O documento discute o governo do prefeito Marcelo Miranda no Tocantins após seis meses de gestão. Aponta que o governo tem apresentado inércia e ineficiência, tendo realizado principalmente nomeações para cargos de confiança e engavetado concursos públicos. Também aborda a polêmica entre o prefeito Ronaldo Dimas e o promotor Alzemiro Freitas.
1. n ano I nNº 2
Araguaína - Tocantins
1º a 30 de junho de 2015
Preço simbólico: R$ 1,00
governo Marcelo Miranda chega
ao sexto mês em passos lentos
Em seu sexto mês de gestão, o governo
peemedebista de Marcelo Miranda passa ao
público a imagem de inércia e ineficiência. As
principais ações realizadas até agora são as
muitas nomeações em cargos de confiança e
o engavetamento de concursos públicos.
O procurador-geral do MPE - Ministério Público do
Tocantins, Clenan Renaut de Melo Pereira divulgou
uma moção de apoio ao promotor Alzemiro Wilson
Peres Freitas por causa das declarações do prefeito
Ronaldo Dimas (PR) de que o promotor estaria fugindo
de suas funções. No texto o procurador garante que
Alzemiro Freitas não irá se amedrontar e continuará
fazendo seu trabalho com responsabilidade. Dimas
questionou a atuação do promotor porque ele pediu
para a justiça afasta o prefeito do cargo por três vezes.
Com a aproximação do ano eleitoral, Dimas está
buscando cuidar da imagem.
n
n
n
IMAGEM
Enquanto as grandes obras ainda estão no papel
as áreas de lazer já existentes em Araguaína, e
que antes eram usadas pela comunidade estão
abandonadas, entregues à ação do tempo.
ESPORTE 10
AÇÃO PARLAMENTAR 5
Combater o tráfico de drogas não tem sido uma tarefa fácil. A cada dia está mais fácil o acesso
a entorpecentes, principalmente o crack, que tem sido comercializado por dez reais a pedra com
cinco gramas. Esse mal do século deixou de ser um problema de “indigentes” e está hoje, nas
classes altas, fazendo com pessoas larguem uma vida com estabilidade para morar nas ruas. No
Tocantins, o crack já chegou a pequenas cidades, como relata a pesquisa da CNM.
Cresce o número de usuários
de crack notocantinsDivulgação
CIDADES 3
CIDADES 9
INTERAGINDO 6
ESTADO 7
INTERAGINDO 6
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de sua confiança
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SuaPor Dr. raDu serBu
Papo de
Por silene BorGes
Leila Mel/Ascom Fernando Almeida/Araguaína Notíciasw
X
Falta estrutura para lazer
e esporte em araguaína
Jorge Frederico quer o fim
das cobranças abusivas da
obebrecht ambientalDicom/AL
2. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho2 oPiniÃo
editorial
Jornal Líder
Por Cristiano Machado
Jornalista e diretor do site www.norteagropecuario.com.br
cristiano@norteagropecuario.com.br
ShoppingVale do Boi: um sucesso
terceirização de serviços é inconstitucional?
O
ShoppingVale do Boi (foto),
que abriu as rodadas de ne-
gócios da Expoara 2015 foi
um sucesso. Dos 130 repro-
dutores e matrizes Nelore com ava-
liação genética positiva, 70% foram
vendidos com preços acima da média.
O evento aconteceu no sábado, na
Fazenda Vale do Boi, município de
Carmolândia, Norte do Estado. De
acordo com Ricardo de Andrade, bons
negócios foram realizados.“Vendemos
fêmeas por R$ 6,1 mil e machos por
R$ 8,2 mil, acima da média, já que os
reprodutores estão sendo comerciali-
zados por R$ 7,9 mil”, explicou.
Expoara: ingressos à venda
A venda de ingressos para a maior
Feira Agropecuária do Estado, Expoara
2015 já começou. Os ingressos estão
disponíveis em três pontos de vendas,
Pezinho & Cia, Lojas Rezende e Agro-
minas. O Sindicato Rural de Araguaína
(SRA) disponibiliza também o cartão
passaporte, 1° lote R$ 180; 2º lote R$
200 e 3º lote R$ 220, que dará direito
a entrada nos shows e rodeio. Estão a
venda na Agrominas, Lojas Rezende,
Supermercados Baratão, Pezinho &
Cia e Planet Bolsas.
Referência em qualidade genética
O Tocantins foi sede no último
domingo de um leilão de gado que
mantém o Estado como referência em
qualidade genética. Foi o 3º Leilão
Progênies IATF (Inseminação Artificial
emTempo Fixo), em Paraíso doTocan-
tins. O evento gerou R$ 12,6 milhões
em vendas. Cerca de mil pessoas pres-
tigiaram o leilão no Parque de Exposi-
ções de Paraíso.
Matopiba: última fronteira agrícola
Ainda repercute o lançamento do
Matopiba, última fronteira agrícola
do país formada por partes do Mara-
nhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O de-
senvolvimento da região, oficializada
por decreto pela presidente Dilma
Rousseff, é a bandeira da ministra
da Agricultura, Kátia Abreu. Uma
agência de desenvolvimento será
criada para concentrar os recursos
e as políticas públicas para o local.
Kátia Abreu lançou o Matopiba no
dia 13 de maio, em Palmas.
Tocantins tem 38% da área do Matopiba
OTocantins conta com 38% da área
de 73 milhões de hectares da região
do Matopiba. É o maior em termo
territorial. Dos 139 municípios tocan-
tinenses, 132 possuem área de Cerrado
e integram o Matopiba. Antigamente,
só eram considerados 12 municípios.
Juntos, os quatro estados somam um
total de 337 cidades.
Produção de grãos
A produção de grãos, na região, é a
mais marcante nos quatro estados, e deve
crescer 4,37% na safra 2014/2015 no com-
parativo com a safra 2013/2014, saltando
de 7,322 milhões de hectares para 7,642
milhões de hectares, conforme as estima-
tivasdaCompanhiaNacionaldoAbasteci-
mento (Conab). Em termos de produção,
o salto é de 18,107 milhões para 19,539
milhões de toneladas.
Área plantada
A área plantada no Matopiba é de
7,6 milhões de hectares com potencial
de produção de 19,5 milhões de tone-
ladas de grãos. A produção de soja na
região, por exemplo, saltou de 84 mil
para 7,6 milhões de toneladas entre
1993 e 2014, de acordo com dados do
Censo Agropecuário.
Abreu Júnior Ademir dos Anjos
Divulgação
Paulo Roberto da Silva
Advogado e Professor Universitário
D
eambula-se com que a recente
discussão a respeito do PL 4330/04
e com a grande possibilidade de
que ele seja realmente aprovado
pelo congresso nacional, começou-se a ouvir
algumas vozes que pregam a sua inconstitu-
cionalidade. Mas será que a lei que prevê a
terceirização, em especial da atividade-fim de
uma empresa é, de fato, inconstitucional?
Para que se responda isso, ainda mais
em um breve texto que tem a pretensão
de ser lido, devem ser analisados apenas
alguns parâmetros.
Nesse diapasão, não se pode negar e é
corrente, que o valor médio salarial dos ter-
ceirizados é inferior ao dos contratados de
forma direta. A terceirização da atividade-fim
não garante o padrão salarial dos empregados
contratados diretamente. Antes pelo contrá-
rio, é fato a redução significativa no ganho dos
trabalhadores terceirizados em empresas de
telecomunicações, por exemplo, que exercem
trabalho ligado à atividade-fim. O mesmo
ocorre com as subcontratações havidas pelos
bancos privados, que terceirizam parte de
sua atividade-fim, ao arrepio do artigo 17 da
lei 4.595/65, às empresas de cobrança e de
captação de clientes. Estes empregados são
contratados por um salário, na média, inferior
em 50% o salário dos empregados bancários,
já bastante defasado.
Deflui-se que terceirização da atividade-
fim cria, empregados de segunda categoria
dentro da mesma empresa. Ora, se o obje-
to a ser perseguido pelos trabalhadores é o
mesmo, a inclusão interna e a sensação de
pertença devem ser as mesmas. Se o trabalho
destina-se a garantir o acúmulo de dinheiro
nas mãos do tomador dos serviços, como
justifico que dois trabalhadores que geram
exatamente a mesma quantidade de riqueza,
ou seja, que exerçam as mesmas atividades
recebam salários diversos?Vale trazer a baila a
Declaração da OIT sobre os Princípios de Di-
reitos fundamentais, havida na 86ª Sessão da
entidade em Genebra na Suíça, em seu item
2, letra “d”, repudia toda e qualquer forma de
discriminação em matéria de emprego, o que,
aliás, é o que faz a Constituição brasileira de
1988, em seu artigo 5º, cabeça, bem como a
CLT em seu artigo 461.
De outro lado, não há, pela nossa legisla-
ção, espaço para dupla exploração da “mais
valia”. Isso quer dizer que como é inerente ao
contrato de emprego a sujeição, a exploração
econômicadoempresáriosobreoempregado,
o limite para que isso ocorra deve levar em
conta o que preceitua a Constituição Federal.
E é nesta mesma constituição, em seu artigo
7º, cabeça, que consta os limites interpreta-
tivos em matéria laboral. Se toda e qualquer
alteração legislativa e, se serve para os legis-
ladores, em razão da harmonia dos poderes,
serve para os juristas, deve vir para a melhoria
da condição social dos trabalhadores. É evi-
dente que toda e qualquer interpretação deve
ter por objetivo a melhoria da condição social
do trabalhador. De que forma há melhoria na
condição social (e não apenas econômica) do
trabalhador quanto está ele sujeito à dupla
exploração? Quando está ele exposto à dupla
subordinação? Quanto ele se sujeita a dois se-
nhores?Estaduplaexploração,duplasubordi-
nação e dupla sujeição aplica-se perfeitamen-
te à terceirização, em razão de que, pelo que
preceitua o artigo 6º caput, e parágrafo único,
da CLT, a subordinação jurídica é estrutural e
envolvenãoapenasordensdiretasmasordens
estruturaisenvolvendonãosóaatividade-fim,
mas igualmente e pelos mesmos motivos, a
atividade-meio da empresa tomadora.
Ainda, se é direito dos trabalhadores“rela-
ção de emprego”, nos exatos termos do inciso
I do artigo 7º da CF/88, e se os incisos sujei-
tam-se ao “caput”, como justificar que uma
lei possa garantir tamanho retrocesso, em si-
tuação onde haja dupla exploração da “mais
valia”, dupla subordinação e dupla sujeição?
Ou seja, como pode haver dois senhores,
quando a regra, aquela prevista na época da
aprovação da Constituição, era a contratação
direta, sem intermediários, nos termos dos
artigos 2º e 3º da CLT? A lei da terceirização
altera, por via transversa, sem legitimação
democrática, a Constituição. E o pior é que,
para a doutrina de Bonavides, as normas
de direitos sociais são, assim como as que
preveem os direitos e deveres individuais e
coletivos, cláusulas pétreas. Ora, uma lei que
autoriza a subcontratação de trabalhadores,
uma vez aprovada, “revogará” em parte o
que preceitua o artigo 7º, I, primeira parte, da
CF/88, e o fará por “quórum” simples, dando
à CF/88 a hierarquia de lei ordinária, retiran-
do seu caráter de fundamento de validade de
todo o ordenamento jurídico nacional.
Alfim não podemos perder de vista que
a Constituição é fruto do processo de enten-
dimento comunicativo. Há uma presunção
de que os deputados eleitos atuaram sem as
sujeições aos poderes administrativos e outra
causa são os debates da assembleia nacional
constituinte que foram abertos a todos em
igualdade de condições, com os mesmos es-
paços para deliberações, reuniões e acessos.
Este debate fruto do processo comunicativo
de formação da constituição é que é a re-
gra quanto à forma de se ler e interpretar a
constituição. E mesmo nos casos em que a
Constituição autoriza a ação estratégica/ins-
trumental (meios/fins), a forma, nestes casos,
de interpretação destas situações devem ter
por conta o processo de formação da Consti-
tuição,comunicativo.Sefazpartedoprocesso
comunicativo as ações de coordenação e de
entendimento, ainda que se tenha uma situa-
ção em que haja sujeição (como por exemplo
a relação de emprego), a forma que se deve
ler esta relação é com base no entendimento,
inclusãodooutroedemocracia,comunicativa
portanto. Isso, aliás, está escrito nos artigos 1º,
III e IV, 3º, I, III e IV e 4º, II, sem falar do preâm-
bulo, sem função vinculante conforme o STF,
que assegura os direitos sociais, a igualdade a
justiça como valores supremos.
Se a terceirização, no mundo fático, cria
dois tipos de empregados dentro do mesmo
campo de trabalho e se permite a dupla ex-
ploração da “mais valia”, dupla subordinação
e dupla sujeição, é ela, então inconstitucional.
