaridade Relação percepção X conhecimento técnico-científico Conhecimentos necessários p/ mapeamento de riscos + CTSA Ciência: liberdade de pensamento/ação x cientificismo Tecnologia: de um lado, fonte de risco; de outro, possibilidade de remediação Sociedade: riscos são objetos sociais Ambiente: tudo que envolve é ambiente
  • 6. Riscos Ambientais e Eixos Temáticos + Local/Regional Escala dos fenômenos Feição e modos de Implementação (ponto, linha, área) Vinculação da bacia Conhecimentos necessários p/ mapeamento de riscos + Educação Ambiental Mapeamento de riscos = atividade de educação não formal Saberes transversais
  • 7. Risco e a Ciência Moderna Algumas teorias das ciências modernas podem ser úteis numa definição do conceito de Risco. Dentre elas temos: 1. Relatividade (Einstein), 2. Probabilidade e Incerteza (Heisenberg), 3. Lógica nebulosa ou difusa, em inglês, Fuzzy (Kosko)
  • 8. 1. Relatividade Existe a relatividade associada ao fato de que as certezas de uns podem ser as dúvidas de outros. + Assim deve-se levar em conta e respeitar as experiências e percepções dos outros, sejam de uma cultura comum, sejam completos estranhos. + As pessoas consideram como risco uma situação de perigo potencial ou evento que originou uma catástrofe. + O conceito de risco pode ser baseado na sua experiência e honestidade individual e/ou na memória coletiva da sociedade a que pertencem aqueles que já vivenciaram algo semelhante.
  • 9. 2. Probabilidade e Incerteza Semelhante a afirmação: - quando conhecemos a velocidade ou o movimento de um evento não temos condições de determinar sua localização exata, e vice versa. Temos que: - quanto mais perto chegamos de uma conclusão objetiva e realista sobre o grau dos problemas e a qualidade dos riscos, mais nossa conclusão será relativa e incerta.
  • 10. Escala Individual: Psicanálise do Risco No nível individual, em contraste com a memória e experiência coletivas, tem-se o que chamamos de uma noção psicanalítica sobre Riscos. Amaro (2003, p. 117) chama atenção para um fenômeno da psicanálise chamado de RECALCAMENTO, e que, em se tratando de riscos, pode significar uma postura individual de negar ou subestimar um risco, bem como recusar-se inconscientemente em admitir imagens, acontecimentos, lembranças e representações de perigo. Dessa forma, parece plausível que a melhor forma de encarar o risco é não tratá-lo como uma ameaça rara, uma atividade incomum ou exógena. A saída é admitir que ele representa uma ameaça possível, muitas vezes habitual ou familiar às nossas atividades.
  • 11. Escala Coletiva: Cultura do Risco Segundo Di Giulio (2006, p. 48), a maior parte dos estudos de risco está preocupada com a escala coletiva. Este é o reflexo de uma abordagem sobre os riscos que dedica grande atenção para a sociedade, a política, a tecnologia, a comunicação e a cultura. Sobre isso temos em Veyret e Meschinet de Richemond (2007, p. 49), que: “Nesse sentido, “a cultura” do risco pode ser definida como um conhecimento e uma percepção da ameaça comuns a um grupo social.”
  • 12. Fórmulas para Calcular Risco Risco = A + V Risco = A x V Risco = F (A, V) Lógica Cartesiana Lógica Cartesiana Lógica Nebuloza (depende...) Onde: A quer dizer Aléa ou Acaso, um evento natural que nada tem a ver com a vontade ou ação humana. V quer dizer Vulnerabilidade, algo que resulta da presença direta ou indireta do homem. F é uma relação que depende do problema analisado, da relação entre a Aléa e a Vulnerabilidade Representa-se com 1, a existência de um fator, e 0 (ZERO) a inexistência do fator.
  • 13. Por exemplo, numa ilha, um vulcão entra em erupção (A) mas lá não existem casas (V) Em Risco = A + V Em Risco = A x V Temos: Temos: RISCO = 1 + 0 = 1 RISCO = 1 x 0 = 0 Quer dizer Risco = 1, existe RISCO. Quer dizer, não existe Risco. Em Risco = F (A,V) Temos: RISCO = F (1,0) Se for levado em conta que apesar de não afetar diretamente o homem, a erupção pode acarretar em mudanças climáticas, em função dos particulados lançados na atmosfera, por exemplo, assim, RISCO = 1, existe RISCO.
