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Uso de Tecnologias no Ensino do Inglês1
Use of technologies in Teaching English Language
Romualdo Santana Santos2
RESUMO
Este artigo aborda uma análise sobre o histórico e ampliação da incorporação do uso
das novas tecnologias no ensino da Língua Inglesa, além das necessidades e desafios
dos seus atores na apropriação correta para aplicação em sala de aula, sendo que esta
nova perspectiva requer dos professores reflexão sobre a docência e como repensar
sua prática usando esse importante recurso para construir e compartilhar
conhecimento em um ambiente virtual, não só no uso da ferramenta mas também para
aumentar o letramento crítico e visão de mundo dos alunos.
Palavras-chave: Educação. Aprendizagem. Língua Inglesa. Computador. Internet
ABSTRACT
This paper approaches an analyze on the historical and increase of the incorporation
and use of the new technologies to teaching of English, beyond its needs and
challenges to participants in correct appropriation to enforcement in classroom.
However, this new moment demands teachers’ reflection about teaching and how
rethink them practice using this important support of the new technologies to build and
share knowledge in virtual environment, not only how a tool but also to amply students’
critical literacy and worldview.
Keywords: Education. English Language. Learning. Computer. Internet.
1
Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Língua Inglesa apresentado na Universidade Salvador –
UNIFACS em 2015.2. Orientado pela Professora Mestre Agnes Bezerra. agnesbezerra@gmail.com
2
Graduado em Língua Estrangeira Moderna e Clássica pela Universidade Federal da Bahia, BA, Brasil.
romesan72@yahoo.com.br
2
1-INTRODUÇÃO
Há algum tempo o professor de Língua Inglesa dispunha apenas do quadro
negro, giz e livro para desenvolvimento de atividades em sala de aula, e com o passar
do tempo surgiram outros recursos pedagógicos e tecnológicos para suportar sua
prática, e dentre as inovações tecnológicas o advento do computador e da internet
surgiu como uma ferramenta (r)evolucionária que ampliou consideravelmente as
possibilidades para aquisição de uma nova Língua, portanto este ambiente tecnológico
e virtual tornou-se um local de convivência, produção e compartilhamento de
conhecimentos e saberes, apontados por muitos como espaço de estudo e construção
de uma inteligência coletiva3, termo que Lévy (1999) define como as ideias e
propriedade intelectual que as pessoas possuem e partilham através das Tecnologias
da Informação num espaço virtual, a qual ele considera como aquela que repartida por
todas as partes e em tempo real consegue conduzir a uma mobilização efetiva das
competências com a finalidade de reconhecimento e enriquecimento mútuo das
pessoas.
As novas tecnologias possuem esta característica interacionista onde o aluno
tanto se relaciona com os colegas em sala de aula e com o mundo, e nessa
necessidade de interação com “os mundos” a globalização vem realizando um papel
significativo na expansão da Língua Inglesa, pois provoca transformações no
desenvolvimento e relações das diversas nações que instituíram o Inglês como o
código predominante para possibilitar esta comunicação. Essa dinâmica sócio digital se
fortaleceu com esses fatores geopolíticos e tecnológicos necessários para ampliação
destes contatos, legitimando o Inglês também como a Língua da comunicação e
informação tecnológica, o que vem desencadeando a necessidade de domínio e
portanto uma expansão do seu ensino/aprendizado.
O uso dessas tecnologias exige uma qualificação e atualização constante do
professor que deveria abandonar o tradicional papel de “ensinar” para desenvolver a
mediação como facilitador do aprendizado, assessorando e conduzindo os alunos no
3
Inteligência coletiva é um conceito que descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge da colaboração
de muitos indivíduos em suas diversidades.
3
alcance dos seus objetivos, proporcionando um ambiente adequado na sala de aula,
transitando dentro das diversas áreas do conhecimento, a fim de não só buscar a
proficiência da língua mas despertar o letramento crítico4, apontado por Pennycook
(1990) como uma prática que ajuda os estudantes a decodificar as dimensões
ideológicas do texto, instituições, práticas sociais e formas culturais, despertando o
cidadão crítico capaz de analisar e desafiar as características opressivas da sociedade,
portanto desenvolvendo um aprendizado além da atividade cognitiva, através de
atividades no mundo virtual que possuam relevância, autenticidade, além de serem
significativas e motivadoras. Toda essa exigência requer o preparo do professor através
de qualificação nas TIC5 (Tecnologias de Informação e Comunicação) que são
verdadeiras e fortes aliadas nesse processo, mas sozinhas elas não surtiriam os efeitos
desejados, portanto também se faz necessário que o docente assuma um papel de
pesquisador, produtor e adaptador de matérias disponíveis na web para enfrentar a
nova era tecnológica, mesclando diferentes abordagens e abandonando a busca da
forma perfeita pela mais adequada, sendo preponderante se basear na sua experiência,
vivência com o grupo, contexto e valores pessoais. Além de, primordialmente, está
aberto a um novo mundo de novas descobertas para suportar a sua prática diária.
2- HISTÓRICO DO USO DE TECNOLOGIA NO ENSINO DE INGLÊS
A palavra tecnologia provém de uma junção do termo tecno, do grego techné,
que é saber fazer, e logia, do grego logus, razão. Portanto, tecnologia significa a razão
do saber fazer (RODRIGUES,2001 apud VERASZTO et al, 2008), ou conceituado como
o estudo da arte ou de um ofício, a qual sempre tem se mostrado presente no
desenvolvimento da humanidade constituindo-se num elemento que evidencia
conhecimento em uma determinada área e estabelece uma consequente relação de
4
Letramento Crítico- Desenvolvimento de práticas educacionais que municiam os educandos a análise da busca dos
sentidos e consciência crítica sobre os diversos assuntos, com seus diversos interesses e de que forma pode
impactar na sua vida e na coletividade.
5
TIC -São as tecnologias e métodos para se comunicar, surgidas no contexto da Revolução Informacional. O termo
em Inglês ICT (Information and Communication Technology) foi usado pela primeira vez em 1997, por Dennis
Stevenson, num relatório para o governo do Reino Unido.
4
poder e dominação para seu detentor, mas vale a pena frisar que esta definição não
possui plena exatidão, pois ela se reconfigura ao longo do tempo com apresentação de
outras concepções teóricas e contextos, portanto vamos nos fixar especificamente as
Tecnologias de Informação como a área que usa conhecimento técnico e científico dos
hardwares, softwares, redes colaborativas, sistemas de comunicação, e tem como
finalidade produzir , armazenar, transmitir, compartilhar as mais variadas informações
em suas determinadas especificidades através do ambiente virtual.
O mundo em que vivemos sempre esteve marcado por avanços tecnológicos nas
mais diversas áreas e não poderia ser diferente com a educação, especificamente no
ensino do Idioma Inglês, que dispunha desde as mais simples tecnologias como o
quadro negro e giz, até a atualidade que é marcada pelo uso do computador, internet e
suas possibilidades de desdobramento, que são excelentes ferramentas de construção
colaborativa do aprendizado, informação e conhecimento. Indiscutivelmente o uso
destas inovações produzem efeitos sobre esta não tão nova maneira de raciocinar,
interagir e informar relacionadas ao aprendizado, as quais vem sendo discutidas por
teóricos com aspectos positivos e negativos, mas ao certo precisamos nos despir da
resistência natural ao novo e procurar assimilar as potencialidades desta prática e
evidenciar as suas possíveis lacunas para aprimoramento.
A Língua se configura como um veículo de informação, um código usado para
comunicação entre as pessoas eou comunidades, semelhança com o mundo digital
que tem como cerne a vinculação de informações, que vem mostrando uma mudança
na forma que o conhecimento está sendo concebido e transmitido, apresentando uma
velocidade e abrangência jamais observadas por outro meio qualquer, as tecnologias
digitais possuem tamanha versatilidade que impactam na educação que é obrigada a
ser reconfigurada no século XXI para fortalecimento deste elo, sendo quase impossível
dissociar o mundo digital do aprendizado do Inglês, portanto as pessoas que tem a
escola como um universo de formação buscam esse conhecimento universalizado,
concentrado e modificado a todo momento por intermédio do ciberespaço6,
6
Ciberespaço é definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e
das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92)
5
incentivando os indivíduos ao desejo de acesso e domínio dos saberes para
desenvolvimento pessoal e aumento de suas oportunidades.
O advento da imprensa foi uma das primeiras tecnologias que revolucionou o
mundo moderno para o ensino, pois se configurava uma nova forma de conhecimento
através do papel e escrita para possibilitar criação e compartilhamento de informações
na sociedade, a partir daí começaram a ser instituídos também os livros que traziam
diagramações e conteúdo específicos para transmissão do aprendizado, quando
tínhamos o lápis e o papel como recursos ao alcance dos discentes. Posteriormente o
estudo das Línguas esteve suportado pelos recursos audiovisuais, com isso a
reprodução do som e a projeção de imagens auxiliavam na identificação, escuta,
pronúncia e repetição das palavras e frases na língua alvo, depois surge o recurso da
gravação da fita magnética a qual permitia que o aprendiz gravasse sua própria voz,
além do material fabricado com o conteúdo fonológico das lições. Mais tarde tivemos a
oportunidade do uso do rádio e da TV que apresentavam situações de exposição ao
aprendizado da língua, e a cada surgimento de uma nova tecnologia à escola estava
atenta sobre a possibilidade do seu uso como recurso pedagógico. Sem sombra de
dúvidas nos dias atuais o ensino do inglês associado as práticas das novas tecnologias
ocupou posição de destaque frente as demais metodologias, por sua capacidade de
alcance considerável de adeptos e por integralizar os mais diversos aplicativos e outros
recursos digitais com um dinamismo inigualável, usando como exemplo da
desproporcionalidade a informação de que nos Estados Unidos o rádio levou 38 anos
para ser usado por 50 milhões de pessoas, enquanto a internet conseguiu em apenas
quatro anos (TAKARASHI, 2000 apud PRETTO, 2011), provavelmente pelo poder de
despertar uma atratividade e encanto, principalmente nos mais jovens, considerado
um importante fator motivador para cooptar mais adeptos e seguidores comuns do
mundo digital e aprendizado da língua Inglesa.
