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Revolução
 Francesa
Profº Hamilton Milczvski Jr
Fatores e antecedentes

          Revolução Francesa é o
nome dado ao conjunto de
acontecimentos que, entre 5 de
maio de 1789 e 9 de novembro de
1799, alteraram o quadro político e
social da França. Ela começa com a
convocação dos Estados Gerais e a
Queda da Bastilha e se encerra com
o golpe de estado do 18 de
Brumário de Napoleão Bonaparte.
Em causa estavam o Antigo Regime
(Ancien Régime) e os privilégios do
clero e da nobreza. Foi influenciada
pelos ideais do Iluminismo e da
Independência dos EUA (1776).
Está entre as maiores revoluções da
história da humanidade.
Fatores e antecedentes
         A Revolução é considerada
como o acontecimento que deu início à
Idade Contemporânea. Aboliu a
servidão e os direitos feudais e
proclamou os princípios universais de
"Liberdade, Igualdade e Fraternidade“,
frase de autoria de Jean-Jacques
Rousseau. Para a França, abriu-se em
1789 o longo período de convulsões
políticas do século XIX, fazendo-a
                                                  Luiz XVI – símbolo do
passar por várias repúblicas, uma
                                                   Absolutismo francês.
ditadura, uma monarquia constitucional
e dois impérios.


                   Jean-Jacques Russeau –
                (Liberté, Egalité, Fraternité),
O Antigo Regime

         A sociedade francesa do século XVIII
mantinha a divisão em três Ordens ou
Estados típica do Antigo Regime – Clero ou
Primeiro Estado, Nobreza ou Segundo Estado,
e Povo ou Terceiro Estado – cada qual
regendo-se por leis próprias (privilégios),
com um Rei absoluto (ou seja, um Rei que
detinha um poder supremo independente) no
topo da hierarquia dos Estados
O Iluminismo e a Revolução
          As causas da revolução
francesa são remotas e imediatas.
Entre as do primeiro grupo, há de
considerar que a França passava
por um período de crise financeira.
A participação francesa na Guerra
da Independência dos Estados
Unidos da América, a participação
(e derrota) na Guerra dos Sete
Anos, os elevados custos da Corte
de Luís XVI, tinham deixado as
finanças do país em mau estado.

          A reavaliação das bases
do Antigo Regime foi montada à
luz do pensamento Iluminista,
representado por Voltaire, Diderot,
Montesquieu, John Locke,
Immanuel Kant, entre outros. Eles
forneceram pensamentos para
criticar as estruturas políticas e
sociais absolutistas e sugeriram a
ideia de uma maneira de conduzir
liberal burguesa.
1ª fase da Revolução
A Revolução Francesa pode ser subdividida
   em quatro períodos: a Assembléia
Constituinte, a Assembléia Legislativa,
      a Convenção e o Diretório.

    O período da Assembleia Constituinte
   decorre de 9 de julho de 1789 a 30 de
setembro de 1791. As primeiras ações dos
 revolucionários deram-se quando, em 17
 de junho, a reunião do Terceiro Estado se
proclamou "Assembléia Nacional" e, pouco
depois, "Assembléia Nacional Constituinte".
  Em 12 de julho, começam os motins em
     Paris, culminando com a revolta de
 populares armados que, em 14 de julho,
                                              Queda da Bastilha - 14 de julho de 1789 -
    invadiram o Arsenal dos Inválidos, à                Jean-Pierre Houël.
     procura de munições e, em seguida,
  invadiram a Bastilha, uma fortaleza que
    fora transformada em prisão política.
Assembleia Constituinte
           O clero e a nobreza tentaram
diversas manobras para conter o ímpeto
reformista do Terceiro Estado, cujos
representantes comparecem à Assembléia
apresentando as reclamações do povo.
           Os deputados da nobreza e do
clero queriam que as eleições fossem por
estado. O terceiro estado queria que a
votação fosse individual, por deputado.
           Ante a impossibilidade de conciliar
tais interesses, Luís XVI tentou dissolver os
Estados Gerais.
           Os representantes do Terceiro
Estado rebelaram-se e invadiram a sala do
jogo da péla (espécie de tênis em quadra
coberta), em 15 de junho de 1789, e
transformaram-se na Assembléia Nacional,         O Juramento da Péla.
jurando só se separar após a votação de uma
constituição para a França (Juramento da
Sala do Jogo da Péla). Em 9 de julho de
1789, juntamente com muitos deputados do
baixo clero, os Estados Gerais
autoproclamaram-se Assembleia Nacional
Constituinte.
A eclosão da Revolução
      Essa decisão levou o rei a tomar
      medidas mais drásticas, entre as
        quais a demissão do ministro
    Jacques Necker, conhecido por suas
       posições reformistas. Em razão
        disso, a população de Paris se
        mobilizou e tomou as ruas da
     cidade. Os ânimos mais exaltados
      conclamavam todos a tomar as
                    armas.
         A bandeira dos Bourbons foi
     substituída por uma tricolor (azul,
     branca e vermelha), que passou a
    ser a bandeira nacional. E, em toda
         a França, foram constituídas
       unidades da milícia e governos
                  provisórios.



