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O uso dos fertilizantes é uma necessidade primordial para a agricultura brasi-
leira, geralmente desenvolvida em solos pobres ou de poucas reservas de nu-
trientes e que exigem, portanto, a constante aplicação deste insumo para se
alcançar produtividades econômicas e com sustentabilidade.
O gasto com fertilizante tem uma participação elevada nos custos de produção
e na atualidade só perdem em alguns casos para os gastos com os agroquímicos
utilizados para a defesa vegetal e controle de plantas indesejáveis.
Esses, dentre outros motivos justificam a publicação da presente orientação
para os produtores efetuarem a aquisição correta dos fertilizantes que neces-
sitam e também quanto a verificação se os produtos estão de acordo com o
que foi adquirido.
Além da própria importância do seu custo, também é im-
portante analisar os fertilizantes para se ter certeza de que
os requisitos estabelecidos para a boa nutrição das plantas
serão atendidos e desta forma não comprometer o desem-
penho da cultura e a fertilidade do solo.
Ainda ouvimos esta afirmação, tanto de pessoas despreocupadas com a especi-
ficação correta dos fertilizantes que deve comprar como até mesmo de técnicos
e vendedores da mesma forma despreocupados em que o fertilizante seja o mais
adequado para as necessidades ou desejo dos agricultores.
Esta ideia vem de longa data quando as empresas dispunham de poucas maté-
rias-primas para preparar os produtos formulados e os preços chegavam a ser
tabelados e diante disto, os produtos de diferentes empresas poderiam partilhar
de uma certa semelhança mas mesmo assim não significava que eram iguais.
Atualmente as empresas contam com uma diversidade maior de matérias-primas e
muitas vezes com tecnologias proprietárias que diferenciam seus produtos seja pela
qualidade física, química ou composição. São inúmeros os exemplos que podemos
relacionar para justificar que esta afirmação é totalmente inadequada e deve ser dada
atenção aos detalhes de cada produto mas isto poderia parecer com a promoção de
um ou outro produto e portanto é recomendável que o agricultor e o técnico procu-
remestarbeminformadossobreascaracterísticasdosprodutosqueestãodisponíveis.
Mesmo elementos simples que poderiam ser iguais ao serem tratados pelo
mesmo nome podem apresentar diferenças significativas no conteúdo de
nutrientes como alguns exemplos a seguir:
•	 MAP: as garantias mais frequentes são de 11-52-00 mas também podemos
encontrar o mesmo produto com garantias de 12-52-00 ou 10-50-00 e pelas
exigências atuais poderia ser comercializado com o mínimo de 09-48-00.
Nota-se portanto, que entre o mínimo e o mais frequente existe uma dife-
rença de conteúdo de quase 10% e portanto, sem conhecer a garantia dada
pelo fornecedor o produto não pode ser avaliado somente por seu preço.
Mais grave ainda é o fornecimento de complexo com teores de 11-44-00 que
muitas vezes é chamado pelos vendedores de MAP mas nem sequer atende
aos teores mínimos para esta denominação.
•	 O mesmo acontece com relação ao Superfosfato Simples. Além de variar os
teores garantidos dos seus nutrientes, também estão disponíveis produtos
similares como complexos mononutrientes e fosfato acidulado sulfúrico que
apresentam similaridade nas garantias de fósforo, cálcio e enxofre mas po-
dem variar na fração de fósforo solúvel em água e nos teores garantidos dos
nutrientes. Cabe então a avaliação se o produto atende ao que se deseja e o
seu valor proporcionalmente ao conteúdo de nutrientes.
•	 Uma confusão mais recente poderá surgir com o Cloreto de Potássio que de
forma regular e mundialmente reconhecido tem 60% de K2O. Entretanto,
em recente alteração na legislação efetuada pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) será permitida a comercialização do pro-
duto com teor de 50% de K2O, isto é: com teor 16,6% menor.
Com relação a produtos formulados as diferenças podem ser maiores ainda
como alguns exemplos a seguir:
•	 A primeira diferença refere-se as características físicas pois os produtos
podem ser granulados ou misturas, serem mais uniformes ou menos,
tendo impacto na qualidade de aplicação.
•	 Outra diferença pode ser relacionada com a composição pois diante de uma
oferta mais ampla de matérias-primas, são inúmeras as possibilidades de se
compor um fertilizante formulado e desta forma ter diferentes formas quí-
micas dos nutrientes, adição de outros nutrientes, teores mais baixos ou mais
altos de enxofre.
•	 Ao se tratar de misturas, a composição pode conter inertes – limitado a
100 kg por toneladas – ou mesmo outros fertilizantes de menor valor como
calcário granulado na composição e, desta forma, alterar a proporção das
matérias-primas, em geral em detrimento da quantidade de enxofre no
produto. Como um exemplo para uma fórmula como 02-18-18, podemos
encontrar um formulado que contém 2% de enxofre e outra com 8% de
enxofre e isto significa uma diferença muito grande no valor do produto
e no desempenho da cultura adubada se o enxofre for um dos nutrientes
exigidos na adubação. Se este não era necessário, seria mais econômico
adquirir uma fórmula mais concentrada.
	
Um alerta adicional ainda deve ser feito pois mesmo diante da total confiança
no fornecedor, pode ocorrer a adulteração de produtos após a saída das fábricas
como a troca do fertilizante por calcário granulado ou de forma mais grosseira
a troca por granilhas tingidas ou telha triturada, areia ou terra na parte inferior
do big-bag. Mais uma razão para a inspeção e verificação de cada carga de ferti-
lizante recebida na fazenda.
Antes mesmo de nos preocuparmos com a qualidade do fertilizante, deve-se
ter preocupação em definir de forma adequada as necessidades de adubação
baseadas na fertilidade do solo, das necessidades da cultura a ser plantada, dos
níveis de produtividade que se pode alcançar e inclusive da forma de manejo
da adubação pois são várias as possibilidades de uso.
Nestes dias em que se fala em agricultura de precisão e sem colocar este as-
sunto em discussão, não se pode mais admitir a compra do fertilizante apenas
como uma continuidade de costumes, adquirindo sempre a mesma fórmula e
sem avaliar se esta é a forma de atender os requisitos citados anteriormente nas
diferentes partes de uma fazenda.
Por isto, a primeira tarefa deve ser de definir as exigências de nutrientes para
ser encontrado o produto que atenda de forma satisfatória a adubação. Desta
forma, tudo deve começar pela definição das quantidades de nutrientes que se
deseja utilizar para cada cultura e talhão para o assunto ser discutido com os
fornecedores e encontrar as soluções mais adequadas. Lembre ainda que isto
não é uma equação precisa pois a variação de todas as etapas deste processo
desde a definição da dose dos nutrientes como as variações dos produtos e da
aplicação não poderão ser melhores do que a busca de uma solução de alta
precisão e assertividade.
Para esta primeira etapa, pode ser elabo-
rado um plano com as necessidades tomando
como exemplo o quadro a seguir.
Diante deste quadro e após discutir com os fornecedores, anote
como no exemplo a seguir quais são os produtos que irão atender as
necessidades da sua adubação:
Talhão:____________ Cultura:______________ Produtividade desejada: _______________
Fornecedores / Produto / Doses / Nutrientes
Fertimat Adumat Folimat
2-24-10 KCl Co-Mol
Adubação planejada
Quantidade
kg/ha
Kg/ha Garantias 330 kg/ha Garantias
110
kg/ha
Garantias
d = 1,2 g/
ml
150 ml/
ha
N 0 a 20 2% 6,6
P2O5 70 a 80 18% 79,2
K2O 90 a 100 18% 33 60% 66
S 20 a 25 6,5% 21,4
Ca 9% 29,7
Mg
B 0,300 0,10% 0,330
Cu 0,300 0,10% 0,330
Fe
Mn 0,600 0,20% 0,660
Mo 0,020 10% 0,018
Zn 0,600 0,20% 0,660
Co 1% 0,0018
Ni
Se a escolha dos produtos ofertados atender ao que foi planejado
o processo de compra dos insumos pode ter continuidade. Se não
atender, é necessário consultar outros fornecedores e disponibilidade
de outros produtos que possam atender ao que é necessário para ser
alcançada a produtividade desejada.
A informação sobre as garantias de cada produto que foi adquirido
é importante para que seja verificado o que está sendo recebido. O
encarregado em receber os fertilizantes na fazenda deve fazer a con-
ferência do produto à medida que ele for chegando, verificando a
descrição nas Notas Fiscais, etiquetas e rótulos dos produtos e diante
de qualquer divergência com relação ao que foi registrado na compra
dos produtos, deve ser efetuado um alerta para os responsáveis pela
compra dos produtos.
Não adianta efetuar a análise dos fertilizantes sem que se tome os cuidados
necessários com relação a utilização de técnicas adequadas para a obtenção
da amostra. Os procedimentos para a coleta de amostras estão definidos pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conforme a Instrução
Normativa 53 de 24 de outubro de 2013. Se as amostras não forem adequa-
damente obtidas, além de não representar o produto de forma justa, os resul-
tados serão facilmente contestados.
Lembramos sempre de uma das frases de nosso principal orientador nesta área
como destacado abaixo:
Diante dos gastos realizados com a aquisição de fertilizantes, adquirir os equi-
pamentos necessários para a coleta e preparação das amostras tem custo ir-
risório e proporcionará condições adequadas para a obtenção das amostras.
(Malavolta, E. Fertilizantes – Controle de Qualidade. Anda, 1978)
“a análise não pode ser
melhor que a amostra”
Para a retirada de amostras deve ser utilizada uma sonda de tubos
duplos com janelas e com dimensões definidas pelo MAPA confor-
me o desenho a seguir:
Esta sonda pode ser fabricada em inox que apresenta a vantagem da
resistência e durabilidade ou de forma alternativa em PVC indus-
trial que tem como vantagem o baixo custo de aquisição.
155
290 50 50 50 50
942
50 50 50 50 50 50 50
Em produtos ensacados
Após homogeneizar o conteúdo do saco virando-o por diversas vezes no senti-
do da largura e do comprimento, a sonda deve ser introduzida fechada de cima
para baixo e na diagonal da embalagem como mostram as figuras ao lado:
A quantidade de embalagens que devem ser amostradas é proporcional ao
tamanho do lote que será representado e está definido na tabela a seguir:
PROCEDIMENTOS PARA A RETIRADA DE AMOSTRAS
Tamanho do lote (quantidade de embalagens)
Número mínimo de embalagens que devem
ser amostradas
até 50 7
51 a 100 10
101 até 4.000
10 embalagens
+ 2% da totalidade
A sonda de amostragem deve ser introduzida fechada
totalmente no big-bag de cima para baixo e levemente in-
clinadas sendo então aberta para o seu enchimento e obtenção
de uma alíquota da amostra. Em cada embalagem este procedimen-
to deve ser repetido três vezes e em direções diferentes da embala-
gem como ilustrado na figura ao lado.
A amostragem deve ser feita em lotes até 200 unidades e se a quan-
tidade for superior, deve ser dividido em lotes máximos até 200
unidades para cada amostra a ser coletada. A quantidade de em-
balagens que deve ser amostrada é definida pelo tamanho do lote
conforme a tabela a seguir:
EM BIG-BAGS:
Tamanho do lote (quantidade de embalagens)
Número mínimo de embalagens
que devem ser amostradas
até 50 5
51 a 100 10
101 a 150 15
151 até 200 20
Fertilizantes a granel também devem ser amostrados de forma a representar
da melhor maneira possível o produto como é descrito logo a seguir.
Em caminhões:
Coletar em pontos diferentes da carroceria como indicado no desenho. Intro-
duzir a sonda fechada verticalmente até a máxima profundidade que pode ser
alcançada sendo a seguir aberta para enche-la e retira-la após seu fechamento.
Despejar o seu conteúdo em uma embalagem limpa e repetir esta operação até
completar os 10 pontos de amostragem
A GRANEL
7 4 8
5213
10 6 9
Amostragem do produto em manuseio (carga, descarga, etc.)
Se o fertilizante estiver sendo carregado com pás carregadeiras, a
amostra pode ser coletada durante esta movimentação do produto.
Deve ser efetuada uma coleta em cada pá cheia e no mínimo 10 pás
devem ser coletadas para cada veículo que estiver sendo carregado.
Observe na figura acima como a sonda deve ser introduzida fechada
na pá, sendo aberta para enche-la e após fechar a sonda a mesma
deve ser retirada e despejar o seu conteúdo em uma embalagem
limpa até completar a amostra.
VISTA FRONTAL
VISTA LATERAL
Amostragem de produtos a granel
Para lotes de até 100 t, é necessário amostrar pelo menos 10 pontos diferen-
tes da pilha como no exemplo a a seguir.
Para lotes superiores a 100 t, o número de coletas deve ser calculado confor-
me uma das tabelas abaixo, de acordo com o tipo de produto.
Se os lotes forem muito grandes, convém subdividir em lotes me-
nores e retirando uma amostra para representar cada subdivisão do
lote. Introduzir a sonda fechada verticalmente até a máxima profun-
didade que pode ser alcançada sendo aberta para enche-la e depois
retirada após seu fechamento. Repetir esta operação até completar
os pontos de amostragem determinados conforme as tabelas.