Tirem suas conclusões!
Paulo roberto Da silVa
aDvoGaDo e ProFessor universitário
eXPediente
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Teleama Teledifusão da Amazônia Ltda.
Sirlene Borges
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exemplares
Ana Maria Negreiros
Jornalista Responsável - DRT/TO - 117
Érika Sandra
Diagramação - compassoarte@gmail.com
ENDEREÇO TIRAGEM
rui Barbosa definia a
imprensa como sendo “as
vistas da nação”. informar
o que está acontecendo na
sociedade e de que maneira
atitudes influenciam na sua
rotina é dever dos veículos
de comunicação. O JORNAL
LÍDER nasceu com o intuito
de levar assuntos de inte-
resses públicos ao conheci-
mento de todos, pautando-
se pela ética e compromisso
com a verdade.
Muitas vezes, acredita-se
que o JORNALISMO tenha
lados. Na verdade, o LADO de
um bom jornal é o do povo,
para que assim, a vida em
comunidade possa ser mais
segura, desenvolvida e com a
garantia dos seus direitos.
Quando as ações, princi-
palmente do poder público,
interferem de maneira a ferir
os direitos do cidadão, é ne-
cessário que a imprensa de-
nuncie. Aplaudir as boas ati-
tudes também faz parte deste
papel. Infelizmente, a cada
dia, nota-se que notícias boas
do poder público ficam cada
vez mais escassas. As grandes
obras anunciadas levam anos
e até mesmo décadas para se
tornarem novidades. Hoje o
anúncio de que uma obra será
construída já não tem a credi-
bilidade de antes e isso ocorre
por inúmeras pedras funda-
mentais que foram colocadas
no ponta pé de uma grande
ação que beneficiaria toda a
sociedade, a exemplo da cons-
trução do Hospital Geral de
Araguaínaquejáfezváriosani-
versários e continua, parada.
A segunda UPA – Unida-
de de Pronto Atendimento
no Nova Araguaína é outro
exemplo. Ela chegou a ser
construída, mas sua estrutu-
ra está em processo de dete-
rioração, afinal faltam condi-
ções financeiras para o que o
Município abra suas portas.
Para funcionar precisa que
Governo Federal e Estado
ofereçam as condições.
As boas ações noticiadas,
como nesta edição, surgem
mesmo no seio da socieda-
de local. O cuidado como ser
humano que a missionária
Carmem Bessa tem tido é algo
que precisa tornar-se público.
Um Centro de Reintegração
Social está funcionando, e
graças a cidadãos que acre-
ditam na transformação que
suas ações podem realizar.
Ações de transformação
que podem tirar das ruas de
Araguaína pessoas que estão
morrendo graças ao mal do
século: o crack , que tem to-
mado as ruas dos 139 muni-
cípios tocantinenses, arran-
cando pessoas do seio de sua
família, destruído vidas e au-
mentando a violência.
Hoje, a sociedade é quem
faz a diferença. E cabe ao jor-
nalismo, demonstrar o quan-
to esse povo tem voz e pro-
move a vez!
Rui Barbosa
3. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 3
Crack , o mal do século
drogas ganham mais
espaço notocantins
Circulaçãocresceefaltapolíticaspúblicasparaocombate
Veja São Paulo
os becos que antes solitários agora são ocupados pelos usuários.E pessoas de todas as idades e gênero entram nessa sem conseguir sair...
Jornal Líder SOCIEDADE
F
uncionária pública
federal. Profissional
de carreira com a
vida estável e tran-
quila, como conta a nossa
personagem que prefere não
ser identificada, e que cha-
maremos de Maris. Sua vida
mudou, hoje aos 35 anos e
aparentando 50, vaga pela
região de Araguaína conhe-
cida como Feirinha. Ela per-
deu tudo por conta do crack.
Assim como ela, Daiane
Paula Silva tinha uma vida
normal, com sua família no
Pará. Há dez anos se viciou
em crack e agora se prostitui
na Feirinha para manter o
vício. Sua filha, não sabe o
que é ter um lar estruturado,
com o companheirismo e a
união de uma família.
Há seis anos Joelson Cha-
ves Borges também deixou
sua família no Maranhão
e tornou-se um zumbi do
crack na região da Feirinha,
também conhecida como
cracolândia. A história dele
se confunde com a do jovem
de 19 anos, Washington da
Silva Leal, que aos 13 come-
çou a usar maconha e agora,
vive da prática de roubos e
furtos para manter seu vício
em crack.
São vários os casos de
pessoas que perderam
tudo, seu lar, o amor pró-
prio, sua vida, para viverem
da ilusão do prazer que o
crack falsamente propicia.
De acordo com uma pes-
quisa da FIOCRUZ - Funda-
ção Oswaldo Cruz publica-
da em 2014, até aquele ano,
havia no Brasil 370 mil usu-
ários regulares dependen-
tes do crack. No entanto,
alguns estudiosos calculam
que este número hoje seja
até três vezes maior.
Morte anunciada
Um em cada três usuários
de crack morre nos primei-
ros cinco anos de consumo
da droga, segundo estudo da
Unifesp. Veja as principais
causas da morte.
Crack
No Tocantins, principal-
mente em Araguaína, a droga
mais comercializada é o cra-
ck. Ela vicia de forma rápida,
em dois tragos, o usuário já
sente o desejo e a angustia
por consumir mais, uma vez
que ele é inalado. Esse cresci-
mento tem alarmado a socie-
dade e aumentado os índices
de atos de violência contra o
patrimônio e a vida humana.
Surgido nos Estados Uni-
dos, o crack é grosso modo a
cocaína em pedra, para ser fu-
mada em cachimbos ou latas.
Ao ser tragada a droga atinge
os pulmões e entra na cor-
rente sanguínea instantanea-
mente, chegando ao cérebro
em menos de dez segundos,
ao contrário da cocaína em
pó, que leva cerca de dez mi-
nutos para fazer o trajeto. “Ao
tragar, o barato é instantâneo.
E, para piorar, curto”, conta o
psiquiatra Jorge César Gomes
de Figueiredo, da clínica Vitó-
ria, em Embu, a 30 quilôme-
tros da capital. “Você sempre
quer mais e mais”, confirma
Gabriel Mori, há pouco mais
de três anos “limpo” — termo
usado pelos viciados para de-
finir os abstinentes. Morador
doButantã,Mori,26anos,em-
presário,éoretratodarealida-
de ainda pouco conhecida no
universo do crack.
A história de Mori foi bem
sucedida, diferente da jovem
tocantinense, de família rica,
que hoje tem 24 anos e se
prostitui para consumir dro-
gas. Aos 17 anos ela começou
a usar crack por influência de
amigos e um ex-namorado.
Aos 20 foi internada em uma
clínica para tratamento. Fi-
cou dois anos. Após isso vol-
tou para sua família pensando
estar curada, mas se reapro-
ximou das antigas amizades
e seu desejo pelo crack foi
maior, a ponto de abandonar
a família e morar na rua. En-
gravidou, sua família tomou a
criança e agora faz programas
por 50 reais e até menos para
manter o vício.
A jovem conta que usou
a primeira vez para “fazer
parte da turma, diversão”.
Mas que começou a gastar
o patrimônio da família. Seu
maior sonho era largar as
drogas, cuidar do filho e vol-
tar para sua casa. “ A droga
é mais forte do que eu. Não
consigo me livrar e sei que
meu futuro é a morte, mas
preciso usar”, revela.
Seja por curiosidade para
saber os efeitos, por influencia
de colegas, ou simplesmen-
te para fugir da realidade, em
busca de um prazer momen-
tâneo preenchendo um vazio,
muitas pessoas buscam o cra-
ck ou outras drogas. Um enga-
no que destrói e leva na maio-
ria dos casos a um caminho
sem volta. Quem pensa que
essa é uma realidade distante,
que sequer poderá bater a sua
porta, está enganado. De acor-
do com um policial que estuda
os craqueiros em Araguaína e
que prefere não ser identifica-
do, as drogas estão nos locais
mais improváveis e de fácil
acesso. “Uma festinha da tur-
ma da escola, na faculdade, na
saída da igreja, em um ponto
de leitura, os distribuidores de
drogas estão presentes e seu
esquema de entrega por meio
dos aviões dificulta o flagrante
a ser feito pela polícia”, expli-
cou o profissional.
Ainda segundo este poli-
cial, a grande preocupação
da Polícia em Araguaína hoje
é com o alto índice de homi-
cídios resultantes da rivalida-
de por partes dos chefes do
tráfico de drogas em relação
aos espaços e locais de ven-
das de entorpecentes. “Infe-
lizmente não temos o efeito
e aparato necessário para
combater o tráfico e vemos
a cada dia mais assassinatos
em função da drogas”.
O policial explica ainda que
no mundo das drogas há suas
próprias regras, sendo uma
delas, a do recebimento do pa-
gamento pelo entorpecente
fornecido. “O traficante tem
certeza de que vai receber,
porque se não houve o paga-
mento, ele mata o usuário para
que assim sirva de exemplo.
E infelizmente em Araguaína
há muitas mortes por conta
disso”, comentou.
Na visão do policial, o po-
der público precisa agir ur-
gente no trabalho de recupe-
ração desses usuários, uma
vez que eles para compra-
rem o crack são capazes de
qualquer coisa como roubar,
causar lesões corporais, até
crimes contra a vida para ad-
quirir recursos e meios para
comprar e consumir.
A circulação da droga
já avança pelo interior do
Estado, atingindo assim
até os menores municípios,
que não contam com estru-
tura adequada para com-
bater os males provocados
pelo entorpecente. A proli-
feração da droga foi iden-
tificada pelo Observatório
do Crack e outras drogas,
da CNM - Confederação
Nacional de Municípios.
Divulgado no final do
ano passado, o resultado da
pesquisa aponta que dos 139
municípios do Tocantins, 72
afirmaram possuir a circula-
ção de crack.
Destes, 26 gestores mu-
nicipais falaram que o nível
de consumo do crack é alto,
26 avaliaram como baixo,
sendo que 44 classificaram
como médio e um não iden-
tificou o nível de inserção.
Para a CNM, outro dado
preocupante é a quantidade
de cidades que não instala-
ram os conselhos munici-
pais antidrogas e os CAPS
- Centros de Atenção Psicos-
social para realizar o aten-
dimento aos usuários. Em
muitos municípios, como
em Araguaína, segunda
maior cidade do Estado, os
usuários tem atendimen-
to precário, e pouquíssimos
tem acesso.
Mais de 80% dos usu-
ários perambulam pelas
ruas e praças da cidade,
mendigando trocados para
adquirir a pedra. Pontos
de venda não faltam na ci-
dade, e ao contrário, estão
espalhados pelos quatro
cantos. A maior dificulda-
de da polícia é identificar
quem é usuário e quem é
traficante. Nas imediações
da “feirinha” , nas proxi-
midades da vila cearense e
AraguaÍna Sul, são pontos
mais críticos.
Araguaína, apesar da ca-
pacidade econômica e den-
sidade eleitoral, ainda não
recebeu dos poderes consti-
tuídos, uma casa de apoio e
tratamento de drogas. No fi-
naldestemêsaPrefeiturapu-
blicou o edital para licitação
da empresa que irá construir
o centro de reabilitação.
A OMS – Organização
Mundial de Saúde já reco-
nheceu que o uso de drogas
não é apenas crime, e sim
uma doença, porque pro-
voca dependência química.
42% foi o crescimento da procura de dependentes de crack pelo PROAD - Programa de Orientação
e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre 2005 e 2009
Números que assustam
O governo federal promete investir 90 milhões de reais
para dobrar de 2 500 para 5. 000 o número de leitos para
dependentes químicos em hospitais do SUS.
O preço médio de uma pedra pequena, de
aproximadamente cinco gramas e suficiente para três
tragadas é de 10 reais.
Efeitos no organismo
Boca: Porta de entrada da droga sofre com queimaduras,
inflamações na gengiva, cáries e perda de dentes.
Sistema digestivo: Como o organismo passa
a trabalhar em função da droga, o dependente não tem
vontade de comer e emagrece muito rápido. Por isso,
fica desnutrido. Úlceras gástricas e diarreias também são
frequentes.
Sistema reprodutor: Quem usa crack fica mais
exposto a comportamentos sexuais de risco. Pesquisa da
Unicamp com 252 usuários de cocaína e crack mostrou
que 20% tinham o vírus HIV e 67% dos entrevistados nunca
usaram preservativo nas relações sexuais. O dependente
pode perder o interesse por sexo ou apresentar impotência.
Dedos: De tanto acender o cachimbo de crack, muitos
queimam os dedos a ponto de deformá-los.