Percebe-se também que a internet e o computador incrementaram as aptidões
comunicativas do aprendiz que são potencializadas e todas são primordiais para sua
proficiência, visto que se pode interagir tanto com programas, grupos ou indivíduos no
desenvolvimento das habilidades (Listen, Write, Read, Speak) nesse espaço virtual,
6
extrapolando o espaço formal para este tipo de aquisição de conhecimento em local e
tempo, isto é, além da instituição de ensino e a qualquer momento, sendo também mais
ampla no que se refere as competências comunicativas preconizadas pelo PCNEM7
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, que descreve a seguinte ideia
sobre as competências:
A competência primordial do ensino de línguas estrangeiras modernas no
ensino médio deve ser a da leitura e, por decorrência, a da interpretação. O
substrato sobre o qual se apoia a aquisição dessas competências constitui-se
no domínio de técnicas de leitura – tais como skimming, scanning, prediction8–
bem como na percepção e na identificação de índices de interpretação textual
(gráficos, tabelas, datas, números, itemização, títulos e subtítulos, além de
elementos de estilo e gênero). (PCENM, 2000, p.97)
O PCNEM (2000) considera que os exames formais (VESTIBULAR, ENEM, Pós
Graduação) exigem apenas a habilidade de leitura como parâmetro para avaliação e
não enxerga uma fundamentação social para inclusão da língua estrangeira para
exploração clara das outras competências , justificando que no geral existem poucas
comunidades bilíngues em nosso país que exija o desenvolvimento de outras
habilidades no ambiente escolar, portanto uma visão desatualizada e equivocada ,
desmistificada pelo uso e relações estabelecidas no mundo virtual que prima esta
competência do cidadão globalizado que se relaciona com os mais diversos indivíduos
e comunidades em um idioma que é considerado global. A visão reducionista sobre a
função do aprendizado da língua Inglesa na escola se restringe ao atendimento do
requisito exigido para obter resultados positivos nos sistemas de avaliação existentes,
os quais priorizam e sugerem como objetivo principal a linguagem oral.
O uso do computador e a internet oportuniza uma nova maneira de aplicar as
habilidades comunicativas e concepção do conhecimento, corroborando com extremo
dinamismo e fluidez para o aprendizado do Inglês, todavia carece de um entendimento
na sua totalidade para que possam ser empregadas adequadamente, mas claramente
possibilita no momento real a interação com nativos ou não nativos que usam este
código para se comunicar e aprender, e a luz desta realidade observam-se alguns
7
PCNEM- Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino Médio
8
Skimming, scanning, prediction – Estratégias de leitura escolhidas de acordo com o propósito do leitor, extrair a
ideia principal do texto, buscar um trecho com ideias específicas ou inferência a partir de informações do texto.
7
esforços governamentais com a finalidade de socializar o aceso as TIC, através da
implantação de programas como o como o UCA9 (Um Computador por Aluno, vinculado
Programa Nacional de Tecnologia Educacional - ProInfo, Decreto N-6300 de
12.12.2007) e PROUCA10 (Programa Um Computador por Aluno, instituído pela Lei
12.249 de 14 Junho de 2010), que disponibilizam linhas de crédito para compra de
computadores portáteis, a fim de serem utilizados nas escolas, com isso conclui-se que
existe uma atenção e preocupação em adequar a escola ao novo cenário de inserção
digital, porém foi mostrado na Revista Veja de 09.08.2011 a seguinte manchete:
“Computador ainda não entrou na sala de aula brasileira”, apontando que apenas 4%
das escolas públicas tem o equipamento instalado em sala de aula (88% instalados na
coordenação), e a OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico divulgou que o país tem a terceira pior taxa de computador por aluno.
Além disso, a pesquisa informa que apenas 18% dos professores usam internet em
sala de aula, evidenciando que o maior obstáculo para crescimento desse número é o
nível do conhecimento dos docentes acerca das tecnologias. Programas existem, mas
se tornam insipientes diante de outras questões que envolvem o tema, necessitando de
um aprofundamento científico para diagnosticar os desvios e propor melhorias.
Uma outra importante questão, que não deve ser desconsiderada é sobre
aspectos históricos que fortaleceram e tiveram importância para a expansão do idioma
Inglês durante o curso do tempo, o que proporcionou uma posição de destaque e
predominância em alguns processos, e portanto estabelecendo relevância para seu
aprendizado, como evidencia David Crystal:
In the seventeenth and eighteenth centuries English was the language of the
leading colonial nation – Britain. In the eighteenth and nineteenth centuries it
was the language of the leader of the industrial revolution – also Britain. In the
late nineteenth century and the early twentieth it was the language of the leading
economic power – the USA. As result, when new technologies brought new
languages opportunities, English emerged as a first rank language in industries
which affected all aspects of society. (CRYSTAL, 2007, p120)
9
UCA- O Projeto Um Computador por Aluno foi implantado com o objetivo de intensificar as tecnologias da
informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da distribuição de computadores portáteis aos alunos da
rede pública de ensino.
10
PROUCA-Programa Um Computador por Aluno, instituído pela Lei nº 12.249, de 14 de junho de 2010, tem por
objetivo promover a inclusão digital pedagógica e o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de
alunos e professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis
denominados laptops educacionais.
8
É interessante lembrar que a expansão do colonialismo britânico e a Revolução
Industrial foram importantes motivos para expansão do Inglês, além da emergência
dos Estados Unidos como maior potência econômica associada ao rompimento das
barreiras territoriais através da Globalização, as quais fortaleceram mais e em escala
mundial os negócios entre as nações, além da propagação assustadora da interação
digital, permitindo que ambos atingissem diversos espaços, definindo o Inglês como
uma Língua Global responsável pelo fluxo da maioria das informações que povoam o
mundo digital. Portanto, o contexto global passa a valorizar de maneira significante o
aprendizado do Inglês associado ao mundo tecnológico, e facilmente se percebe que as
reuniões sobre o tema transpassaram os muros das escolas ou organismos
educacionais e estão fazendo parte das discussões em cúpulas e blocos organizados
pelos países mundo afora, e esse contexto atua como fator sinérgico e beneficia o
aprendizado desta língua estrangeira, exigindo do indivíduo globalizado essa formação.
3- PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA NA ERA TECNOLÓGICA
Numa época marcada por novidades contínuas e dinamismo da informação,
existe uma necessidade de formação e atualização constante do professor de idiomas
para acompanhar as exigências do mundo globalizado, o qual dita uma nova maneira
de atuar desse docente que tem o desafio de uma reconfiguração da sua prática
pedagógica baseada na mediação e interação, explorando também a sua criatividade
e capacidade adaptativa para fins e contextos específicos, adequando-os ao perfil das
turmas e práticas pessoais , buscando promover motivação, participação,
desenvolvimento e descobertas dos aprendizes, como aponta Danielle Santos:
O professor, antes responsável pela transmissão de instruções e pela prática de
um ensino verticalizado, unissensorial e que utilizava uma única mídia (giz e
quadro negro), de repente, depara-se com uma demanda de mudanças na sua
prática que envolvem: a construção do conhecimento e não mais o domínio do
conteúdo, a necessidade de usar métodos diferenciados para o processo de
ensino e de aprendizagem, a comunicação multidirecional, o uso de tecnologias
e métodos de ensino diversificados e, principalmente, o papel de mediador
entre o estudante e o conhecimento, e não mais o de transmissor de
informações(SANTOS, 2013, p.49)
9
Essa necessidade de acompanhamento do processo histórico e social de
inserção das Novas Tecnologias (mundo digital) associada as práticas educacionais
deve ser iniciada a partir da formação acadêmica dos professores de idioma, para que
eles possam enxergar claramente quanto é importante este recurso e quão é crucial o
elo entre o aprendizado da Língua Inglesa e das novas tecnologias, devendo exercê-las
de forma eficaz e com a responsabilidade de atuar como uma mora propulsora no
processo de aprendizagem, exercendo adequada apropriação das TIC e efetivamente
usando-as não só no aspecto ferramental, mas direcionando para potencializar uma
boa prática pedagógica no processo de formação e educativo dos alunos, como postula
Lenice Cauduro :
O primeiro e indiscutível aspecto destacado em todas as pesquisas e artigos
consultados evidencia a necessidade de formação inicial e continuada dos
professores e multiplicadores, para além do caráter instrumental das TIC,
fundamental para promover práticas transformadoras (CAUDURO, 2013, p12)
É relevante que exista uma formação inicial e posteriormente a continuada do
professor de Inglês, não só no entendimento técnico da ferramenta e uso de material
ilustrativo para espetacularizar sua aula, mas para entender como se materializa o
aprendizado conjunto da tecnologia e do ensino do inglês, e de que forma intervir nesse
processo para facilitar a aquisição do conhecimento e dirimir possíveis desvios e suas
respectivas correções. Portanto, seria insignificante possuir um recurso para
operacionalizar e não integrá-lo na sua amplitude com todas as suas possibilidades de
aplicação, a fim de promover participação ativa e interacionista, com a consequente
assimilação do conhecimento proposto, por isso se faz necessária a formação
continuada do docente, como ilustrado no seguinte trecho:
O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação inicial. A
formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos
destinados a formação profissional, completados por estágios. A formação
continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento
profissional teórico e prático no próprio contexto do trabalho e o
desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício
profissional (LIBÂNEO, 2004 apud ROCHA, 2011, p.13)
10
A constante formação do professor de idioma serve como um balizador,
oportunizando a possibilidade de se situar na sua prática e quais aspectos precisa
aperfeiçoar para deixar pra traz a formação que exigia apenas a vocação e conteúdo
adquirido sobre a disciplina que se propunha a ensinar, superando a visão simplista de
transferidor de conhecimento para um educador que consegue articular bem as
ferramentas tecnológicas e o conteúdo da Língua Inglesa, com a finalidade de
potencializar a comunicação e aprendizagem através das ferramentas digitais.
Algumas iniciativas podem favorecer o rompimento das barreiras e a expansão
do mundo digital nas escolas, que são as necessidades de reconfiguração dos papéis
do professor , do aluno , gestores e maior comprometimento político diante da
implantação e os desdobramentos que podem advir, para tanto seria necessário
investimentos adequados, tendo como resultado uma ampliação considerável da
interculturalidade dos integrantes deste processo, que passam a estudar o Inglês com
auxilio virtual, e como resultado uma assimilação dos aspectos culturais de países que
o utilizam como língua oficial e/ou não oficial, sem a ideia de sobreposição de culturas ,
mas de aprendizado amplo e enriquecedor que vai além de aspectos linguísticos e
proficiência em um idioma, como postula Edgar Morin (2006, p.57) :
As culturas são aparentemente fechadas em si mesmas para salvaguardar sua
identidade singular. Mas, na realidade, são também abertas: integram nelas não
somente saberes e técnicas, mas também ideias, costumes, alimentos,
indivíduos vindo de fora. As assimilações de uma cultura a outra são
enriquecedoras. Verifica-se também mestiçagens culturais bem-sucedidas [...],
cuja a diversidade cultural constitui um dos mais preciosos tesouros (MORIN,
2006, p.57)
Um outro aspecto que requer atenção do professor é a apropriação das
variedades do Inglês existente no mundo globalizado e como desmitificar a ideia de
sobreposição da norma culta frente as suas variantes, pois a partir Globalização
ocorreram abertura dos mercados mundiais e o rompimento das fronteiras, favorecendo
a expansão das relações, o que facilitou e intensificou a incorporação e aprendizado de
características das mais diversas culturas à Língua Inglesa, existindo uma necessidade
de transcendência dos aspectos abordados do Inglês padrão, pois quando o idioma se
11
torna global (Língua Franca11) associa-se também características culturais próprias dos
não nativos e desperta a necessidade do facilitador procurar e desenvolver materiais
que possuam características dessa junção, portanto percebe-se que o aprendizado da
língua não pode ser dissociado da cultura e promoção desta troca, como destacado
abaixo:
Rather ELF12 communication is seen as emergent and situated with common
features negotiated by the participants. For users effectively, they will need a
mastery of more than the features of syntax, lexis, and phonology that the
traditional focus in ELT13. Equally important is the ability to make use of linguistic
and other communicative resources in the negotiation of meaning, roles, and
relationships the diverse sociocultural settings of intercultural communication
through English (BAKER, 2011, p.63)
Esta articulação entre navegação no mundo virtual, o aprendizado da língua
estrangeira e a cultura, forma um tripé de importantes componentes que se inter-
relacionam para entendimento de um novo horizonte, que facilita e ajuda o alcance dos
aspectos voltados para língua e possibilita atingir uma competência comunicativa a
partir do conhecimento e assimilação também de aspectos culturais, que devem ser
desenvolvidos pelo docente e aprendizes da Língua Inglesa.
4- RECURSOS VIRTUAIS PARA APENDIZAGEM DO INGLÊS
Com o advento do computador, internet, mídias e suas diversas possibilidades
de manifestações, além da sua socialização impressionante e a possibilidade de
aplicação no estudo de línguas, surge a prática transformadora do uso das tecnologias,
que se integraram perfeitamente à sala de aula. Portanto, a prática do Ensino do Inglês
apoiada pelos recursos tecnológicos exigem uma variedade de atividades didáticas
para aplicação e exploração desses recursos, colaborando como algumas alternativas
de abordagem. Esta nova relação estabelecida entre a educação e o espaço virtual
exige a utilização de ferramentas que acompanhe esta nova maneira de aquisição dos
11
Língua Franca é a língua que um grupo multilíngue de pessoas intencionalmente adota ou desenvolve para que
todos consigam sistematicamente comunicar-se uns com os outro
12
ELF- English Language as Franca
13
ELT-English Language Teaching
12
saberes relacionados com ensino do idioma Inglês, e esses recursos estão surgindo e
sendo revisados a todo instante para atender as exigências e necessidades do
mercado.
A variedade de alternativas disponíveis no mundo digital como recursos ou para
prática de ensino e aprendizado do Inglês é muito grande, o que não é nosso propósito
citar e discutir todos eles nesse espaço, podendo ficar à margem desta discussão um
número considerado. A maioria desses recursos possuem uma característica singular
da possibilidade de deslocamento do espaço de aprendizado além do ambiente escolar,
muitas vezes de forma gratuita, tornando cada vez mais o espaço digital como uma
realidade acessível para o aprendiz, com isso permitindo sua participação no espaço
formal e tradicional de aquisição do idioma, como também dando-lhe uma autonomia
para desenvolvimento no mundo virtual, assumindo o aluno a condição de interventor e
participante do processo e não apenas como mero observador e seguidor de uma
prática e metodologia estabelecida. Vale lembrar que grande parte do material
disponível apresenta características de produção para um mercado mundial e muitas
vezes não leva em consideração a realidade e preferência dos alunos, portanto não
alcançando um despertar motivacional para aprendizado prazeroso da Língua Inglesa.
O ciberespaço é definido por Lévy (1999) como sendo aquele local não físico
composto por um conjunto de rede de computadores por onde circulam informações, e
portanto se constitui num ambiente aberto e com diversas possibilidade de aprendizado
da língua inglesa, e a exploração do mundo virtual para aprendizado de uma língua se
materializa no uso de equipamentos mais diversos como computadores, notebooks,
tablets, smart tv, smart phones, dentre outros. Esses equipamentos se constituem em
elementos que possibilitam uma maior dinâmica para captação e fluxo do conhecimento
da língua inglesa através da web, principalmente por sua popularidade, porém deve-se
ter cuidado diante da gama de informações existentes e quais devem ser selecionadas
e possuem idoneidade para uso e compartilhamento. No cenário onde existe quase que
uma unanimidade no uso dessas tecnologias, a participação em redes como facebook,
instagram, blogs, twitter, possibilitam a criação de páginas e espaços que colaboram
13
para discussão de assuntos relacionados à Língua Inglesa, além de ferramentas on line
específicas e softwares que trazem a oportunidade para prática e/ou aprendizado.
Iniciaremos falando de uma ferramenta interessante que é o ToonDoo (Fig.: 1),
onde se pode criar num ambiente on line histórias em quadrinhos com diversas
imagens, cenários e personagens, que permite a manipulação, desenho ou inserção,
podendo ser impressas e disponibilizadas ou não para domínio público, possuindo
como pontos positivos uma excelente comunicação visual, atividade com participação
colaborativa, além de aguçar bastante a criatividade dos alunos.
Figura 1 - Ilustração Toondoo
Fonte: https://toondooguide.wordpress.com/toondoo-and-your-students/
Com esta ferramenta acessível no site https://www.toondoo.com, o aluno tem
liberdade para desenvolver a construção do seu próprio saber relacionado com o tópico
a ser explorado, a partir de uma orientação da atividade a ser desenvolvida diante da
proposta pedagógica diligenciada pelo docente.
Um outro recurso interessante para prática do idioma inglês através de vídeos é
o dotsub, pois com esta plataforma você pode obter vídeos já compartilhados ou inserir
seus próprios vídeos, além de criar legendas em quaisquer dos idiomas disponíveis
como mostra a interface de tradução na Figura 2, sobre um vídeo que traz o
funcionamento do coração em Inglês sendo incorporado legendas em Espanhol.
14
Figura 2 – Interface de tradução de legenda do dotsub.
Fonte: Interface de Tradução do dotsub.
O “dotsub” pode ser facilmente acessado através do site: https://dotsub.com/,
onde você estabelece um usuário e senha para entrar no sistema e realizar a atividade
de incorporação e legendagem dos vídeos, além de visualizar as possibilidades de
traduções existentes dos subtítulos como legenda, mostrado na Figura 3 com um vídeo
em Inglês que foi traduzido por usuários para o Português (Brasil) que trata de
prisioneiros de um campo de concentração:
Figura 3: Tradução de depoimento de refugiado em campo de concentração
Fonte:https://dotsub.com/translate
Uma outra plataforma on line que vem sendo usada por viabilizar a criação de
um leque enorme de apresentações e trabalhos nas mais diversas áreas é o Prezi,
além disso ele permite a criação das suas próprias apresentações e possui o recurso de
15
disponibilizar publicamente a visualização para qualquer internauta, e também permite
recurso de configuração e aplicação de efeitos visuais, inserção de figuras, áudio e
vídeos que surgem na tela automaticamente. Na página do Prezi existe também uma
característica de liberação para apropriação pública de apresentações contidas no
sistema, que tratam dos mais variados assuntos para estudo ou como suporte para
treinamentos ou aulas, similar a este slide da Figura 4, que tinha o intuito de informar os
turistas sobre aspectos relacionados com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como as
cidades sedes, coordenadas geográfica, horário dos jogos, capacidade e localização
dos estádios.