  Sessão inaugural dos Estados Gerais, em Versalhes
                       (1789).
Queda da Bastilha
          A intenção inicial dos rebeldes
era tomar a Bastilha e se apoderar da
pólvora lá armazenada. Cairia assim um
dos símbolos do Absolutismo. A Queda da
Bastilha causou profunda emoção nas
províncias e acelerou a queda dos
intendentes.
          A partir de então, a revolução
estendeu-se ao campo, com maior
violência: os sans-culottes saquearam as
propriedades feudais, invadiram e
queimaram os castelos e cartórios, para
destruir os títulos de propriedade das
terras (fase do Grande Medo). Temendo o
radicalismo, na noite de 4 de agosto, a
Assembléia Nacional Constituinte aprovou
a abolição dos direitos feudais,
gradualmente e mediante amortização,
além de as terras da Igreja haverem sido
confiscadas. Daí por diante, a igualdade
                                              Os sans-culottes eram artesãos, trabalhadores e até
jurídica seria a regra.                       pequenos proprietários que viviam nos arredores de
                                               Paris. Recebiam esse nome porque não usavam os
                                            elegantes calções que a nobreza vestia, mas uma calça
                                                             de algodão grosseira.
Tomada da Bastilha – quadro de Jean-Pierre Louis Laurent Houel.
Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão

  Pouco depois, aprovava-se a
solene "Declaração dos direitos
  do Homem e do Cidadão". O
  lema dos revolucionários era
     "Liberdade, Igualdade e
Fraternidade", mas logo em 14
 de junho de 1791, se aprovou
    a Lei de Le Chapelier que
     proibia os sindicatos de
trabalhadores e as greves, com
penas que podiam ir até à pena
  de morte. Em 19 de abril de
  1791, o Estado nacionaliza e
  passa a administrar todos os
 bens da Igreja Católica, sendo
       aprovada em julho a
   Constituição Civil do Clero.
Jean-Paul Marat
        Pressionado pela opinião
pública, Luís XVI deixou Versalhes,
estabelecendo-se no Palácio das
Tulherias, em Paris (outubro de 1789).
Ali, o monarca era mais acessível às
massas parisienses.

        Fervilhavam os clubes: a
imprensa tinha papel cada vez maior
nos acontecimentos políticos. Jean-
Paul Marat escrevia artigos
incendiários.



