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E-book – Acústica de Edificações
Pisos
Desempenho Acústico
Vítor Litwinczik
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SOBRE A EMPRESA
Anima Acústica – Tecnologia e Conhecimento Ltda. ME, é uma empresa de engenharia e de
base tecnológica situada em Florianópolis/SC, que atua nos seguintes setores:
 Construção civil: por meio de projetos acústicos de edificações e ensaios de
desempenho acústico de ambientes construídos. Essas atividades vêm sendo
realizadas com foco na nova norma de desempenho de construções ABNT NBR
15575.
 Ambientes industriais: desenvolvendo serviço de mapeamento de ruído, análise e
controle de ruído e vibrações, avaliações de vibração no corpo humano e design
sonoro de produtos.
 Meio ambiente: realizando laudo de ruído comunitário e estudos de impacto de
ruído ambiental.
Portfólio
Temos em nosso portfólio de serviços acústicos as seguintes empresas:
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SUMÁRIO
SOBRE A EMPRESA ...............................................................................1
Portfólio................................................................................................1
OBJETIVOS ...........................................................................................3
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................3
1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES........................................................4
1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS...................................5
1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO .............................5
2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS....................................................6
2.1. TIPOS DE LAGES..........................................................................7
2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA .............................................7
2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES..............9
PARA SABER MAIS ..............................................................................18
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OBJETIVOS
O objetivo deste guia é apresentar conceitos técnicos sobre o desempenho
acústico de sistemas construtivos de pisos para servir como um material de consulta
para novos projetos de construções, otimizando tempo de projeto com soluções pré-
determinadas, estimando previamente o grau de isolamento acústico para os
sistemas de pisos e o enquadramento quanto à norma ABNT NBR 15575:20081
.
1. INTRODUÇÃO
A seleção da solução construtiva correta para uma determinada situação
assume grande relevância a partir do momento em que a tranquilidade e o bem estar
dos usuários estão em questão.
Costuma-se dizer que ruído é todo som indesejável. Entretanto esse conceito
é muito subjetivo, uma vez que o que é considerado ruído para algumas pessoas
pode ser entendido como som para outras, por exemplo, uma música.
Chama-se de ruído aéreo aos sons transmitidos através do ar como o gerado
pelo tráfego rodoviário, ferroviário ou aéreo, o funcionamento de equipamentos
coletivos e/ou individuais, a própria conversação, atividades quotidianas, etc.
Dá-se o nome de ruído estrutural ao ruído que é, primeiramente propagado
pela estrutura da construção e então transmitido pelo ar, como o ruído do caminhar,
do impacto da queda de objetos no chão, do recalque de água pelas tubulações
embutidas, do movimento do elevador, etc.
Figura 1 – Níveis aproximados de ruídos do cotidiano.
1
Como esta norma está em processo de revisão o material foi elaborado com base na norma vigente
NBR 15575:2008.
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1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES
Em um edifício o ruído é transmitido pela sua estrutura e pelo ar antes de
chegar aos nossos ouvidos. Dentre eles distinguem-se três tipos de ruídos:
I. Ruídos aéreos externos – são os ruídos provenientes do meio exterior, da
rua, o tráfego urbano, uma fábrica, um aeroporto, as pessoas na rua.
II. Ruídos aéreos internos e ruídos de impacto – são constituídos
principalmente da conversação, dos aparelhos de TV, dos aparelhos de
som, eletrodomésticos em geral. Os ruídos de impacto são os ruídos de
passos, de quedas de objetos.
III. Ruídos de equipamentos – são provenientes dos equipamentos de uso
coletivo da edificação como bombas de recalque, ventilação mecânica,
equipamentos de aquecimento de água, elevadores, tubulações em geral,
porta de garagens de entrada dos edifícios.
Figura 2 – Fontes de ruído em uma edificação.
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1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS
Podemos classificar as transmissões sonoras em três tipos principais:
I. Transmissões diretas – são aquelas onde o som passa diretamente pelas
paredes divisórias.
II. Transmissões indiretas ou laterais – ocorrem quando o som passa para
outro ambiente por estruturas da edificação que não a parede divisória.
III. Transmissões parasitas – são as transmissões sonoras ocorridas por
falhas/defeitos localizados e que ocorrem geralmente por falta de vedação
correta ao ar (fissuras nas paredes, falha na instalação de janelas, caixas
elétricas…).
Figura 3 – Tipos de transmissão de ruído.
1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO
Para fazer um isolamento acústico de um ambiente, devemos ter em mente
um princípio básico do isolamento acústico, conhecido como:
Lei da Massa – quanto mais pesado, mais denso o material, melhor o isolamento.
Para uma mesma espessura, uma partição de concreto isolará mais que uma de
I
II
III
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gesso, pois em um mesmo volume o concreto é mais pesado que o gesso. Essa lei
pode ser expressa matematicamente como:
Rw ≈ 10 log(f.m)²
Rw = índice de redução sonora, f = frequência e m = massa.
Figura 4 – Representação gráfica da Lei da Massa.
De forma objetiva ela nos diz que para uma frequência constante o isolamento
aumenta 6 decibéis (dB) quando se duplica a massa de uma partição. Analogamente,
para uma massa fixa, o isolamento cresce 6 dB ao duplicar a frequência do som.
Na prática observa-se que o isolamento é um pouco inferior por levar em
conta as imperfeições das construções e outros mecanismos de transmissão
existentes em situações reais. Dessa forma, recomenda-se considerar 4 dB de
redução.
2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS
De uma forma objetiva, os sistemas de pisos internos, ou lajes, são
elementos de superfície plana e horizontal que estão sujeitos a ações em seu plano.
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2.1. TIPOS DE LAGES
Existem vários tipos de lajes utilizadas no mercado, sendo as mais comuns
a pré-moldada, que pode ser do tipo convencional, treliçada ou protendida, a maciça
e a nervurada.
Figura 5 – Esquema de laje pré-moldada
treliçada.
Figura 6 – Esquema de laje pré-moldada
protendida.
Figura 7 – Esquema de laje maciça. Figura 8 – Esquema de laje nervurada.
2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA
A norma ABNT NBR 15575:2008 diz que: “O projeto para isolamento acústico
de um piso visa assegurar conforto acústico, em termos do ruído de fundo
transmitido via aérea e estrutural, bem como privacidade acústica assegurando a
inteligibilidade da comunicação em ambientes adjacentes”.
As tabelas a seguir sumarizam as recomendações quanto à atenuação de
ruído a ser proporcionada pelos pisos internos, quanto ao ruído aéreo e ruído de
impacto, respectivamente.
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Tabela 1 – Níveis de Redução Sonora de ruídos aéreos para sistemas de lajes internas.
Elemento
Atenuação
Sonora
Piso sobre áreas comuns, como corredores 35 dB
Piso separando unidades habitacionais autônomas 40 dB
Tabela 2 – Atenuação sonora quanto ao ruído de impacto para sistemas de lajes internas.
Elemento L’nT,w Desempenho
Laje, com ou sem contra piso, sem
tratamento acústico
< 80 dB Mínimo
Laje, com ou sem contra piso, com
tratamento acústico
55 a 65 dB Intermediário
< 55 dB Superior
Obs.: L’nT,w = Nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado.
A norma brasileira salienta que os valores mínimos correspondem a dados
representativos de ensaios realizados em edifícios habitacionais brasileiros, em lajes
maciças de concreto armado, sem acabamento superficial, e com espessura entre 10
e 12 cm.
Isso não quer dizer que a norma recomenda esse tipo de laje! Ela apenas
informa como foram obtidos tais níveis de desempenho.
Como as construções quase sempre fornecem algum tipo de acabamento
superficial, na prática, os valores encontrados podem ser menores devido a adição
de acabamentos como carpetes, revestimentos emborrachados ou assoalhos de
madeira.
 De uma forma simples diz-se que, para o isolamento de ruído aéreo,
quanto maior o índice de isolamento apresentado pelo material melhor o
resultado obtido em termos de isolamento acústico. Neste caso mede-se
o quanto a partição é capaz de isolar, ou seja, o valor apresentado é
relativo ao sistema.
 Já para o ruído de impacto, quanto menor o valor apresentado como
índice de isolamento melhor o desempenho. Aqui, o resultado
apresentado indica o nível de pressão sonora que está sendo ouvido no
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ambiente, ou seja, o valor é referente ao ruído dentro do espaço
construído devido às propagações diretas e indiretas.
Considerando a composição mista das lajes, as camadas de concreto
regularizado sobrepostas tornam esses elementos bons isoladores de ruído aéreos.
Assim, desde que corretamente construídos e que os usuários tenham “hábitos
cotidianos convencionais”, não é necessária tanta preocupação com a atenuação
sonora de ruídos aéreos para lajes.
Quanto ao ruído de impacto, alguns estudos já foram realizados para avaliar o
isolamento acústico de diferentes tipos de lajes, porém os dados obtidos não são
conclusivos quanto qual tipo de laje é acusticamente mais eficiente. Entretanto, tais
estudos mostram que as lajes maciças, apresentam índices de isolamento melhores
ou muito próximos ao indicado na norma, desde que tenham espessura igual ou
superior ao indicado na norma.
2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES
Poderíamos reduzir os efeitos
do ruído de impacto por meio do
aumento da espessura da laje, porém
este método se torna inviável visto
que o ganho de isolamento é de
apenas 1 dB a cada aumento de 1 cm
na espessura da laje.
Figura 9 – Curvas típicas de isolamento de ruído de
impacto.
Com essa limitação é possível conceber métodos alternativos de isolamento
ao ruído de impacto em lajes estruturais como:
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 Utilizar forrações com materiais
macios como tapetes espessos e
carpetes em cima da laje, porém
tem o inconveniente de depender do
gosto particular do morador e por
vezes im-possibilitar o controle do
ruído.
Figura 10 – Esquema de piso com
forração.
Tabela 3 – Atenuação sonora de pisos revestidos.
Revestimento de piso Atenuação Sonora
Borracha 2 a 13 dB
Laminado sintético 1 a 3 dB
Carpete 7 a 27 dB
Carpete com base isolante 33 a 39 dB
* Dados obtidos para uso em laje de concreto armado com 12 cm de espessura.
 A utilização de forro falso no
ambiente de recepção do ruído
funciona como um método
eficiente para barreira ao ruído
aéreo, porém é ineficaz quanto
ao ruído estrutural, pois não
impede a transmissão indireta
pelas paredes verticais.
Figura 11 – Caminhos de propagação do ruído
de impacto.
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 A adição de material resiliente entre o contrapiso e a laje, conhecido
como piso flutuante, é o método mais eficiente, pois controla o ruído na
fonte do ruído (piso superior) independente do uso ou não de tapetes e
carpetes além de barrar a transmissão indireta do ruído estrutural pelas
paredes.
O QUE SÃO PISOS, OU LAJES, FLUTUANTES?
Trata-se de uma laje estruturalmente apoiada na edificação com o contrapiso
apoiado sobre um material resiliente, sem contato direto com nenhuma parte da
estrutura. Isto é, são duas superfícies construídas uma sobre a outra, porém com
material resiliente aplicado entre elas para amortecer a vibração gerada pelo
contrapiso.
Figura 12 – Esquema de composição do piso flutuante e elementos principais.
A ideia principal da laje flutuante é isolar a estrutura do edifício das vibrações
geradas pelo impacto no piso. Para isso a execução do sistema deve ser bastante
criteriosa de maneira a evitar a formação de uniões rígidas entre o piso flutuante e a
estrutura.
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Além disso, o material usado para
isolamento precisa atender determinadas
características como resistências
mecânica, química, à perfuração e à
combustão, mas, sobretudo deve ser
elástico que é o que lhe garantirá o bom
desem-penho como isolante acústico.
Figura 13 – Esquema simplificado de piso
flutuante.
A quantidade de tipos e formas de materiais para montagem de pisos
flutuantes no mercado é vasta. A Tabela 4 mostra uma rápida comparação dos
valores médios de isolamento de ruído de impacto obtido com diferentes tipos de
materiais comerciais.
Tabela 4 – Atenuação sonora de ruído de impacto de diferentes materiais elásticos.
Tipo de material Espessura Desempenho
Lã de vidro 15 a 20 mm 20 a 25 dB
Borracha reciclada (EVA) 4 a 8 mm 8 a 11 dB
Poliestireno expandido (isopor) 25 mm 9 a 12 dB
Espuma de polietileno 5 mm 8 dB
Obs.: Essa tabela apresenta valores de referência. Para dados mais precisos deve-se
consultar os fornecedores dos materiais.
OBSERVAÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DOS PISOS:
I. Natureza e espessura da camada elástica – em média, para cada
duplicação de espessura do material resiliente ganha-se 4 dB no
isolamento do ruído de impacto, considerando um intervalo de variação
entre 5 mm e 40 mm.
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Figura 14 – Variação do desempenho acústico com alteração de espessura da laje.
II. Carga na laje – carregamentos extras acrescidos em certas partes da laje
flutuante podem produzir um efeito favorável, com limites, como
consequência da redução da frequência de ressonância do sistema.
Figura 15 – Piso flutuante com carregamento pontual.
III. Espessura da laje suporte – ensaios demonstraram que uma laje de 16
cm de espessura, ao ter esta espessura aumentada em 1 cm terá uma
melhoria de 1 dB no desempenho global de isolamento ao ruído de
impacto.
Figura 16 – Ganho no isolamento com espessura da laje de suporte.
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BOAS PRÁTICAS EM PISOS FLUTUANTES:
O essencial na execução de um
sistema de piso flutuante é garantir o
máximo de estanqueidade possível e
evitar que se formem pontes acústicas
entre o piso flutuante e a laje suporte e
também entre o piso e as paredes.
Figura 17 – Ponte acústica entre contrapiso e a
laje.
A existência de ligação rígida entre o acabamento do piso flutuante e a laje
suporte faz com que as ondas de vibração atravessem o material elástico,
prejudicando o isolamento de todo o sistema.
Para que haja uma boa execução do piso flutuante é importante observar:
 A laje suporte tenha sua face superior perfeitamente regularizada e
alisada.
 As bordas da argamassa de regularização ou contrapiso e as bordas do
revestimento final não podem, em hipótese alguma, entrar em contato
com as paredes divisórias ou quaisquer equipamentos que possam
transmitir vibrações. O material resiliente deve ter na borda alguns
centímetros acima do nível do piso e os rodapés devem ser
cuidadosamente colocados sobre uma junta elástica ou serem interpostos
com mastique.
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Figura 18 – Elementos de um sistema de piso flutuante.
 Entre cômodos contíguos o sistema de piso flutuante não deve cobrir
inteiramente a laje suporte. Deve haver interrupção do piso flutuante no
limite da parede.
Figura 19 – Caminhos de propagação sonora em sistemas de piso flutuante.
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 Da mesma forma nas passagens,
com ou sem porta, deve-se fazer
a interrupção do piso flu-tuante,
deixando-se uma junta elástica,
devidamente protegida, no
espaço entre pisos contíguos.
Figura 20 – Interrupção do piso flutuante
entre cômodos.
 As eventuais emendas do material resiliente devem ser feitas sem que
sejam deixados espaços entre uma porção e a outra. Este procedimento
evita a formação de pontes acústicas entre o piso flutuante e a laje.
Figura 21 – Exemplo de emenda entre mantas de material resiliente.
 A colocação de tubulações na laje suporte deve ser feita sem que haja
interrupções ou possibilidade de futuras quebras no material resiliente.
Para isso é preciso que as tubulações sejam inseridas na própria laje ou
tenham a suas saliências regularizadas com argamassa antes da
colocação do material resiliente.
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Figura 22 – Esquema de passagem de tubulações em pisos flutuantes.
 As tubulações que cruzam o piso flutuante devem ser recobertas com
proteções e ambas recobertas com material resiliente.
Figura 23 – Esquema de passagem de tubulações através de lajes flutuantes.
Figura 24 – Esquema de material resiliente aplicado em tubulações.
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PARA SABER MAIS
ABNT NBR 15575:2008-3 – Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho.
Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos.
Combattre une nuisance quotidienne, la lutte contre le bruit; L’Habitat, Agence de
l’Environnement et de la Maîtrise de l’Energie, Angers, França, 2008.
Cornacchia, G.M.M.; Investigação in-situ do isolamento sonoro ao ruído de impacto em
edifícios residenciais, Dissertação, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 2009.
Ferreira, A. R. P. C.; Soluções técnicas para isolamento sonoro de edifícios de habitação,
Dissertação, Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal, 2007.
Pedroso, M.A.T.; Estudo comparativo entre as modernas composições de pisos flutuantes
quanto ao desempenho no isolamento ao ruído de impacto. Dissertação, UFSM, Santa
Maria, RS, Brasil, 2007.
Pereyron, D.; Estudo de tipologias de lajes quanto ao isolamento ao ruído de impacto,
Dissertação, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2008.
Warnock, A.C.C.; L'acoustique en pratique. [online] Disponível na Internet via URL:
https://www.nrc-cnrc.gc.ca/fra/idp/irc/rsb/85-acoustique.html. Arquivo consultado em 3
de novembro de 2009.

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  • 1. E-book – Acústica de Edificações Pisos Desempenho Acústico Vítor Litwinczik engenharia@animacustica.com.br (48) 2107.2722 / 3028.9662 Florianópolis, SC, abril de 2012.
  • 2. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 SOBRE A EMPRESA Anima Acústica – Tecnologia e Conhecimento Ltda. ME, é uma empresa de engenharia e de base tecnológica situada em Florianópolis/SC, que atua nos seguintes setores:  Construção civil: por meio de projetos acústicos de edificações e ensaios de desempenho acústico de ambientes construídos. Essas atividades vêm sendo realizadas com foco na nova norma de desempenho de construções ABNT NBR 15575.  Ambientes industriais: desenvolvendo serviço de mapeamento de ruído, análise e controle de ruído e vibrações, avaliações de vibração no corpo humano e design sonoro de produtos.  Meio ambiente: realizando laudo de ruído comunitário e estudos de impacto de ruído ambiental. Portfólio Temos em nosso portfólio de serviços acústicos as seguintes empresas:
  • 3. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 SUMÁRIO SOBRE A EMPRESA ...............................................................................1 Portfólio................................................................................................1 OBJETIVOS ...........................................................................................3 1. INTRODUÇÃO ..............................................................................3 1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES........................................................4 1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS...................................5 1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO .............................5 2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS....................................................6 2.1. TIPOS DE LAGES..........................................................................7 2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA .............................................7 2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES..............9 PARA SABER MAIS ..............................................................................18
  • 4. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 OBJETIVOS O objetivo deste guia é apresentar conceitos técnicos sobre o desempenho acústico de sistemas construtivos de pisos para servir como um material de consulta para novos projetos de construções, otimizando tempo de projeto com soluções pré- determinadas, estimando previamente o grau de isolamento acústico para os sistemas de pisos e o enquadramento quanto à norma ABNT NBR 15575:20081 . 1. INTRODUÇÃO A seleção da solução construtiva correta para uma determinada situação assume grande relevância a partir do momento em que a tranquilidade e o bem estar dos usuários estão em questão. Costuma-se dizer que ruído é todo som indesejável. Entretanto esse conceito é muito subjetivo, uma vez que o que é considerado ruído para algumas pessoas pode ser entendido como som para outras, por exemplo, uma música. Chama-se de ruído aéreo aos sons transmitidos através do ar como o gerado pelo tráfego rodoviário, ferroviário ou aéreo, o funcionamento de equipamentos coletivos e/ou individuais, a própria conversação, atividades quotidianas, etc. Dá-se o nome de ruído estrutural ao ruído que é, primeiramente propagado pela estrutura da construção e então transmitido pelo ar, como o ruído do caminhar, do impacto da queda de objetos no chão, do recalque de água pelas tubulações embutidas, do movimento do elevador, etc. Figura 1 – Níveis aproximados de ruídos do cotidiano. 1 Como esta norma está em processo de revisão o material foi elaborado com base na norma vigente NBR 15575:2008.
  • 5. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 1.1. O RUÍDO EM NOSSOS LARES Em um edifício o ruído é transmitido pela sua estrutura e pelo ar antes de chegar aos nossos ouvidos. Dentre eles distinguem-se três tipos de ruídos: I. Ruídos aéreos externos – são os ruídos provenientes do meio exterior, da rua, o tráfego urbano, uma fábrica, um aeroporto, as pessoas na rua. II. Ruídos aéreos internos e ruídos de impacto – são constituídos principalmente da conversação, dos aparelhos de TV, dos aparelhos de som, eletrodomésticos em geral. Os ruídos de impacto são os ruídos de passos, de quedas de objetos. III. Ruídos de equipamentos – são provenientes dos equipamentos de uso coletivo da edificação como bombas de recalque, ventilação mecânica, equipamentos de aquecimento de água, elevadores, tubulações em geral, porta de garagens de entrada dos edifícios. Figura 2 – Fontes de ruído em uma edificação.
