3. Artista suíço, Paul Klee nasceu em
1879, na Suíça. Filho de um professor de
música, começou desde cedo a tocar
violino. Em 1900 inscrevia-se na Academia
de Belas-Artes de Munique, começando
por utilizar a pena e a tinta e a gravura.
Os temas continham algo de sinistro e
satírico, na tradição do fantástico
presentes em artistas como Francisco
Goya, William Blake ou Odilon Redon.
Na sua primeira exposição individual em
1910 apresentava gravuras. O contacto
com o grupo de artistas alemães Blaue
Reiter e sobretudo uma viagem à Tunísia
em 1914 assumiram uma importância
fundamental na evolução da sua estética.
4. Começou a pintar aguarelas de
paisagens e motivos de
arquitectura, construindo as
composições a partir de formas simples
que criam um ambiente ingénuo e bem-
humorado.
Em O Zoo (1918) desenvolveu a técnica
iniciada na Tunísia. As imagens possuem
um aspecto deliberadamente infantil, o
que empresta a toda a construção uma
característica poética não isenta de
humorismo.
Em 1920 foi convidado por Gropius a
integrar o corpo docente da escola
Bauhaus e a partir daqui o seu trabalho
vai reflectir a ideologia da escola, mas
num ambiente muito pessoal.
5. Em Juniper (1930) apresenta uma visão
humorística da estética construtivista
que então singrava na Bauhaus.
Procurou ainda teorizar as suas
concepções de Arte em Maneiras de
Estudar a Natureza (1923), Esboços de
Pedagogia (1925) e Experiências Exactas
no Realismo da Arte (1928), sem
contudo propor um todo sistemático e
coerente.
Com a ascensão do regime
nazi, regressou a Berna em 1933.
Começou a pintar com linhas
pretas, grossas, construindo
composições simples e ousadas: Sinais
Negros (1938), Jogo de Crianças (1939).
6. O humor dos trabalhos anteriores era
contudo menos evidente e o clima era
por vezes mesmo ameaçador, como em
Morte e Fogo e Máscara (1940).
Veio a falecer na cidade de Berna em
1940. Apesar de ter partilhado as
teorias de Kandinsky, Paul Klee
desenvolveu um universo pictural muito
próprio, partindo de formas abstratas e
fantásticas e criando uma arte subjetiva
espontaneamente poética.