  • 15. Tipologia de Riscos De toda a vasta tipologia de riscos devemos enfatizar quatro que aparecem em destaque: 1. Risco natural; 2. Risco tecnológico; 3. Risco social; 4. Riscos ambiental.
  • 16. 1. Risco Natural Relaciona-se aos processos que não podem ser facilmente atribuídos ou relacionáveis à ação humana. Embora, nos dias de hoje, essa seja uma tarefa cada vez mais difícil em função da ação humana sobre todo o globo e a atmosfera. Nas palavras de Rebelo (2003, p. 256-257): “O homem existe à face da Terra e o que se passa num local é sempre susceptível de desencadear num outro qualquer local ou num outro tempo para o mesmo local.” Os riscos naturais podem ser subdivididos em: + riscos tectônicos e magmáticos (p.ex., vulcões); + riscos climáticos (tempestades, furacões); + riscos geomorfológicos (deslizamentos); + riscos hidrológicos (alagamentos).
  • 17. 2. Risco Tecnológico A abordagem desse risco deve levar em conta três fatores: condição humana existência individual e coletiva, ambiente processo de produção processo de trabalho recursos, técnicas, equipamentos, relações entre direções empresariais e maquinário assalariados Onde pelo menos um desses fatores for encontrado haverá risco tecnológico ou a probabilidade de um problema causado por tal risco. (SEVÁ Fº, 1988, p. 81).
  • 18. 3. Risco Social Essa é a maior parte dos riscos.Podem ser riscos causados pela sociedade ou riscos com consequências para as sociedades humanas. Podem ser subdivididos em dois tipos: + riscos exógenos, + riscos endógenos, relacionados aos relacionados aos produtos das elementos naturais e sociedades e às formas de as ameaças externas política e administração (por exemplo, terremotos, (crescimento urbano e industrialização, epidemias, secas e formação de povoamentos e densidade inundações) excessiva de alguns bairros)
  • 19. O risco é um objeto social, como afirma Veyret (2007, p. 11): “Não há risco sem uma população ou indivíduo que o perceba e que poderia sofrer seus efeitos. Correm-se riscos, que são assumidos, recusados, estimulados, avaliados, calculados. O risco é a tradução de uma ameaça, de um perigo para aquele que está sujeito a ele e o percebe como tal.” Os riscos sociais carecem sempre de uma abordagem inter-multidisciplinar pois implicam uma pluralidade de atores e resultam da combinação de um grande número de variáveis, particularmente difíceis de serem consideradas ao mesmo tempo. Para entender esses riscos e contribuir para a formação de políticas de prevenção, é necessária a integração de diversos campos do saber. Desde as geociências, a história, as ciências políticas, o direito, a psicossociologia, a ciências exatas, etc.
  • 20. 4. Risco Ambiental A noção de risco ambiental engloba as outras noções que foram abordadas antes e trata das situações de risco que estão ligadas ao que ocorre à nossa volta, seja o ambiente natural (risco natural), seja o ambiente construído pelo homem (riscos social e tecnológico). RISCOS AMBIENTAIS “Resultam da associação entre os riscos naturais e os riscos decorrentes de processos naturais agravados pela atividade humana e pela ocupação do território.” A utilização do termo Ambiental deriva do francês Environnement e do inglês Environment, e resulta da escolha consciente da não utilização do termo Meio Ambiente. Ambiente é tudo aquilo que está à nossa volta, no nosso entorno, tudo aquilo que nos envolve – assim o homem é uma parte importante do ambiente.
  • 21. Bacia e Sistema de Riscos Bacia de Riscos é o nome dado para um espaço territorial, local ou região onde existe a convergência de diversos tipos diferentes de riscos. Eles podem estar interligados e podem ocorrer ao mesmo tempo, originando crises complexas ou podem ficar só em estado latente (REBELO, 2003, p. 262). Sistema de Riscos é quando um risco está interligado a outros, no espaço e/ou no tempo. Ele pode ser utilizado para explicar as ligações entre causa e efeito, tanto em macroescala, como no caso da bacia hidrográfica ou de região metropolitana, como em microescala, quando tratamos de uma planta industrial, instituição acadêmica ou estabelecimento comercial. (SEVÁ Fº., 1988, p. 111).