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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO NOVO TESTAMENTO 
Panorama Geral 
Pr. Ricardo L. Gondim www.teologiafacil.com.br
Para se elaborar um estudo adequado para o Novo Testamento, faz- se necessário antes, apresentar um panorama do período final do Antigo Testamento e do período intertestamentário para que possamos entender com uma consciência aguda as diferenças nas atitudes e estruturas políticas, culturais e religiosas que existem entre o Velho e o Novo Testamentos. Supõe-se, logicamente, uma certa dedicação no estudo dos eventos que se desenvolveram durante os 400 anos que decorreram entre os dois livros, onde as muitas mudanças no cenário histórico devem ser explicadas. Assim é necessário, portanto, voltar-se, na história, até o tempo entre os dois Testamentos, a fim de se apreciar mais completamente a situação pressuposta no Novo Testamento. Pr. Ricardo L. Gondim 
Introdução
Historia 
Contexto histórico entre o AT e o NT 
Ambiente Social 
Contexto social e cultural 
Ambiente Religioso 
Contexto da religião judaica 
Canon 
A escritura e o texto do Novo Testamento 
Cenário do Novo Testamento
Algumas coisas que são aceitas como verdadeiras, no Novo Testamento, para as quais é necessária uma explicação, são as seguintes: 
1.A situação política (domínio romano, as divisões da Palestina). 
2.A dispersão judaica (judeus em cada cidade principal do Império Romano). 
3.Uma sociedade urbana. 
4.A língua (grego e aramaico; hebraico limitado aos eruditos). 
5.Exclusivismo judaico. 
6.Ênfase sobre a Tora.
as seguintes: 
7.O sinédrio. 
8.A sinagoga e a escola. 
9.Seitas religioso-políticas (saduceus, fariseus, essênios, escribas, zelotes, herodianos, zadoqueus). 
10.Literatura extra-canônica (apócrifos e pseudo-epígrafos). 
11.Tradição oral. 
12.Fim da idolatria.
as seguintes: 
13.Doutrina explícita da ressurreição. 
14.Doutrinas de anjos, demônios, etc. 
15.Publicanos e pecadores (Ame-ha-Aretz). 
16.Filosofia judaico-alexandrina. 
17.Interesse no apocalíptico. 
18.Samaritanos. 
19.Monogamia estrita. 
20.Sacerdócio corrupto. 
21.Messianismo político.
O Antigo Testamento encerra-se com os filhos de Israel sob a dominação dos persas. No Novo Testamento, a Palestina é subserviente aos romanos. A história política que denota esta mudança incide em quatro partes: o período persa, o período grego, o período macabeu ou hasmoneu (o período da independência) e o período romano.
O PERÍODO PERSA (538-331 a.C.) 
Capital no tempo de Ester 
Capital no tempo Dario I 
Um pouco da história 
Ciro conquista a Babilônia e logo após a sua morte assume seu filho Cambisses que no livro de Esdras (4.6) é chamado de Assuero.
•O reino do norte de Israel havia sido conquistado pelos assírios em 722 a.C. sob a liderança de Sargão. 
•Seus habitantes foram então deportados para a Assíria (II Reis 17:6) e para outras terras conquistadas. 
•Por sua vez, os povos de outras nações conquistadas foram então importados, para povoarem a área conhecida como Samária. 
•A política dos assírios foi tentar destruir todo vestígio de linhagem nacional e, assim, unir todos os povos num só.
•Em 612 a.C., os babilônios, liderados por Nabopolassar, destruíram Nínive e conquistaram os assírios. 
•O reino do sul, Judá, caiu nas mãos dos babilônios, sob Nabucodonozor, em 605 a.C., e alguns da família real e líderes abastados foram levados cativos para a Babilônia. 
•Entre estes, estavam Daniel e os três jovens de Daniel 1( Hananias, Misael e Azarias ) 
•. Uma curta rebelião em 597 a.C. foi suprimida, servindo de pretexto para outra deportação (incluindo Ezequiel). 
•Uma revolta ainda posterior, conduzida por Zedequias, foi suprimida em 587 a.C., com a destruição completa do Templo e deportação de todos, exceto algumas poucas pessoas pobres, para evitar que o país se tornasse um deserto.
•O "cativeiro babilônico" não foi tanto um cativeiro como um exílio. 
•O propósito das deportações não foi tanto destruir as linhagens nacionais (como foi a política assíria), mas punir aqueles que se opunham ao governo. 
•Permitiu-se aos cativos uma parcela de liberdade, e eles podiam eleger seus próprios líderes em suas comunidades. 
•Muitos desses exilados se tornaram líderes no governo babilônico (Dan. 1:20; 2:48,49; 3:30; etc.), e bem poderosos. 
•Esses exilados estavam começando a encontrar seu ponto forte real nos campos da indústria e do comércio. 
•A tendência que se iniciou na Babilônia tornou-se mais desenvolvida nas gerações posteriores, até que, durante os tempos do Novo Testamento, as comunidades judaicas eram primariamente urbanas e comerciais, em vez do meio agrícola e pastoral do Velho Testamento.
•Durante esse período o nome judeus entrou em uso. 
•Ele denotava o povo da nação conquistada de Judá. 
•Os outros termos usados no Antigo Testamento para referência aos descendentes de Abraão e Isaque tornaram-se menos usados, e o termo judeus entrou em uso quase que exclusivamente. 
A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judeia.11 Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus.
•Estando tão longe de Jerusalém, e sem ter o Templo de Salomão e o Tabernáculo para cultuar, o povo exigiu dos sacerdotes um modo temporário de retenção do conhecimento de Jeová. 
•Assim, surgiram os grupos de adoradores que se reuniam regularmente para ouvir a lei lida, uma palavra de exortação ou explicação, o cântico de salmos e a recitação das orações. 
•Esses grupos formaram os primórdios da instituição que deveria posteriormente ser conhecida com o nome grego de "sinagoga" ("reunidos juntos"). 
O termo "sinagoga" tem origem na palavra grega sýnago, composta de [sýn], ―com, junto‖, e ['ago], ―conduta, educação‖, cujo significado amplo seria "assembleia"
•A intenção, a princípio, era que a sinagoga fosse apenas uma coisa temporária, até que a volta a Jerusalém pudesse ser feita e o Templo, reconstruído. 
•Contudo, a importância da sinagoga como força coesiva na unificação dos judeus numa comunidade foi gradualmente reconhecida e aceita universalmente pelos líderes religiosos. 
•Ela não somente era o meio para ensino da lei e dos profetas, mas também um meio para ajudar os judeus a reterem sua identidade nacional. 
Quando traduzimos a palavra sinagoga para o Hebraico, a palavra utilizada para expressar a ideia é “Beit Knesset”, que significa literalmente, “casa de assembleia”. Se soa familiar, é provavelmente porque você reconhece a palavra “Knesset” que é o nome utilizado para o parlamento israelense.
Foi durante essa época e através desses grupos que Ezequiel realizou seu maravilhoso ministério. De seu trabalho e profecias, os cativos foram ensinados que a calamidade veio sobre eles por causa da idolatria. Nas sinagogas, isso foi ensinado à tamanha extensão que a idolatria foi abandonada e não mais era um grande problema para os judeus. 