  • 6. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 1.2. ENTENDENDO A TRANSMISSÃO DE RUÍDOS Podemos classificar as transmissões sonoras em três tipos principais: I. Transmissões diretas – são aquelas onde o som passa diretamente pelas paredes divisórias. II. Transmissões indiretas ou laterais – ocorrem quando o som passa para outro ambiente por estruturas da edificação que não a parede divisória. III. Transmissões parasitas – são as transmissões sonoras ocorridas por falhas/defeitos localizados e que ocorrem geralmente por falta de vedação correta ao ar (fissuras nas paredes, falha na instalação de janelas, caixas elétricas…). Figura 3 – Tipos de transmissão de ruído. 1.3. PRINCÍPIO BÁSICO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO Para fazer um isolamento acústico de um ambiente, devemos ter em mente um princípio básico do isolamento acústico, conhecido como: Lei da Massa – quanto mais pesado, mais denso o material, melhor o isolamento. Para uma mesma espessura, uma partição de concreto isolará mais que uma de I II III
  • 7. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 gesso, pois em um mesmo volume o concreto é mais pesado que o gesso. Essa lei pode ser expressa matematicamente como: Rw ≈ 10 log(f.m)² Rw = índice de redução sonora, f = frequência e m = massa. Figura 4 – Representação gráfica da Lei da Massa. De forma objetiva ela nos diz que para uma frequência constante o isolamento aumenta 6 decibéis (dB) quando se duplica a massa de uma partição. Analogamente, para uma massa fixa, o isolamento cresce 6 dB ao duplicar a frequência do som. Na prática observa-se que o isolamento é um pouco inferior por levar em conta as imperfeições das construções e outros mecanismos de transmissão existentes em situações reais. Dessa forma, recomenda-se considerar 4 dB de redução. 2. SISTEMAS DE PISOS INTERNOS De uma forma objetiva, os sistemas de pisos internos, ou lajes, são elementos de superfície plana e horizontal que estão sujeitos a ações em seu plano.
  • 8. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 2.1. TIPOS DE LAGES Existem vários tipos de lajes utilizadas no mercado, sendo as mais comuns a pré-moldada, que pode ser do tipo convencional, treliçada ou protendida, a maciça e a nervurada. Figura 5 – Esquema de laje pré-moldada treliçada. Figura 6 – Esquema de laje pré-moldada protendida. Figura 7 – Esquema de laje maciça. Figura 8 – Esquema de laje nervurada. 2.2. APLICABILIDADE QUANTO A NORMA A norma ABNT NBR 15575:2008 diz que: “O projeto para isolamento acústico de um piso visa assegurar conforto acústico, em termos do ruído de fundo transmitido via aérea e estrutural, bem como privacidade acústica assegurando a inteligibilidade da comunicação em ambientes adjacentes”. As tabelas a seguir sumarizam as recomendações quanto à atenuação de ruído a ser proporcionada pelos pisos internos, quanto ao ruído aéreo e ruído de impacto, respectivamente.
  • 9. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 Tabela 1 – Níveis de Redução Sonora de ruídos aéreos para sistemas de lajes internas. Elemento Atenuação Sonora Piso sobre áreas comuns, como corredores 35 dB Piso separando unidades habitacionais autônomas 40 dB Tabela 2 – Atenuação sonora quanto ao ruído de impacto para sistemas de lajes internas. Elemento L’nT,w Desempenho Laje, com ou sem contra piso, sem tratamento acústico < 80 dB Mínimo Laje, com ou sem contra piso, com tratamento acústico 55 a 65 dB Intermediário < 55 dB Superior Obs.: L’nT,w = Nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado. A norma brasileira salienta que os valores mínimos correspondem a dados representativos de ensaios realizados em edifícios habitacionais brasileiros, em lajes maciças de concreto armado, sem acabamento superficial, e com espessura entre 10 e 12 cm. Isso não quer dizer que a norma recomenda esse tipo de laje! Ela apenas informa como foram obtidos tais níveis de desempenho. Como as construções quase sempre fornecem algum tipo de acabamento superficial, na prática, os valores encontrados podem ser menores devido a adição de acabamentos como carpetes, revestimentos emborrachados ou assoalhos de madeira.  De uma forma simples diz-se que, para o isolamento de ruído aéreo, quanto maior o índice de isolamento apresentado pelo material melhor o resultado obtido em termos de isolamento acústico. Neste caso mede-se o quanto a partição é capaz de isolar, ou seja, o valor apresentado é relativo ao sistema.  Já para o ruído de impacto, quanto menor o valor apresentado como índice de isolamento melhor o desempenho. Aqui, o resultado apresentado indica o nível de pressão sonora que está sendo ouvido no