                                         Jean-Paul Marat – organizador
                                          do jornal “O amigo do povo”
                                               (L'Ami du peuple).
Monarquia Constitucional
           Em 1791, iniciou-se a fase
denominada Monarquia Constitucional. Em
agosto de 1792, uma intensa mobilização
popular destronou o rei, e depois de elaborar
a Carta Magna francesa, a Assembléia
Nacional Constituinte dissolveu-se. Entre os
revolucionários de 1789, houve divisão.
Aliada aos setores da nobreza liberal e do
baixo clero, formou-se o Clube dos
Girondinos. O nome "girondino" (deve-se ao
fato de Brissot, principal líder dessa facção,
representar o departamento da Gironda e de
seus principais líderes serem provenientes de
lá).
           Os jacobinos (do francês jacobin)
— assim chamados porque se reuniam no
convento de Saint Jacques — queriam
aprofundar a revolução, aumentando os
direitos do povo; eram liderados pela
pequena burguesia e apoiados pelos sans-
culottes, as massas populares de Paris. Seus
principais líderes foram Danton, Marat e
Robespierre.                                     Maximilien de Robespierre –
                                                 o radical líder dos jacobinos.
Danton e Robespierre
         Os jacobinos, com apoio dos sans-
culottes e da Comuna de Paris (designação que
foi dada ao novo governo local da cidade),
assumiram o poder no momento crítico da
Revolução.
         Os jornais populares utilizavam-se de
linguagem grosseira para caracterizar os
aristocratas e inimigos da revolução.




                                        Quando, em julho de 1793, Marat foi
                               assassinado pela jovem Charlotte Corday, os ânimos
                               se exaltaram. Considerado excessivamente
                               moderado, Danton foi substituído por Robespierre e
                               expulso do partido. O Comitê de Salvação Pública,
                               liderado por Robespierre, assumiu plenos poderes.
   Georges Jacques Danton.     Tinha início o Grande Terror, Terror Jacobino ou,
                               simplesmente, Terror.
A Era do Terror
            Milhares de pessoas — a ex-rainha Maria
Antonieta, o químico Antoine Lavoisier (considerado
o criador da Química moderna), aristocratas,
clérigos, girondinos, especuladores, inimigos reais
ou presumidos da revolução — foram detidas,
julgadas sumariamente e guilhotinadas. Os direitos
individuais foram suspensos e, diariamente,
realizavam-se, sob aplausos populares, execuções
públicas e em massa. O líder jacobino Robespierre,
sancionando as execuções sumárias, anunciara que a
França não necessitava de juízes, mas de mais
guilhotinas. O resultado foi a condenação à morte de
35 mil a 40 mil pessoas. Cansada do terror,
execuções, congelamento de preços e dos excessos
revolucionários, a burguesia queria paz para seus
negócios. Essa posição era defendida pelos jacobinos
liderados por Danton. Os sans-culottes — que eram a
plebe urbana — pretendiam radicalizar mais a
revolução, posição defendida pelos raivosos. A falta
de habilidade política de Robespierre ficou evidente
quando, declarando a "pátria em perigo", tomou
uma série de medidas impopulares para evitar as
radicalizações — os partidários e políticos mais         Louis Antoine Léon de Saint-Just.
radicais, como a ala esquerda, dos partidários de
Hébert, e da ala direita, que tinha como líder Danton,
foram executados. A facção de centro, liderada por
Robespierre e Saint-Just, triunfou, porém ficou
isolada.
A Era do Terror
          A guilhotina, um aparelho
constituído por uma grande
armação reta, com
aproximadamente 4 metros de
altura, na qual era suspensa uma
lâmina triangular pesada que tinha
a função de decapitar rapidamente
o condenado, tinha sido
aprimorada pelo médico e
deputado Joseph-Ignace Guillotin,
com a intenção de tornar as
execuções mais humanas, já que o
enforcamento ou a decapitação
pelo machado podia ser um
método doloroso e demorado.
Curiosamente, o doutor Guillotin
terminou sendo executado pelo
seu próprio invento, o qual
permaneceu na ativa na França até
1977.                                 Guilhotinamento de Luiz XVI.

Em 21 de Janeiro de 1793, às
10h20, em Paris, sobre a Praça da
Revolução, o rei, Luís XVI foi
condenado à guilhotina por traição.
É um dos maiores acontecimentos
da Revolução Francesa.
Guilhotinamento de
   Robespierre.
Calendário da Revolução
           Para sinalizar que novos tempos haviam
se iniciado, os revolucionários instituíram um novo
calendário, rompendo com a convenção cristã,
passando a considerar 1793, o ano da proclamação
da República, como primeiro ano deste novo
calendário.

No outono:
Vindimiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de
outubro
Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro
Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro
No inverno:
Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro
Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro
Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março
Na primavera:
Germinal: 21 de março a 19 de abril
Florial (floréal): 20 de abril a 19 de maio
Pradial (prairial): 20 de maio a 18 de junho
No verão:
Messidor: 19 de junho a 18 de julho
Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto
Fructidor: 18 de agosto a 20 de setembro.
9 de Termidor
           Muitos girondinos que sobreviveram ao
Terror, aliados aos deputados da planície,
                                                             Prisão de Robespierre
articularam um golpe. Em 27 de julho (9 Termidor,
de acordo com o calendário revolucionário francês) a
Convenção, numa rápida manobra, derrubou
Robespierre e seus partidários. Robespierre apelou
para que as massas populares saíssem em sua
defesa. Mas os que podiam mobilizá-las — como os
raivosos — estavam mortos, e os sans-culottes não
atenderam ao chamado.



                        Guilhotinamento de Robespierre.




                                      Robespierre e os dirigentes
                             jacobinos foram guilhotinados
                             sumariamente.
Convenção Termidoriana
         O golpe de 9 Termidor
marcou a queda da pequena
burguesia jacobina e a volta da
grande burguesia girondina ao poder.
O movimento popular entrou em
franca decadência.
         A Convenção Termidoriana
(1794-1795) foi curta, mas permitiu
a reativação do projeto político
burguês com a anulação de várias
decisões montanhesas, como a Lei do
Preço Máximo (congelamento da
economia) e o encerramento da
supremacia da Junta de Salvação
Pública. Foram extintas as prisões
arbitrárias e os julgamentos
sumários. Todos os clubes políticos    O Comitê Revolucionário.
foram dissolvidos e os jacobinos
passaram a ser perseguidos.
O Diretório
            Em 1795, a Convenção elaborou
uma nova constituição - a Constituição do Ano
III -, suprimindo o sufrágio universal e
resgatando o voto censitário para as eleições
legislativas, marginalizando, assim, grande
parcela da população. A carta reservava o
poder à burguesia. No final de 1795, de
acordo com a nova Constituição, a Convenção
cedeu lugar ao Diretório, formado por cinco
membros eleitos pelos deputados. Iniciou-se,
assim, a República do Diretório.

          Uma nova constituição entregou o
Poder Executivo ao Diretório, uma comissão
constituída de cinco diretores eleitos por cinco
anos.

           O Diretório (1794 a 1799) foi uma
fase conservadora, marcada pelo retorno da
Alta Burguesia ao poder. Contudo, o governo
mostrou-se fraco.
           A ineficiência administrativa do
Diretório iria possibilitar a subida ao poder do
jovem general Napoleão Bonaparte.
A Liberdade guiando o povo – Eugène Delacroix
•   Arco do Triunfo, Paris -"A
    Marselhesa" (ou "Partida dos
    Voluntários de 1792"). É uma
    obra cheia de energia e fogo,
    feita por François Rude. Ela
    exibe uma figura da pátria-mãe
    com asas, pedindo para que os
    voluntários lutem pela nação.

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Revolução Francesa
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As fases da revolução
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
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Revolucao francesa