•Na sinagoga surgiu a importante função de mestre. Homens com percepções excepcionais na lei foram recrutados para liderarem nessa importante posição. 
•O mestre podia, ou não, ter sido da linhagem sacerdotal. O ensino regular da Torah levou a uma ênfase renovada sobre o sábado, a circuncisão e o jejum. 
•Algumas influências sutis das religiões da Babilônia e da Pérsia foram introduzidas nas instruções religiosas dadas pela sinagoga. Estas podem ser vistas nas doutrinas em desenvolvimento acerca da vida depois da morte, angelologia e demonologia.
•Ciro, tendo unido as nações da Média, Lídia e Pérsia, capturou a Babilônia em 538 a.C. e confirmou muitos dos judeus em suas posições ,de autoridade governamental (Dan. 6:1) 
•A política oficial dos persas era permitir o povo deslocado voltar para as terras de seus pais. Por causa dessa política, a restauração de Judá foi possível. 
•Contudo, a maioria dos judeus estava feliz na Babilônia e não desejava voltar. Cerca de 50.000 retornaram, sob a liderança de três homens, em três épocas diferentes. Os que ficaram os apoiaram com doações.
•Zorobabel um príncipe da linhagem real de Davi, conduziu a primeira volta em 535 a.C. 
•Após alguma consolidação do poder, foi iniciada a reconstrução do Templo. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, o Templo de Zorobabel foi terminado e dedicado em 516 a.C. 
•Inferior em esplendor ao de Salomão, esse Templo existiu até que Herodes, o Grande, iniciou a obra de um maior, em 19 a.C. 
1º. Templo Salomão 
2º. Templo Zorobabel 
3º. Templo Herodes
•Os adversários da reconstrução do Templo eram uma combinação daqueles que foram deixados após as deportações sob os assírios e babilônios — os povos trazidos para povoar o país — e os inimigos anteriores dos dois reinos de Israel e Judá, que, em sua ausência, tiveram oportunidade de estender seus limites de influência. 
•Os descendentes do casamento misto desses grupos foram denominados "samaritanos". 
•Era lógico que esse povo ia opor-se à volta e restauração dos judeus (ver Esdas 4:1 e ss.).
•Uma segunda volta ocorreu sob Esdras, em 485 a.C. 
•Uma terceira foi liderada por Neemias, em 445 a.C. 
•Começando com Esdras e continuando através do trabalho de Neemias e Malaquias, foram iniciadas reformas, que deveriam ter resultados de longo alcance. 
•Uma vez que os persas não iriam tolerar a restauração da realeza davídica, o oficial mais alto, politicamente era o sumo sacerdote. Esse homem respondia, de uma maneira geral, ao governador persa. Esse ofício resultou eventualmente em "reis-sacerdotes". 
•Igualmente, era necessário obter a aprovação do governador persa para eleger-se o sumo sacerdote.
•Durante todo o período persa, os judeus foram excepcionais em sua lealdade ao rei persa. Isto pode ter ocorrido porque havia mais judeus na Babilônia do que na Palestina. 
•Somente cerca de 50.000 judeus haviam voltado à sua terra natal durante esses duzentos anos. Muitos dos judeus tinham altas posições de autoridade e alguns desfrutavam de grande riqueza. 
•Mesmo uma judia tornou-se a esposa do rei (Ester 2). Esses judeus que estavam na Babilônia exerceram uma influência muito grande sobre seus patrícios na Palestina, através de seus poderes políticos e suas contribuições financeiras.
O PERÍODO GREGO (331-167 a.C.)
•Filipe da Macedônia morreu em 334 a.C., antes de realizar seu sonho de unir os gregos e de espalhar a cultura grega pelo mundo. 
•Essa tarefa caiu sobre os ombros de seu filho e herdeiro, Alexandre, que tinha então vinte anos de idade. 
•O jovem príncipe, que fora pupilo de Aristóteles, partilhava do sonho e visão de seu pai. 
•Depois de derrotar e arrasar Tebas, que se revoltara contra a dominação macedônia, Alexandre motivou os gregos a se juntarem a ele na tarefa hercúlea de conquistar a Pérsia.
•Alexandre mobilizou um exército de dimensões modestas, quando comparado aos mastodônticos exércitos mercenários dos persas. 
•Suas forças tinham, porém, um treinamento superior e muito maior mobilidade. 
•A primeira batalha decisiva foi travada junto ao rio Granico, na Ásia Menor, em 334 a.C., e abriu as comportas da influência grega sobre o Oriente Médio. Dario III foi derrotado mais uma vez em Isso, na Cilícia (333 a.C.), e fugiu de volta para a Pérsia. 
•Alexandre desviou sua marcha para o sul, conquistando a Palestina e o Egito, tarefa facilitada pela boa vontade egípcia em escaparem à odiosa dominação persa e completada em 331 a.C
•No Egito, fundou Alexandria, uma cidade grega destinada a ser um centro irradiador da cultura helênica e fundamental mais tarde na moldagem tanto do judaísmo quanto do cristianismo. 
•Reza a tradição judaica que ao aproximar-se de Jerusalém, Alexandre se defrontou com uma embaixada judaica, encabeçada pelo sumo sacerdote Jadua, que lhe mostrou o livro de Daniel e as profecias de que fora objeto, e mudou sua disposição para com Jerusalém e os judeus, liberando-os do pagamento de tributos no ano sabático.
•A ascensão meteórica de Alexandre continuou quando ele marchou para o norte e derrotou Dario III na planície de Gaugamela, a noroeste da antiga Nínive (também conhecida como batalha de Arbela) em 1º de outubro de 331 a.C. 
•Apesar de lutar contra forças numericamente superiores, Alexandre empregou táticas brilhantes que garantiram sua vitória. 
•Pouco a pouco o jovem general foi ocupando as principais cidades do império — Babilônia, Susa e Persépolis. 
•Quando Dario III foi assassinado, Alexandre lhe concedeu pompas fúnebres dignas de um rei, e assumiu para si o título de Rei da Ásia. 
•Sua marcha para o leste continuou até chegar ao vale do rio Indo, em 325 a.C
•De lá, retornou para o ocidente, estabelecendo pelo caminho outras Alexandrias, como nas províncias de Bactria e Sogdiana. 
•Nem tudo foi tranqüilo nessa marcha de conquista, pois os generais de Alexandre lhe deram quase tanto trabalho quanto as províncias do império que ainda restavam para conquistar. 
•Ao voltar, ainda teve que corrigir distorções administrativas impostas por seus representantes durante sua ausência de cinco anos. 
•Quando de sua volta, aceitou a deificação, recebendo a proskunēsis dos persas, mas isentando os gregos de tal prática. 
Proskynesis (em grego: , pros, e, kuneo, lit. "beijar em direção [a]") refere- se ao tradicional ato dos antigos persas de prostrar-se diante de uma pessoa de status social mais elevado.
A morte de Alexandre foi tão súbita quanto sua carreira de líder mundial. 
•Em 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 32 anos, Alexandre morreu, provavelmente de malária, sem deixar sucessor. 
•Sua esposa, a princesa sogdiana Roxane, com quem se casara como garantia da pacificação daquela província, estava grávida, mas seu filho jamais chegou a ser considerado herdeiro do trono. 
•O chifre notável da profecia de Daniel 8 fora quebrado, e outros quatro chifres emergiriam do seu gigantesco império.