Cérebro: O uso crônico leva a danos cerebrais. A
droga compromete a atenção, a fluência verbal, a memória
e as capacidades de aprendizagem, concentração e
planejamento. Paranoias também são comuns. Se ouve
um barulho, o dependente pode pensar tratar-se de um
helicóptero que o está perseguindo, por exemplo. Surtos
psicóticos, perda de valores éticos e agressividade são
outros comportamentos observados.
Pulmões: São os primeiros órgãos expostos às
substâncias do crack. Tosse por irritação dos brônquios
e chiados no peito podem aparecer dentro de minutos ou
após várias horas de uso. Há casos de edema pulmonar.
Sistema cardiovascular: São comuns sintomas
de taquicardia, aumento da pressão arterial e até arritmias,
especialmente quando a droga é combinada com álcool.
Isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a
um infarto agudo do miocárdio, mesmo em pessoas jovens.
Sintomas dos uso de crack
n Alteração na forma de falar
n Euforia
n Olho avermelhado
n Dedos queimados
n Perda de peso
n Agressividade
SaúdexCrime
Antes restrita a indigentes, o crack hoje é consumido por pessoas de todas as classes sociais
4. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho4
Projeto comunitário Centro de reintegração Sião
reintegra dependentes químicos à sociedade
CUrtaS Jornal Líder
A coordenadora do projeto,missionária Carmen Lídia Bessa
beM assiM
Gente Que FaZ
Segurança
Grades
Decadência
Condições
Medicina
Repressão
Concurso
Imagem
Substituto
Patrimônio
Voos
Salvador
Triângulo
Violência
Efetivo
Oportunidade
Elogio
Pulando fora
Ricos
Condenação
Aumento
A onda de violência em Araguaína tem
chamado a atenção para discussão
da segurança pública no município
Enquanto se espera por um super herói,
sem efetivo e viaturas, é melhor que a
sociedade se tranque em casa, de pre-
ferência com grades, afinal, pode ter que
ligar no 190 mais de 15 vezes e não ser
atendido, por falta de combustível para
um dos três carros rodar.
Adecadênciadasegurançapúblicanão
é um problema só da Polícia Militar em
Araguaína. Mas sim, consequência de
uma crise de Estado, no qual, não há
verbas para investir, capacitar e ter a
mão de obra necessária para o funcio-
namento dos equipamentos públicos.
Mas será que ele seria o herói com
apenas três viaturas para cobrir 14
municípios com população estimada
em mais de 250 mil habitantes?
Araguaína terá o curso de Me-
dicina público e gratuito. Serão
60 vagas disponibilizadas pela
UFT – Universidade Federal
do Tocantins anualmente. Por
semestre, serão 30 vagas. A
forma de ingresso levará em
conta a nota obtida pelo can-
didato no ENEM – Exame Na-
cional do Ensino Médio e será
ordenada por edital específico
a ser lançado pela faculdade.
Com a nota deste ano o candi-
dato poderá concorrer a uma
das vagas.
Será que a repressão tão parabe-
nizada é a melhor solução para os
problemas da segurança pública,
que vão desde o tráfico, o desem-
prego, educação precária , falta de
cultura e lazer, falta de princípios e
valores familiares e sociais. Hoje, a
humanização é esquecida para que
o consumismo seja exaltado.
Outra oportunidade é o concur-
so do IFTO – Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecno-
logia do Tocantins. Estão sendo
ofertadas 54 vagas para técnicos
administrativos em educação. Sa-
lários chegam a R$ 3.666.54. As
inscrições podem ser feitas até 19
de junho. As provas acontecem
em 02 de agosto. Saiba mais em
www.ifto.edu.br.
A imagem do prefeito Ronaldo Dimas
(PR)andasendomotivodepreocupação
paraquemquerconcorrerumareeleição.
A pré-campanha já chegou e a tentativa
de aproximação popular acontece com
a realização do programa Prefeitura nos
Bairros.Váriasoutrasações,comoopro-
grama de rádio Fala Prefeito estão sendo
feitas. Mas pelo visto, ainda não vingou.
O presidente da Câmara de Aragua-
ína, Marcus Marcelo (PR) já começa
a ser trabalhado como um possível
substituto para o nome de Dimas nas
próximas eleições.
Segundo o levantamento Gaguim
aparece no 11º lugar do ranking
e declarou patrimônio total de
R$ 10.346.563,22. Entre os bens
declarados pelo peemedebista
estão um apartamento em um
apart-hotel, no valor de R$ 300
mil e uma casa de R$ 4 milhões.
Irajá Abreu aparece em 22º lugar
da lista e declarou possuir patri-
mônio de R$ 5.750.552,90.
Exemplo disso é o helicóptero da
Polícia, que está prestes a ganhar um
bolo pela comemoração de um ano
na manutenção, parado aguardando
uma peça no valor de R$ 300 mil.
Alguns políticos e imprensa têm coloca-
do o ex-comandante Major Silva Neto
como o Salvador
O triângulo do crime representa muito bem
o atual momento do Tocantins. Hoje, o ci-
dadão (vítima) precisa tomar todo cuidado
para que o infrator (bandido) não tenha a
oportunidade de praticar o crime. Agora, o
meio social (ambiente) deve ter a estrutura
necessária para a segurança pública, como
por exemplo, o policiamento ostensivo pre-
ventivo, direito garantido na Constituição
Federal, mas que se tornou utopia.
A necessidade de ter na sociedade consu-
mista provoca o aumento de roubos, furtos,
homicídios, crimes diversos contra a pes-
soa e o patrimônio.
Será que apenas um comandante
com um déficit de 100 policiais apo-
sentando em 2015 e nenhum novo
profissional substituindo, conseguiria
manter a ordem?
O curso de Medicina da UFT cria
novas oportunidades de trabalho,
uma vez que a instituição irá realizar
concurso para técnico administrativo
e professores. Além disso, o hospital
universitário que é o HDT – Hospital
de Doenças Tropicais também terá
concurso, feito por sua nova admi-
nistradora, a Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares.
O deputado estadual Jorge Frederico
(SD) elogiou a sua colega de parlamen-
to, deputada Valderez Castelo Branco
(PP) dizendo que “em um ano foi me-
lhor do que o Dimas em três”.
Tanto é que tem vereador pulando fora do bar-
co de Dimas e com isso sua base na Câmara
Municipal está sendo esvaziada. Será por que
ações em véspera de ano eleitoral sempre são
vistas como “eleitoreiras”?
Tem deputado federal tocantinense na lista dos
30 mais ricos da Câmara feita pelo portal Terra.
São eles, o deputado federal e ex-governador
Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e o deputado
Irajá Abreu (PSD), filho da ministra Kátia Abreu.
As informações são do patrimônio declarado
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos pró-
prios deputados nas eleições de 2014.
É mais fácil condenar uma comandante mulher,
do que, avaliar a falência do Estado e das suas
instituições que hoje não conseguem manter o
mínimonecessáriodeefetivoeveículosnasruas.
Enquanto isso, a Assembleia Legislativa ao
invés de discutir o investimento do recurso
público onde precisa, aumentou foi o salário
de todos os deputados, servidores, e assim,
cada um vive de acordo com seus interesses.
Mantido com amor e
esforço por pessoas com
sensibilidade, o proje-
to comunitário Centro de
Reintegração Sião atua em
Araguaína com o intuito de
acolher, tratar e reintegrar
à sociedade, dependentes
químicos que não possuem
capital financeiro, para pa-
gar por tratamento em clí-
nicas particulares.
O surgimento do cen-
tro de reintegração veio da
necessidade de atender o
grande índice de pessoas
com problemas com dro-
gas e que não tinham onde
receber esse tratamento no
munícipio. As pessoas en-
volvidas no projeto acre-
ditam que não basta com-
bater a criminalidade que
surge com as drogas, mas
sim, tratar o vício como um
problema social, e de saú-
de. Infelizmente em Ara-
guaína (e não só) existem
muitas críticas aos viciados
em drogas, e muitas co-
branças, mas pouca ajuda.
Além de tratamento
de saúde, os dependen-
tes químicos precisam ser
reintegrados à sociedade.
Precisam de emprego, de
acompanhamento, e de
amor. E é isso que o Cen-
tro de Reintegração Sião se
propõe a oferecer
Localizado em uma
chácara ampla, segundo
Carmem Bessa “cedida
pelo Dr. Armando da as-
sociação do câncer” na rua
Colmeia s/n, setor BelaVis-
ta, o projeto almeja abrigar
50 internos, que irão usu-
fruir de uma estrutura que
inclui o tratamento de saú-
de, alimentação, palestras
e estudos bíblicos. Conta
com uma área de lazer com
piscina e campo de futebol.
Apesardeestaremafren-
te o pastor Antônio Francis-
co e a missionária Carmem
Bessa, o projeto é laico, e
aceita voluntários indepen-
dente de sua religião.
O projeto não tem fins
lucrativos e precisa de do-
ações para ser mantido em
funcionamento. Quem qui-
ser contribuir, pode con-
tribuir seja com alimen-
tos, móveis, produtos de
higiene e limpeza, roupas,
dinheiro, seja com visitas,
palestras de apoio, divulga-
ção do projeto.
É bom lembrar que pro-
jetos como esse são impor-
tantes para a construção
de uma sociedade melhor,
uma cidade melhor e um
mundo melhor. Contri-
buindo para projetos como
esse, você contribui para
uma Araguaína mais justa
e livre de drogas.
Os telefones para con-
tato são (63) 9235-8205, ou
(63) 9252-6966. Nesses tele-
fones você falará com a mis-
sionária Carmem Bessa, ou
o pastor Antônio. O centro
está aberto a visitação.
Márcio Vieira/SECOM
5. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 5
Jorge Frederico quer o fim das cobranças
abusivas da obebrecht ambientalDICOM/AL
Jornal Líder AÇÃO PARLAMENTAR
A
conta de água tem
sido uma dor de
cabeça para muita
gente. A Odebrecht
Ambiental, antiga Saneatins,
tem cobrado abusivamente
uma taxa de esgoto no valor
de 80% da conta. O depu-
tado Jorge Fredereico (SD)
quer que essa cobrança che-
gue ao fim, para isso, está
buscando os meios legais
para reduzir esse valor.
Segundo Jorge Frederi-
co é inadmissível que a po-
pulação de Araguaína seja
penalizada desta forma.
“Não podemos admitir que
a população sofra com essa
cobrança desleal”, afirmou.
“Farei tudo o que estiver ao
meu alcance para suspender
imediatamente esse abuso”,
completou o parlamentar.
Hoje diversos bairros da
cidade de Araguaína rece-
bem o tratamento de esgo-
to, serviço pelo qual o con-
tribuinte é taxado em 80%
do valor de sua conta de
água. Assim, quem conso-
me R$100,00 de água em um
mês, pagará R$ 180,00 de fa-
tura para a empresa Odebre-
cht Ambiental.
Outra medida tomada
pelo Parlamentar para evitar
que os consumidores tocan-
tinenses sejam lesados pela
empresa, foi a proposição de
um Projeto de Lei que prevê
a instalação de bloqueadores
de ar nos hidrômetros, evi-
tando assim que o ar entre
na tubulação, sendo cobrado
como água.Vale ressaltar que
a instalação dos bloqueado-
res deverá, de acordo com a
proposta ser feita pela con-
cessionária, sem custos para
o consumidor.
O deputado Jorge Frede-
rico foi um dos parlamenta-
res engajados na criação da
CPI – Comissão Parlamentar
de Inquérito, na Assembleia
Legislativa, que investiga
a empresa Odebrecht Am-
biental. A CPI está suspensa
por uma liminar da justiça
ValderezCasteloBrancopropõeaudiênciapúbicaparadiscutiraCulturanoto
VereadorXerosolutapeloretornodocréditoeducativo
O Plenário das Comis-
sões da Assembleia Legisla-
tiva será em 06 de agosto o
palco de uma audiência pú-
blica para discussão da situ-
ação da cultura do Estado. O
requerimento que solicitou
a realização do evento é de
autoria da deputada do PP,
Valderez Castelo Branco.
A intenção da deputada
Valderez é que os deputados
possam juntamente com a
sociedade civil, unidades
gestoras da cultura estadu-
al, representantes da área
de todos os 139 municípios
possam juntos discutir a
cultura do Estado. “Quere-
mos que a população e o
setor cultural tenham voz
nesta Casa. É uma audiên-
cia para aquele que é can-
tor, cantora, poeta, poetisa,
dançarino. Também para
os representantes da área
dos 139 municípios e ainda
para que todos aqueles que
fazem parte da cultura de
modo geral possam dar a
sua contribuição para a va-
lorização deste segmento no
Estado”, disse Valderez.
De acordo comValderez,
o pedido se faz necessário
tendo em vista a importân-
cia desta área para a socie-
dade tocantinense. “Pre-
cisamos debater a gestão,
a execução das atividades
de conhecimento, resgate,
proteção, preservação, re-
cuperação e divulgação do
patrimônio cultural do Es-
tado”, completou.
