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O texto Prof. Msc. Roberta Scheibe
É uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa. “Num texto o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais constituintes do todo; o sentido do todo não é a mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre elas” (FIORIN e SAVIOLI PLATãO, p.14). O texto
SENTIDO COERÊNCIA UMA FRASE DEPENDE DA OUTRA PARA DAR SENTIDO  CONTEXTO  BRANCOS QUE SÃO TEXTOS A propriedades de um texto
Não é um amontoado de frases. As frases estão relacionadas entre si. Por isso que, num texto, o sentido de uma frase depende do sentido das demais com que se relaciona. Uma mesma frase pode ter sentidos distintos dependendo do contexto dentro do qual está inserida. Contexto: “é a Unidade maior que uma unidade menor está inserida” (p.14). Assim, a frase serve de contexto para a palavra; o texto para a frase. O contexto pode ser explícito, quando é expresso com palavras, ou implícito, quando está embutido na situação em que o texto é produzido. Um texto é um organizado de sentido. O sentido de uma frase depende das outras.
COERÊNCIA – harmonia de sentido de modo que não haja nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. LIGAÇÃO DAS FRASES POR CERTOS ELEMENTOS QUE RECUPERAM PASSAGENS JÁ DITAS OU GARANTEM A CONCATENAÇÃO ENTRE AS PARTES:  não chove há vários meses. Os pastos não poderiam, portanto, estar verdes. O termo, portanto, estabelece uma relação de decorrência lógica entre uma e outra frase. São fatores da organização de um texto:
A segunda característica é que ele é delimitado por dois brancos. Se o texto é um todo organizado de sentido, ele pode ser verbal (um conto, por exemplo), visual (um quadro), verbal e visual (um filme), etc. Mas em todos esses, será delimitado por dois espaços, um antes de começar o texto e outro depois. Ainda de acordo com os autores FIORIN e SAVIOLI, é o espaço em branco no papel antes do início e depois do fim do texto; é o tempo de espera para que o filme comece e o que está depois da palavra FIM; é o momento antes que o maestro levante a batuta e o momento depois que ele abaixa, etc... (P.17) Ex: Moldura de um quadro.
Para os autores em questão, o texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social num tempo e num espaço, expõe em seus textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas de seu tempo e de seu grupo social.
Todo texto tem um caráter histórico, não no sentido de que narra fatos históricos, mas no de que revela os ideais e as concepções de um grupo social numa determinada época. Cada período histórico coloca para os homens certos problemas e os textos pronunciam-se sobre eles. Por exemplo, em nossa época, em que os recursos naturais do planeta correm o risco de esgotar-se, aparece o discurso ecologista que mostra a necessidade de preservar a natureza com vistas à manutenção da espécie humana (p.17). Não há texto que não mostre o seu tempo.
Uma sociedade não produz apenas uma única forma de realidade, ou um único modo de analisar os problemas do momento. Isso porque ela é dividida em grupos sociais, que tem interesses antagônicos, por isso a divergência de idéias.
É necessário entender as concepções existentes na época e na sociedade em que o texto foi produzido para não correr o risco de compreendê-lo de maneira distorcida.
De acordo com FIORIN e SAViOLI, como as idéias só podem ser expressas por meio de textos, analisar a relação do texto com sua época é estudar as relações de um texto com outros. Poderíamos dizer que um texto é, pois, um todo organizado de sentido, delimitado por dois brancos e produzido por um sujeito num dado espaço e num dado tempo.