A Divisão do Império Macedônio 
•Uma longa disputa sobre os direitos de governar os territórios de Alexandre foi finalmente resolvida em 301 a.C., quando Antígono, o general que tentara obter a exclusividade do poder, foi morto em batalha. 
•Quatro sátrapas, que haviam previamente (303 a.C.) concordado em dividir o império em quatro partes, assumiram seus governos como reis sobre territórios independentes. O gráfico a seguir indica como o império macedônio foi dividido: 
Governantes 
Territórios 
Ptolomeu 
Egito e Palestina 
Seleuco 
Frígia, Síria, Mesopotâmia e Pérsia 
Cassandro 
Macedônia e Grécia 
Lisímaco 
Trácia e Bitínia
•Este arranjo durou apenas vinte anos, depois dos quais os selêucidas estabeleceram controle sobre a Ásia Menor, e Antígono Gônatas, neto do general de Alexandre, assumiu o controle da Macedônia. 
•Esses três reinos (Egito, Síria e Macedônia) duraram até o advento de Roma como uma superpotência.
O Domínio Ptolemaico sobre a Palestina 
•Os primeiros herdeiros do império macedônio prestaram pouca atenção à Judéia, que continuou a ser controlada pelo sumo sacerdote, que era diretamente responsável por enviar a Alexandria o tributo anual. 
•A segunda geração de líderes, porém, Antíoco I e Ptolomeu II, começou a competir pelo controle da Palestina, e assim começaram as chamadas guerras sírias. 
•Na gangorra política e militar que se seguiu, a Síria e a Fenícia trocaram de mãos várias vezes, mas a Judéia permaneceu sob controle egípcio por quase um século.
O Domínio Selêucida sobre a Palestina 
•Quando o segundo século a.C. começou, Antíoco III (o Grande) tentou unificar (militarmente) os reinos rivais (Síria e Egito), mas fracassou em suas tentativas de invasão do Egito. 
•Depois de duas fragorosas batalhas nas mãos dos romanos (Termópilas [191 a.C.] e Magnésia [190 a.C.]), Antíoco recorreu a uma política de saques, que acabou por se transformar num esforço de helenização quando Antíoco IV (Epífanes) subiu ao trono em 175 a.C. 
•Seus esforços para helenizar os judeus foram canalizados primeiramente pela venalidade das lideranças judaicas. A corrupção era tal que Menelau, um judeu pró-helênico e não arônico, veio a ser sumo sacerdote!
O Domínio Selêucida sobre a Palestina 
•Em suas lutas contra o Egito, Antíoco Epífanes acabou por despertar a ira dos romanos, que dependiam da agricultura egípcia e não queriam perdê-la para quem já era seu inimigo na Ásia Menor. 
•Humilhado pelos romanos, que o forçaram a sair do Egito, Epífanes voltou à Síria firmemente decidido a helenizar totalmente os judeus, de modo a ter uma retaguarda confiável entre si e as legiões romanas do cônsul Popillius Laenas, estacionadas no Egito. 
•Antíoco entrou à força em Jerusalém e iniciou seu programa de helenização profanando o Templo. 
•Em 25 de quisleu de 167 a.C., um altar ao Zeus Olímpico foi erigido no lugar do altar do holocausto, e ali foi sacrificada uma porca.
O Domínio Selêucida sobre a Palestina 
•A circuncisão foi proibida por lei e a adoração compulsória de deuses gregos era exigida em bases mensais. 
•Isto levou à revolta dos macabeus, que começou com a reação de Matatias, um velho sacerdote que matou um judeu apóstata e um representante sírio em sua aldeia, Modina. 
•O terceiro filho de Matatias, Judas, liderou os judeus numa luta de guerrilhas que logo escalou para uma guerra convencional. 
•Depois de três anos Judas conseguiu derrotar os sírios em toda a Palestina, e obteve a libertação de Jerusalém, onde o Templo foi purificado e o culto normal restabelecido. 
•A data da purificação, 25 de quisleu de 164 a.C., marca o começo da celebração de Chanukkah, a festa da dedicação.
O Domínio Hasmoneano sobre a Palestina 
•A despeito das vitórias espetaculares de Judas e seus irmãos, e do fato de que a liberdade religiosa dos judeus foi assegurada a partir do reinado de Antíoco V, a verdadeira independência política ainda demoraria 22 anos para surgir. 
•A instabilidade política crescente na Síria permitiu ao irmão de Judas, Simão, obter concessões significativas de Demétrio, um dos rivais ao trono da Síria. 
•Simão estabeleceu a Judéia como uma nação independente, e sua própria família como príncipes- sacerdotes sobre Israel. Seu filho, João Hircano (135-104 a.C.), perdeu e reconquistou a independência da Judéia e, com o consentimento de Roma, estendeu as fronteiras judias de modo a incluir Edom, Samaria e Galiléia. 
•Foi durante seu reinado que se definiu a duradoura rixa entre os fariseus (descendentes religiosos dos hasidim da época dos macabeus) e os saduceus, a classe sacerdotal dominante, que apoiava os governantes hasmoneanos.
•Alexandre Janeu, um dos filhos de João Hircano, conquistou ainda mais território, tornando o reino hasmoneano quase tão extenso quanto o de Davi. 
•A conseqüência de seu reino de violência foram lutas internas que duraram quase quarenta anos, e que virtualmente extinguiram a linhagem hasmoneana. 
•Depois de quase um século de auto governo, os judeus voltaram a ser dominados por uma potência estrangeira quando Pompeu interveio na Judéia para pôr fim aos conflitos surgidos entre os filhos de Salomé Alexandra, viúva de Alexandre Janeu.
Governantes Hasmoneanos na Palestina 
Governantes 
Datas 
Eventos Principais 
Simão Macabeu 
143-135 
Independência da Síria 
João Hircano 
135-104 
Invasão síria. Aliança com Roma e reconquista da independência. Expansão territorial. Cunhagem de moedas. 
Aristóbulo I 
104-103 
Conquista da Galiléia 
Alexandre Janeu 
103-76 
Conquistas territoriais. Lutas internas. Perdas de território para os nabateus. 
Salomé Alexandra 
76-67 
Crescimento da influência dos fariseus. 
Aristóbulo II 
67-63 
Luta fratricida contra Hircano II. Roma intervém e termina a soberania da Judéia. 
Hircano II 
63-40 
Líderes perdem o título de rei, retendo apenas o sumo sacerdócio. Crescimento do controle idumeu sobre a política judaica. 
Antígono 
40-37 
Conflito contra Hircano II. Roma designa Herodes como rei. Antígono é decapitado. Fim da linhagem hasmoneana pura.
O Domínio Romano sobre a Palestina 
•Os romanos, que tinham o controle efetivo da Palestina desde a invasão de Pompeu em 63 a.C., finalmente desistiram de arbitrar as intermináveis lutas entre os hasmoneanos, e indicaram Herodes, filho de Antipatro, chefe de uma família iduméia que crescera em prestígio fazendo o jogo político e econômico dos romanos na Palestina, como o rei dos judeus. 
•Com ajuda romana, ele conquistou a Galiléia e depois Jerusalém. 
•Escolhendo cuidadosamente a quem apoiar nas lutas que se seguiram ao assassinato de Júlio César em 44 a.C., Herodes reconquistou muito território.