O secretário de Estado
da Cultura, jornalista e pro-
dutor cultural Melck Aqui-
no aprovou a iniciativa da
deputada. Para ele, “a au-
diência pública proposta
pela deputada Valderez é de
suma importância porque
vai nos permitir apresentar
aos parlamentares e à socie-
dade em geral o estado de
sucateamento que encon-
tramos a área da cultura no
Estado. E vamos poder ainda
demonstrar o esforço do go-
vernador Marcelo Miranda
em honrar os compromissos
assumidos, e o trabalho que
vem realizando a Secult para
estabelecer parcerias com o
setor privado e o Ministério
da Cultura para que possa-
mos efetivamente construir
os pilares de políticas públi-
cas consistentes para o setor
cultural do Tocantins, expli-
cou o secretário”, explicou.
Aproximação
A deputada defendeu
que o debate na Assembleia
de assuntos de interesse
da sociedade aproximam
o povo do parlamento. “É
fundamental para a melho-
ria de qualquer área, a dis-
cussão e a participação pú-
blica aqui na Assembleia.
Esta audiência, por exem-
plo, servirá para observar-
mos o que precisa ser mo-
dificado, para inovar no que
for possível e ainda para va-
lorizar aquilo que tem que
ser valorizado”, ressaltou.
Garantir que o acesso
ao ensino superior seja fa-
cilitado em Araguaína tem
sido uma bandeira do vere-
ador Edmones Matos (Xe-
roso) na Câmara Munici-
pal. Para isso, ele quer que
a Prefeitura de Araguaína
volte a oferecer o programa
de crédito educação.
O vereador Xeroso ga-
rante que “não vai mais
permitir que os sonhos dos
universitários de baixa ren-
da sejam frustrados”. Para
ele, a solução necessária é
o retorno do crédito edu-
cativo, como alternativa de
financiamento que permi-
te aos jovens estudarem.
“Muitos araguainenses não
têm condições de custear
os estudos e por isso es-
tão fora das faculdades. É
necessário que completem
sua formação como inves-
timento pessoal”, revelou
preocupado o vereador.
Xeroso explicou ainda
que apenas por meio da
educação as portas são
abertas no mercado de tra-
balho, e assim, o cidadão
consegue ter maiores opor-
tunidades. Conforme ele, o
crédito educativo impulsa
o acesso dos jovens ao en-
sino superior.
Xeroso demonstrou sua
tristeza pelo fim do crédi-
to educativo, uma vez que
por anos, ele contribuiu
para a formação de profis-
sionais que hoje possuem
uma carreira de sucesso
em Araguaína. O vereador
lembrou que esteve fora
da Câmara Municipal por
oito anos, período que o
crédito foi suspenso. “In-
felizmente estamos vendo
centenas de alunos tran-
carem suas matrículas no
ensino superior por falta de
condições financeiras para
continuarem estudando.
Meu retorno à Câmara me
possibilita lutar para que
o poder público contribua
com o financiamento do
ensino superior, e assim,
todos possam ter a chance
de mudarem sua história”,
revelou o vereador.
Ulisses Holanda
ASCOM/CAMARA
A voz do povo, o programa que o cidadão faz a notícia
Jornalismo participativo e democrático
Horário: Ao vivo às 20h30. Reprise às 14 horas.
Veiculação: Segunda a sábado
Apresentação: Silene Borges
Telefone: 63 34121266
6. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho6 interagindo Jornal Líder
Planejamento Tributário: luxo ou
necessidade? Elisão ou evasão fiscal? O fim anunciado
Organize- Papo de
Sua
Por Gilson Freitas
Por Silene Borges
Por Dr. Radu Serbu
Atualmente as micros e pequenas empresas geram uma
importante fonte de renda e emprego para a economia do país.
As informações contábeis confiáveis e a organização da empresa
são aspectos fundamentais para manter qualquer empresa no
mercado competitivo, bem como garantir sua continuidade nos
negócios e no seu crescimento.
O planejamento tributá-
rio tem por finalidade obter a
maior economia fiscal possível
reduzindo a carga tributária
de forma lícita perante a le-
gislação conforme direciona a
Constituição Federal.
De acordo com Oliveira et
al. (2004), Planejamento Tri-
butário é uma forma lícita de
reduziracargafiscal,oqueexi-
ge alta dose de conhecimen-
to técnico e bom senso dos
responsáveis pelas decisões
estratégicas no ambiente cor-
porativo. Já para o tributarista
Latorraca (2000), costuma-se
denominar de Planejamento
Tributário a atividade empre-
sarial que, desenvolvendo-se
de forma estritamente pre-
ventiva, projeta os atos e fatos
administrativos com o objeti-
vo de informar quais os ônus
tributários em cada uma das
opções legais.
O Planejamento Tributá-
rio é uma análise tributária,
pode abranger as atividades
de quaisquer empresas, desde
umapadariadepequenoporte
até uma empresa de grande
porte, do ponto de vista em-
presarial, o planejamento tri-
butário pode ser:
1-Estratégico–quandoim-
plica na mudança de algumas
características estratégicas da
empresa, tais como: estrutura
de capital, localização, tipos de
empréstimos, contratação de
mão de obra, etc e;
2- Operacional – quan-
do se referimos aos proce-
dimentos formais escritos
pelas normas, ou seja, na for-
ma específica de contabilizar
determinadas operações e
transações, sem alterar suas
características básicas.
Consideradas as complexi-
dades e a importância de cada
caso, fazemos a verificação
da diferença entre a ELISÃO e
EVASÃO FISCAL.
A ELISÃO FISCAL é um
conjunto de sistemas legais,
tendo como objetivo a redu-
ção, postergação e até mesmo,
a eliminação do recolhimento
de tributos. A empresa contri-
buinte tem por direito estru-
turar seu negócio da melhor
maneira possível, tentando
reduzir os custos empresariais.
Para Fabretti (2003, p.133),
“[...] a elisão fiscal é lícita,
pois é alcançada por escolha
feita de acordo com o orde-
namento jurídico, adotando-
se a alternativa legal menos
onerosa ou utilizando-se de
lacunas na lei.”
Por outro lado a EVASÃO
FISCAL consiste na prática
contraria a lei, geralmente é
cometida após a ocorrência
do fato gerador da obrigação
tributária objetivando reduzir
ou mesmo ocultar a carga tri-
butária, ou seja, evasão fiscal
está prevista na Lei dos Cri-
mesContraaOrdemTributária
Econômica e Contra Relação
de Consumo (Lei 8.137/90),
entre elas, podemos citar algu-
mas práticas ilegais:
I - omitir informações ou
prestar declaração falsa a Re-
ceita federal;
II - fraudar fiscalização tri-
butária inserindo ou omitindo
operaçõesdenaturezaemlivro
ou documento exigido pela Lei
fiscal; e
III - falsificar ou alterar
nota fiscal.
Apesar de todos os incen-
tivos dados pelo Governo,
como é o caso do Simples
Nacional, essas empresas
apresentam um alto grau de
mortalidade nos primeiros
anos de funcionamento.
Os benefícios do planeja-
mento tributário nas micro e
pequenas empresas demons-
tra, ser uma ferramenta com-
petitiva de grande importân-
cia através da identificação
de práticas elisivas eficazes.
Quando juntamente ao plane-
jamento tributário realiza o le-
vantamentodoscustosdeuma
empresa, para contribuir para
reduçãodacargatributáriaan-
tes do fato gerador, permite a
empresa uma contenção dos
custos e conseqüentemente
umamaiorlucratividadefrente
ao seu concorrente.
É nesse momento que o
planejamento tributário pode
ser visto como uma ferra-
menta indispensável à sobre-
vivência das empresas.
Um planejamento bem
elaborado e eficiente propor-
cionará, as micro e pequenas
empresas, todas às informa-
ções necessárias para tomadas
dedecisões,alémdecontribuir
para melhorar a utilização de
suas disponibilidades e/ou re-
cursos, bem como, ajustá-los
às suas atividades prioritárias
e redução da carga tributária.
Sem um bom planejamen-
to tributário é difícil competir
no mercado globalizado, as
empresas têm que buscar re-
duzir os custos mantendo sua
permanência no mercado e
garantindo um bom retorno
para o capital investido.
Para tanto o contador tem
que estar sempre atualizado
nalegislaçãofiscalparaencon-
trar soluções que possibilitem
redução da carga tributária
apoiada ao abrigo da elisão fis-
cal, ficando fora da sonegação
e fraude. Se a forma adotada é
jurídicaelícita,cabeaFazenda
Pública respeitá-la.
Gilson César Freitas
é contador, pós-graduado em
Docência do Ensino Superior,
mestrando em Educação do
Ensino Superior, MBA em
Contabilidade Internacional,
Controladoriae Finanças,
professor universitário,
consultor e empresário.
Afebrereumáticatambém
chamada de reumatismo in-
feccioso é uma doença infla-
matória que se desenvolve
após uma infecção anterior
provocada pela bactéria do
estreptococo.Afebrereumáti-
ca pode afetar as articulações,
a pele e até mesmo órgãos vi-
tais, como o coração e o cé-
rebro.
Principais causas:
As infecções causadas
pela bactéria Streptococcus
pyogenes (ou estreptococo
do grupo A), como a faringi-
te estreptocócica e escarla-
tina, são o ponto de partida
para a febre reumática. Essa
doença se manifesta como
uma complicação de um pro-
cesso inflamatório anterior.
Mais especificamente, a fe-
bre reumática é considerada
uma doença autoimune, em
que o sistema imunológico,
por razões desconhecidas,
passa a identificar células e
tecidos saudáveis do corpo
como invasores, atacando-os
e causando diversos proble-
mas à saúde. As causas exatas
da febre reumática ainda não
foramtotalmenteesclarecidas
cientificamente. Apesar dis-
so, sabe-se que alguns fatores
podem aumentar o risco de
uma pessoa vir a desenvolver
um quadro de febre reumáti-
ca. Entre eles, está o histórico
familiar. Ou seja: a causa para
a febre reumática pode estar
no sangue. Algumas pessoas
podem carregar um ou mais
genes que as tornam mais
propensas a desenvolver a
doença.
Tipos de bactérias
do estreptococo
Certos tipos de bactérias
do estreptococo são mais
propensos a levar à febre reu-
mática, como as bactérias
causadoras da escarlatina e
da faringite estreptocócica. A
ocorrênciadefebrereumática
está também associada a al-
guns fatores exógenos, como
superlotação, falta de sanea-
mento básico e outras condi-
ções que podem resultar na
transmissão e contaminação
pelas bactérias do estreptoco-
co.Afebrereumáticacostuma
aparecercommaisfrequência
em crianças e adolescentes
dos seis aos 15 anos de idade.
Os sintomas da febre reu-
mática costumam variar. Al-
gumas pessoas podem apre-
sentarváriossinaisdadoença,
enquanto que outras podem
manifestar poucos sintomas.
Eles também podem mudar
conforme o curso da doença.
A febre reumática geralmente
aparece cerca de duas a qua-
tro semanas após a infecção
estreptocócica. Os principais
sinaisesintomasdafebrereu-
mática podem incluir:
Febre reumática provoca doenças cardíacas n Febre
n Sensibilidade e dor nas articulações (na
maioria das vezes nos tornozelos,
joelhos, cotovelos e pulsos, e menos
frequentemente nos ombros, quadris,
mãos e pés)
n Inchaço, calor e
vermelhidão nas articulações
n Surgimento de pequenos nódulos
indolores sob a pele
n Dor no peito
n Sopro cardíaco
n Fadiga
n Artrite migratória
n Prostração
n Inapetência
n Falta de ar
n Surgimento de manchas avermelhadas
na pele (eritema marginado)
n Movimentos corporais incontroláveis -
na maioria das vezes nas mãos, nos pés e
no rosto
n Inflamação no músculo do coração
(cardite)
n Sopro cardíaco, quando há
comprometimento das válvulas do coração
n Coreia de
Sydenham (instabilidade
emocional, fraqueza muscular e
movimentos rápidos, descoordenados e
espasmódicos que afetam principalmente
o rosto, os pés e as mãos)
Em caso de qualquer destes sintomas,
procure um médico da sua confiança.
Dr.Radu Serbu
é alemão com doutorado em cardiologia.
É sempre muito difícil
colocar fim a uma rela-
ção. Por isso, é simples
entender porque adia-
mos, mesmo percebendo
que já não há mais cami-
nhos a percorrer juntos.
Sempre faço questão
de lembrar aos “rapazes”,
que a mulher quando
ama, investe tudo na re-
lação, no bem-estar do
homem amado, e tem
uma capacidade incrível
de perdoar. Para as mu-
lheres, a maioria delas
pensa assim, as relações
de amor são sagradas,
remetem à família. Mas,
lembro também, que o
mesmo sentimento in-
tenso de amor que faz
com que a mulher supere
tantos obstáculos, se tor-
na frágil diante de algu-
mas situações. E então,
o amor morre tão rápido
e definitivamente, como
uma roseira de estufa ex-
posta ao sol.
Difícil para uma mu-
lher ser traída, ver a trai-
ção com seus próprios
olhos, ou mesmo através
de textos e vídeos. Não
é “imperdoável apenas “
pelo aspecto físico. É que
quando o homem faz isto,
a mulher entende que ele
traiu todos os sonhos e
planos; que não deu va-
lor aos cuidados dela, ao
amor que ela lhe dedicou
dia após dia, nos momen-
tos mais difíceis. Admitir
seus erros, perceber seus
pontos falhos, poderá
fazer com que este de-
samor, esta desatenção,
percam o controle que
têm sobre você. Todos co-
metem erros. Na verdade,
você pode estar mais er-
rado do que certo. Mas
a chave para o homem
é reconhecer os erros e
retomar o rumo. Mesmo
que para esta relação não
haja mais caminhos, vi-
rão outras, para ambos.
Se você tomou uma di-
reção errada, não precisa
continuar seguindo esse
caminho. Dê a volta e re-
torne à estrada. Quanto
mais cedo você estiver no
seu rumo original, mais
cedo chegará ao seu des-
tino. E só assim poderá ser
feliz com alguém. É preci-
so ser verdadeiro, dialogar.
E você mulher, não tema
o fim de um relacionamen-
to. Muitas vezes esse mo-
mento doloroso poderá ser
o ponto de partida para que
encontre pela vida afora,
um companheiro melhor:
mais sincero, mais verda-
deiro, mais honesto com
você e com ele mesmo. E
que verdadeiramente te
ame.Talvez você tenha tido
um dia ruim hoje. Mas não
adie suas decisões. Se per-
mita ser feliz. Não desper-
dice o tempo debatendo-se
no mesmo ponto. Continue
sua jornada. Continue do
ponto onde parou e deixe
os obstáculos para trás. Siga
em frente. É você quem de-
termina a direção da sua
vida. Não importa onde
você esteja sempre poderá
mover-se na direção dos
seus objetivos e dos seus
sonhos. E quer saber mais?
Tudo um dia chega ao fim.
Então, precisamos saber
o momento certo para o
ponto final. Para antecipar
o que você chama de “não
aguento mais”.
Aos rapazes, repito: sin-
ceridade,lealdadeediálogo.
Uma relação não pode ter
apenas uma parte que puxa
a corda, que se dedica, que
dá carinho, que sente tesão.
Mulher é bicho esquisito
como já anunciou Rita Lee
– mas quando “presta”, é o
ser mais dedicado e apai-
xonante que pode haver.
Se transforma em muitas,
se desdobra entre trabalho,
casa, filhos, marido –ou
namorado- e faz tudo sem
reclamar. Mas para isto, ela
precisanãoapenasserama-
da e respeitada. Ela preci-
sa ter certeza disto. Precisa
ouvir que é amada, e mais
que isto: ter certeza disto.
Do contrário, prepare - se,
porque você já perdeu esta
mulher, e ainda não perce-
beu isto. Acorde.
Silene Borges
é pedagoga por formação,
jornalista, apresentadora
e empresária
de comunicação.
7. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 7
resultadodaSindicânciado
igePPreVfoientregueao
MPeparaprovidênciaslegais
governo Marcelo Miranda chega
ao sexto mês em passos lentos
Sindicatospressionamporbenefíciosmasgoverno
estáacimadolimitedaleiparagastoscompessoal
Jornal Líder eStado
Já está nas mãos do procura-
dor-geraldeJustiçadoTocantins.
Clenan Renault de Melo Perei-
ra, uma cópia dos 13 volumes
de documentos que integram
a sindicância realizada entre os
meses de janeiro e maio deste
ano no IGEPREV - Instituto de
Gestão Previdenciária . Agora,
caberá ao MPE buscar as provi-
dências legais relacionadas as
aplicaçõeseirregularesderecur-
sos do Fundo Previdenciário en-
tre 2011 e 2014. Os documentos
foram entregues pelo presidente
doinstituto,JacquesSilva.Foram
constatados investimentos em
fundos sem liquidez que podem
gerar um prejuízo na ordem de
R$ 1,76 bilhão.
Os 13 volumes que integram
o relatório também foram en-
caminhados às autoridades que
comandamaoperaçãoLavaJato.
Segundo Jacques Silva, cinco
fundos que receberam investi-
mentosdoIGEPREVtêmligação
com os envolvidos na operação.
Um deles, o “Viaja Brasil”, era
controlado pelo doleiro Alberto
Youssef, personagem de desta-
que nas investigações sobre cor-
rupção que ganharam repercus-
são nacional.
Jacques Silva ainda citou que
foram realizados investimen-
tos em produtos como quartos
de hotel, no valor de R$ 600 mil
cada, florestas de eucalipto, pré-
diosantigos,resorts,terrenosem
outrosestados,entreoutros.“Por
lei, só podemos investir até 25%
dopatrimôniodofundo,porém,
temos casos de até 100%. So-
mente na rede de churrascarias
Porcão foram investidos 40%,
num total de R$ 400 mil”.
Jacques Silva demonstrou
preocupação com a situação.
“Nunca vi algo semelhante ao
que ocorreu no Igeprev nos 30
anosemquefuiauditordoTribu-
naldeContasdaUnião.Játemos
um prejuízo irrecuperável de R$
263 milhões. Estamos estudan-
do o que fazer para reaver o que
pode ser recuperado”, comentou
o presidente do instituto.
Clenan Renaut disse que o
Ministério Público Estadual já
possuidadoseaçõesprontasso-
bre os investimentos da institui-
ção previdenciária.“Vamos ana-
lisar com cuidado este relatório
oficial, fornecido pelo Igeprev”.
O procurador-geral do Es-
tado, Sérgio do Vale, disse que
tambémvaibuscarajustiçapara
recuperar o prejuízo e punir os
responsáveis por aqueles atos.
São citados no relatório o fundo
Porcão, Leme Brasprev, Golden,
Vitória Regia, Patriarca e mais 15
fundos de investimentos
Órgãos
Receberam o resultado da
sindicânciaogovernadorMarce-
loMiranda,aProcuradoriaGeral
doEstado(PGE),aControladoria
Geral do Estado (CGE), Tribunal
de Contas do Tocantins (TCE),
Ministério Público Federal do
Tocantins, Ministério Público
Federal do Paraná (Operação
Lava-jato), a Superintendência
da Polícia Federal no Tocantins
e ainda os delegados que presi-
dem os inquéritos das Opera-
ções Miquéias e Lava-jato .
A expectativa agora é que o
maior rombo já feito aos cofres
públicos do Tocantins seja re-
almente punido. Para isso cada
autoridade comunicada deve
tomar providências no sentido
de aprofundar as investigações
e de buscar a punição aos res-
ponsáveis pelos danos ao patri-
mônio financeiro do instituto.
“Asindicânciafoiapenasoinício
de investigações que precisam
ser levadas adiante. Nós reali-
zamos a análise de documentos
quecomprovamirregularidades,
mas há detalhes que somente
uma investigação policial pode
mostrar, por exemplo, quem
seriam os mandantes dos que
atuavam dentro do IGEPREV”,
ressaltou Jacques Silva.
Providências
Jacques Silva deixou claro
que a atual gestão do IGEPRE-
VE está empreendendo esforços
para não deixar que se percam
mais recursos. Para isso, estão
sendo identificados gestores
e administradores dos fundos
ondeestáaplicadoodinheirodo
instituto. Além disso, também
há providências no sentido de
acompanhar a movimentação
dos recursos destes fundos, bem
como fazer o enquadramento
das aplicações do órgão para
atender ao que estabelece a le-
gislação. “Através de atuações
em várias frentes, nós estamos
buscando melhorar a segurança
das nossas aplicações para que
nossos segurados possam ter a
tranquilidade de receber suas
aposentadorias no futuro”, fina-
lizou Jacques Silva.
Aplicações
De 2011 a 2014, conforme
apurouasindicância,aplicações
mais seguras em bancos como
BancodoBrasil,CaixaEconômi-
ca Federal, Bradesco e Itaú, den-
tre outros, foram substituídos
por fundos de liquidez duvidosa
e que tinha grandes prazos de
carências (alguns com mais de
30 anos) e taxas de saída muito
altas, chegando a 35%.
Do patrimônio atualmen-
te avaliado em cerca de R$ 3,35
bilhões do Igeprev-TO, cerca de
R$2bilhõesestãoemaplicações
consideradas temerárias.
E
m seu sexto mês de
gestão, o governo pee-
medebista de Marcelo
Miranda passa ao pú-
blicoaimagemdeinérciaeine-
ficiência. As principais ações
realizadasatéagorasãoasmui-
tas nomeações em cargos de
confiança e o engavetamento
de concursos públicos. A ex-
plicação para todos os proble-
mas é sempre de que a gestão
anterior deixou o Estado em
falência. Mas será que organi-
zar a casa demorará todo um
mandato ou o governo con-
seguirá encontrar equilíbrio
antes disso?
Hoje, nota-se um caos na
saúde, segurança pública, edu-
cação, na administração como
um todo. A fé do tocantinense
na esfera pública está ficando
cadavezmenoreascríticasnas
redes sociais, comprovam isso.
No blog do jornalista pal-
mense Luiz Armando, há uma
análise na qual é dito que o “...
setores produtivos da socie-
dade e parte da população já
fazem amplificar a sensação
de inércia administrativa não
de um desgoverno, mas de não
governo, o que é pior. No pri-
meiro, pode-se corrigir rumos,
no outro, a tarefa é maior: não
há o que corrigir posto obvia-
mente não existente. Necessita
serimplantado.Isto,seismeses
apósapossedefatoededireito
daautoridadepolíticaconstitu-
ída”, declara o jornalista no ar-
tigo publicado em 30 de maio.
O jornalista Luiz Armando
lembra ainda que “...há, evi-
dentemente, elementos positi-
vos no projeto em curso. A du-
biedade explícita na condução
dessa nova ordem político-ad-
ministrativa é que termina por
alimentar a rejeição tão preco-
ce ao Palácio Araguaia, fazen-
do supor um governo em final
de mandato, quando cumpriu
meros 10% do prazo concedi-
do pelas urnas”.
Em Palmas, nos bastido-
res políticos, e até mesmo
membros do governo Marcelo
Miranda falam que decisões
estariam sendo tomadas por
pessoas que não pertencem à
administração pública. Com
definições fora do Tocantins,
em escritórios particulares.
Servidores
Marcelo Miranda era con-
siderado até assumir a atual
gestão como o governador do
funcionalismo público. Hoje,
o gestor que criou planos de
cargos e carreiras, garantiu
direitos e implantou o PLAN-
SAÚDE (que está em desuso,
por que falta de médicos, hos-
pitais, clínicas e laboratórios
que o aceitem), já teve sua
atual administração taxada
em notas públicas publicadas
pelos sindicatos que repre-
sentam as diversas categorias
dos servidores, como sendo
“incompetente”.
Conhecido por sua com-
petência em análises políticas,
o jornalista Luiz Armando já
levou a público a reflexão so-
bre o que iria acontecer, caso
os 40 mil servidores que são
representados pelas entidades,
começarem a utilizar o discur-
so de que o governo Marce-
lo Miranda é “incompetente”.
Certamente, haveria mais difi-
culdades pela frente.
Araguaína
Em Araguaína, a sensação
é de que o governador estaria
em um processo de esqueci-
mento da cidade, talvez pela
baixa votação recebida. Apesar
de ser seu berço político, ci-
dadã da qual Marcelo Miran-
da é eleitor, ele saiu derrotado
nas urnas para seu adversário,
Sandoval Cardoso. Agora, os
araguainenses sofrem com o
sucateamento das instituições
públicas, como a Polícia Mili-
tar que está apenas com três
viaturas funcionando e falta
de efetivo. Outro exemplo é o
Hospital Regional de Aragua-
ína, que tem tido falta de soro
e até mesmo de maca. Além
disso, com o corte dos plantões
extras, no mês de maio, houve
escala para cirurgiões vascula-
res só até o dia 18. A partir do
dia 19 não havia escalas para
estesprofissionais,ehaviauma
lutaparaconvencerosmédicos
a irem atender.
Há informações de que o
Hospital Regional de Aragua-
ína estaria recusando pacien-
tes que entraram no Sistema
Único de Saúde pela UPA24h
do Araguaína Sul por falta de
condições para atender. Pro-
blema este também vivido
pelo HDT - Hospital de Doen-
ças Tropicais, que neste caso,
vive uma crise pior, porque
ele é o único a ter determina-
das medicações como para
casos de tétano. Já aconteceu,
na atual gestão, de familiares
terem que recorrer ao Minis-
tério Público para que o HDT
recebesse um paciente com
tétano. Apesar disso foi nega-
do e só com a intervenção do
promotor, conseguiram. Mas
faltava o remédio para tétano.