  • 2. Fatores e antecedentes Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 de Brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e os privilégios do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência dos EUA (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
  • 3. Fatores e antecedentes A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade“, frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a Luiz XVI – símbolo do passar por várias repúblicas, uma Absolutismo francês. ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios. Jean-Jacques Russeau – (Liberté, Egalité, Fraternité),
  • 4. O Antigo Regime A sociedade francesa do século XVIII mantinha a divisão em três Ordens ou Estados típica do Antigo Regime – Clero ou Primeiro Estado, Nobreza ou Segundo Estado, e Povo ou Terceiro Estado – cada qual regendo-se por leis próprias (privilégios), com um Rei absoluto (ou seja, um Rei que detinha um poder supremo independente) no topo da hierarquia dos Estados
  • 5. O Iluminismo e a Revolução As causas da revolução francesa são remotas e imediatas. Entre as do primeiro grupo, há de considerar que a França passava por um período de crise financeira. A participação francesa na Guerra da Independência dos Estados Unidos da América, a participação (e derrota) na Guerra dos Sete Anos, os elevados custos da Corte de Luís XVI, tinham deixado as finanças do país em mau estado. A reavaliação das bases do Antigo Regime foi montada à luz do pensamento Iluminista, representado por Voltaire, Diderot, Montesquieu, John Locke, Immanuel Kant, entre outros. Eles forneceram pensamentos para criticar as estruturas políticas e sociais absolutistas e sugeriram a ideia de uma maneira de conduzir liberal burguesa.
  • 6. 1ª fase da Revolução A Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro períodos: a Assembléia Constituinte, a Assembléia Legislativa, a Convenção e o Diretório. O período da Assembleia Constituinte decorre de 9 de julho de 1789 a 30 de setembro de 1791. As primeiras ações dos revolucionários deram-se quando, em 17 de junho, a reunião do Terceiro Estado se proclamou "Assembléia Nacional" e, pouco depois, "Assembléia Nacional Constituinte". Em 12 de julho, começam os motins em Paris, culminando com a revolta de populares armados que, em 14 de julho, Queda da Bastilha - 14 de julho de 1789 - invadiram o Arsenal dos Inválidos, à Jean-Pierre Houël. procura de munições e, em seguida, invadiram a Bastilha, uma fortaleza que fora transformada em prisão política.
  • 7. Assembleia Constituinte O clero e a nobreza tentaram diversas manobras para conter o ímpeto reformista do Terceiro Estado, cujos representantes comparecem à Assembléia apresentando as reclamações do povo. Os deputados da nobreza e do clero queriam que as eleições fossem por estado. O terceiro estado queria que a votação fosse individual, por deputado. Ante a impossibilidade de conciliar tais interesses, Luís XVI tentou dissolver os Estados Gerais. Os representantes do Terceiro Estado rebelaram-se e invadiram a sala do jogo da péla (espécie de tênis em quadra coberta), em 15 de junho de 1789, e transformaram-se na Assembléia Nacional, O Juramento da Péla. jurando só se separar após a votação de uma constituição para a França (Juramento da Sala do Jogo da Péla). Em 9 de julho de 1789, juntamente com muitos deputados do baixo clero, os Estados Gerais autoproclamaram-se Assembleia Nacional Constituinte.
  • 8. A eclosão da Revolução Essa decisão levou o rei a tomar medidas mais drásticas, entre as quais a demissão do ministro Jacques Necker, conhecido por suas posições reformistas. Em razão disso, a população de Paris se mobilizou e tomou as ruas da cidade. Os ânimos mais exaltados conclamavam todos a tomar as armas. A bandeira dos Bourbons foi substituída por uma tricolor (azul, branca e vermelha), que passou a ser a bandeira nacional. E, em toda a França, foram constituídas unidades da milícia e governos provisórios. Sessão inaugural dos Estados Gerais, em Versalhes (1789).