•Sistematicamente eliminou a competição no cenário doméstico, matando sem hesitar até esposas e filhos para assegurar sua posição. 
•Herodes foi um administrador e negociador capaz, conseguindo agradar tanto a romanos quanto a judeus, que sempre se ressentiram de sua ascendência iduméia e de como mandara matar os últimos governantes hasmoneanos. 
•Foi um ávido construtor de palácios, fortalezas, monumentos e templos, um dos quais dedicado a Otávio Augusto. 
•O Templo de Jerusalém, sua obra máxima, foi começado por ele, mas ainda estava em construção parcial ao tempo do ministério de Jesus, mais de trinta anos depois da sua morte . 
Caio Júlio César Octaviano Augusto foi o primeiro e um dos mais importantes imperadores romanos.
•Os muitos casamentos de Herodes fomentavam a intriga palaciana e as lutas domésticas. 
•Isso levou a seis testamentos diferentes e a uma série de execuções de suas próprias esposas e filhos, o que levou Otávio a dizer que preferiria ser o porco de Herodes a ser o filho de Herodes . 
•Herodes o Grande morreu por volta de 4 a.C. 
•Depois de sua morte, e com base em seu testamento, Otávio dividiu o território sobre o qual Herodes reinara entre seus três filhos, Arquelau, Filipe e Antipas. 
•Arquelau rapidamente conquistou a reputação de ser incapaz e cruel, o que fez a família de Jesus mudar-se para Nazaré (Mt 2:22).
•Devido às constantes reclamações do povo, Otávio o removeu e baniu, substituindo-o por procuradores romanos. 
•Filipe governou a parte mais setentrional da Palestina e não teve influência direta nos acontecimentos do Novo Testamento. 
•Antipas era ambicioso e satisfazia seus próprios desejos, e eventualmente perdeu o favor de Roma e foi banido. Seu território esteve brevemente sob o governo de procuradores até que Herodes Agripa I recebeu o reino em a.D. 41. 
•No Novo Testamento, todos esses são mencionados com seu nome familiar (Herodes), mas o que teve maior contato com Jesus foi Antipas. O quadro a seguir apresenta essas divisões.
Áreas Geográficas e Distritos Administrativos da Palestina Governados pelos Herodes3 
Sul Samaria, Judéia, e Iduméia 
Norte – Leste 
Galiléia e Peréia 
Nordeste 
Ituréia, Traconite, Gaulanite, Auranite, Batanéia 
Herodes o Grande 37 – 4 a.C. 
Arquelau 4 a.C. - a.D. 6 
Antipas 4 a.C. - a.D. 39 
Filipe 4 a.C. - a.D. 34 
Governadores romanos a.D. 6 - 41 
Governadores romanos 34 - 37 
Agripa I 39 – 44 
Agripa I 37 - 44 
Agripa I 41 – 44 
Governadores romanos 44 - 66 
Governadores romanos 44 – 53 
Governadores romanos 44 - 56 
Agripa II 53 – 66 
Agripa II 53 - 66 
Governadores romanos 
56 - 66 
Rebelião dos judeus contra Roma 66 – 70 
Província da Palaestina 70 – 135 
Colonia Aelia Capitolinia depois de 135
•Herodes Agripa I foi o neto de Herodes o Grande, que assumiu o controle do território de Filipe em 37. 
•Depois que Antipas foi banido, recebeu controle de seu território também e acabou por reinar sobre um território tão grande quanto o de seu avô. Agripa I foi responsável pela primeira perseguição ―governamental‖ enfrentada pelos cristãos (At 12.1-3). 
•Depois de sua morte, em 44, seu filho Agripa II (Marco), que estava em Roma, foi mantido lá por ser considerado ainda muito jovem para o trono. 
•Oito anos depois, todavia, foi-lhe concedido o território de seu tio, Herodes de Cálcis, e no ano seguinte as tetrarquias de Filipe (Batanéia, Traconite e Gaulanite) e de Lisânias (Abilene). 
•Quando Nero subiu ao trono, Agripa II recebeu ainda a Peréia e a Galiléia. Ele foi o ―Herodes‖ diante de quem Paulo compareceu e apresentou sua defesa (At 25:13-26:32).
•A região da Palestina esteve unificada durante o reinado de Herodes, o Grande (37-4 a.C.) e por três anos (41-44) durante o reinado de Agripa I. 
•O reino de Agripa II não incluía a Judéia e, embora tenha subsistido até à destruição de Jerusalém, nada mais era que uma fachada para o governo romano (de quem ele foi ferrenho aliado). 
•Depois da primeira revolta (66-70), a região foi organizada como uma província imperial - Palaestina – e governada por um legado imperial residente em Cesaréia. 
•A decisão de Adriano de converter o território de Israel numa colônia romana precipitou a segunda revolta (liderada por Bar Kochba, 132-135). 
•Depois dessa revolta ter sido sufocada, os judeus foram expulsos e a região se tornou uma colônia romana, como o nome de Colonia Aelia Capitolinia.
•Quando o Senhor Jesus Cristo iniciou seu ministério, a Judéia estava sob governo romano direto. Arquelau, o etnarca idumeu, havia sido deposto e banido, e o governo era exercido por procuradores romanos. 
•Os outros dois filhos de Herodes retiveram suas posições, mas viviam debaixo de supervisão romana. 
•Antes que o Novo Testamento fosse concluído, Israel desaparecera como nação instalada em sua própria terra. 
•O quadro a seguir alista imperadores romanos e governantes romanos na Palestina entre 27 a.C. e a.D. 96, bem como sua relação com eventos do Novo Testamento.
Governantes romanos e sua relação com o Novo Testamento 
Imperadores 
Datas 
Procuradores e datas 
Eventos bíblicos 
Otávio César 
27 a.C.-a.D. 14 
Copônio (a.D. 6-10) 
Nascimento e infância de Jesus 
Ambívio (10-13) 
Anio Rufo (13-15) 
Tibério 
14-37 
Valério Grato (15-26) 
Ministério público de Jesus. 
Pentecostes. Conversão de Paulo. 
Pôncio Pilatos (26-36) 
Marcelo (36-37) 
Caio Calígula 
37-41 
Marulo (38-41) 
Cláudio 
41-54 
***4 
Morte de Tiago. 
1ª viagem de Paulo. Concílio de Jerusalém. 2ª viagem de Paulo 
Cuspio Fado (44-46) 
Tibério Júlio (46-48) 
Ventídio (49-52) 
Nero 
54-68 
Marco Félix (52-59) 
3ª Viagem de Paulo. Prisão. 
Ministério pós-prisão. Martírio de Paulo. 
Perseguição aos cristãos. 
Pórcio Festo (60-62) 
Albino (62-64) 
Géssio Floro (65-70)5 
Galba, Otão, Vitélio 
68-69 
Vespasiano 
69-79 
Vetuleno (70-72) 
(Destruição de Jerusalém) 
Tito 
79-81 
Lucílio Basso (72-75) 
Domiciano 
81-96 
Salvieno (75-86) 
Perseguição. Exílio de João.
Bibliografia Hale, Broadus David, Introdução ao estudo do Novo Testamento, Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983. Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso, Foco e desenvolvimento no Novo Testamento, São Paulo, Hagnos, 2008. Gundry, Robert H. Panorama do Novo Testamento, Título do original: A Survey of the New Testament ,Traduzido da edição publicada pela Zondervan Publishing House - Grand Rapids, Michigan, EUA, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 1978.