  • 10. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 ambiente, ou seja, o valor é referente ao ruído dentro do espaço construído devido às propagações diretas e indiretas. Considerando a composição mista das lajes, as camadas de concreto regularizado sobrepostas tornam esses elementos bons isoladores de ruído aéreos. Assim, desde que corretamente construídos e que os usuários tenham “hábitos cotidianos convencionais”, não é necessária tanta preocupação com a atenuação sonora de ruídos aéreos para lajes. Quanto ao ruído de impacto, alguns estudos já foram realizados para avaliar o isolamento acústico de diferentes tipos de lajes, porém os dados obtidos não são conclusivos quanto qual tipo de laje é acusticamente mais eficiente. Entretanto, tais estudos mostram que as lajes maciças, apresentam índices de isolamento melhores ou muito próximos ao indicado na norma, desde que tenham espessura igual ou superior ao indicado na norma. 2.3. CONSIDERAÇÕES NO DESEMPENHO ACÚSTICO DE LAJES Poderíamos reduzir os efeitos do ruído de impacto por meio do aumento da espessura da laje, porém este método se torna inviável visto que o ganho de isolamento é de apenas 1 dB a cada aumento de 1 cm na espessura da laje. Figura 9 – Curvas típicas de isolamento de ruído de impacto. Com essa limitação é possível conceber métodos alternativos de isolamento ao ruído de impacto em lajes estruturais como:
  • 11. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662  Utilizar forrações com materiais macios como tapetes espessos e carpetes em cima da laje, porém tem o inconveniente de depender do gosto particular do morador e por vezes im-possibilitar o controle do ruído. Figura 10 – Esquema de piso com forração. Tabela 3 – Atenuação sonora de pisos revestidos. Revestimento de piso Atenuação Sonora Borracha 2 a 13 dB Laminado sintético 1 a 3 dB Carpete 7 a 27 dB Carpete com base isolante 33 a 39 dB * Dados obtidos para uso em laje de concreto armado com 12 cm de espessura.  A utilização de forro falso no ambiente de recepção do ruído funciona como um método eficiente para barreira ao ruído aéreo, porém é ineficaz quanto ao ruído estrutural, pois não impede a transmissão indireta pelas paredes verticais. Figura 11 – Caminhos de propagação do ruído de impacto.
  • 12. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662  A adição de material resiliente entre o contrapiso e a laje, conhecido como piso flutuante, é o método mais eficiente, pois controla o ruído na fonte do ruído (piso superior) independente do uso ou não de tapetes e carpetes além de barrar a transmissão indireta do ruído estrutural pelas paredes. O QUE SÃO PISOS, OU LAJES, FLUTUANTES? Trata-se de uma laje estruturalmente apoiada na edificação com o contrapiso apoiado sobre um material resiliente, sem contato direto com nenhuma parte da estrutura. Isto é, são duas superfícies construídas uma sobre a outra, porém com material resiliente aplicado entre elas para amortecer a vibração gerada pelo contrapiso. Figura 12 – Esquema de composição do piso flutuante e elementos principais. A ideia principal da laje flutuante é isolar a estrutura do edifício das vibrações geradas pelo impacto no piso. Para isso a execução do sistema deve ser bastante criteriosa de maneira a evitar a formação de uniões rígidas entre o piso flutuante e a estrutura.
  • 13. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 Além disso, o material usado para isolamento precisa atender determinadas características como resistências mecânica, química, à perfuração e à combustão, mas, sobretudo deve ser elástico que é o que lhe garantirá o bom desem-penho como isolante acústico. Figura 13 – Esquema simplificado de piso flutuante. A quantidade de tipos e formas de materiais para montagem de pisos flutuantes no mercado é vasta. A Tabela 4 mostra uma rápida comparação dos valores médios de isolamento de ruído de impacto obtido com diferentes tipos de materiais comerciais. Tabela 4 – Atenuação sonora de ruído de impacto de diferentes materiais elásticos. Tipo de material Espessura Desempenho Lã de vidro 15 a 20 mm 20 a 25 dB Borracha reciclada (EVA) 4 a 8 mm 8 a 11 dB Poliestireno expandido (isopor) 25 mm 9 a 12 dB Espuma de polietileno 5 mm 8 dB Obs.: Essa tabela apresenta valores de referência. Para dados mais precisos deve-se consultar os fornecedores dos materiais. OBSERVAÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DOS PISOS: I. Natureza e espessura da camada elástica – em média, para cada duplicação de espessura do material resiliente ganha-se 4 dB no isolamento do ruído de impacto, considerando um intervalo de variação entre 5 mm e 40 mm.
