O documento discute o Estudo do Meio como método interdisciplinar na Educação Básica. Aborda como o EM promove uma aprendizagem mais significativa ao envolver os alunos e tornar o conhecimento contextualizado. Também analisa experiências de professores que reconhecem os benefícios do EM, como desenvolver a participação ativa dos alunos e uma visão de mundo mais ampla.
O Estudo do Meio como método interdisciplinar na Educação Básica
1. O ESTUDO DO MEIO
COMO MÉTODO
INTERDISCIPLINAR
NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO - UNASP
Ronaldo Santos Santana
Haller Elinar Stach chunemann
2. "Queremos atividades escolares vivas,
associadas ao interesse e ao profundo devir
das crianças, que sejam muito mais do que
um jogo ou um passatempo, que sejam um
trabalho autêntico, fruto de uma necessidade,
que se veja que é útil...” Célestin Freinet
3. OBJETIVO GERAL
• Averiguar as implicações do Estudo do Meio (EM) como
método interdisciplinar, verificando os desafios desta prática
na Educação Básica, e analisar as experiências de professores
que reconhecem o Estudo do Meio como um método que
contribui com a construção de conhecimento.
6. Resultados e Discussão
• QUESTÃO 1- Qual a relação entre estudo do meio e
Interdisciplinaridade
Professor (a) Resposta
Professora 1: “Se o professor for por um caminho apenas
disciplinar, ele pode ter um entendimento muito
parcial ou fragmentado, ao passo que se você
trabalhar com outros professores de disciplinas
diferentes há maior riqueza”.
7. QUESTÃO 3- COMO SELECIONAR OS
TEMAS OU LOCAIS?
• TEMA É ESCOLHIDO ANTES DO LOCAL
• ESTUDO DO MEIO DENTRO DO PPP DA ESCOLA
Professor 1 “O Estudo do Meio surge a partir de
um tema que desperte o interesse
naquele momento em sala de aula”
Professor 2 “Estou de acordo com a ideia de primeiro
vir a temática e depois vir o local”.
Professora 5 “A escola deve antes de tudo rever o
projeto pedagógico dela, então dentro
deste documento tem que ter a proposta
de um Estudo do Meio”.
É o caso, dentro da
política de autonomia
das escolas, da prática
que cada escola
configure o seu próprio
projeto pedagógico,
especificamente na
"interdisciplinaridade",
pela utilização da
dialogicidade e pela
interação entre as
disciplinas (SEABRA,
1993 P. 115)
8. QUESTÃO 5- COMO CUSTEAR AS
ATIVIDADES?
• REALIDADE NA ESCOLA PÚBLICA
Professor 2 “Na escola pública eu já tive situações
onde eu consegui por programas de
incentivo das redes, tanto estadual
quanto à municipal, financiamento do
transporte, para a atividade in loco
geralmente com alunos da rede pública
há isenção da entrada e alimentação e
outros detalhes ficam por parte dos
alunos. ”
9. • REALIDADE NA ESCOLA PARTICULAR
Professora 4 “Geralmente é feito um rateio do valor
do trabalho e esses alunos bancam todo
o processo, alimentação, transporte e
etc.”
10. QUESTÃO 7- POR QUE VOCÊ PASSOU A
USAR ESSE RECURSO?
Professora 1 “Esse recurso envolve os alunos, torna o
conhecimento mais significativo”.
Professor 3 “Todos os outros professores envolvidos colaboram,
a troca de experiência é muito gratificante, e o aluno
volta com outra visão de mundo e de
companheirismo.
Professor 2 “A primeira vez que eu fiz a atividade e vi o
resultado e o envolvimento dos alunos, a maturidade
que lidaram com o projeto foi incrível. Com o
estudo do meio você tem uma forma diferenciada de
desenvolver o seu trabalho, permite que o aluno
tenha uma participação mais efetiva na construção
do seu conhecimento, se torne mais ativo dentro do
processo e desenvolva um viés de educação
ambiental. ”
11. Considerações Finais
• Relação do Estudo do Meio e Interdisciplinaridade
• O Estudo do Meio como método para promover uma
aprendizagem mais significativa.
• A questão da formação de Alunos Pesquisadores.
• Aprendizagem Contextualizada
12. • “O estudo do meio não é um “papa-moscas” para
melhor veicular o programa e nem uma tentativa de
recuperar a curiosidade para fazer passar o resto de
um discurso. Ele não é nem pretexto, nem
comodidade para o docente. Ele é uma etapa
fundamental para permitir aos jovens consolidar seu
envolvimento no tempo e no espaço, apropriar-se de
uma história e geografia pertencente à sua realidade,
para a formação de sua personalidade. ” (I.C.E.M-
Pédagogie Freinet, Ed. Syros, Paris, 1984)
• Fragmento retirado da Revista ORIENTAÇÃO –
Instituto de Geografia, USP. Traduzido por: Circe
Bittencourt
13. • BOSCOLO, D. Projetos de estudo do meio em escolas públicas
em Santana De Parnaíba-SP. São Paulo, USP 2007.
• FAZENDA, I.C.A Interdisciplinaridade: História, teoria e
pesquisa. São Paulo, SP:1994 p. 10.
• PONTUSCHKA, N. N. O conceito de Estudo do Meio
transforma-se... em tempos diferentes, em escolas diferentes,
com professores diferentes. In: Vesentini, J. W. (Org.). O
ensino de geografia no século XXI. Campinas, SP: Papirus,
2004a, p. 249-288.