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Introdução ao Estudo do NT

  • 1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO NOVO TESTAMENTO Panorama Geral Pr. Ricardo L. Gondim www.teologiafacil.com.br
  • 2. Para se elaborar um estudo adequado para o Novo Testamento, faz- se necessário antes, apresentar um panorama do período final do Antigo Testamento e do período intertestamentário para que possamos entender com uma consciência aguda as diferenças nas atitudes e estruturas políticas, culturais e religiosas que existem entre o Velho e o Novo Testamentos. Supõe-se, logicamente, uma certa dedicação no estudo dos eventos que se desenvolveram durante os 400 anos que decorreram entre os dois livros, onde as muitas mudanças no cenário histórico devem ser explicadas. Assim é necessário, portanto, voltar-se, na história, até o tempo entre os dois Testamentos, a fim de se apreciar mais completamente a situação pressuposta no Novo Testamento. Pr. Ricardo L. Gondim Introdução
  • 3. Historia Contexto histórico entre o AT e o NT Ambiente Social Contexto social e cultural Ambiente Religioso Contexto da religião judaica Canon A escritura e o texto do Novo Testamento Cenário do Novo Testamento
  • 4. Algumas coisas que são aceitas como verdadeiras, no Novo Testamento, para as quais é necessária uma explicação, são as seguintes: 1.A situação política (domínio romano, as divisões da Palestina). 2.A dispersão judaica (judeus em cada cidade principal do Império Romano). 3.Uma sociedade urbana. 4.A língua (grego e aramaico; hebraico limitado aos eruditos). 5.Exclusivismo judaico. 6.Ênfase sobre a Tora.
  • 5. as seguintes: 7.O sinédrio. 8.A sinagoga e a escola. 9.Seitas religioso-políticas (saduceus, fariseus, essênios, escribas, zelotes, herodianos, zadoqueus). 10.Literatura extra-canônica (apócrifos e pseudo-epígrafos). 11.Tradição oral. 12.Fim da idolatria.
  • 6. as seguintes: 13.Doutrina explícita da ressurreição. 14.Doutrinas de anjos, demônios, etc. 15.Publicanos e pecadores (Ame-ha-Aretz). 16.Filosofia judaico-alexandrina. 17.Interesse no apocalíptico. 18.Samaritanos. 19.Monogamia estrita. 20.Sacerdócio corrupto. 21.Messianismo político.
  • 7. O Antigo Testamento encerra-se com os filhos de Israel sob a dominação dos persas. No Novo Testamento, a Palestina é subserviente aos romanos. A história política que denota esta mudança incide em quatro partes: o período persa, o período grego, o período macabeu ou hasmoneu (o período da independência) e o período romano.
  • 8. O PERÍODO PERSA (538-331 a.C.) Capital no tempo de Ester Capital no tempo Dario I Um pouco da história Ciro conquista a Babilônia e logo após a sua morte assume seu filho Cambisses que no livro de Esdras (4.6) é chamado de Assuero.
  • 9. •O reino do norte de Israel havia sido conquistado pelos assírios em 722 a.C. sob a liderança de Sargão. •Seus habitantes foram então deportados para a Assíria (II Reis 17:6) e para outras terras conquistadas. •Por sua vez, os povos de outras nações conquistadas foram então importados, para povoarem a área conhecida como Samária. •A política dos assírios foi tentar destruir todo vestígio de linhagem nacional e, assim, unir todos os povos num só.
  • 10. •Em 612 a.C., os babilônios, liderados por Nabopolassar, destruíram Nínive e conquistaram os assírios. •O reino do sul, Judá, caiu nas mãos dos babilônios, sob Nabucodonozor, em 605 a.C., e alguns da família real e líderes abastados foram levados cativos para a Babilônia. •Entre estes, estavam Daniel e os três jovens de Daniel 1( Hananias, Misael e Azarias ) •. Uma curta rebelião em 597 a.C. foi suprimida, servindo de pretexto para outra deportação (incluindo Ezequiel). •Uma revolta ainda posterior, conduzida por Zedequias, foi suprimida em 587 a.C., com a destruição completa do Templo e deportação de todos, exceto algumas poucas pessoas pobres, para evitar que o país se tornasse um deserto.
  • 11. •O "cativeiro babilônico" não foi tanto um cativeiro como um exílio. •O propósito das deportações não foi tanto destruir as linhagens nacionais (como foi a política assíria), mas punir aqueles que se opunham ao governo. •Permitiu-se aos cativos uma parcela de liberdade, e eles podiam eleger seus próprios líderes em suas comunidades. •Muitos desses exilados se tornaram líderes no governo babilônico (Dan. 1:20; 2:48,49; 3:30; etc.), e bem poderosos. •Esses exilados estavam começando a encontrar seu ponto forte real nos campos da indústria e do comércio. •A tendência que se iniciou na Babilônia tornou-se mais desenvolvida nas gerações posteriores, até que, durante os tempos do Novo Testamento, as comunidades judaicas eram primariamente urbanas e comerciais, em vez do meio agrícola e pastoral do Velho Testamento.
  • 12. •Durante esse período o nome judeus entrou em uso. •Ele denotava o povo da nação conquistada de Judá. •Os outros termos usados no Antigo Testamento para referência aos descendentes de Abraão e Isaque tornaram-se menos usados, e o termo judeus entrou em uso quase que exclusivamente. A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judeia.11 Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus.
  • 13. •Estando tão longe de Jerusalém, e sem ter o Templo de Salomão e o Tabernáculo para cultuar, o povo exigiu dos sacerdotes um modo temporário de retenção do conhecimento de Jeová. •Assim, surgiram os grupos de adoradores que se reuniam regularmente para ouvir a lei lida, uma palavra de exortação ou explicação, o cântico de salmos e a recitação das orações. •Esses grupos formaram os primórdios da instituição que deveria posteriormente ser conhecida com o nome grego de "sinagoga" ("reunidos juntos"). O termo "sinagoga" tem origem na palavra grega sýnago, composta de [sýn], ―com, junto‖, e ['ago], ―conduta, educação‖, cujo significado amplo seria "assembleia"
  • 14. •A intenção, a princípio, era que a sinagoga fosse apenas uma coisa temporária, até que a volta a Jerusalém pudesse ser feita e o Templo, reconstruído. •Contudo, a importância da sinagoga como força coesiva na unificação dos judeus numa comunidade foi gradualmente reconhecida e aceita universalmente pelos líderes religiosos. •Ela não somente era o meio para ensino da lei e dos profetas, mas também um meio para ajudar os judeus a reterem sua identidade nacional. Quando traduzimos a palavra sinagoga para o Hebraico, a palavra utilizada para expressar a ideia é “Beit Knesset”, que significa literalmente, “casa de assembleia”. Se soa familiar, é provavelmente porque você reconhece a palavra “Knesset” que é o nome utilizado para o parlamento israelense.