  • 9. Queda da Bastilha A intenção inicial dos rebeldes era tomar a Bastilha e se apoderar da pólvora lá armazenada. Cairia assim um dos símbolos do Absolutismo. A Queda da Bastilha causou profunda emoção nas províncias e acelerou a queda dos intendentes. A partir de então, a revolução estendeu-se ao campo, com maior violência: os sans-culottes saquearam as propriedades feudais, invadiram e queimaram os castelos e cartórios, para destruir os títulos de propriedade das terras (fase do Grande Medo). Temendo o radicalismo, na noite de 4 de agosto, a Assembléia Nacional Constituinte aprovou a abolição dos direitos feudais, gradualmente e mediante amortização, além de as terras da Igreja haverem sido confiscadas. Daí por diante, a igualdade Os sans-culottes eram artesãos, trabalhadores e até jurídica seria a regra. pequenos proprietários que viviam nos arredores de Paris. Recebiam esse nome porque não usavam os elegantes calções que a nobreza vestia, mas uma calça de algodão grosseira.
  • 10. Tomada da Bastilha – quadro de Jean-Pierre Louis Laurent Houel.
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  • 12. Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão Pouco depois, aprovava-se a solene "Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão". O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", mas logo em 14 de junho de 1791, se aprovou a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, com penas que podiam ir até à pena de morte. Em 19 de abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero.
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  • 14. Jean-Paul Marat Pressionado pela opinião pública, Luís XVI deixou Versalhes, estabelecendo-se no Palácio das Tulherias, em Paris (outubro de 1789). Ali, o monarca era mais acessível às massas parisienses. Fervilhavam os clubes: a imprensa tinha papel cada vez maior nos acontecimentos políticos. Jean- Paul Marat escrevia artigos incendiários. Jean-Paul Marat – organizador do jornal “O amigo do povo” (L'Ami du peuple).
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  • 16. Monarquia Constitucional Em 1791, iniciou-se a fase denominada Monarquia Constitucional. Em agosto de 1792, uma intensa mobilização popular destronou o rei, e depois de elaborar a Carta Magna francesa, a Assembléia Nacional Constituinte dissolveu-se. Entre os revolucionários de 1789, houve divisão. Aliada aos setores da nobreza liberal e do baixo clero, formou-se o Clube dos Girondinos. O nome "girondino" (deve-se ao fato de Brissot, principal líder dessa facção, representar o departamento da Gironda e de seus principais líderes serem provenientes de lá). Os jacobinos (do francês jacobin) — assim chamados porque se reuniam no convento de Saint Jacques — queriam aprofundar a revolução, aumentando os direitos do povo; eram liderados pela pequena burguesia e apoiados pelos sans- culottes, as massas populares de Paris. Seus principais líderes foram Danton, Marat e Robespierre. Maximilien de Robespierre – o radical líder dos jacobinos.
  • 17. Danton e Robespierre Os jacobinos, com apoio dos sans- culottes e da Comuna de Paris (designação que foi dada ao novo governo local da cidade), assumiram o poder no momento crítico da Revolução. Os jornais populares utilizavam-se de linguagem grosseira para caracterizar os aristocratas e inimigos da revolução. Quando, em julho de 1793, Marat foi assassinado pela jovem Charlotte Corday, os ânimos se exaltaram. Considerado excessivamente moderado, Danton foi substituído por Robespierre e expulso do partido. O Comitê de Salvação Pública, liderado por Robespierre, assumiu plenos poderes. Georges Jacques Danton. Tinha início o Grande Terror, Terror Jacobino ou, simplesmente, Terror.
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  • 20. A Era do Terror Milhares de pessoas — a ex-rainha Maria Antonieta, o químico Antoine Lavoisier (considerado o criador da Química moderna), aristocratas, clérigos, girondinos, especuladores, inimigos reais ou presumidos da revolução — foram detidas, julgadas sumariamente e guilhotinadas. Os direitos individuais foram suspensos e, diariamente, realizavam-se, sob aplausos populares, execuções públicas e em massa. O líder jacobino Robespierre, sancionando as execuções sumárias, anunciara que a França não necessitava de juízes, mas de mais guilhotinas. O resultado foi a condenação à morte de 35 mil a 40 mil pessoas. Cansada do terror, execuções, congelamento de preços e dos excessos revolucionários, a burguesia queria paz para seus negócios. Essa posição era defendida pelos jacobinos liderados por Danton. Os sans-culottes — que eram a plebe urbana — pretendiam radicalizar mais a revolução, posição defendida pelos raivosos. A falta de habilidade política de Robespierre ficou evidente quando, declarando a "pátria em perigo", tomou uma série de medidas impopulares para evitar as radicalizações — os partidários e políticos mais Louis Antoine Léon de Saint-Just. radicais, como a ala esquerda, dos partidários de Hébert, e da ala direita, que tinha como líder Danton, foram executados. A facção de centro, liderada por Robespierre e Saint-Just, triunfou, porém ficou isolada.