O prefeito Ronaldo Dimas
também já reclamou publica-
mente do débito que o Estado
tem para com a Prefietura, o
que vem invializando as ações
na área de saúde. Agora, é es-
perar que completados seis
meses, o Governo do Tocan-
tins comece a responder ao
apelo popular, e efetive mu-
danças no cenário atual.
Os passos do governo estão
sendo lentos, menos quando
o assunto é Medida Provisória
para reorganização da admi-
nistração direta e indireta do
poder executivo, bem como,
greves e paralisações. Nestes
quesitos, essa gestão já entrou
para a história, pela rapidez
comqueosproblemasexplodi-
ram,bemcomo,poremapenas
cinco vezes ocorrerem quatro
reformas administrativas.
Marcado pelo históri-
co hábito de ser cabide de
empregos, o Governo do To-
cantins se vê hoje em uma
situação delicada. Afirma
não ter condições para arcar
com direitos trabalhistas dos
servidores públicos efetivos
como o reajuste da data base
na folha de maio, de 8.307%
regido pelo INPC - Índice
Nacional do Preço ao Con-
sumidor. A proposta do go-
verno é de pagamento em
três vezes, que não foi aceita.
Agora, fala-se em uma ou
duas parcelas.
De acordo com o Go-
verno do Tocantins caso
o pagamento fosse feito
das progressões e a data
base dos servidores pú-
blicos o impacto gerado
seria de R$ 17 milhões.
Com isso, a progressões
devem ficar para 2016.
Já os servidores da Assem-
bleia Legislativa, Tribunal de
ContasdoEstadoeMinistério
Público do Estado já foram
beneficiados com a sanção
da data base tendo seus sa-
lários corrigidos. Os profis-
sionais da Educação também
tiveram concedidas as suas
progressões. No caso, o trata-
mento do funcionalismo pú-
blico tem tido duas medidas.
Para alguns, reajustes, para
outros, esperar.
LRF
Toda essa discussão
trouxe novamente a público
um problema legal, que o
Governo do Tocantins tem
enfrentado: a sua relação
com a LRF - Lei de Respon-
sabilidade Fiscal. Hoje, o
gasto com folha tem sido
anunciado pelos porta vo-
zes do governo com índi-
ces diferentes. Ao Jornal do
Tocantins o secretário da
Fazenda, Paulo Afonso Tei-
xeira falou em 49,96% de re-
ceitas correntes líquidas. O
líder do Governo na Assem-
bleia Legislativa, deputado
estadual Paulo Mourão tem
dado declarações à impren-
sa falando em 49,2%. Os nú-
meros assustam na voz do
secretário de Planejamento,
Davi Torres que fala que o
percentual é de 63%. O li-
mite permitido pela LRF é
de apenas de 49%. Em de-
zembro do ano passado esse
gastou chegou a 50.93%.
Comissionados
Desde que assumiu, o
governador Marcelo Mi-
randa fala nas dificuldades
financeiras do Estado, mas
o Diário Oficial tem sido re-
cheado de nomeações. Ele
anulou o ato que garantia o
quadro reserva do concur-
so público do Quadro Ge-
ral feito pelo governo an-
terior, e assim, não ter que
ser obrigado pela justiça a
nomear os comissionados,
já que há tanta necessidade
de contratações para que a
máquina pública funcione.
Para validar as nomea-
ções o governador mudou
nomes dos cargos, crian-
do várias assessorias es-
peciais, para que não se
enquadrassem a funções
técnicas que exigissem
servidores concursados,
e assim, ele poder orga-
nizar os empregos para
quem esteve ao seu lado
em campanha.
Governador Marcelo Miranda
Jacques Silva entrega ao procurador-geral de Justiça,
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8. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho8 Geral Jornal Líder
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escolhidoparaoParqueCimba
MPEdenunciaassassino
detaxistaaraguainense
O
pontapé inicial para
as oberas de cons-
trução do Parque
Cimba já aconte-
ceram. O local será chamado
de Parque Ecológico Benedi-
to Vicente Ferreira, o senador
Benedito Boa Sorte (in me-
moriam), conhecido pelo pio-
neirismo na comunicação no
norte goiano. A obra será um
espaço para o desenvolvido da
cultura, esporte e lazer.
Na primeira etapa da cons-
trução será feita a limpeza do
terreno, a conformação da
área e a instalação da rede de
drenagem. “Em seguida será
feita a instalação dos equipa-
mentos, a pista de caminhada,
a ciclovia, o gramado, as árvo-
res serão todas praticamente
preservadas”, informou o pre-
feito Ronaldo Dimas.
Ainda segundo o prefeito,
também será feito todo um le-
vantamento da base da indús-
tria que ficava no local, além
das ruínas que estão no terre-
no. “Vamos resgatar tudo para
que possamos preservar essa
memória”, completou.
De acordo com Dimas, o
parque está no coração da ci-
dade, que vai beneficiar a re-
gião do entorno. “Vai ser um
espaço de lazer, muito impor-
tanteparatodaessacomunida-
de, para toda essa região e para
toda a cidade”, disse.
Oprefeitoexplicouquepara
iniciarem as obras agora, teve
que passar por várias etapas,
sendo que a mais demorada foi
a de negociação com os pro-
prietários do terreno, a família
do senador Benedito Vicente
Ferreira.“Jáfoifeitaaaprovação
de permuta da área na Câmara.
A família foi compreensiva. É
umresgateàhistória,umresga-
te à memória do saudoso sena-
dor Benedito Vicente Ferreira”,
destacou Dimas.
Homenagem
O neto do senador Bene-
dito Vicente Ferreira, Paulo
Vicente Ferreira, representou
a família e comentou sobre
a homenagem de colocar o
nome do seu avô no parque.
No local, onde será construí-
do o parque, estava localizada
a indústria da sua família.
“Foiaprimeiraindústriada-
qui de Araguaína, uma das pri-
meirasdoNortedoBrasil.Trou-
xemuitoempregoparaaregião.
Meu avô foi um empresário de
sucesso em Goiânia e resolver
ser pioneiro em uma cidade
que tinha só 1.300 habitantes,
foi um ato de coragem da parte
dele. E essa homenagem veio
reconhecer o ato de bravura
que ele teve, pois ajudou o de-
senvolvimento de Araguaína e
região”, declarou Paulo.
Parque
O contrato com a MVL
Construções Ltda tem vigência
de 12 meses, contados a partir
da data de início da obra. O
valor total estimado da obra
para essa primeira etapa é de
R$ 2.120.988,56.
O Parque Cimba conta com
uma área de cerca de 200 mil
metros quadrados, onde passa
o Córrego Canindé. Essa pri-
meira etapa licitada terá es-
tacionamento, calçada, pista
de 1,3 km para caminhada,
ciclovia, toten de acesso, aca-
demia ao ar livre, pontos para
descanso, praça para esportes
radicais, playground para as
crianças, bicicletário e área de
piquenique. O projeto dessa
etapa está aprovado pelo Mi-
nistério doTurismo e pela Cai-
xa Econômica Federal.
Posteriormente, serão
construídos também mirante,
ponte, anfiteatro, lanchone-
te, revitalização das ruínas de
uma fábrica para recuperação
da memória do município, es-
paço de convívio.
Por Flávio Herculano
O Ministério Público Es-
tadual (MPE) denunciou no
último dia 31, Evandro Silva
Araújo, de 22 anos, pelo assas-
sinato do taxista araguainense
Elesbão Alves da Silva, caso
que teve grande repercussão
junto à comunidade. O crime
ocorreu em 19 de maio deste
ano, após Evandro Silva con-
tratar o serviço da vítima para
uma viagem de táxi entre Ara-
guaína e Santa Fé do Tocan-
tins, premeditando anunciar
um assalto durante o trajeto.
Diante da recusa de Elesbão
em entregar o veículo, objeto
doassalto,foramdesferidosos
tiros que levaram à sua morte.
Evandro Silva Araújo, que
informou ter a profissão de
vaqueiro, foi denunciado
pelos crimes de latrocínio
consumado, ocultação de
cadáver, porte ilegal de arma
de fogo e por corrupção de
menores, já que um primo
adolescente o acompanhou
durante todo o ocorrido. O
Promotor de Justiça Paulo
Alexandre Rodrigues de Si-
queira, que assina a denún-
cia, solicitou que seja man-
tida a prisão preventiva de
Evandro. Ele se encontra de-
tido na Casa de Prisão Provi-
sória de Araguaína.
O assassinato
Segundo a denúncia apre-
sentada pelo MPE, baseada
no inquérito policial, Evan-
dro Silva Araújo iniciou a
corrida no táxi de Elesbão
na Praça das Nações, em
Araguaína. Quando estavam
num trecho da rodovia TO-
222, próximo à cidade de
Santa Fé do Tocantins, anun-
ciou o assalto, efetuando três
disparos contra a cabeça da
vítima após o taxista se negar
a entregar seu veículo.
Um outro disparo foi re-
alizado na região abdominal
da vítima, antes de seu corpo
ser colocado no porta-malas
do carro. Depois disso, o acu-
sado dirigiu o veículo até as
proximidades de um córre-
go, onde o corpo de Elesbão
Alves foi abandonado. Evan-
dro Silva, acompanhado do
adolescente, usou o táxi para
fugir em direção ao Estado
do Pará, mas o carro tombou
nas proximidades da cida-
de de Xinguara, onde ambos
foram detidos por policiais
militares.
Tanto Evandro Silva quan-
to o adolescente confessa-
ram a prática do crime.
Leila Mel/Ascom
Fernando Almeida/Araguaína Notícias
9. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 9
Reconhecimento
RonaldoDimaslutaparareconquistaroapoiopopular
Prefeitoacreditaquepromotor
extrapolasuasfunções
Procurador-GeraldoMPEdeclaraapoioedizqueatitudesdoexecutivonãoirãoamedrontar
Promotordizquecumpreseupapel
Leila Mel/Ascom
Jornal Líder Cidades
A
clamado pela po-
pulação como a
esperança para
uma cidade muito
melhor, o prefeito Ronaldo
Dimas (PR) vive hoje mo-
mentos difíceis, nos quais,
está cada vez mais distante
da população. Por isso, há
uma luta para reconquistar
o apoio popular e assim, po-
der disputar a reeleição no
próximo ano.
É impossível não se lem-
brar do slogan “Araguaína
tem jeito” utilizado por pre-
feito Ronaldo Dimas(PR) na
campanha eleitoral no ano de
2012. Da mesma forma, nin-
guém esquece uma das frases
preferidas do candidato: “ di-
nheiro tem, falta gestão”.
Na época Ronaldo se
apresentou como a solução
para os problemas enfrenta-
dos pela segunda maior ci-
dade do Estado. Os eleitores
apostaram que o então can-
didato seria o novo herói dos
araguainenses. Uma espécie
de “Chapolin Colorado”. Nas
urnas, Dimas saiu vencedor.
Sua disputa pela vaga foi com
a ex-prefeita Valderez Caste-
lo Branco, sendo eleito com
mais de 50 mil votos.
Patrimônio
No período em que regis-
trou a candidatura, Dimas
apresentou à Justiça Eleitoral
um patrimônio estimado em
R$ 927.206.68, sendo uma
casa no valor de pouco mais
de 22 mil reais. Passou a ideia
de um homem “remediado”,
de poucos bens e pequena
fortuna. O povo estava con-
tente com o candidato, que
optou por uma campanha
pesada na televisão, apresen-
tando projetos magníficos,
grandiosos e com maquetes
lindíssimas. Ele prometeu
ainda educação de qualidade
e saúde via 0800.
Sonho
A população voltou a sor-
rir e saiu em festa pelas ruas
de Araguaína em carreata co-
memorando a vitória junto
com o candidato eleito. Mas,
o que era sonho aos poucos
foi se transformando em pe-
sadelo para a população.
O prefeito Ronaldo, na
opinião de uma maioria em
formação, em nada parecia
o Dimas candidato. Medi-
das tomadas então pelo atual
gestor começaram a desagra-
dar aqueles que acreditaram
que o atual prefeito seria a
mudança necessária. Vieram
as medidas assustadoras,
como o caso do IPTU “abusi-
vo”, no qual a Justiça precisou
intervir. A educação seguiu
problemática, faltando pro-
fessores e merenda escolar
na rede municipal de ensi-
no. Na saúde, a piora chegou
com o fechamento de pos-
tinhos; fazendo com que a
população inteira corra para
a Unidade de Pronto Aten-
dimento, a única em funcio-
namento no Araguaína Sul.
A UPA do Nova Araguaína
segue fechada até hoje, aban-
donada, cujo prédio apodre-
ce um pouco mais a cada dia.