  • 15. Foi durante essa época e através desses grupos que Ezequiel realizou seu maravilhoso ministério. De seu trabalho e profecias, os cativos foram ensinados que a calamidade veio sobre eles por causa da idolatria. Nas sinagogas, isso foi ensinado à tamanha extensão que a idolatria foi abandonada e não mais era um grande problema para os judeus. •Na sinagoga surgiu a importante função de mestre. Homens com percepções excepcionais na lei foram recrutados para liderarem nessa importante posição. •O mestre podia, ou não, ter sido da linhagem sacerdotal. O ensino regular da Torah levou a uma ênfase renovada sobre o sábado, a circuncisão e o jejum. •Algumas influências sutis das religiões da Babilônia e da Pérsia foram introduzidas nas instruções religiosas dadas pela sinagoga. Estas podem ser vistas nas doutrinas em desenvolvimento acerca da vida depois da morte, angelologia e demonologia.
  • 16. •Ciro, tendo unido as nações da Média, Lídia e Pérsia, capturou a Babilônia em 538 a.C. e confirmou muitos dos judeus em suas posições ,de autoridade governamental (Dan. 6:1) •A política oficial dos persas era permitir o povo deslocado voltar para as terras de seus pais. Por causa dessa política, a restauração de Judá foi possível. •Contudo, a maioria dos judeus estava feliz na Babilônia e não desejava voltar. Cerca de 50.000 retornaram, sob a liderança de três homens, em três épocas diferentes. Os que ficaram os apoiaram com doações.
  • 17. •Zorobabel um príncipe da linhagem real de Davi, conduziu a primeira volta em 535 a.C. •Após alguma consolidação do poder, foi iniciada a reconstrução do Templo. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, o Templo de Zorobabel foi terminado e dedicado em 516 a.C. •Inferior em esplendor ao de Salomão, esse Templo existiu até que Herodes, o Grande, iniciou a obra de um maior, em 19 a.C. 1º. Templo Salomão 2º. Templo Zorobabel 3º. Templo Herodes
  • 18.
  • 19. •Os adversários da reconstrução do Templo eram uma combinação daqueles que foram deixados após as deportações sob os assírios e babilônios — os povos trazidos para povoar o país — e os inimigos anteriores dos dois reinos de Israel e Judá, que, em sua ausência, tiveram oportunidade de estender seus limites de influência. •Os descendentes do casamento misto desses grupos foram denominados "samaritanos". •Era lógico que esse povo ia opor-se à volta e restauração dos judeus (ver Esdas 4:1 e ss.).
  • 20. •Uma segunda volta ocorreu sob Esdras, em 485 a.C. •Uma terceira foi liderada por Neemias, em 445 a.C. •Começando com Esdras e continuando através do trabalho de Neemias e Malaquias, foram iniciadas reformas, que deveriam ter resultados de longo alcance. •Uma vez que os persas não iriam tolerar a restauração da realeza davídica, o oficial mais alto, politicamente era o sumo sacerdote. Esse homem respondia, de uma maneira geral, ao governador persa. Esse ofício resultou eventualmente em "reis-sacerdotes". •Igualmente, era necessário obter a aprovação do governador persa para eleger-se o sumo sacerdote.
  • 21. •Durante todo o período persa, os judeus foram excepcionais em sua lealdade ao rei persa. Isto pode ter ocorrido porque havia mais judeus na Babilônia do que na Palestina. •Somente cerca de 50.000 judeus haviam voltado à sua terra natal durante esses duzentos anos. Muitos dos judeus tinham altas posições de autoridade e alguns desfrutavam de grande riqueza. •Mesmo uma judia tornou-se a esposa do rei (Ester 2). Esses judeus que estavam na Babilônia exerceram uma influência muito grande sobre seus patrícios na Palestina, através de seus poderes políticos e suas contribuições financeiras.
  • 22.
  • 23. O PERÍODO GREGO (331-167 a.C.)
  • 24. •Filipe da Macedônia morreu em 334 a.C., antes de realizar seu sonho de unir os gregos e de espalhar a cultura grega pelo mundo. •Essa tarefa caiu sobre os ombros de seu filho e herdeiro, Alexandre, que tinha então vinte anos de idade. •O jovem príncipe, que fora pupilo de Aristóteles, partilhava do sonho e visão de seu pai. •Depois de derrotar e arrasar Tebas, que se revoltara contra a dominação macedônia, Alexandre motivou os gregos a se juntarem a ele na tarefa hercúlea de conquistar a Pérsia.
  • 25. •Alexandre mobilizou um exército de dimensões modestas, quando comparado aos mastodônticos exércitos mercenários dos persas. •Suas forças tinham, porém, um treinamento superior e muito maior mobilidade. •A primeira batalha decisiva foi travada junto ao rio Granico, na Ásia Menor, em 334 a.C., e abriu as comportas da influência grega sobre o Oriente Médio. Dario III foi derrotado mais uma vez em Isso, na Cilícia (333 a.C.), e fugiu de volta para a Pérsia. •Alexandre desviou sua marcha para o sul, conquistando a Palestina e o Egito, tarefa facilitada pela boa vontade egípcia em escaparem à odiosa dominação persa e completada em 331 a.C
  • 26. •No Egito, fundou Alexandria, uma cidade grega destinada a ser um centro irradiador da cultura helênica e fundamental mais tarde na moldagem tanto do judaísmo quanto do cristianismo. •Reza a tradição judaica que ao aproximar-se de Jerusalém, Alexandre se defrontou com uma embaixada judaica, encabeçada pelo sumo sacerdote Jadua, que lhe mostrou o livro de Daniel e as profecias de que fora objeto, e mudou sua disposição para com Jerusalém e os judeus, liberando-os do pagamento de tributos no ano sabático.
  • 27. •A ascensão meteórica de Alexandre continuou quando ele marchou para o norte e derrotou Dario III na planície de Gaugamela, a noroeste da antiga Nínive (também conhecida como batalha de Arbela) em 1º de outubro de 331 a.C. •Apesar de lutar contra forças numericamente superiores, Alexandre empregou táticas brilhantes que garantiram sua vitória. •Pouco a pouco o jovem general foi ocupando as principais cidades do império — Babilônia, Susa e Persépolis. •Quando Dario III foi assassinado, Alexandre lhe concedeu pompas fúnebres dignas de um rei, e assumiu para si o título de Rei da Ásia. •Sua marcha para o leste continuou até chegar ao vale do rio Indo, em 325 a.C
  • 28. •De lá, retornou para o ocidente, estabelecendo pelo caminho outras Alexandrias, como nas províncias de Bactria e Sogdiana. •Nem tudo foi tranqüilo nessa marcha de conquista, pois os generais de Alexandre lhe deram quase tanto trabalho quanto as províncias do império que ainda restavam para conquistar. •Ao voltar, ainda teve que corrigir distorções administrativas impostas por seus representantes durante sua ausência de cinco anos. •Quando de sua volta, aceitou a deificação, recebendo a proskunēsis dos persas, mas isentando os gregos de tal prática. Proskynesis (em grego: , pros, e, kuneo, lit. "beijar em direção [a]") refere- se ao tradicional ato dos antigos persas de prostrar-se diante de uma pessoa de status social mais elevado.
  • 29. A morte de Alexandre foi tão súbita quanto sua carreira de líder mundial. •Em 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 32 anos, Alexandre morreu, provavelmente de malária, sem deixar sucessor. •Sua esposa, a princesa sogdiana Roxane, com quem se casara como garantia da pacificação daquela província, estava grávida, mas seu filho jamais chegou a ser considerado herdeiro do trono. •O chifre notável da profecia de Daniel 8 fora quebrado, e outros quatro chifres emergiriam do seu gigantesco império.