  • 14. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 Figura 14 – Variação do desempenho acústico com alteração de espessura da laje. II. Carga na laje – carregamentos extras acrescidos em certas partes da laje flutuante podem produzir um efeito favorável, com limites, como consequência da redução da frequência de ressonância do sistema. Figura 15 – Piso flutuante com carregamento pontual. III. Espessura da laje suporte – ensaios demonstraram que uma laje de 16 cm de espessura, ao ter esta espessura aumentada em 1 cm terá uma melhoria de 1 dB no desempenho global de isolamento ao ruído de impacto. Figura 16 – Ganho no isolamento com espessura da laje de suporte.
  • 15. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 BOAS PRÁTICAS EM PISOS FLUTUANTES: O essencial na execução de um sistema de piso flutuante é garantir o máximo de estanqueidade possível e evitar que se formem pontes acústicas entre o piso flutuante e a laje suporte e também entre o piso e as paredes. Figura 17 – Ponte acústica entre contrapiso e a laje. A existência de ligação rígida entre o acabamento do piso flutuante e a laje suporte faz com que as ondas de vibração atravessem o material elástico, prejudicando o isolamento de todo o sistema. Para que haja uma boa execução do piso flutuante é importante observar:  A laje suporte tenha sua face superior perfeitamente regularizada e alisada.  As bordas da argamassa de regularização ou contrapiso e as bordas do revestimento final não podem, em hipótese alguma, entrar em contato com as paredes divisórias ou quaisquer equipamentos que possam transmitir vibrações. O material resiliente deve ter na borda alguns centímetros acima do nível do piso e os rodapés devem ser cuidadosamente colocados sobre uma junta elástica ou serem interpostos com mastique.
  • 16. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 Figura 18 – Elementos de um sistema de piso flutuante.  Entre cômodos contíguos o sistema de piso flutuante não deve cobrir inteiramente a laje suporte. Deve haver interrupção do piso flutuante no limite da parede. Figura 19 – Caminhos de propagação sonora em sistemas de piso flutuante.
  • 17. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662  Da mesma forma nas passagens, com ou sem porta, deve-se fazer a interrupção do piso flu-tuante, deixando-se uma junta elástica, devidamente protegida, no espaço entre pisos contíguos. Figura 20 – Interrupção do piso flutuante entre cômodos.  As eventuais emendas do material resiliente devem ser feitas sem que sejam deixados espaços entre uma porção e a outra. Este procedimento evita a formação de pontes acústicas entre o piso flutuante e a laje. Figura 21 – Exemplo de emenda entre mantas de material resiliente.  A colocação de tubulações na laje suporte deve ser feita sem que haja interrupções ou possibilidade de futuras quebras no material resiliente. Para isso é preciso que as tubulações sejam inseridas na própria laje ou tenham a suas saliências regularizadas com argamassa antes da colocação do material resiliente.
  • 18. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 Figura 22 – Esquema de passagem de tubulações em pisos flutuantes.  As tubulações que cruzam o piso flutuante devem ser recobertas com proteções e ambas recobertas com material resiliente. Figura 23 – Esquema de passagem de tubulações através de lajes flutuantes. Figura 24 – Esquema de material resiliente aplicado em tubulações.
  • 19. Anima Acústica – Engenharia Acústica www.animacustica.com.br  engenharia@animacustica.com.br  (48) 2107.2722/3028.9662 PARA SABER MAIS ABNT NBR 15575:2008-3 – Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho. Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos. Combattre une nuisance quotidienne, la lutte contre le bruit; L’Habitat, Agence de l’Environnement et de la Maîtrise de l’Energie, Angers, França, 2008. Cornacchia, G.M.M.; Investigação in-situ do isolamento sonoro ao ruído de impacto em edifícios residenciais, Dissertação, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 2009. Ferreira, A. R. P. C.; Soluções técnicas para isolamento sonoro de edifícios de habitação, Dissertação, Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal, 2007. Pedroso, M.A.T.; Estudo comparativo entre as modernas composições de pisos flutuantes quanto ao desempenho no isolamento ao ruído de impacto. Dissertação, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2007. Pereyron, D.; Estudo de tipologias de lajes quanto ao isolamento ao ruído de impacto, Dissertação, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2008. Warnock, A.C.C.; L'acoustique en pratique. [online] Disponível na Internet via URL: https://www.nrc-cnrc.gc.ca/fra/idp/irc/rsb/85-acoustique.html. Arquivo consultado em 3 de novembro de 2009.