Figura 4: Informação sobre estádio da Copa do Mundo de 2014
Um programa que possui quase as mesmas características parecidas com o
Prezi é o Power Point, pois é um software para apresentação de aulas e trabalhos com
recursos de animação, inserção de imagens, áudio e vídeo, porém não está disponível
para o uso on line, e o seu usuário deve possuir a licença da empresa detentora dos
direitos através de pagamento. Sua interface é fácil de ser trabalhada, e os comandos
acessados e identificados sem dificuldades (Figura: 5):
16
Figura 5: Interface do Software Power Point
Fonte: http://pt.slideshare.net/mirkopiero/lexical-approach-15433874
Temos também um programa denominado Audacity, que possibilita gravar,
importar, exportar diversos tipos de arquivos de som, além da realização de mixagem,
corte, alteração da velocidade da gravação, com isso podendo oportunizar a prática do
Listening em sala de aula, aguçando esta importante habilidade do idioma Inglês nos
educandos, que participam na construção de diálogos com os colegas ou gravando sua
própria voz para verificação da fonética e fonologia do Inglês, através de uma
comunicação real usando a interface mostrada na Figura 6:
Figura 6: Interface do Software Power Point
Fonte: http://web.audacityteam.org/
17
Não podemos deixar de falar sobre os AVA14 - Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (Virtual Learning Environment), uma tendência que vem sendo muito
utilizado para aprendizado da Língua Inglesa, e essa perspectiva educacional é uma
opção de mídia que consiste em plataformas para aprendizado totalmente on line ou
como material complementar para um curso presencial ou semipresencial, os quais
vinculam um conteúdo devidamente organizado e disponibilizado para acesso a
qualquer momento, oferecendo recursos áudio visuais e textos com possibilidade de
discussões e retirada de dúvidas através de chat ou fóruns, portanto professores e
alunos não precisam ocupar o mesmo espaço físico para que se materialize o
aprendizado. São inúmeros os AVA disponibilizados para acesso, os quais possuem as
mais variadas formas e preços com a finalidade de atender as necessidades e
exigências dos consumidores interessados em obter proficiência no Inglês, e podemos
dar como exemplos destas plataformas o Englishtown e Open English. Esta
modalidade permite uma maior autonomia do aluno, porém existe a necessidade de
uma disciplina para o uso dos conteúdos, e para o professor de Língua Inglesa surge
uma nova opção para atuação como um orientador do estudo e aprendizado, que para
tanto necessita de uma qualificação e perfil adequado.
Temos também comunidades internacionais on line de aprendizado de idiomas
como a Livemocha e RealLife English que oferecem a possibilidade de aprendizado da
língua inglesa com acesso gratuito para maioria dos conteúdos, mas existem opções
pagas para outros cursos que possuem recursos adicionais. Além disso, favorece
intercambio entre diversas pessoas dos mais variados países que compõem estas
comunidades. Como é possível observar com os exemplos citados, existem uma
variedade de programas, plataformas virtuais e comunidades que podem ser utilizadas
para todos os gostos e finalidades no espaço virtual, cada qual com suas
características e particularidades para aplicabilidade de recursos como suporte na
busca da proficiência da Língua Inglesa, alguns possuem gratuidade e outros são
14
AVA consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdo e permitir interação entre os atores
do processo educativo. [...] Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) consiste em uma opção de mídia que está
sendo utilizada para mediar o processo ensino-aprendizagem à distância. (PEREIRA, 2007, p. 4 e5).
18
pagos, e dentro da fluidez e dinâmica do espaço virtual surgem novidades ou versões
com recursos aprimorados.
5-CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ensino do Inglês possibilita que o aluno se aproxime de outras culturas e
obtenha a proficiência em uma nova língua que hoje se configura como franca e deveria
ser oportunizada para todos, e com esta socialização das novas tecnologias e sua
inserção na escola , ainda que incipiente, articula e colabora para despertar nos
estudantes a possibilidade de problematização de questões do cotidiano, fazendo com
que o aluno além de aprender aspectos linguísticos e paralinguísticos, desenvolva
também uma visão crítica do mundo que os rodeia, que é uma das condições
relevantes para o desenvolvimento da sua cidadania e poder de discernimento. Desta
forma brindaremos a prática da língua como instrumento de comunicação e
desenvolvimento da consciência crítica e não como o condicionamento dos professores
a uma modelo de situações construídas para prática do idioma que são distantes da
sua realidade.
A escola e todos atores sociais deste processo não devem imaginar que a
informatização e aplicação dos recursos tecnológicos por si só será a única vertente
para revolucionar o Ensino do Idioma Inglês, existem outras dimensões que devem ser
levadas em consideração, que passam por aspectos estruturais, investimentos,
recursos, valorização do professor, além da importância de repensar sobre o real papel
da escola e que tipo de formação deve ser proporcionada ao estudante na era
tecnológica, explorando esta nova maneira de compartilhamento e expansão do
aprendizado. Por isso, é necessária uma adequação nos papéis desenvolvidos por
professores, alunos, gestores e um maior comprometimento político para os
investimentos com acompanhamento da eficácia de todo processo. Devendo também
ser potencializada a exploração dos aspectos tecnológicos para prática educacional
desde a formação do docente dentro da academia, com aplicação de disciplinas que
19
dialoguem com o ciberespaço e prática do ensino de língua inglesa, com intuito de
prepará-lo devidamente para conduta quanto educador.
Importante deixar evidente que este artigo traz algumas observações sobre o
histórico dessas novas tecnologias, uso de alguns recursos, adequação da docência e
qualificação dos professores para realizar estas novas práticas nos ambientes virtuais
de aprendizagem com foco na Língua Inglesa, porém sem a pretensão de estabelecê-
las como conclusivas, fazendo-se necessário um aprofundamento teórico das variantes
que colaboram para esta prática pedagógica que estabelece uma autonomia do aluno,
o qual deve ser visto como o centro do processo, e não mero telespectador, tendo
como mediador o professor na condução do caminho a ser percorrido e quais os
atalhos a serem seguidos para facilitação das aquisições do saberes idiomáticos e
culturais com suporte das ferramentas tecnológicas da atualidade.
20
6- REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Orientações Curriculares para o
Ensino Médio. Vol.1, Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006.
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Língua estrangeira. Brasília: MEC, 1998.
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ULBIRCHT, Vania (Org). Mídia e Educação: novos olhares para a aprendizagem sem
fronteiras. - São Paulo: Pimenta Cultural, 2013. Disponível em
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University Press.
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Pesquisas e Perspectivas. 2012. Rio de Janeiro: NCE/UFRJ
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Contexturas, APLIESP, n.4, p.13-24,1999. Disponível em http://www.leffa.pro.br/
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LÉVY, Pierre. O que é virtual. São Paulo: Editora 34, 1996.
. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MORAN, José Manuel. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Palestra proferida pelo Professor
no evento " Programa TV Escola - Capacitação de Gerentes", Belo Horizonte e
Fortaleza, 1999. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos /pdf/
T6%20TextoMoran.pdf>. Acesso em 18 Abr 2015.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a Educação do Futuro. São Paulo:
Cortez, 2006.
21
PENNYCOOK, Alastair. Critical Pedagogy and Second Language Education. System
Journal, Volume 18, Issue 3, Pages 303-430, Ano 1990. Disponível em
<http://www.sciencedirect.com/science/journal/0346251X/18/3> Acesso em 15 Jun 2015
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Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação, 2011. Disponível em
<http://www.fe.unb.br/catedraunescoead/areas/menu/publicacoes /artigos-sobre-tics-na-
educacao/o-uso-das-tecnologias-na-educacao-computador-e-internet>. Acesso em 14
Abr 2015.
PEREIRA, Antonio Carlos. Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA): uma
Definição Disponível em < http://www.educacaosuperior.com.br/index.php? option=
com_content& view=article&id=24939:ambientes-virtuais-de-aprendizagem-ava-uma-
definicao&catid= 260:266&Itemid=21> Acesso em 20 Jun 2015
Plataforma Dotsub. Disponível em <https://dotsub.com/view/665bd0d5-a9f4-4a07-
9d9e-b31ba926ca78> Acesso em 19 Abr 2015
Plataforma Prezi. Disponível em <https://prezi.com/your/> Acessado em 19 Abr 2015
Plataforma Toondoo. Disponível em <https://toondooguide.wordpress.com/toondoo-
and-your-students/> Acesso em 19 Abr 2015
PRETTO, Nelson. O Desafio de educar na era digital: Educações. Revista Portuguesa
de Educação. Universidade do Minho, Portugal, v. 24, n-, p.95-118, 2011. Disponível
em < http://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/3042> Acessado em 14 Abr 2015.
Revista Veja - Disponível em <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/computador-
ainda-nao-entrou-na-sala-de-aula-brasileira/> Acessado em 22 Mai 2015.
ROTENBERG, Marcia. O professor e a internet: condições de trabalho, discurso e
prática. Dissertação de Mestrado, 2002. Universidade Estadual de Campinas,
Faculdade de Educação. Disponível em <http://bibliotecadigital.unicamp.br/document/
?code=vtls000266068&fd=y> Acesso em 28 Abr 2015.
22
SARDINHA, Tony Berber et al. Tecnologias e mídias no ensino de inglês: o corpus
nas “receitas”. 1. ed. São Paulo; Macmillian, 2012.
SILVA, Marco; BIANCONCINI, Maria Elizabeth; ULBIRCHT, Vania. Integração das
Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da
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SIQUEIRA, Sávio. Estimulando a democratização e desmistificação das novas
tecnologias no ensino de línguas estrangeiras. In: MOTA, Kátia; SCHEYERL, Denise
(Org). Recortes Interculturais na sala de aula de Línguas estrangeiras. Salvador:
EDUFBA, 2010. P.269-301.
