3. No século XVI, muitos artistas
europeus fizeram representações
iconográficas da América como
uma mulher nua, portando um
arco e flecha, sentada sobre um
animal exótico e rodeada de
elementos tropicais.
4. A conquista da América e a guerra
justa
americano trouxe
A conquista do continente
um dilema para os europeus daquela época:
os indígenas possuíam alma pura,
necessitando apenas ser catequizados para
obter os direitos dos cristãos, ou seriam
bárbaros selvagens sem alma que podiam ser
escravizados sem piedade?
5. A igreja defendia a existência da alma
indígena, enquanto os colonos desejavam escravizar
livremente os nativos americanos.
A Coroa espanhola tentou resolver o impasse em
suas colônia editando, em 1512, a chamada Lei de
Burgos. Essa lei organizava a utilização da mão de
obra indígena, determinando que recebessem
salário, boa alimentação e formação cristã.
Os maus tratos foram
proibidos, havendo, contudo, uma exceção que
justificava a escravização violenta: a guerra
justa, que se dava nos casos em que indígenas
resistiam aos colonizadores e à cristianização
6. Nesses caso, o Estado espanhol entendia que era
justo capturá-los e escravizá-los. Na prática, a
ideia de guerra justa servia de pretexto para
legitimar atos de violência e exploração que a Lei
de Burgos, teoricamente, proibia.
No século XXI, a ideia de guerra justa ainda
continua sendo utilizada para legitimar atos de
agressão contra povos e países.
Cite um exemplo.
9. Os diferentes povos da América
povos estavam
Sociedade Coletora: Os
espalhados por extensas terras, onde
caçavam, pescavam e coletavam. Na área da
agricultura, destacavam as plantações de
milho, batata-doce, e de mandioca. Os
habitantes da época não conheciam os
metais, utilizando materiais de pedra e
madeira. Eles organizavam em pequenos
grupos com uma duração curta.
11. Sioux- termo que significa “serpente”.
Cada povo tinha seu próprio idioma, mas uma
linguagem de sinais permitia a comunicação entre as
diversas tribos.
Praticavam a agricultura, em especial a do milho.
Caça ao bisão: manadas com milhares de animais
cortavam as planícies e para abatê-los, os índios
mobilizavam aldeias inteiras.
Após a caçada, as famílias repartiam a carne dos
animais.
Os ossos e os chifres eram utilizados para a
fabricação de instrumentos de uso diário e de armas.
Com o couro confeccionavam vestimentas, utensílios
domésticos e tendas.
14. A existência dos sioux modificou-se bastante com a
chegada dos espanhóis, que introduziram na
América animais desconhecidos, como o cavalo, por
exemplo.
Os cavalos deram aos indígenas uma mobilidade que
antes não conheciam.
Graças às montarias, os caçadores puderam
acompanhar as migrações dos rebanhos. Por isso, a
preocupação com a busca pelo alimento diminuiu.
A cultura tribal modificou-se, pois boa parte das
horas e das energias antes destinadas à caça foi
reservada aos rituais religiosos e mágicos.
16. Os participantes, com estacas
afiadas cravadas na pele, presas
por tiras de couro a um poste
de madeira, dançavam horas a
fio em torno do poste, expostos
ao Sol, até a pele se romper e
receberem a visão transmitida
pelos espíritos
21. Viviam em aldeias instaladas
temporariamente em determinado local: cada
uma delas contava com uma população de
500 a 750 habitantes, repartidos entre seis a
dez casas.
O mobiliário era composto de redes, objetos
de madeira e cerâmica, utensílios de pedra e
de osso.
Utilizavam machados e facas de pedra para
facilitar o trabalho diário.
Exímios coletores e caçadores.
Cultivavam: mandioca, milho, batata
doce, amendoim, abacaxi e outras frutas.
24. Nas aldeias não existia uma autoridade formal,
responsável pelo controle do grupo, mas os
guerreiros mais valorosos tinham grande prestígio, e
o mesmo acontecia aos pajés, mediadores entre o
plano dos homens e dos espíritos.
Os tupis-guaranis acreditavam na vida futura e na
reencarnação dos antepassados em uma criança.
Temiam os espíritos do mal e as almas dos mortos,
responsabilizados pelas doenças, acidentes, derrotas
nas guerras e fenômenos meteorológicos, como
tempestades e trovoadas.
32. Um dos costumes indígenas que
horrorizou os europeus foi o ritual
antropofágico, praticado entre os
tamoios, tupinambás entre outros.