Uma leitura não pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das partes é determinado pelo todo em que estão encaixadas; Uma leitura, de um lado, não pode levar em conta o que não está no interior do texto e, de outro, deve levar em consideração a relação, assinalada, de uma forma ou de outra, por marcas textuais, que um texto estabelece com outros. Um texto precisa ter intertextualidade e persuasão. Duas conclusões poderíamos tirar dessa noção:

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O texto as propriedades de um texto

  • 1. O texto Prof. Msc. Roberta Scheibe
  • 2. É uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa. “Num texto o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais constituintes do todo; o sentido do todo não é a mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre elas” (FIORIN e SAVIOLI PLATãO, p.14). O texto
  • 3. SENTIDO COERÊNCIA UMA FRASE DEPENDE DA OUTRA PARA DAR SENTIDO CONTEXTO BRANCOS QUE SÃO TEXTOS A propriedades de um texto
  • 4. Não é um amontoado de frases. As frases estão relacionadas entre si. Por isso que, num texto, o sentido de uma frase depende do sentido das demais com que se relaciona. Uma mesma frase pode ter sentidos distintos dependendo do contexto dentro do qual está inserida. Contexto: “é a Unidade maior que uma unidade menor está inserida” (p.14). Assim, a frase serve de contexto para a palavra; o texto para a frase. O contexto pode ser explícito, quando é expresso com palavras, ou implícito, quando está embutido na situação em que o texto é produzido. Um texto é um organizado de sentido. O sentido de uma frase depende das outras.
  • 5. COERÊNCIA – harmonia de sentido de modo que não haja nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. LIGAÇÃO DAS FRASES POR CERTOS ELEMENTOS QUE RECUPERAM PASSAGENS JÁ DITAS OU GARANTEM A CONCATENAÇÃO ENTRE AS PARTES: não chove há vários meses. Os pastos não poderiam, portanto, estar verdes. O termo, portanto, estabelece uma relação de decorrência lógica entre uma e outra frase. São fatores da organização de um texto:
  • 6. A segunda característica é que ele é delimitado por dois brancos. Se o texto é um todo organizado de sentido, ele pode ser verbal (um conto, por exemplo), visual (um quadro), verbal e visual (um filme), etc. Mas em todos esses, será delimitado por dois espaços, um antes de começar o texto e outro depois. Ainda de acordo com os autores FIORIN e SAVIOLI, é o espaço em branco no papel antes do início e depois do fim do texto; é o tempo de espera para que o filme comece e o que está depois da palavra FIM; é o momento antes que o maestro levante a batuta e o momento depois que ele abaixa, etc... (P.17) Ex: Moldura de um quadro.
  • 7. Para os autores em questão, o texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social num tempo e num espaço, expõe em seus textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas de seu tempo e de seu grupo social.
  • 8. Todo texto tem um caráter histórico, não no sentido de que narra fatos históricos, mas no de que revela os ideais e as concepções de um grupo social numa determinada época. Cada período histórico coloca para os homens certos problemas e os textos pronunciam-se sobre eles. Por exemplo, em nossa época, em que os recursos naturais do planeta correm o risco de esgotar-se, aparece o discurso ecologista que mostra a necessidade de preservar a natureza com vistas à manutenção da espécie humana (p.17). Não há texto que não mostre o seu tempo.
  • 9. Uma sociedade não produz apenas uma única forma de realidade, ou um único modo de analisar os problemas do momento. Isso porque ela é dividida em grupos sociais, que tem interesses antagônicos, por isso a divergência de idéias.
  • 10. É necessário entender as concepções existentes na época e na sociedade em que o texto foi produzido para não correr o risco de compreendê-lo de maneira distorcida.
  • 11. De acordo com FIORIN e SAViOLI, como as idéias só podem ser expressas por meio de textos, analisar a relação do texto com sua época é estudar as relações de um texto com outros. Poderíamos dizer que um texto é, pois, um todo organizado de sentido, delimitado por dois brancos e produzido por um sujeito num dado espaço e num dado tempo.
  • 12. Uma leitura não pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das partes é determinado pelo todo em que estão encaixadas; Uma leitura, de um lado, não pode levar em conta o que não está no interior do texto e, de outro, deve levar em consideração a relação, assinalada, de uma forma ou de outra, por marcas textuais, que um texto estabelece com outros. Um texto precisa ter intertextualidade e persuasão. Duas conclusões poderíamos tirar dessa noção: