Fanzine colaborativo com a participação de Poetas vivos e atuantes em Ouro Preto, MG.
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1. AMEOPOEMA
Edição 088 - fevereiro de 2022 - Ouro Preto RJ - Rio de Janeiro MG
Assim
Atrás de ti
Ou de mim?
A fim
De continuar
Ou de dar um fim?
Afin al
Seria em qual
Lugar você me quer
Bem ou mal?
Perto...
Ou em qualquer canto seu.
Rode a roda tosca
Da rima rosca
E embrenha meus dedos
Dentro de seus úmidos segredos
Até rimar...
O clímax dos sentidos
RIMA ROSCA TOSCA
Eduardo C. Souza
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Escrevo enquanto a alma apodrece
E eu escravo das vontades vãs
Da pulsão de morte e envenenamentos
Inimigo das virtudes e gracejos
Aliado dos surtos
De mãos dadas com a inquietude
A manobrar sobrecargas
Nesse tráfego desgovernado
A sarjeta me digere e me defeca
Não agrado o paladar silábico
Desgostoso às papilas das páginas
Sou amigo da poeira que fica pra trás
Meu verso é fuga pra dentro da fornalha
É esconderijo em voz al
ta e anasalada
É crença infame e blásfema
Impropério e descontentamento
Me sinto vazio quando escrevo
O mesmo vazio que vem após o gozo
A velha sensação de insatisfação
De irremediável inutileza
Meu sorrir é silêncio vexatório
Que fal
ta faz o cheiro de fezes e urina
Das ruas que se assemelham tanto
Aos meus escritos
ME F
ALTA A LAP
A
Joel Gal
vão
facebook.com/joelmgal
vao
2. $
BY ND
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Edição: Studio b2mr (@studiob2mr)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA.
Circulação (impressa): Ouro Preto, Mariana (MG)
Conselho Editorial: Flávia Alves Santos
Exemplares na pRAÇA: 1000 (distribuídos gratuitamente).
Participação: Conrado Gonçalves, Jerusa Furbino, Elidiomar Ribeiro,
Joel Galvão, Eduardo C. Sousa, Ext. AMEOPOEMA.
Curadoria desta edição: Nelson Neto
Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e fomentar a produção literária em
Ouro Preto e região. PARTICIPE, ENVIE SEU MATERIAL
ameopoemaeditora@gmail.com || fb.com/ameopoema
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clique nos
ícones
O projeto busca a ampliação do acesso cultural
e literário para a população residente em
áreas pouco assistidas por serviços públicos,
artísticos e culturais.
Dentre as propostas trazidas pelo AMEOPOEMA,
estão atividades de estímulo à leitura,
escrita, criação artística e geração de renda,
além de reforço escolar. PARTICIPE
PROJETO DE EXTENSÃO AMEOPOEMA
ACESSE: www.ameopoema.com
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vai lá
mergulha na tua garrafa
e leva tua carta junto
seja o náufrago da tua própria sorte
erre os oceanos, os sete mares
sei lá quantos mares existem..
vai lá ver... mas cerre
a rolha ou alguma certeza que
[ainda tiver
boiar é o grande trunfo da palavra
[numa garrafa atirada ao largo
desde que fechada, lacre
encerre de uma vez essa abertura
[que te fez
esse tampão que te conteve uma vez
de quantos peixes é feito um oceano?
a dúvida sempre foi a antimordida
[no anzol
em algum momento a encosta
[ladrilhosa encontra o ar, contido,
[vítreo, quebra
não resiste...
rezo sempre por toda água do mundo...
Conrado Gonçalves
nossa capa: Claudia Li - facebook.com/poetalli
Encontros
Partidas
Despedidas
Há quem perca o trem
Há quem embarque
Há quem desça na estação errada
Há quem fique
Há quem nunca volte
Amanhã, talvez eu compre a passagem
Hoje mais uma vez
Ficarei com as malas por fazer
TREM DA VIDA
Jerusa Furbino
instagram: @jerusafurbino
Mesmo grampo que prende a tese
É o grampo que prende o fanzine.
Mesmo grampo que prende cordel
É o grampo que prende o artigo.
O primeiro:
Filho da cultura, pai da ciência.
O segundo:
Filha da arte, mãe do saber.
Elidiomar Ribeiro
elidiomar@gmail.com
Saberes em Grampos ou
Alfarrábios sapiens
Chame como quiser, tédio,
desespero... agonia bandida que chega a
nos vacilar durante madrugadas e dias a
dentro. Procuramos a cura em uma forma
de mostrar algo - aqui tratada como
poesia - nem sempre contido nas
virgulas certeiras e muito menos nos
parágrafos reflexivos.
A poesia é isso, um acontecimento
na vida das pessoas. E saiba, nem sempre
a poesia está nos versos lapidados de
forma matemática e talvez, nem esteja nos
livros que se compra em um saldão
qualquer. Poesia serve pra preencher
rancores, não para mostrar uma pretensa
leitura rasa de centenas de livros - que
beiram a auto ajuda das mais chulas.
Reflete ai com seus poemas, quem
vale mais... O ser construído dentro da
sua cabeça ou o ser que se destrói nas
ruas, na vida? E saiba, sendo poeta ou
não, todo mundo vai morrer. Até quem se
acha o maior crítico de uma onda poética
que há muito se enterrou.
Rômulo Ferreira