Não se tratava, porém, de uma
evidência de extremo primitivismo:
comer a carne de um guerreiro inimigo
capturado em combate tinha um
significado místico arraigado na cultura
das comunidades ameríndias.
39. “[...] Os homens e as mulheres (de
uma tribo do Brasil) são fortes e
carne
bem conformados como nós.
Comem algumas vezes
humana, porém somente a de seus
inimigos. [...] não os comem nos
campos de batalha, nem tampouco
vivos. Despedaçam o corpo e
repartem entre os vencedores [...]”
(PIGAFETTA, Antonio. A primeira viagem ao redor do
mundo. Porto Alegre, L&PM, 1986.)
41. “[...] logo as velhas o
despedaçaram e lhe tiraram as
tripas, que mal lavadas cozem para
comer, e reparte-se a carne por
todas as casas e pelos hóspedes e
dela comem logo assada e cozida
[...]”
(SALVADOR, Frei Vicente. História do Brasil. São
Paulo, Melhoramentos, 1975.)
44. A arte plumária indígena
A confecção das peças é feita exclusivamente
pelos homens, que obedecem a um ritual de
caça, coleta, separação, tingimento, corte,
amarração, etc.. da matéria-prima, afim de
dar uma forma específica a ela.
45. Finalidade (simbolismo):
. A arte plumária é uma forma de comunicação, de
linguagem. Os grupos indígenas ornamentam o
corpo em contraposição aos outros seres vivos
(animais e outros grupos indígenas). Contrapondo-se
os diferentes grupos indígenas cria-se um
diferencial, tanto no aspecto interno da tribo quando
no externo a estes grupos.
46. Extrapolando o conceito de enfeite, a plumária é um
símbolo usado em ritos e cerimônias.
sobre
Pode representar mensagens
sexo, idade, filiação (clã), posição social, importância
cerimonial, cargo político e grau de prestígio dos
seus portadores e possuidores.
O uso dos objetos plumários é privativo aos homens
principalmente nos cerimoniais onde eles possuem
um papel mais destacado que as mulheres.
47. Manto Tupinambá
Confeccionado pelos Tupinambás no século
XVII para uso dos pajés. Um desses foi
levado por Maurício de Nassau para dar de
presente ao rei da Dinamarca. Feita de fibras
naturais e penas de guará, é encontrada hoje
no acervo do Museu Nacional da Dinamarca,
em Copenhague.
50. A aldeia cabe no cocar
as matas, que
A floresta: o verde representa
protegem as aldeias e ao mesmo tempo são a morada
dos mortos e dos seres sobrenaturais. São
considerados um lugar perigoso, já que fogem ao
controle.
Os inícions: o vermelho é a cor mais forte e
representa a casa dos homens, que fica bem no
coração da aldeia. É a “prefeitura”, presidida apenas
por Inícions. Aí eles se reúnem diariamente para
discutir caçadas, guerras, rituais e confeccionar
adornos, como colares e pulseiras.
51. As mulheres: o amarelo refere-se às casas e
às roças, áreas dominadas pelas mulheres.
Nesses espaços, elas pintam os corpos dos
maridos e dos filhos, plantam, colhem e
preparam os alimentos.
Todas as choças têm a mesma distância em
relação à casa dos Inícions.
54. Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para
defendê-lo contra o sol, os insetos e os espíritos
maus.
E para revelar de quem se trata, como está se
sentindo e o que pretende.
As cores e os desenhos “falam”, dão recados. Boa
tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa sorte
na caça, na guerra, na pesca, na viagem.
Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de
pintura fiéis ao seu modo de ser.
A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta
os corpos dos maridos e dos filhos.
58. Sociedades Agrárias
Possuíam
grande partes de
terras, eram desenvolvidos e divididos
em camadas sociais. Nesta sociedade
não existia a propriedade
privada, todas as terras pertenciam ao
Estado, onde controlavam a produção
das aldeias, coordenando ou não as
construções de importantes obras.
59. Mesoamérica
México e parte da América Central: sede das
culturas Maias e Astecas
Região Andina: Equador, Peru, norte do
Chile e Bolívia, onde floresceu a cultura
quíchua, ou Inca.
60. Os Astecas, guerreiros dos
deuses
Monarquia de caráter teocrático e militar;
Tlacatecuhtli,(chefe dos guerreiros) o governante
superior: comandava o exército e cuidava da política
externa;
Desenvolveram engenhosos sistemas de irrigação;
Ideia que os deuses colocaram os nobres acima dos
homens comuns por estes serem violentos e
incapazes de governar aa si mesmos.
65. A sociedade Asteca
privilegiada da qual
Nobreza: camada social
participavam os chefes militares, altos
funcionários do Estado e sacerdotes.