  • 30. A Divisão do Império Macedônio •Uma longa disputa sobre os direitos de governar os territórios de Alexandre foi finalmente resolvida em 301 a.C., quando Antígono, o general que tentara obter a exclusividade do poder, foi morto em batalha. •Quatro sátrapas, que haviam previamente (303 a.C.) concordado em dividir o império em quatro partes, assumiram seus governos como reis sobre territórios independentes. O gráfico a seguir indica como o império macedônio foi dividido: Governantes Territórios Ptolomeu Egito e Palestina Seleuco Frígia, Síria, Mesopotâmia e Pérsia Cassandro Macedônia e Grécia Lisímaco Trácia e Bitínia
  • 31. •Este arranjo durou apenas vinte anos, depois dos quais os selêucidas estabeleceram controle sobre a Ásia Menor, e Antígono Gônatas, neto do general de Alexandre, assumiu o controle da Macedônia. •Esses três reinos (Egito, Síria e Macedônia) duraram até o advento de Roma como uma superpotência.
  • 32. O Domínio Ptolemaico sobre a Palestina •Os primeiros herdeiros do império macedônio prestaram pouca atenção à Judéia, que continuou a ser controlada pelo sumo sacerdote, que era diretamente responsável por enviar a Alexandria o tributo anual. •A segunda geração de líderes, porém, Antíoco I e Ptolomeu II, começou a competir pelo controle da Palestina, e assim começaram as chamadas guerras sírias. •Na gangorra política e militar que se seguiu, a Síria e a Fenícia trocaram de mãos várias vezes, mas a Judéia permaneceu sob controle egípcio por quase um século.
  • 33. O Domínio Selêucida sobre a Palestina •Quando o segundo século a.C. começou, Antíoco III (o Grande) tentou unificar (militarmente) os reinos rivais (Síria e Egito), mas fracassou em suas tentativas de invasão do Egito. •Depois de duas fragorosas batalhas nas mãos dos romanos (Termópilas [191 a.C.] e Magnésia [190 a.C.]), Antíoco recorreu a uma política de saques, que acabou por se transformar num esforço de helenização quando Antíoco IV (Epífanes) subiu ao trono em 175 a.C. •Seus esforços para helenizar os judeus foram canalizados primeiramente pela venalidade das lideranças judaicas. A corrupção era tal que Menelau, um judeu pró-helênico e não arônico, veio a ser sumo sacerdote!
  • 34. O Domínio Selêucida sobre a Palestina •Em suas lutas contra o Egito, Antíoco Epífanes acabou por despertar a ira dos romanos, que dependiam da agricultura egípcia e não queriam perdê-la para quem já era seu inimigo na Ásia Menor. •Humilhado pelos romanos, que o forçaram a sair do Egito, Epífanes voltou à Síria firmemente decidido a helenizar totalmente os judeus, de modo a ter uma retaguarda confiável entre si e as legiões romanas do cônsul Popillius Laenas, estacionadas no Egito. •Antíoco entrou à força em Jerusalém e iniciou seu programa de helenização profanando o Templo. •Em 25 de quisleu de 167 a.C., um altar ao Zeus Olímpico foi erigido no lugar do altar do holocausto, e ali foi sacrificada uma porca.
  • 35. O Domínio Selêucida sobre a Palestina •A circuncisão foi proibida por lei e a adoração compulsória de deuses gregos era exigida em bases mensais. •Isto levou à revolta dos macabeus, que começou com a reação de Matatias, um velho sacerdote que matou um judeu apóstata e um representante sírio em sua aldeia, Modina. •O terceiro filho de Matatias, Judas, liderou os judeus numa luta de guerrilhas que logo escalou para uma guerra convencional. •Depois de três anos Judas conseguiu derrotar os sírios em toda a Palestina, e obteve a libertação de Jerusalém, onde o Templo foi purificado e o culto normal restabelecido. •A data da purificação, 25 de quisleu de 164 a.C., marca o começo da celebração de Chanukkah, a festa da dedicação.
  • 36. O Domínio Hasmoneano sobre a Palestina •A despeito das vitórias espetaculares de Judas e seus irmãos, e do fato de que a liberdade religiosa dos judeus foi assegurada a partir do reinado de Antíoco V, a verdadeira independência política ainda demoraria 22 anos para surgir. •A instabilidade política crescente na Síria permitiu ao irmão de Judas, Simão, obter concessões significativas de Demétrio, um dos rivais ao trono da Síria. •Simão estabeleceu a Judéia como uma nação independente, e sua própria família como príncipes- sacerdotes sobre Israel. Seu filho, João Hircano (135-104 a.C.), perdeu e reconquistou a independência da Judéia e, com o consentimento de Roma, estendeu as fronteiras judias de modo a incluir Edom, Samaria e Galiléia. •Foi durante seu reinado que se definiu a duradoura rixa entre os fariseus (descendentes religiosos dos hasidim da época dos macabeus) e os saduceus, a classe sacerdotal dominante, que apoiava os governantes hasmoneanos.
  • 37. •Alexandre Janeu, um dos filhos de João Hircano, conquistou ainda mais território, tornando o reino hasmoneano quase tão extenso quanto o de Davi. •A conseqüência de seu reino de violência foram lutas internas que duraram quase quarenta anos, e que virtualmente extinguiram a linhagem hasmoneana. •Depois de quase um século de auto governo, os judeus voltaram a ser dominados por uma potência estrangeira quando Pompeu interveio na Judéia para pôr fim aos conflitos surgidos entre os filhos de Salomé Alexandra, viúva de Alexandre Janeu.
  • 38. Governantes Hasmoneanos na Palestina Governantes Datas Eventos Principais Simão Macabeu 143-135 Independência da Síria João Hircano 135-104 Invasão síria. Aliança com Roma e reconquista da independência. Expansão territorial. Cunhagem de moedas. Aristóbulo I 104-103 Conquista da Galiléia Alexandre Janeu 103-76 Conquistas territoriais. Lutas internas. Perdas de território para os nabateus. Salomé Alexandra 76-67 Crescimento da influência dos fariseus. Aristóbulo II 67-63 Luta fratricida contra Hircano II. Roma intervém e termina a soberania da Judéia. Hircano II 63-40 Líderes perdem o título de rei, retendo apenas o sumo sacerdócio. Crescimento do controle idumeu sobre a política judaica. Antígono 40-37 Conflito contra Hircano II. Roma designa Herodes como rei. Antígono é decapitado. Fim da linhagem hasmoneana pura.
  • 39.
  • 40. O Domínio Romano sobre a Palestina •Os romanos, que tinham o controle efetivo da Palestina desde a invasão de Pompeu em 63 a.C., finalmente desistiram de arbitrar as intermináveis lutas entre os hasmoneanos, e indicaram Herodes, filho de Antipatro, chefe de uma família iduméia que crescera em prestígio fazendo o jogo político e econômico dos romanos na Palestina, como o rei dos judeus. •Com ajuda romana, ele conquistou a Galiléia e depois Jerusalém. •Escolhendo cuidadosamente a quem apoiar nas lutas que se seguiram ao assassinato de Júlio César em 44 a.C., Herodes reconquistou muito território.
