2. As colinas ficaram brancas com a neve e na liberdade do azul infinito um pássaro põe-se a voar. Sua plumagem suave como a seda, não se compara a pureza do algodão. Sua vida que não cede às tristezas dizem não! Em instantes... As suas asas explodem em cores e confundem-se no azul infinito, o que será? Um falcão? Uma Águia? Uma dávida? Não importa... Tudo é vida! Vida cruel e insensata! Por que não me fizeste pássaro? Que com as minhas asas a manobrar o mundo inteiro iria conquistar! Entretanto...
3. Quiseste-me fazer gente para Vidas inúteis! Labirintos sem saídas! Eu porém... Fico somente a olhar o tal pássaro a voar. Oh vida! Por que não me fizeste um pássaro? Por que me fizeste rodeado de gente? Podia estar eu a voar na liberdade imensurável do azul infinito e não mais voltar...Vida cruel e insensata! Vida tola e insignificante! Fizeste-me pecador! Fizeste-me um ser de dor! E o pior de tudo... Fizeste-me mais um homem...
4. A vida para mim... Já não passa de dois extremos; Adorar ou odiar. Ninguém percorre o universo num só instante sendo que para o restante O infinito tornou-se algo puramente imaginário. Oh vida! Por que me fizeste homem e não um pássaro? Fim