VERASTZTO, Estéfano et al. Tecnologia: Buscando uma definição para o conceito
– Disponível em < revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf> Acesso
em 17 Jun 2015

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Uso de Tecnologias no Ensino de Inglês

  • 1. Uso de Tecnologias no Ensino do Inglês1 Use of technologies in Teaching English Language Romualdo Santana Santos2 RESUMO Este artigo aborda uma análise sobre o histórico e ampliação da incorporação do uso das novas tecnologias no ensino da Língua Inglesa, além das necessidades e desafios dos seus atores na apropriação correta para aplicação em sala de aula, sendo que esta nova perspectiva requer dos professores reflexão sobre a docência e como repensar sua prática usando esse importante recurso para construir e compartilhar conhecimento em um ambiente virtual, não só no uso da ferramenta mas também para aumentar o letramento crítico e visão de mundo dos alunos. Palavras-chave: Educação. Aprendizagem. Língua Inglesa. Computador. Internet ABSTRACT This paper approaches an analyze on the historical and increase of the incorporation and use of the new technologies to teaching of English, beyond its needs and challenges to participants in correct appropriation to enforcement in classroom. However, this new moment demands teachers’ reflection about teaching and how rethink them practice using this important support of the new technologies to build and share knowledge in virtual environment, not only how a tool but also to amply students’ critical literacy and worldview. Keywords: Education. English Language. Learning. Computer. Internet. 1 Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Língua Inglesa apresentado na Universidade Salvador – UNIFACS em 2015.2. Orientado pela Professora Mestre Agnes Bezerra. agnesbezerra@gmail.com 2 Graduado em Língua Estrangeira Moderna e Clássica pela Universidade Federal da Bahia, BA, Brasil. romesan72@yahoo.com.br
  • 2. 2 1-INTRODUÇÃO Há algum tempo o professor de Língua Inglesa dispunha apenas do quadro negro, giz e livro para desenvolvimento de atividades em sala de aula, e com o passar do tempo surgiram outros recursos pedagógicos e tecnológicos para suportar sua prática, e dentre as inovações tecnológicas o advento do computador e da internet surgiu como uma ferramenta (r)evolucionária que ampliou consideravelmente as possibilidades para aquisição de uma nova Língua, portanto este ambiente tecnológico e virtual tornou-se um local de convivência, produção e compartilhamento de conhecimentos e saberes, apontados por muitos como espaço de estudo e construção de uma inteligência coletiva3, termo que Lévy (1999) define como as ideias e propriedade intelectual que as pessoas possuem e partilham através das Tecnologias da Informação num espaço virtual, a qual ele considera como aquela que repartida por todas as partes e em tempo real consegue conduzir a uma mobilização efetiva das competências com a finalidade de reconhecimento e enriquecimento mútuo das pessoas. As novas tecnologias possuem esta característica interacionista onde o aluno tanto se relaciona com os colegas em sala de aula e com o mundo, e nessa necessidade de interação com “os mundos” a globalização vem realizando um papel significativo na expansão da Língua Inglesa, pois provoca transformações no desenvolvimento e relações das diversas nações que instituíram o Inglês como o código predominante para possibilitar esta comunicação. Essa dinâmica sócio digital se fortaleceu com esses fatores geopolíticos e tecnológicos necessários para ampliação destes contatos, legitimando o Inglês também como a Língua da comunicação e informação tecnológica, o que vem desencadeando a necessidade de domínio e portanto uma expansão do seu ensino/aprendizado. O uso dessas tecnologias exige uma qualificação e atualização constante do professor que deveria abandonar o tradicional papel de “ensinar” para desenvolver a mediação como facilitador do aprendizado, assessorando e conduzindo os alunos no 3 Inteligência coletiva é um conceito que descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge da colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades.
  • 3. 3 alcance dos seus objetivos, proporcionando um ambiente adequado na sala de aula, transitando dentro das diversas áreas do conhecimento, a fim de não só buscar a proficiência da língua mas despertar o letramento crítico4, apontado por Pennycook (1990) como uma prática que ajuda os estudantes a decodificar as dimensões ideológicas do texto, instituições, práticas sociais e formas culturais, despertando o cidadão crítico capaz de analisar e desafiar as características opressivas da sociedade, portanto desenvolvendo um aprendizado além da atividade cognitiva, através de atividades no mundo virtual que possuam relevância, autenticidade, além de serem significativas e motivadoras. Toda essa exigência requer o preparo do professor através de qualificação nas TIC5 (Tecnologias de Informação e Comunicação) que são verdadeiras e fortes aliadas nesse processo, mas sozinhas elas não surtiriam os efeitos desejados, portanto também se faz necessário que o docente assuma um papel de pesquisador, produtor e adaptador de matérias disponíveis na web para enfrentar a nova era tecnológica, mesclando diferentes abordagens e abandonando a busca da forma perfeita pela mais adequada, sendo preponderante se basear na sua experiência, vivência com o grupo, contexto e valores pessoais. Além de, primordialmente, está aberto a um novo mundo de novas descobertas para suportar a sua prática diária. 2- HISTÓRICO DO USO DE TECNOLOGIA NO ENSINO DE INGLÊS A palavra tecnologia provém de uma junção do termo tecno, do grego techné, que é saber fazer, e logia, do grego logus, razão. Portanto, tecnologia significa a razão do saber fazer (RODRIGUES,2001 apud VERASZTO et al, 2008), ou conceituado como o estudo da arte ou de um ofício, a qual sempre tem se mostrado presente no desenvolvimento da humanidade constituindo-se num elemento que evidencia conhecimento em uma determinada área e estabelece uma consequente relação de 4 Letramento Crítico- Desenvolvimento de práticas educacionais que municiam os educandos a análise da busca dos sentidos e consciência crítica sobre os diversos assuntos, com seus diversos interesses e de que forma pode impactar na sua vida e na coletividade. 5 TIC -São as tecnologias e métodos para se comunicar, surgidas no contexto da Revolução Informacional. O termo em Inglês ICT (Information and Communication Technology) foi usado pela primeira vez em 1997, por Dennis Stevenson, num relatório para o governo do Reino Unido.
  • 4. 4 poder e dominação para seu detentor, mas vale a pena frisar que esta definição não possui plena exatidão, pois ela se reconfigura ao longo do tempo com apresentação de outras concepções teóricas e contextos, portanto vamos nos fixar especificamente as Tecnologias de Informação como a área que usa conhecimento técnico e científico dos hardwares, softwares, redes colaborativas, sistemas de comunicação, e tem como finalidade produzir , armazenar, transmitir, compartilhar as mais variadas informações em suas determinadas especificidades através do ambiente virtual. O mundo em que vivemos sempre esteve marcado por avanços tecnológicos nas mais diversas áreas e não poderia ser diferente com a educação, especificamente no ensino do Idioma Inglês, que dispunha desde as mais simples tecnologias como o quadro negro e giz, até a atualidade que é marcada pelo uso do computador, internet e suas possibilidades de desdobramento, que são excelentes ferramentas de construção colaborativa do aprendizado, informação e conhecimento. Indiscutivelmente o uso destas inovações produzem efeitos sobre esta não tão nova maneira de raciocinar, interagir e informar relacionadas ao aprendizado, as quais vem sendo discutidas por teóricos com aspectos positivos e negativos, mas ao certo precisamos nos despir da resistência natural ao novo e procurar assimilar as potencialidades desta prática e evidenciar as suas possíveis lacunas para aprimoramento. A Língua se configura como um veículo de informação, um código usado para comunicação entre as pessoas eou comunidades, semelhança com o mundo digital que tem como cerne a vinculação de informações, que vem mostrando uma mudança na forma que o conhecimento está sendo concebido e transmitido, apresentando uma velocidade e abrangência jamais observadas por outro meio qualquer, as tecnologias digitais possuem tamanha versatilidade que impactam na educação que é obrigada a ser reconfigurada no século XXI para fortalecimento deste elo, sendo quase impossível dissociar o mundo digital do aprendizado do Inglês, portanto as pessoas que tem a escola como um universo de formação buscam esse conhecimento universalizado, concentrado e modificado a todo momento por intermédio do ciberespaço6, 6 Ciberespaço é definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92)