  • 41. •Sistematicamente eliminou a competição no cenário doméstico, matando sem hesitar até esposas e filhos para assegurar sua posição. •Herodes foi um administrador e negociador capaz, conseguindo agradar tanto a romanos quanto a judeus, que sempre se ressentiram de sua ascendência iduméia e de como mandara matar os últimos governantes hasmoneanos. •Foi um ávido construtor de palácios, fortalezas, monumentos e templos, um dos quais dedicado a Otávio Augusto. •O Templo de Jerusalém, sua obra máxima, foi começado por ele, mas ainda estava em construção parcial ao tempo do ministério de Jesus, mais de trinta anos depois da sua morte . Caio Júlio César Octaviano Augusto foi o primeiro e um dos mais importantes imperadores romanos.
  • 42. •Os muitos casamentos de Herodes fomentavam a intriga palaciana e as lutas domésticas. •Isso levou a seis testamentos diferentes e a uma série de execuções de suas próprias esposas e filhos, o que levou Otávio a dizer que preferiria ser o porco de Herodes a ser o filho de Herodes . •Herodes o Grande morreu por volta de 4 a.C. •Depois de sua morte, e com base em seu testamento, Otávio dividiu o território sobre o qual Herodes reinara entre seus três filhos, Arquelau, Filipe e Antipas. •Arquelau rapidamente conquistou a reputação de ser incapaz e cruel, o que fez a família de Jesus mudar-se para Nazaré (Mt 2:22).
  • 43. •Devido às constantes reclamações do povo, Otávio o removeu e baniu, substituindo-o por procuradores romanos. •Filipe governou a parte mais setentrional da Palestina e não teve influência direta nos acontecimentos do Novo Testamento. •Antipas era ambicioso e satisfazia seus próprios desejos, e eventualmente perdeu o favor de Roma e foi banido. Seu território esteve brevemente sob o governo de procuradores até que Herodes Agripa I recebeu o reino em a.D. 41. •No Novo Testamento, todos esses são mencionados com seu nome familiar (Herodes), mas o que teve maior contato com Jesus foi Antipas. O quadro a seguir apresenta essas divisões.
  • 44. Áreas Geográficas e Distritos Administrativos da Palestina Governados pelos Herodes3 Sul Samaria, Judéia, e Iduméia Norte – Leste Galiléia e Peréia Nordeste Ituréia, Traconite, Gaulanite, Auranite, Batanéia Herodes o Grande 37 – 4 a.C. Arquelau 4 a.C. - a.D. 6 Antipas 4 a.C. - a.D. 39 Filipe 4 a.C. - a.D. 34 Governadores romanos a.D. 6 - 41 Governadores romanos 34 - 37 Agripa I 39 – 44 Agripa I 37 - 44 Agripa I 41 – 44 Governadores romanos 44 - 66 Governadores romanos 44 – 53 Governadores romanos 44 - 56 Agripa II 53 – 66 Agripa II 53 - 66 Governadores romanos 56 - 66 Rebelião dos judeus contra Roma 66 – 70 Província da Palaestina 70 – 135 Colonia Aelia Capitolinia depois de 135
  • 45. •Herodes Agripa I foi o neto de Herodes o Grande, que assumiu o controle do território de Filipe em 37. •Depois que Antipas foi banido, recebeu controle de seu território também e acabou por reinar sobre um território tão grande quanto o de seu avô. Agripa I foi responsável pela primeira perseguição ―governamental‖ enfrentada pelos cristãos (At 12.1-3). •Depois de sua morte, em 44, seu filho Agripa II (Marco), que estava em Roma, foi mantido lá por ser considerado ainda muito jovem para o trono. •Oito anos depois, todavia, foi-lhe concedido o território de seu tio, Herodes de Cálcis, e no ano seguinte as tetrarquias de Filipe (Batanéia, Traconite e Gaulanite) e de Lisânias (Abilene). •Quando Nero subiu ao trono, Agripa II recebeu ainda a Peréia e a Galiléia. Ele foi o ―Herodes‖ diante de quem Paulo compareceu e apresentou sua defesa (At 25:13-26:32).
  • 46. •A região da Palestina esteve unificada durante o reinado de Herodes, o Grande (37-4 a.C.) e por três anos (41-44) durante o reinado de Agripa I. •O reino de Agripa II não incluía a Judéia e, embora tenha subsistido até à destruição de Jerusalém, nada mais era que uma fachada para o governo romano (de quem ele foi ferrenho aliado). •Depois da primeira revolta (66-70), a região foi organizada como uma província imperial - Palaestina – e governada por um legado imperial residente em Cesaréia. •A decisão de Adriano de converter o território de Israel numa colônia romana precipitou a segunda revolta (liderada por Bar Kochba, 132-135). •Depois dessa revolta ter sido sufocada, os judeus foram expulsos e a região se tornou uma colônia romana, como o nome de Colonia Aelia Capitolinia.
  • 47. •Quando o Senhor Jesus Cristo iniciou seu ministério, a Judéia estava sob governo romano direto. Arquelau, o etnarca idumeu, havia sido deposto e banido, e o governo era exercido por procuradores romanos. •Os outros dois filhos de Herodes retiveram suas posições, mas viviam debaixo de supervisão romana. •Antes que o Novo Testamento fosse concluído, Israel desaparecera como nação instalada em sua própria terra. •O quadro a seguir alista imperadores romanos e governantes romanos na Palestina entre 27 a.C. e a.D. 96, bem como sua relação com eventos do Novo Testamento.
  • 48. Governantes romanos e sua relação com o Novo Testamento Imperadores Datas Procuradores e datas Eventos bíblicos Otávio César 27 a.C.-a.D. 14 Copônio (a.D. 6-10) Nascimento e infância de Jesus Ambívio (10-13) Anio Rufo (13-15) Tibério 14-37 Valério Grato (15-26) Ministério público de Jesus. Pentecostes. Conversão de Paulo. Pôncio Pilatos (26-36) Marcelo (36-37) Caio Calígula 37-41 Marulo (38-41) Cláudio 41-54 ***4 Morte de Tiago. 1ª viagem de Paulo. Concílio de Jerusalém. 2ª viagem de Paulo Cuspio Fado (44-46) Tibério Júlio (46-48) Ventídio (49-52) Nero 54-68 Marco Félix (52-59) 3ª Viagem de Paulo. Prisão. Ministério pós-prisão. Martírio de Paulo. Perseguição aos cristãos. Pórcio Festo (60-62) Albino (62-64) Géssio Floro (65-70)5 Galba, Otão, Vitélio 68-69 Vespasiano 69-79 Vetuleno (70-72) (Destruição de Jerusalém) Tito 79-81 Lucílio Basso (72-75) Domiciano 81-96 Salvieno (75-86) Perseguição. Exílio de João.
  • 49. Bibliografia Hale, Broadus David, Introdução ao estudo do Novo Testamento, Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1983. Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso, Foco e desenvolvimento no Novo Testamento, São Paulo, Hagnos, 2008. Gundry, Robert H. Panorama do Novo Testamento, Título do original: A Survey of the New Testament ,Traduzido da edição publicada pela Zondervan Publishing House - Grand Rapids, Michigan, EUA, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 1978.