Para lotes superiores a 100 t, o número de coletas deve ser calculado
conforme uma das tabelas abaixo, de acordo com o tipo de produto.
FERTILIZANTES SIMPLES, COMPLEXOS OU GRANULADOS
Tamanho do lote (toneladas)
Número mínimo de porçoes que devem ser
coletadas
até 100 10
Acima de 100 10 / 1 coleta a cada 100t ou fração
FERTILIZANTES SIMPLES, COMPLEXOS OU GRANULADOS
Tamanho do lote (toneladas)
Número mínimo de porçoes que devem ser
coletadas
até 100 10
Acima de 100 10 / 3 coleta a cada 100t ou fração
O volume obtido com a amostragem precisa ser homogeneizado e dividido
em amostras iguais e homogêneas sendo uma delas encaminhada para aná-
lise e as outras serão armazenadas até que não sejam mais necessárias pois se
completou a avaliação dos fertilizantes. Recomenda-se que a amostra tenha
3 contra-amostras iguais guardadas pois é muito mais fácil recorrer a uma
parte da amostra que está guardada para novas análises ou confirmação dos
resultados ou outros fins ou mesmo para entregar ao representante do seu
fornecedor se houver necessidade de discutir os resultados obtidos do pro-
duto. A guarda das contra-amostras evitará a necessidade de retirar novas
amostras para dirimir alguma dúvida nos resultados ou novas verificações e
muitas vezes, o produto já foi até aplicado (o ideal é que tudo seja feito antes
da aplicação do produto).
Este processo pode ser feito com o equipamento chamado de quarteador ou
manualmente seguindo o procedimento adequado que está descrito adiante.
Usando o quarteador: o produto deve encher uma das bandejas
e de modo que fique nivelado e uniforme. Alinhar a bandeja no
topo do quarteador, virando segundo seu eixo maior paralelamente
ao eixo maior do quarteador conforme a figura. Se a amostra for
muito grande, desprezar o produto de um dos lados até completar
a divisão de toda a amostra e se necessário repetir este processo até
obter aproximadamente 1 a 1,5 kg de produto. Com este volume
de amostra concluir a divisão obtendo inicialmente 2 bandejas de
produto e cada uma delas deve ser dividida em outras 2, obtendo-se
portanto 4 amostras iguais e homogêneas.
A/B RECIPIENTES COLETORES
A B
C; RECIPIENTES ALIMENTADOR
O volume amostrado deve ser homogeneizado e posteriormente depositado
sobre uma superfície limpa e plana formando um pequeno monte plano e
circular. Com uma régua ou algo similar, dividir o monte em 4 partes iguais
como mostrado na primeira divisão da figura a seguir. As partes opostas desta
divisão devem ser juntadas e esta primeira divisão deve ocorrer tantas vezes
quanto necessário até que se tenha entre 1,0 e 1,5 kg de amostra que então
será continuada a quarteação conforme os passos seguintes.
Após a divisão das amostras, estas devem ser vedadas em sacos plásticos e
identificadas. Encaminhar ao laboratório solicitando as análises necessárias
conforme as garantias ou teores esperados do produto.
Identificando de forma clara e precisa as amostras com dados da data da cole-
ta, produto, nota fiscal ou lote anotado, fornecedor e outros dados relevantes
como sugerido no quadro a seguir, encaminhe uma das partes da amostra
obtida ao laboratório de sua confiança. Guarde as outras partes da amostra
obtidas com a quarteação para o caso de ser necessário uma nova análise ou
confirmação de algum dos resultados.
QUARTEAÇÃO MANUAL
AMOSTRA COLETADA
1 2
4
1 e 3
A B
D C
A1 B1
C1D1
A1C1AC BD B1D1
2 e 4
3
AMOSTRA DE FERTILIZANTES (PREENCHER PARA CADA AMOSTRA COLETADA)
NOTA FISCAL
MARCA DO FERTILIZANTE:
EMBALAGEM SACOS 50KG BIG-BAG GRANEL
FERTILIZANTE:
DATA NUMERAÇÃO DA AMOSTRA
QUANTIDADE DE FERTILIZANTE T LOTE/DATA FABRICAÇÃO
GARANTIAS (ANOTE NO QUADRO ABAIXO, CONFORME INDICADO NA ETIQUETA OU NOTA FISCAL)
RESPONSÁVEL PELA AMOSTRA:
ENVIADA PARA O LABORATÓRIO
DATA: ______/_______/_____
EM: ______/_______/_____
As amostras devem ter um registro dos dados que serão fundamen-
tais para ser concluída a avaliação e a seguir segue uma sugestão para
estas anotações.