  • 5. 5 incentivando os indivíduos ao desejo de acesso e domínio dos saberes para desenvolvimento pessoal e aumento de suas oportunidades. O advento da imprensa foi uma das primeiras tecnologias que revolucionou o mundo moderno para o ensino, pois se configurava uma nova forma de conhecimento através do papel e escrita para possibilitar criação e compartilhamento de informações na sociedade, a partir daí começaram a ser instituídos também os livros que traziam diagramações e conteúdo específicos para transmissão do aprendizado, quando tínhamos o lápis e o papel como recursos ao alcance dos discentes. Posteriormente o estudo das Línguas esteve suportado pelos recursos audiovisuais, com isso a reprodução do som e a projeção de imagens auxiliavam na identificação, escuta, pronúncia e repetição das palavras e frases na língua alvo, depois surge o recurso da gravação da fita magnética a qual permitia que o aprendiz gravasse sua própria voz, além do material fabricado com o conteúdo fonológico das lições. Mais tarde tivemos a oportunidade do uso do rádio e da TV que apresentavam situações de exposição ao aprendizado da língua, e a cada surgimento de uma nova tecnologia à escola estava atenta sobre a possibilidade do seu uso como recurso pedagógico. Sem sombra de dúvidas nos dias atuais o ensino do inglês associado as práticas das novas tecnologias ocupou posição de destaque frente as demais metodologias, por sua capacidade de alcance considerável de adeptos e por integralizar os mais diversos aplicativos e outros recursos digitais com um dinamismo inigualável, usando como exemplo da desproporcionalidade a informação de que nos Estados Unidos o rádio levou 38 anos para ser usado por 50 milhões de pessoas, enquanto a internet conseguiu em apenas quatro anos (TAKARASHI, 2000 apud PRETTO, 2011), provavelmente pelo poder de despertar uma atratividade e encanto, principalmente nos mais jovens, considerado um importante fator motivador para cooptar mais adeptos e seguidores comuns do mundo digital e aprendizado da língua Inglesa. Percebe-se também que a internet e o computador incrementaram as aptidões comunicativas do aprendiz que são potencializadas e todas são primordiais para sua proficiência, visto que se pode interagir tanto com programas, grupos ou indivíduos no desenvolvimento das habilidades (Listen, Write, Read, Speak) nesse espaço virtual,
  • 6. 6 extrapolando o espaço formal para este tipo de aquisição de conhecimento em local e tempo, isto é, além da instituição de ensino e a qualquer momento, sendo também mais ampla no que se refere as competências comunicativas preconizadas pelo PCNEM7 Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, que descreve a seguinte ideia sobre as competências: A competência primordial do ensino de línguas estrangeiras modernas no ensino médio deve ser a da leitura e, por decorrência, a da interpretação. O substrato sobre o qual se apoia a aquisição dessas competências constitui-se no domínio de técnicas de leitura – tais como skimming, scanning, prediction8– bem como na percepção e na identificação de índices de interpretação textual (gráficos, tabelas, datas, números, itemização, títulos e subtítulos, além de elementos de estilo e gênero). (PCENM, 2000, p.97) O PCNEM (2000) considera que os exames formais (VESTIBULAR, ENEM, Pós Graduação) exigem apenas a habilidade de leitura como parâmetro para avaliação e não enxerga uma fundamentação social para inclusão da língua estrangeira para exploração clara das outras competências , justificando que no geral existem poucas comunidades bilíngues em nosso país que exija o desenvolvimento de outras habilidades no ambiente escolar, portanto uma visão desatualizada e equivocada , desmistificada pelo uso e relações estabelecidas no mundo virtual que prima esta competência do cidadão globalizado que se relaciona com os mais diversos indivíduos e comunidades em um idioma que é considerado global. A visão reducionista sobre a função do aprendizado da língua Inglesa na escola se restringe ao atendimento do requisito exigido para obter resultados positivos nos sistemas de avaliação existentes, os quais priorizam e sugerem como objetivo principal a linguagem oral. O uso do computador e a internet oportuniza uma nova maneira de aplicar as habilidades comunicativas e concepção do conhecimento, corroborando com extremo dinamismo e fluidez para o aprendizado do Inglês, todavia carece de um entendimento na sua totalidade para que possam ser empregadas adequadamente, mas claramente possibilita no momento real a interação com nativos ou não nativos que usam este código para se comunicar e aprender, e a luz desta realidade observam-se alguns 7 PCNEM- Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino Médio 8 Skimming, scanning, prediction – Estratégias de leitura escolhidas de acordo com o propósito do leitor, extrair a ideia principal do texto, buscar um trecho com ideias específicas ou inferência a partir de informações do texto.
  • 7. 7 esforços governamentais com a finalidade de socializar o aceso as TIC, através da implantação de programas como o como o UCA9 (Um Computador por Aluno, vinculado Programa Nacional de Tecnologia Educacional - ProInfo, Decreto N-6300 de 12.12.2007) e PROUCA10 (Programa Um Computador por Aluno, instituído pela Lei 12.249 de 14 Junho de 2010), que disponibilizam linhas de crédito para compra de computadores portáteis, a fim de serem utilizados nas escolas, com isso conclui-se que existe uma atenção e preocupação em adequar a escola ao novo cenário de inserção digital, porém foi mostrado na Revista Veja de 09.08.2011 a seguinte manchete: “Computador ainda não entrou na sala de aula brasileira”, apontando que apenas 4% das escolas públicas tem o equipamento instalado em sala de aula (88% instalados na coordenação), e a OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgou que o país tem a terceira pior taxa de computador por aluno. Além disso, a pesquisa informa que apenas 18% dos professores usam internet em sala de aula, evidenciando que o maior obstáculo para crescimento desse número é o nível do conhecimento dos docentes acerca das tecnologias. Programas existem, mas se tornam insipientes diante de outras questões que envolvem o tema, necessitando de um aprofundamento científico para diagnosticar os desvios e propor melhorias. Uma outra importante questão, que não deve ser desconsiderada é sobre aspectos históricos que fortaleceram e tiveram importância para a expansão do idioma Inglês durante o curso do tempo, o que proporcionou uma posição de destaque e predominância em alguns processos, e portanto estabelecendo relevância para seu aprendizado, como evidencia David Crystal: In the seventeenth and eighteenth centuries English was the language of the leading colonial nation – Britain. In the eighteenth and nineteenth centuries it was the language of the leader of the industrial revolution – also Britain. In the late nineteenth century and the early twentieth it was the language of the leading economic power – the USA. As result, when new technologies brought new languages opportunities, English emerged as a first rank language in industries which affected all aspects of society. (CRYSTAL, 2007, p120) 9 UCA- O Projeto Um Computador por Aluno foi implantado com o objetivo de intensificar as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino. 10 PROUCA-Programa Um Computador por Aluno, instituído pela Lei nº 12.249, de 14 de junho de 2010, tem por objetivo promover a inclusão digital pedagógica e o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de alunos e professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis denominados laptops educacionais.
  • 8. 8 É interessante lembrar que a expansão do colonialismo britânico e a Revolução Industrial foram importantes motivos para expansão do Inglês, além da emergência dos Estados Unidos como maior potência econômica associada ao rompimento das barreiras territoriais através da Globalização, as quais fortaleceram mais e em escala mundial os negócios entre as nações, além da propagação assustadora da interação digital, permitindo que ambos atingissem diversos espaços, definindo o Inglês como uma Língua Global responsável pelo fluxo da maioria das informações que povoam o mundo digital. Portanto, o contexto global passa a valorizar de maneira significante o aprendizado do Inglês associado ao mundo tecnológico, e facilmente se percebe que as reuniões sobre o tema transpassaram os muros das escolas ou organismos educacionais e estão fazendo parte das discussões em cúpulas e blocos organizados pelos países mundo afora, e esse contexto atua como fator sinérgico e beneficia o aprendizado desta língua estrangeira, exigindo do indivíduo globalizado essa formação. 3- PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA NA ERA TECNOLÓGICA Numa época marcada por novidades contínuas e dinamismo da informação, existe uma necessidade de formação e atualização constante do professor de idiomas para acompanhar as exigências do mundo globalizado, o qual dita uma nova maneira de atuar desse docente que tem o desafio de uma reconfiguração da sua prática pedagógica baseada na mediação e interação, explorando também a sua criatividade e capacidade adaptativa para fins e contextos específicos, adequando-os ao perfil das turmas e práticas pessoais , buscando promover motivação, participação, desenvolvimento e descobertas dos aprendizes, como aponta Danielle Santos: O professor, antes responsável pela transmissão de instruções e pela prática de um ensino verticalizado, unissensorial e que utilizava uma única mídia (giz e quadro negro), de repente, depara-se com uma demanda de mudanças na sua prática que envolvem: a construção do conhecimento e não mais o domínio do conteúdo, a necessidade de usar métodos diferenciados para o processo de ensino e de aprendizagem, a comunicação multidirecional, o uso de tecnologias e métodos de ensino diversificados e, principalmente, o papel de mediador entre o estudante e o conhecimento, e não mais o de transmissor de informações(SANTOS, 2013, p.49)