Os grandes projetos anun-
ciados jamais sairão nesta
gestão, por questão de falta
de planejamento e tempo.
O prédio da Prefeitura, que
atendeu todos os prefeitos
eleitos, não foi suficiente para
que Dimas ali se instalasse,
optando por alugar um prédio
em um dos pontos mais no-
bres da cidade, a avenida José
deBrito.Outrostantosprédios
particulares seguem alugados
pelo Município.
Transporte público
O último drama vivencia-
do foi em relação ao trans-
porte público urbano. Após
uma licitação especifica para
cooperativas, a empresa que
venceu a licitação não conse-
guiu colocar os ônibus anun-
ciados nas ruas, em tempo
hábil, previsto na licitação.
Quando não havia mais o que
fazer, e com a viação lontra
fora da prestação de serviços,
os ônibus da COOPERLOTA
começaram a circular irregu-
larmente, com linhas indefi-
nidas e sem emplacamento e
licenciamento. Após denún-
cias da imprensa e outras,
os ônibus foram retirados
de circulação, e outros veí-
culos, com mais de 20 anos
de uso, começaram a trans-
portar passageiros. Segundo
a própria AMTT - Agência
Municipal de Transportes e
Trânsito, “os ônibus foram
locados pela COOPERLOTA”.
Mas se a cooperativa vence-
dora da licitação não con-
seguiu cumprir com prazo e
objetivos, que poder ela tem
para “sublocar”?
A AMTT informou ainda
que a Prefeitura paga 180 mil
reais por mês a esta nova em-
presa “provisória”. Não seria
obrigação da COOPERLOTA?
Por outro lado, muita gente
se animou com o valor de 1
real cobrado pela passagem.
Mas se a Prefeitura já paga
180 mil, o povo não estaria
pagando duas vezes?
Por três vezes o MPE –
Ministério Público Estadual
já pediu o afastamento do
prefeito Ronaldo Dimas (PR)
do cargo. Nesses casos, a
justiça já negou duas e ainda
falta o julgamento de uma.
Para o prefeito, o promo-
tor Alzemiro Peres Freitas
estaria extrapolando suas
atribuições e se utilizando
do cargo de forma política
para prejudicar a gestão e a
imagem da cidade.
A quebra de braço entre a
gestão Dimas e o MPE estão
virando rotina. E na maioria
das veze, o prefeito foi derru-
bado. Ele tentou implantar
uma nova planta de valores
para a cobrança do IPTU. O
MPE conseguiu que a Justiça
derrubasse essa cobrança,
que foi considerada abusiva.
Depois, o então secretário
de Saúde de Araguaína, Ge-
nésio Pessoa Albuquerque
Júnior deixou o cargo em
virtude de uma Ação Civil
Pública, também propos-
ta pelo MPE, que pedia seu
afastamento por acúmulo
de cargos. Esta também foi
uma ação de autoria do pro-
motor Alzemiro Freitas.
Recentemente, o Tribu-
nal de Justiça do Estado va-
lidou a decisão da Justiça
araguainense que afastou
do cargo a secretária de
Trabalho e Ação Social de
Araguaína, Cleomar Ribei-
ro de Oliveira. Contra a ex-
secretária também pesava
a acusação de acúmulo de
função. Por ser reincidente
neste ato ilegal, o prefeito
Alzemiro Peres Freitas pediu
o afastamento do prefeito
Ronaldo Dimas do cargo.
O promotor Alzemiro Pe-
res Freitas comprovou que
Cleomar Ribeiro de Olivei-
ra era secretária municipal
de Araguaína, professora
da Rede Estadual e ocupou
ainda, por um certo período
a função de gerente do “É
Pra Já”.
Fiscalização
Quando a ação que pedia
o afastamento do prefeito
Ronaldo Dimas e da então
secretária Cleomar foi pro-
tocolado pelo MPE, a Asses-
soria de Comunicação da
Prefeitura de Araguaína en-
viou um release à imprensa
informando que o prefeito
iria pedir ao Ministério Pú-
blico Estadual que avaliasse
e fiscalizasse “com mais ri-
gor a conduta do promotor
Alzemiro Peres Freitas”.
Na nota, a Assessoria in-
forma que o prefeito Ronal-
do Dimas disse que “ainda
que a Justiça negue os pe-
didos do promotor, o seu
comportamento prejudica a
cidade, afastando investido-
res e gerando insegurança
jurídica na cidade, uma si-
tuação que não pode perdu-
rar. Queremos saber se este
comportamento está dentro
das normas do Ministério
Público, porque está cau-
sando estranheza em todos
os setores da sociedade”.
O prefeito também de-
clarou que levaria o caso
para avaliação na Correge-
doria do MPE e no Conse-
lho Nacional do Ministério
Público (CNMP), órgãos
responsáveis por fiscalizar
a atuação dos promotores.
O prefeito declarou ainda
que “o que o senhor Alzemi-
ro está fazendo é o jogo da
oposição da qual ele parece
fazer parte. Se quer ser po-
lítico, então que renuncie à
carreira de promotor, como
manda a sua lei orgânica, e
se candidate para fazer co-
nosco um debate político
honesto sobre os problemas
da cidade”, finalizou
Fiscalizar o cumprimento
da Lei por parte dos gestores
públicos é uma responsabilida-
de do promotor do Patrimônio
Público, função esta desempe-
nhada em Araguaína pelo ex-
periente promotor Alzemiro
Wilson Peres Freitas. À frente
do cargo, o promotor já afastou
vários prefeitos, dentre eles, o
ex-prefeitoValuarBarros.Agora,
sua atuação tem sido alvo de
críticas por parte do prefeito de
Araguaína, Ronaldo Dimas. A
quem o promotor diz que res-
peita, e esclarece que não tem
nada em desfavor “dele ou de
qualquer outro” que já tenha
tomado providências dentro do
que a lei lhe permite.
Ao site AF Notícias, o pro-
motor Alzemiro Wilson Peres
Freitas descartou a conotação
política em seu trabalho.“O Mi-
nistério Público atua fiscalizan-
do o cumprimento da lei. No
momento em que a lei é ofendi-
da é dever do promotor ajuizar
ação,tendoindíciosdeprovaou
provascabaisdairregularidade”.
Para Alzemiro a postura do
prefeito Ronaldo Dimas por ser
umaformade“intimidar”ouum
“sentimento de defesa”. Con-
forme o promotor “um homem
inteligente, de respeito, não faria
isso por outro motivo. As vezes o
administradornãoentendebem
essas questões, seja por orien-
tação inadequada, ou porque
ele próprio conhece a situação,
mas não quer tomar a medida
adequada”, acrescentou.
Sobre o fato de ter sido fala-
do sobre possíveis pretensões
políticas do promotor em Ara-
guaína, Alzemiro declarou ser
“lamentável esse tipo de con-
sideração”. “Todos que me co-
nhecem durante esses 20 anos
de exercício profissional sabem
que venho desenvolvendo o
mesmo modus operandi. A lei
existe e eu aplico. Seja quem
for. Doa a quem doer. Se isto é
pretensão política, lamentável”,
argumentou.
Informações
Alzemiro Freitas contou ao
site que envia muitos ofícios à
Prefeitura, e que esses são res-
pondidos, mas que “em alguns
casos” a resposta é um pedido
de prorrogação de prazos. O
promotor exemplificou o caso
citando o secretário de Educa-
ção, que estaria obstruindo o
fornecimento de informações.
“RecentementeoMinistérioPú-
blicopediudetodososdiretores
escolares a relação dos servido-
res contratados e a Secretaria
de Educação do Município ex-
pediu uma nota dizendo que
não era para fornecer as infor-
mações sem antes passar pela
Secretaria. Com isso, alguns
diretores que já haviam enca-
minhadoàsinformações,envia-
ram outros ofícios corrigindo as
informações anteriores. Isso é
umindiciomuitofortedequem
não quer cumprir a rigor com o
seu papel”.
Prejuízo
Em relação a declaração do
prefeito que o promotor esta-
ria prejudicando a imagem da
cidade, Alzemiro Freitas rebate
alegando que, ao contrário do
que alega o prefeito, as ações
do Ministério Público estão
“evitando prejuízo ao povo e à
cidade”. “No caso da saúde, 140
milhões de reais de reais iriam
ser gastos com uma organiza-
ção social com fortes indícios
de fraudes. O promotor evitou
prejuízo ao povo e à cidade. O
Ministério Público também en-
trou com ação no caso do IPTU
para buscar o consenso. Estou
protegendoointeressepúblico”,
lembrou.
OutrocasolembradoporAl-
zemiro Freitas foram as discus-
sões sobre a Planta de Valores
do IPTU de 2014. O promotor
conta que chegou a participar
até certo ponto, por acreditar
que o imposto seria reduzido,
“mas não foi”. “Eu não estou
obrigadoaparticipardeumfato
que entendo ser ilegal. A Planta
de Valores foi feita de forma to-
talmente viciada e maculada,
tanto assim que caiu na justiça”,
justificou.
As declarações do pre-
feito Ronaldo Dimas de que
iria pedir fiscalização sobre
a atuação do promotor de
justiça Alzemiro Wilson Pe-
res Freitas fizeram com que
o procurador-geral de Jus-
tiça do Ministério Público
Federal, Clenan Renaut de
Melo Pereira, viesse a públi-
co demonstrar seu apoio ao
trabalho do órgão em Ara-
guaína.
Em moção de apoio pu-
blicada pelo procurador-
geral, ele destaca que o
promotor Alzemiro Freitas
tem realizado “importante e
destacado trabalho à frente
da Promotoria de Justiça do
Patrimônio Público de Ara-
guaína, cuja atuação tem
sido feita com responsabili-
dade, discrição e firmeza de
caráter, sem fazer alarde de
seu brilhantismo funciona”.
Clenan Pereira disse ain-
da que o promotor não irá
se intimidar pelas declara-
ções do prefeito araguai-
nense. “Tenho a certeza
de que não se abaterá nem
muito menos sentir-se-á
amedrontado diante das úl-
timas afirmações oriundas
do Poder Executivo da mu-
nicipalidade de Araguaína,
posto que o nobre colega
está fazendo nada mais do
que o desempenho de suas
funções estabelecidas pela
Constituição Federal, cum-
prindo fielmente o papel do
Ministério Público, ou seja,
incumbindo-se da defesa da
ordem pública, do regime
democrático e dos interes-
ses sociais e individuais in-
disponíveis, diligenciando
sempre, com prudência e
severidade de juízo”, disse o
Procurador-Geral de Justiça.
10. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho10 eSPorte Jornal Líder
Falta estrutura para lazer
e esporte em araguaína
Poder público
abandona praças e
quadras já construídas
Prefeitura faz corte de gastos
e extingue secretarias
durãescriticaafaltadeoportunidadeparaosjovens
Q
uem anda por Ara-
guaína sente falta
de espaços conser-
vados e construídos
para promover o la-
zer e o esporte. Mas tem pro-
messademudançanessecená-
rio! É que a Prefeitura resolveu
tirar da gaveta alguns projetos.
A primeira boa notí-
cia surgiu agora em maio.
A prefeitura anunciou in-
vestimentos com recursos
provenientes de emenda
parlamentar de pouco mais
de cinco milhões de reais. O
projeto contempla a cons-
trução de um complexo Po-
liesportivo e ainda o Parque
Cimba. Espaços para espor-
te, cultura e lazer.
Mas para isso a Câmara
de Vereadores aprovou dois
projetos de Lei do Executivo,
emsessãoextraordinária,que
tratam da desafetação e per-
muta de áreas onde devem
ser realizadas as obras. Por
unanimidade foi aprovado a
desafetação da área pública
localizada no loteamento Jar-
dim do Lago, área com total
de 83.495,00 m² de extensão.
Lugar no qual deve ser cons-
truído o complexo esportivo.
Outro projeto foi aprovado
por maioria, com 12 votos fa-
voráveis e cinco contrários,
e versa sobre a permuta das
áreas do Município nos lotea-
mentosMansõesdoLago,Jar-
dins dos Ipês II e III e Jardim
do Lago, que serão trocadas
pela área onde será construí-
do o Parque Cimba.
Licitações
do complexo esportivo
Vai ser construído pela
empresa Morema Constru-
ções Pavimentações e Incor-
porações Ltda. O valor total
da obra é de R$ 3.613.891,80.
A obra ficará na Via Lago,
em uma área de 7.000 m²,
onde será construído o gi-
násio poliesportivo coberto
com arquibancadas, áreas
administrativas, vestiários,
chuveiros, enfermaria, copa
e depósito, academia ao ar li-
vre, pistas de skate, arremes-
so de peso, salto em altura,
caminhada, atletismo, além
de estacionamento, ciclovia
e quadra de tênis para práti-
cas esportivas.