Camada intermediária: comerciantes e
artesãos de elite.
Camada inferior: escravos e camponeses.
Prisioneiros de guerra, que em ocasiões
especiais eram sacrificados aos deuses.
70. Guerreiro Jaguar
Pertencia a tropa de elite do império asteca.
Inspiravam-se no jaguar pois este era símbolo de
força, agilidade e destreza. Coberto com a pele do
jaguar, o guerreiro incorporava a força e agilidade
do animal. Os astecas acreditavam que a pele
ajudava a fechar o corpo contra os inimigos. a arma
principal era um grande tacape, feito de madeira e
incrementado com seis ou sete pedras
afiadas, dispostas ao longo do cabo.
Os guerreiros jaguar e águia eram as duas grandes
ordens da nobreza asteca. Os membros tinham
ascendência nobre e nenhuma piedade com os
vencidos.
73. Pedra do Sol
Calendário asteca do século XV.
Feita em basalto, rocha vulcânica usada na produção
de esculturas e relevos.
Pesa 25 toneladas e mede 3,7 m de diâmetro.
Encontra-se no Museu Nacional de Antropologia da
Cidade do México.
74. Os Maias, senhores do tempo
Organizados em cidades-Estados independentes;
Teocracia: forma de governo em que a autoridade,
emanada dos deuses, é exercida por seus
representantes na Terra.
Halach Uinic, responsável pela política interna e
externa. Exercia funções políticas e religiosas.
Prestígio: capacidade de fazer prisioneiros, durante
as guerras, para sacrificá-los em rituais religiosos.
76. Escrita de caracteres hieroglíficos,
ainda não foi completamente decifrada;
matemático e
Possuíam conhecimento
astronômico;
Conheciam os eclipses solares e o
movimento dos planetas;
Noção do número zero;
Calendários complexos, usados para
prever os movimentos dos astros, ao
longo de milhares de anos.
79.
“ A terra queimará e haverá grandes
círculos brancos do céu. A amargura
surgirá e a abundância desaparecerá.
Será o tempo da dor, das lágrimas e
da miséria.
É o que está por vir.”
(Profecia Maia)
87. Os quíchuas, súditos do Inca
Monarquia teocrática hereditária;
Inca: considerado descendente direto do Sol e
sua encarnação;
Era adorado como um deus;
Era também legislador e o comandante
supremo do exército.
Podia ter várias mulheres;
Coya: a esposa principal, escolhida entre suas
irmãs.
91. Ayllu, a comunidade camponesa
sustentava diretamente o
O trabalho no campesinato
luxo dos setores privilegiados: a nobreza local, os
funcionários quíchuas, a família do imperador, o
próprio Inca.
Os camponeses também forneciam dias de trabalho
para a construção de canais de irrigação e das
estradas que cortavam todo o império.
97. Linhas de Nazca
Alguns estudiosos acreditam que as figuras têm razões
religiosas e foram criadas de tal forma para que os
deuses pudessem lê-las.
Outros dizem se tratar de um aeroporto alienígena.
Outros acreditam que são desenhos astronômicos,
que poderiam ser usados como calendários e para
registrar a órbita de alguns planetas.
Muitos apontam como prova a figura de um macaco,
cuja calda descreveria a trajetória orbital dos
planetas de nosso sistema solar.
100. Cordões de várias cores foram anexados a um cabo
principal com nós.
O número e a posição dos nós, bem como a cor de
cada cordão representado informações sobre
produtos comerciais e de recursos.
Quipu significa nó em quíchua, a língua nativa dos
Andes.
O transporte dos quipus era realizado por rápidos
mensageiros, que corriam por dois quilômetros pelas
trilhas incas levando o quipu contendo as
informações a serem transmitidas, até o próximo
posto de mensageiros, onde aguardava um
mensageiro descansado pronto para continuar o
transporte do quipu.
104. Lhama
É um mamífero ruminante da América do Sul.
Este animal tem pelagem longa e lanosa, e
é domesticado para a utilização no transporte de
carga, produção de lã, carne e couro.
Foi domesticado pelo povo inca, tendo sido muito
importante para os mesmos.
106. Alpacas
É menor que a lhama, tendo
uma pelagem mais longa e macia.
É criada como fonte financeira principal,
para o aproveitamento da sua lã.
108. Povos extintos
Grande parte dos descendentes dos povos
que viveram nas Américas antes da chegada
dos europeus compõem hoje as classes mais
pobres e tem um longo caminho a percorrer
antes de obter a mesma segurança das
sociedades organizadas que seus ancestrais
usufruíram.