  • 9. 9 Essa necessidade de acompanhamento do processo histórico e social de inserção das Novas Tecnologias (mundo digital) associada as práticas educacionais deve ser iniciada a partir da formação acadêmica dos professores de idioma, para que eles possam enxergar claramente quanto é importante este recurso e quão é crucial o elo entre o aprendizado da Língua Inglesa e das novas tecnologias, devendo exercê-las de forma eficaz e com a responsabilidade de atuar como uma mora propulsora no processo de aprendizagem, exercendo adequada apropriação das TIC e efetivamente usando-as não só no aspecto ferramental, mas direcionando para potencializar uma boa prática pedagógica no processo de formação e educativo dos alunos, como postula Lenice Cauduro : O primeiro e indiscutível aspecto destacado em todas as pesquisas e artigos consultados evidencia a necessidade de formação inicial e continuada dos professores e multiplicadores, para além do caráter instrumental das TIC, fundamental para promover práticas transformadoras (CAUDURO, 2013, p12) É relevante que exista uma formação inicial e posteriormente a continuada do professor de Inglês, não só no entendimento técnico da ferramenta e uso de material ilustrativo para espetacularizar sua aula, mas para entender como se materializa o aprendizado conjunto da tecnologia e do ensino do inglês, e de que forma intervir nesse processo para facilitar a aquisição do conhecimento e dirimir possíveis desvios e suas respectivas correções. Portanto, seria insignificante possuir um recurso para operacionalizar e não integrá-lo na sua amplitude com todas as suas possibilidades de aplicação, a fim de promover participação ativa e interacionista, com a consequente assimilação do conhecimento proposto, por isso se faz necessária a formação continuada do docente, como ilustrado no seguinte trecho: O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados a formação profissional, completados por estágios. A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto do trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional (LIBÂNEO, 2004 apud ROCHA, 2011, p.13)
  • 10. 10 A constante formação do professor de idioma serve como um balizador, oportunizando a possibilidade de se situar na sua prática e quais aspectos precisa aperfeiçoar para deixar pra traz a formação que exigia apenas a vocação e conteúdo adquirido sobre a disciplina que se propunha a ensinar, superando a visão simplista de transferidor de conhecimento para um educador que consegue articular bem as ferramentas tecnológicas e o conteúdo da Língua Inglesa, com a finalidade de potencializar a comunicação e aprendizagem através das ferramentas digitais. Algumas iniciativas podem favorecer o rompimento das barreiras e a expansão do mundo digital nas escolas, que são as necessidades de reconfiguração dos papéis do professor , do aluno , gestores e maior comprometimento político diante da implantação e os desdobramentos que podem advir, para tanto seria necessário investimentos adequados, tendo como resultado uma ampliação considerável da interculturalidade dos integrantes deste processo, que passam a estudar o Inglês com auxilio virtual, e como resultado uma assimilação dos aspectos culturais de países que o utilizam como língua oficial e/ou não oficial, sem a ideia de sobreposição de culturas , mas de aprendizado amplo e enriquecedor que vai além de aspectos linguísticos e proficiência em um idioma, como postula Edgar Morin (2006, p.57) : As culturas são aparentemente fechadas em si mesmas para salvaguardar sua identidade singular. Mas, na realidade, são também abertas: integram nelas não somente saberes e técnicas, mas também ideias, costumes, alimentos, indivíduos vindo de fora. As assimilações de uma cultura a outra são enriquecedoras. Verifica-se também mestiçagens culturais bem-sucedidas [...], cuja a diversidade cultural constitui um dos mais preciosos tesouros (MORIN, 2006, p.57) Um outro aspecto que requer atenção do professor é a apropriação das variedades do Inglês existente no mundo globalizado e como desmitificar a ideia de sobreposição da norma culta frente as suas variantes, pois a partir Globalização ocorreram abertura dos mercados mundiais e o rompimento das fronteiras, favorecendo a expansão das relações, o que facilitou e intensificou a incorporação e aprendizado de características das mais diversas culturas à Língua Inglesa, existindo uma necessidade de transcendência dos aspectos abordados do Inglês padrão, pois quando o idioma se
  • 11. 11 torna global (Língua Franca11) associa-se também características culturais próprias dos não nativos e desperta a necessidade do facilitador procurar e desenvolver materiais que possuam características dessa junção, portanto percebe-se que o aprendizado da língua não pode ser dissociado da cultura e promoção desta troca, como destacado abaixo: Rather ELF12 communication is seen as emergent and situated with common features negotiated by the participants. For users effectively, they will need a mastery of more than the features of syntax, lexis, and phonology that the traditional focus in ELT13. Equally important is the ability to make use of linguistic and other communicative resources in the negotiation of meaning, roles, and relationships the diverse sociocultural settings of intercultural communication through English (BAKER, 2011, p.63) Esta articulação entre navegação no mundo virtual, o aprendizado da língua estrangeira e a cultura, forma um tripé de importantes componentes que se inter- relacionam para entendimento de um novo horizonte, que facilita e ajuda o alcance dos aspectos voltados para língua e possibilita atingir uma competência comunicativa a partir do conhecimento e assimilação também de aspectos culturais, que devem ser desenvolvidos pelo docente e aprendizes da Língua Inglesa. 4- RECURSOS VIRTUAIS PARA APENDIZAGEM DO INGLÊS Com o advento do computador, internet, mídias e suas diversas possibilidades de manifestações, além da sua socialização impressionante e a possibilidade de aplicação no estudo de línguas, surge a prática transformadora do uso das tecnologias, que se integraram perfeitamente à sala de aula. Portanto, a prática do Ensino do Inglês apoiada pelos recursos tecnológicos exigem uma variedade de atividades didáticas para aplicação e exploração desses recursos, colaborando como algumas alternativas de abordagem. Esta nova relação estabelecida entre a educação e o espaço virtual exige a utilização de ferramentas que acompanhe esta nova maneira de aquisição dos 11 Língua Franca é a língua que um grupo multilíngue de pessoas intencionalmente adota ou desenvolve para que todos consigam sistematicamente comunicar-se uns com os outro 12 ELF- English Language as Franca 13 ELT-English Language Teaching
  • 12. 12 saberes relacionados com ensino do idioma Inglês, e esses recursos estão surgindo e sendo revisados a todo instante para atender as exigências e necessidades do mercado. A variedade de alternativas disponíveis no mundo digital como recursos ou para prática de ensino e aprendizado do Inglês é muito grande, o que não é nosso propósito citar e discutir todos eles nesse espaço, podendo ficar à margem desta discussão um número considerado. A maioria desses recursos possuem uma característica singular da possibilidade de deslocamento do espaço de aprendizado além do ambiente escolar, muitas vezes de forma gratuita, tornando cada vez mais o espaço digital como uma realidade acessível para o aprendiz, com isso permitindo sua participação no espaço formal e tradicional de aquisição do idioma, como também dando-lhe uma autonomia para desenvolvimento no mundo virtual, assumindo o aluno a condição de interventor e participante do processo e não apenas como mero observador e seguidor de uma prática e metodologia estabelecida. Vale lembrar que grande parte do material disponível apresenta características de produção para um mercado mundial e muitas vezes não leva em consideração a realidade e preferência dos alunos, portanto não alcançando um despertar motivacional para aprendizado prazeroso da Língua Inglesa. O ciberespaço é definido por Lévy (1999) como sendo aquele local não físico composto por um conjunto de rede de computadores por onde circulam informações, e portanto se constitui num ambiente aberto e com diversas possibilidade de aprendizado da língua inglesa, e a exploração do mundo virtual para aprendizado de uma língua se materializa no uso de equipamentos mais diversos como computadores, notebooks, tablets, smart tv, smart phones, dentre outros. Esses equipamentos se constituem em elementos que possibilitam uma maior dinâmica para captação e fluxo do conhecimento da língua inglesa através da web, principalmente por sua popularidade, porém deve-se ter cuidado diante da gama de informações existentes e quais devem ser selecionadas e possuem idoneidade para uso e compartilhamento. No cenário onde existe quase que uma unanimidade no uso dessas tecnologias, a participação em redes como facebook, instagram, blogs, twitter, possibilitam a criação de páginas e espaços que colaboram
  • 13. 13 para discussão de assuntos relacionados à Língua Inglesa, além de ferramentas on line específicas e softwares que trazem a oportunidade para prática e/ou aprendizado. Iniciaremos falando de uma ferramenta interessante que é o ToonDoo (Fig.: 1), onde se pode criar num ambiente on line histórias em quadrinhos com diversas imagens, cenários e personagens, que permite a manipulação, desenho ou inserção, podendo ser impressas e disponibilizadas ou não para domínio público, possuindo como pontos positivos uma excelente comunicação visual, atividade com participação colaborativa, além de aguçar bastante a criatividade dos alunos. Figura 1 - Ilustração Toondoo Fonte: https://toondooguide.wordpress.com/toondoo-and-your-students/ Com esta ferramenta acessível no site https://www.toondoo.com, o aluno tem liberdade para desenvolver a construção do seu próprio saber relacionado com o tópico a ser explorado, a partir de uma orientação da atividade a ser desenvolvida diante da proposta pedagógica diligenciada pelo docente. Um outro recurso interessante para prática do idioma inglês através de vídeos é o dotsub, pois com esta plataforma você pode obter vídeos já compartilhados ou inserir seus próprios vídeos, além de criar legendas em quaisquer dos idiomas disponíveis como mostra a interface de tradução na Figura 2, sobre um vídeo que traz o funcionamento do coração em Inglês sendo incorporado legendas em Espanhol.