  • 21. A Era do Terror A guilhotina, um aparelho constituído por uma grande armação reta, com aproximadamente 4 metros de altura, na qual era suspensa uma lâmina triangular pesada que tinha a função de decapitar rapidamente o condenado, tinha sido aprimorada pelo médico e deputado Joseph-Ignace Guillotin, com a intenção de tornar as execuções mais humanas, já que o enforcamento ou a decapitação pelo machado podia ser um método doloroso e demorado. Curiosamente, o doutor Guillotin terminou sendo executado pelo seu próprio invento, o qual permaneceu na ativa na França até 1977. Guilhotinamento de Luiz XVI. Em 21 de Janeiro de 1793, às 10h20, em Paris, sobre a Praça da Revolução, o rei, Luís XVI foi condenado à guilhotina por traição. É um dos maiores acontecimentos da Revolução Francesa.
  • 22. Guilhotinamento de Robespierre.
  • 23. Calendário da Revolução Para sinalizar que novos tempos haviam se iniciado, os revolucionários instituíram um novo calendário, rompendo com a convenção cristã, passando a considerar 1793, o ano da proclamação da República, como primeiro ano deste novo calendário. No outono: Vindimiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de outubro Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro No inverno: Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março Na primavera: Germinal: 21 de março a 19 de abril Florial (floréal): 20 de abril a 19 de maio Pradial (prairial): 20 de maio a 18 de junho No verão: Messidor: 19 de junho a 18 de julho Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto Fructidor: 18 de agosto a 20 de setembro.
  • 24. 9 de Termidor Muitos girondinos que sobreviveram ao Terror, aliados aos deputados da planície, Prisão de Robespierre articularam um golpe. Em 27 de julho (9 Termidor, de acordo com o calendário revolucionário francês) a Convenção, numa rápida manobra, derrubou Robespierre e seus partidários. Robespierre apelou para que as massas populares saíssem em sua defesa. Mas os que podiam mobilizá-las — como os raivosos — estavam mortos, e os sans-culottes não atenderam ao chamado. Guilhotinamento de Robespierre. Robespierre e os dirigentes jacobinos foram guilhotinados sumariamente.
  • 25. Convenção Termidoriana O golpe de 9 Termidor marcou a queda da pequena burguesia jacobina e a volta da grande burguesia girondina ao poder. O movimento popular entrou em franca decadência. A Convenção Termidoriana (1794-1795) foi curta, mas permitiu a reativação do projeto político burguês com a anulação de várias decisões montanhesas, como a Lei do Preço Máximo (congelamento da economia) e o encerramento da supremacia da Junta de Salvação Pública. Foram extintas as prisões arbitrárias e os julgamentos sumários. Todos os clubes políticos O Comitê Revolucionário. foram dissolvidos e os jacobinos passaram a ser perseguidos.
  • 26. O Diretório Em 1795, a Convenção elaborou uma nova constituição - a Constituição do Ano III -, suprimindo o sufrágio universal e resgatando o voto censitário para as eleições legislativas, marginalizando, assim, grande parcela da população. A carta reservava o poder à burguesia. No final de 1795, de acordo com a nova Constituição, a Convenção cedeu lugar ao Diretório, formado por cinco membros eleitos pelos deputados. Iniciou-se, assim, a República do Diretório. Uma nova constituição entregou o Poder Executivo ao Diretório, uma comissão constituída de cinco diretores eleitos por cinco anos. O Diretório (1794 a 1799) foi uma fase conservadora, marcada pelo retorno da Alta Burguesia ao poder. Contudo, o governo mostrou-se fraco. A ineficiência administrativa do Diretório iria possibilitar a subida ao poder do jovem general Napoleão Bonaparte.
  • 27. A Liberdade guiando o povo – Eugène Delacroix
  • 28. Arco do Triunfo, Paris -"A Marselhesa" (ou "Partida dos Voluntários de 1792"). É uma obra cheia de energia e fogo, feita por François Rude. Ela exibe uma figura da pátria-mãe com asas, pedindo para que os voluntários lutem pela nação.