Do Parque Cimba
A empresa que vai cons-
truir o Parque Cimba é a
MVL Construções Ltda. A
vigência do contrato é de
12 meses, a partir da data
do início da obra. O valor
total estimado da obra é de
R$ 2.120.988,56. O parque
deve contar com uma área
de quase 200.000 m² onde
passa o Córrego Canindé.
Essa primeira etapa licitada
terá estacionamento, cal-
çada, pista de 1,3 km para
caminhada, ciclovia, to-
ten de acesso, academia ao
ar livre, pontos para des-
canso, praça para esportes
radicais, playground para
as crianças, bicicletário e
área de piquenique.
Também serão cons-
truídos um mirante, ponte,
anfiteatro, lanchonete, revi-
talização das ruínas de uma
fábrica para recuperação da
memória do município e es-
paço de convívio. Os pro-
jetos estão aprovado pelo
Ministério doTurismo e pela
Caixa Econômica Federal.
Enquanto as grandes obras
ainda estão no papel, começan-
do a serem lançadas, as áreas de
lazerjáexistentesemAraguaína,
equeanteseramusadaspelaco-
munidade estão abandonadas,
entregues à ação do tempo. E
nessa hora surge no pensamen-
to uma lista enorme de lugares
que já deixaram de ser frequen-
tados por causa do abandono. A
exemplo uma das praças mais
famosas da cidade, a praça do
bode, que fica no encontro dos
bairros patrocínio e coimbra.
Até o parquinho que existiu um
dia, nada mais restou.
Convênio
Ainda em janeiro de 2014 o
prefeito Ronaldo Dimas chegou
anunciar que o município tinha
recebido 7 milhões de reais para
realização de obras na cidade. E
na época assinou três termos de
compromisso junto com a Caixa
Econômica Federal, atestando
que a verba seria usada em obras
de reforma de praças e constru-
ção de parque e complexo espor-
tivo. Um milhão e quinhentos e
sessenta mil reais, que vieram do
Ministério das Cidades, seriam
usados para a reforma da praça
das nações no centro da cidade e
da praça do JK. A quantia de dois
milhõese106milreaisseriausada
para primeira etapa da constru-
ção do Parque Cimba, recurso
quetemcontrapartidadoMunicí-
pioedoMinistériodoTurismo.O
terceiro e maior valor de recurso,
vem do Ministério de Esportes,
total de 3 milhões de reais, que
seriam destinados a construção
deumcomplexodeesportes.
Situação
Abandono e descaso ainda é
a situação do lazer na cidade. No
Setor Jardim Paulista, a praça na
entrada do bairro está esquecida.
Nos últimos dias recebeu apenas
demão de tinta, numa estrutura
velhaedesgastada.Nadanovono
lugar, somente os espaços vazios.
Nocercado,oalambradoestáen-
ferrujado, quebrado e os ferros
expostos. As barras que deveriam
servir para atividade física estão
enferrujadas. A praça foi inau-
gurada em julho de 2004, e nada
mais foi feito aqui. Para a comu-
nidade só resta usar a sombra,
enquantoelaaindaexiste.
Mas ainda no bairro, encon-
tramos outra cena triste. A única
quadra esportiva do lugar está
abandonadahámaisdedoisanos.
Do lado de fora já dá para perce-
ber (veja a foto), como o lugar tem
sidoumproblemaparaacomuni-
dade. O lixo está por toda parte, o
que preocupa com a facilidade da
proliferação de doenças, como a
Dengue e o Calazar. A sujeita tam-
bém dificulta chegar até a quadra,
o caminho tem que ser feito pelo
matagal. Lá dentro a situação é
pior, piso rachado, não existem
traves e a ferrugem está por toda
parte. A quadra esportiva foi dei-
xada de lado, e está entre casas,
construções abandonadas e bem
perto de uma escola infantil da
redemunicipal.Masnemissofezo
poderpúblico,enxergarasituação.
Prefeitura não responde
O Jornal Líder enviou e-mail
a Assessoria de Comunicação da
Prefeitura de Araguaína questio-
nando por qual motivo o poder
público não está fazendo a ma-
nutençãodasquadrasdeesportes
existentesnossetores.Foicitadaa
quadradoJardimPaulistaqueestá
cercadapormatocomoexemplo.
Além disso perguntou quan-
do as praças serão revitalizadas
e qual era o posicionamento do
órgãosobreoabandonodapraci-
nhadoBairrodeFátima.
Esteveículobuscousaberain-
da se os brinquedos/parquinhos
das praças foram retirados e por
qualmotivo.Masatéofechamen-
to desta edição a Assessoria de
Comunicação não respondeu e
tambémnãofezcontato.
Certamente o esporte e lazer
não é preocupação na atual ges-
tão. O prefeito Ronaldo Dimas
neste mês de maio extinguiu a
Secretaria de Cultura, Esportes e
Lazer, que passou a ser uma dire-
toriadaSecretariadeEducação.
A justificativa da Prefeitura
é gerar economia aos cofres do
Município. “A Prefeitura vem tra-
balhando para minimizar a cri-
se financeira que está em todo o
país. Até o Governo Federal vem
discutindo o corte no orçamen-
to público da União, o que pode
afetar os Municípios”, informou
Prefeito Ronaldo Dimas, em nota
enviadaàimprensa.
Mudanças
Mas o certo é que tais mu-
danças causam dúvidas. O en-
xugamento na folha de paga-
mento realmente aconteceu?
Todos os funcionários da Secre-
taria incorporada (no caso Se-
cretaria de Cultura) foram exo-
nerados? Perguntas que a atual
gestão ainda não esclareceu, e
só pontua que a economia fica
algo em torno de um milhão de
reais. Mas e o número de servi-
ço? Aumenta ou diminui?
Écertoqueajustificativauma
vezparaseremcriadaspastasdis-
tintas no inicio da gestão Dimas,
agora parece cair por terra. Não
há mais problemas em unificar.
Já que não são somente secre-
tarias que ultimamente andam
fazendo “milagres”. A tal nucle-
ação de diretorias de escola da
redemunicipaltambémfazparte
dessa contenção de gastos. Onde
aqualidadedaprestaçãodeservi-
ço,pareceficardelado.
Ainda no início do mês a Pre-
feitura anunciou e publicou no
Diário Oficial do Município, a
exoneração de três Diretoras, e
a nomeação de mais três servi-
doras (que já são Diretoras) que
incorporaram a lista desse novo
modelo de gestão, onde uma Di-
retora vai administrar duas esco-
las e para isso receberiam 30% de
gratificação,sobreosalário.).
Além da Secretaria de Espor-
tes, que agora está na Educação,
também foi extinta a Secretaria
de Habitação, tendo sido esta
incorporada à Secretaria de Tra-
balho e Ação Social. Segundo a
nota enviada à imprensa pela
Prefeitura, todos os projetos e
programas desenvolvidos pe-
las secretarias serão mantidos;
como o São João do Cerrado,
Carnaval, Natal e a programação
de aniversário da cidade, na área
daCultura;eprogramaCasapara
quem Precisa, na Habitação.
O empresário Osvaldo
Durães criticou a falta de
oportunidade para os jo-
vens em consequência da
crise econômica. Para ele, é
necessária a instalação de
indústrias para o Tocan-
tins gerar mais empregos
para a população e divisas
para os municípios. “Hoje
a população do Tocantins
vive em torno do Estado e
dos Municípios, precisa-
mos trazer as as fábricas,
urgente, para o nosso esta-
do crescer”, explicou.
Segundo Durães, a falta
de industrialização no Es-
tado atinge principalmente
o jovens, e isso já pode ser
sentido na cidade de Ara-
guaína com o aumento da
violência e muita apreen-
são de drogas, colocando o
município como uma das
cidades mais violentas do
Brasil, segundo um estu-
do feito pelo Ministério
da Justiça. “A decadência
dos jovens ocorre princi-
palmente pelas drogas e os
consequentes roubos. Essa
falta de emprego entre gera
essa situação”, ponderou
Durães.
Osvaldo Durães afirma
que as oportunidades cria-
das por setores da econo-
mia verde, novas tecnolo-
gias e o empreendedorismo
contribuem para trazer es-
perança aos jovens que por
sua vez também sublinham
a importância de ser pró-a-
tivo e ter uma visão positiva
para encontrar empregos
decentes, tal como explicou
o Leo, 28 anos, de Aragua-
ína “Precisamos ser inova-
dores, arriscar, criar, imagi-
nar”, comentou.
O esporte é uma for-
ma dos jovens vencerem
a criminalidade. “Preci-
samos buscar incentivos
de emprego e políticas so-
ciais para os jovens aliado
também ao esporte que é
uma grande ferramenta
para combater as drogas e
a violência. E assim, termos
uma população mais hu-
mana e coerente”, destacou
Osvaldo Durães.
11. Araguaína-TO, 1º a 30 de junho 11Jornal Líder entreteniMento
Música
tocantinenseé
umdosnovos
violeirosdoBrasil
N
ascido na cidade de Cachoei-
rinha e radicado em Brasília
há 12 anos, o tocantinense
ClaudivanSantiagoestácons-
truindo uma trajetória de sucesso no
mundo da música caipira, a chamada
música-raiz. Poeta, cantor, compositor,
músico, escritor e também jornalista, ele
sededicaàviolacaipirahánoveanosejá
éconsideradoumdosgrandesexpoentes
da nova geração de violeiros do Brasil,
tendoseutalentocomparadoaodegran-
desmestresdogênero,comoAlmirSater.
Músico autodidata, Claudivan San-
tiago foi criado na roça pelos avós pa-
ternos no pequeno povoado Brôco, mu-
nicípio de Nazaré, de onde saiu aos 13
anos para morar com os pais, em Ana-
nás, para cursar o ensino médio. Aos 14
anos começou a arranhar os primeiros
acordes ao violão e aos 15 entrou para a
banda de forró do pai, Raimundim To-
cador,juntamentecomseustrêsirmãos,
onde tocava guitarra e cantava. Desde
então se viu encantado pela música.
Logocomeçouacomporsuasprimeiras
canções e se enveredou pelos festivais.
Ainda na cidade de Ananás, realizou
dois grandes festivais ao lado do amigo
Tita Borges, e nos anos de 1999 e 2001
ganhouoFABIP–FestivalAbertodoBico
do Papagaio, em Araguatins.
Noperíodode1992a2002,Claudivan
Santiago morou e estudou em Aragua-
ína, participando ativamente da cena
culturaldacidade.IntegrouaAssociação
CulturaleajudouafundaraAcademiade
Letras de Araguaína e NorteTocantinen-
se (Acalanto). Vocacionado para a arte,
sempre esteve envolvido com a música,
acompanhando duplas sertanejas, to-
cando em bandas de baile e compondo.
O interesse pela viola caipira surgiu
por volta de 2001, quando iniciou carrei-
ra solo cantando nos barzinhos araguai-
nenses. Seu repertório incluía músicas
tradicionais da MPB e também de artis-
tas caipiras, como Renato Teixeira, Pena
Branca & Xavantinho, Rolando Boldrin,
TiãoCarreiro,AlmirSatereváriosoutros.
Nofinalde2002gravouoCDMeninados
Olhos, seu primeiro disco solo.
Três anos mais tarde, já morando
na capital federal, Claudivan Santiago
resolveu comprar uma viola caipira,
e a partir daí não parou mais. Mergu-
lhado no universo do instrumento, foi
buscar referências do gênero e lançou
em 2008 o CD Poesia Inviolada, um
trabalho muito bem avaliado pela crí-
tica musical. Mas a grande conquista
veio em 2013, com o segundo CD de
viola caipira. IntituladoViola PuraViola,
o disco instrumental ganhou em São
Paulo o Prêmio Rozini de Excelência da
Viola Caipira, na categoria Melhor CD
Instrumental, o maior prêmio de viola
caipira da atualidade. Entre os artistas
nacionais premiados também estavam
Almir Sater e Inezita Barroso.
Um show de viola
Atualmente, Claudivan Santiago
apresenta um espetáculo dedicado à
viola caipira. Com duas violas no pal-
co e acompanhado de um violonista
e um baixista, o artista une clássicos
da música caipira a sucessos popula-
res, dando uma nova roupagem ao ins-
trumento, preservando, no entanto, a
originalidade dos ritmos tradicionais
brasileiros, como o Cururu, o Pagode
deViola, o Cateretê, a Guarânia, a Polca
e a Valsa. O show já foi apresentado em
teatros de Goiânia, Brasília e em casas
noturnas brasilienses. Graças a esse
reconhecimento, o artista tocantinense
tem se apresentado constantemente
em programas de rádio e TV de âmbito
nacional, um feito extraordinário para
um menino pobre “nascido no oco do
mato, no interior do Tocantins”, como
ele próprio define.
Para saber mais sobre o violeiro
acesse: claudivansantiago.blogspot.
com.br, www.facebook.com/clau-
divansanttiago, www.youtube.com/
user/Claudivan38