  • 14. 14 Figura 2 – Interface de tradução de legenda do dotsub. Fonte: Interface de Tradução do dotsub. O “dotsub” pode ser facilmente acessado através do site: https://dotsub.com/, onde você estabelece um usuário e senha para entrar no sistema e realizar a atividade de incorporação e legendagem dos vídeos, além de visualizar as possibilidades de traduções existentes dos subtítulos como legenda, mostrado na Figura 3 com um vídeo em Inglês que foi traduzido por usuários para o Português (Brasil) que trata de prisioneiros de um campo de concentração: Figura 3: Tradução de depoimento de refugiado em campo de concentração Fonte:https://dotsub.com/translate Uma outra plataforma on line que vem sendo usada por viabilizar a criação de um leque enorme de apresentações e trabalhos nas mais diversas áreas é o Prezi, além disso ele permite a criação das suas próprias apresentações e possui o recurso de
  • 15. 15 disponibilizar publicamente a visualização para qualquer internauta, e também permite recurso de configuração e aplicação de efeitos visuais, inserção de figuras, áudio e vídeos que surgem na tela automaticamente. Na página do Prezi existe também uma característica de liberação para apropriação pública de apresentações contidas no sistema, que tratam dos mais variados assuntos para estudo ou como suporte para treinamentos ou aulas, similar a este slide da Figura 4, que tinha o intuito de informar os turistas sobre aspectos relacionados com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como as cidades sedes, coordenadas geográfica, horário dos jogos, capacidade e localização dos estádios. Figura 4: Informação sobre estádio da Copa do Mundo de 2014 Um programa que possui quase as mesmas características parecidas com o Prezi é o Power Point, pois é um software para apresentação de aulas e trabalhos com recursos de animação, inserção de imagens, áudio e vídeo, porém não está disponível para o uso on line, e o seu usuário deve possuir a licença da empresa detentora dos direitos através de pagamento. Sua interface é fácil de ser trabalhada, e os comandos acessados e identificados sem dificuldades (Figura: 5):
  • 16. 16 Figura 5: Interface do Software Power Point Fonte: http://pt.slideshare.net/mirkopiero/lexical-approach-15433874 Temos também um programa denominado Audacity, que possibilita gravar, importar, exportar diversos tipos de arquivos de som, além da realização de mixagem, corte, alteração da velocidade da gravação, com isso podendo oportunizar a prática do Listening em sala de aula, aguçando esta importante habilidade do idioma Inglês nos educandos, que participam na construção de diálogos com os colegas ou gravando sua própria voz para verificação da fonética e fonologia do Inglês, através de uma comunicação real usando a interface mostrada na Figura 6: Figura 6: Interface do Software Power Point Fonte: http://web.audacityteam.org/
  • 17. 17 Não podemos deixar de falar sobre os AVA14 - Ambientes Virtuais de Aprendizagem (Virtual Learning Environment), uma tendência que vem sendo muito utilizado para aprendizado da Língua Inglesa, e essa perspectiva educacional é uma opção de mídia que consiste em plataformas para aprendizado totalmente on line ou como material complementar para um curso presencial ou semipresencial, os quais vinculam um conteúdo devidamente organizado e disponibilizado para acesso a qualquer momento, oferecendo recursos áudio visuais e textos com possibilidade de discussões e retirada de dúvidas através de chat ou fóruns, portanto professores e alunos não precisam ocupar o mesmo espaço físico para que se materialize o aprendizado. São inúmeros os AVA disponibilizados para acesso, os quais possuem as mais variadas formas e preços com a finalidade de atender as necessidades e exigências dos consumidores interessados em obter proficiência no Inglês, e podemos dar como exemplos destas plataformas o Englishtown e Open English. Esta modalidade permite uma maior autonomia do aluno, porém existe a necessidade de uma disciplina para o uso dos conteúdos, e para o professor de Língua Inglesa surge uma nova opção para atuação como um orientador do estudo e aprendizado, que para tanto necessita de uma qualificação e perfil adequado. Temos também comunidades internacionais on line de aprendizado de idiomas como a Livemocha e RealLife English que oferecem a possibilidade de aprendizado da língua inglesa com acesso gratuito para maioria dos conteúdos, mas existem opções pagas para outros cursos que possuem recursos adicionais. Além disso, favorece intercambio entre diversas pessoas dos mais variados países que compõem estas comunidades. Como é possível observar com os exemplos citados, existem uma variedade de programas, plataformas virtuais e comunidades que podem ser utilizadas para todos os gostos e finalidades no espaço virtual, cada qual com suas características e particularidades para aplicabilidade de recursos como suporte na busca da proficiência da Língua Inglesa, alguns possuem gratuidade e outros são 14 AVA consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdo e permitir interação entre os atores do processo educativo. [...] Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) consiste em uma opção de mídia que está sendo utilizada para mediar o processo ensino-aprendizagem à distância. (PEREIRA, 2007, p. 4 e5).
  • 18. 18 pagos, e dentro da fluidez e dinâmica do espaço virtual surgem novidades ou versões com recursos aprimorados. 5-CONSIDERAÇÕES FINAIS O ensino do Inglês possibilita que o aluno se aproxime de outras culturas e obtenha a proficiência em uma nova língua que hoje se configura como franca e deveria ser oportunizada para todos, e com esta socialização das novas tecnologias e sua inserção na escola , ainda que incipiente, articula e colabora para despertar nos estudantes a possibilidade de problematização de questões do cotidiano, fazendo com que o aluno além de aprender aspectos linguísticos e paralinguísticos, desenvolva também uma visão crítica do mundo que os rodeia, que é uma das condições relevantes para o desenvolvimento da sua cidadania e poder de discernimento. Desta forma brindaremos a prática da língua como instrumento de comunicação e desenvolvimento da consciência crítica e não como o condicionamento dos professores a uma modelo de situações construídas para prática do idioma que são distantes da sua realidade. A escola e todos atores sociais deste processo não devem imaginar que a informatização e aplicação dos recursos tecnológicos por si só será a única vertente para revolucionar o Ensino do Idioma Inglês, existem outras dimensões que devem ser levadas em consideração, que passam por aspectos estruturais, investimentos, recursos, valorização do professor, além da importância de repensar sobre o real papel da escola e que tipo de formação deve ser proporcionada ao estudante na era tecnológica, explorando esta nova maneira de compartilhamento e expansão do aprendizado. Por isso, é necessária uma adequação nos papéis desenvolvidos por professores, alunos, gestores e um maior comprometimento político para os investimentos com acompanhamento da eficácia de todo processo. Devendo também ser potencializada a exploração dos aspectos tecnológicos para prática educacional desde a formação do docente dentro da academia, com aplicação de disciplinas que
  • 19. 19 dialoguem com o ciberespaço e prática do ensino de língua inglesa, com intuito de prepará-lo devidamente para conduta quanto educador. Importante deixar evidente que este artigo traz algumas observações sobre o histórico dessas novas tecnologias, uso de alguns recursos, adequação da docência e qualificação dos professores para realizar estas novas práticas nos ambientes virtuais de aprendizagem com foco na Língua Inglesa, porém sem a pretensão de estabelecê- las como conclusivas, fazendo-se necessário um aprofundamento teórico das variantes que colaboram para esta prática pedagógica que estabelece uma autonomia do aluno, o qual deve ser visto como o centro do processo, e não mero telespectador, tendo como mediador o professor na condução do caminho a ser percorrido e quais os atalhos a serem seguidos para facilitação das aquisições do saberes idiomáticos e culturais com suporte das ferramentas tecnológicas da atualidade.
  • 20. 20 6- REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Vol.1, Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua estrangeira. Brasília: MEC, 1998. CAUDURO, Lenice. Pesquisa em mídia-educação no contexto escolar: do cruzamento de olhares o encontro de pistas. In: BUSCARELLO, Raul; BIEGING, Patrícia; ULBIRCHT, Vania (Org). Mídia e Educação: novos olhares para a aprendizagem sem fronteiras. - São Paulo: Pimenta Cultural, 2013. Disponível em <http://www.pimentacultural.com/#!midia-e-educacao/cha4>. Acesso em 14 Abr 2015. CRYSTAL, David. English as a Global Language, 2007. Second Edition. Cambridge University Press. ELIA, Marcos; FERRENTINI, Fábio (Org). Projeto um computador por aluno: Pesquisas e Perspectivas. 2012. Rio de Janeiro: NCE/UFRJ LEFFA Vilson J. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas, APLIESP, n.4, p.13-24,1999. Disponível em http://www.leffa.pro.br/ textos/trabalhos /oensle.pdf> Aceso em 17 Mar 2015 LÉVY, Pierre. O que é virtual. São Paulo: Editora 34, 1996. . Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. MORAN, José Manuel. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Palestra proferida pelo Professor no evento " Programa TV Escola - Capacitação de Gerentes", Belo Horizonte e Fortaleza, 1999. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos /pdf/ T6%20TextoMoran.pdf>. Acesso em 18 Abr 2015. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a Educação do Futuro. São Paulo: Cortez, 2006.
  • 21. 21 PENNYCOOK, Alastair. Critical Pedagogy and Second Language Education. System Journal, Volume 18, Issue 3, Pages 303-430, Ano 1990. Disponível em <http://www.sciencedirect.com/science/journal/0346251X/18/3> Acesso em 15 Jun 2015 ROCHA, Ana Paula. O uso das tecnologias na educação: computador e Internet. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação, 2011. Disponível em <http://www.fe.unb.br/catedraunescoead/areas/menu/publicacoes /artigos-sobre-tics-na- educacao/o-uso-das-tecnologias-na-educacao-computador-e-internet>. Acesso em 14 Abr 2015. PEREIRA, Antonio Carlos. Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA): uma Definição Disponível em < http://www.educacaosuperior.com.br/index.php? option= com_content& view=article&id=24939:ambientes-virtuais-de-aprendizagem-ava-uma- definicao&catid= 260:266&Itemid=21> Acesso em 20 Jun 2015 Plataforma Dotsub. Disponível em <https://dotsub.com/view/665bd0d5-a9f4-4a07- 9d9e-b31ba926ca78> Acesso em 19 Abr 2015 Plataforma Prezi. Disponível em <https://prezi.com/your/> Acessado em 19 Abr 2015 Plataforma Toondoo. Disponível em <https://toondooguide.wordpress.com/toondoo- and-your-students/> Acesso em 19 Abr 2015 PRETTO, Nelson. O Desafio de educar na era digital: Educações. Revista Portuguesa de Educação. Universidade do Minho, Portugal, v. 24, n-, p.95-118, 2011. Disponível em < http://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/3042> Acessado em 14 Abr 2015. Revista Veja - Disponível em <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/computador- ainda-nao-entrou-na-sala-de-aula-brasileira/> Acessado em 22 Mai 2015. ROTENBERG, Marcia. O professor e a internet: condições de trabalho, discurso e prática. Dissertação de Mestrado, 2002. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Disponível em <http://bibliotecadigital.unicamp.br/document/ ?code=vtls000266068&fd=y> Acesso em 28 Abr 2015.
  • 22. 22 SARDINHA, Tony Berber et al. Tecnologias e mídias no ensino de inglês: o corpus nas “receitas”. 1. ed. São Paulo; Macmillian, 2012. SILVA, Marco; BIANCONCINI, Maria Elizabeth; ULBIRCHT, Vania. Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 2005.2. SIQUEIRA, Sávio. Estimulando a democratização e desmistificação das novas tecnologias no ensino de línguas estrangeiras. In: MOTA, Kátia; SCHEYERL, Denise (Org). Recortes Interculturais na sala de aula de Línguas estrangeiras. Salvador: EDUFBA, 2010. P.269-301. VERASTZTO, Estéfano et al. Tecnologia: Buscando uma definição para o conceito – Disponível em < revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/681/pdf> Acesso em 17 Jun 2015