N (Nitrogênio)
P2O5 (Fósforo) K2O (Potássio)
Total CNA+Água Ac. Cítrico Água Sol. Água Total
Ca
(Cálcio)
Mg
(Magnésio)
S
(Enxofre)
B
(Boro)
Cu
(Cobre)
Fe
(Ferro)
Mn
(Manganês)
Zn
(Zinco)
Outro:
Além do encaminhamento da amostra para análises, algumas observações po-
dem ser realizadas de imediato para verificação de alguma possível anormali-
dade como descrito a seguir:
•	 Na desconfiança de que o fertilizante contenha calcário ou outro corre-
tivo usado para alterar a composição pode ser feito o teste do limão: em
uma pequena quantidade de produto deve ser despejado suco de limão.
Se o produto apresentar uma efervescência, significa que contém calcário
como ingrediente e a quantidade será proporcional ao efeito demonstrado
pela adição do suco de limão. Na composição do produto deverá estar
declarada a quantidade adicionada de corretivo.
•	 Teste de cor: esfregando o produto este não deve apresentar a liberação de
corantes sujando as mãos ou mergulhados em água não devem colorir a
solução pois raramente será utilizado algum corante nos fertilizantes
•	 Teste de solubilidade: coloque um pouco de produto em uma porção de
água (uma colher de sopa em um copo d´água). A cor da água não deve se
alterar de forma significativa e produtos que tem características de serem
totalmente solúveis em água como ureia, sulfato de amônio, cloreto de
potássio por exemplo, devem se solubilizar totalmente.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS:
BRASIL. PODER EXECUTIVO. Decreto nº 4.954, de 14 jan. 2004. Aprova o regula-
mento da Lei 6.894, de 16 de dezembro de 1980 que dispõe sobre a inspeção e fiscalização
da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes desti-
nados à agricultura, e dá outras providências.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.
Instrução Normativa nº 53, de 23 de outubro de 2013. Estabelece disposições e critérios
para as definições, a classificação, o registro e renovação de registro de estabelecimento,
o registro de produto, a autorização de comercialização e uso de materiais secundários, o
cadastro e renovação de cadastro de prestadores de serviços de armazenamento, de acondi-
cionamento, de análises laboratoriais, de empresas geradoras de materiais secundários e de
fornecedores de minérios, a embalagem, rotulagem e propaganda de produtos, as alterações
ou os cancelamentos de registro de estabelecimento, produto e cadastro e os procedimentos
a serem adotados na inspeção e fiscalização da produção, importação, exportação e comér-
cio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e materiais secundários.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ma-
nual de métodos analíticos oficiais para fertilizantes minerais, orgânicos, organominerais e
corretivos / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agro-
pecuária. Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial; Murilo Carlos Muniz Veras (Org.) –
Brasília : MAPA/SDA/CGAL, 2014. 220 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ins-
trução Normativa nº 46, de 22 de novembro de 2016. Estabelece as regras sobre definições,
exigências, especificações, garantias, registro de produto, autorizações, embalagem, rotula-
gem, documentos fiscais, propaganda e tolerâncias dos fertilizantes minerais destinados à agri-
cultura. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
MALAVOLTA, E. Fertilizantes: controle de qualidade. São Paulo, ANDA, 1978. 39p.
Contribuição técnica: Eng. Agr. José Francisco da Cunha TEC-FÉRTIL.
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As boas-praticas-na-compra-de-fertilizantes

  • 1.
  • 2. O uso dos fertilizantes é uma necessidade primordial para a agricultura brasi- leira, geralmente desenvolvida em solos pobres ou de poucas reservas de nu- trientes e que exigem, portanto, a constante aplicação deste insumo para se alcançar produtividades econômicas e com sustentabilidade. O gasto com fertilizante tem uma participação elevada nos custos de produção e na atualidade só perdem em alguns casos para os gastos com os agroquímicos utilizados para a defesa vegetal e controle de plantas indesejáveis. Esses, dentre outros motivos justificam a publicação da presente orientação para os produtores efetuarem a aquisição correta dos fertilizantes que neces- sitam e também quanto a verificação se os produtos estão de acordo com o que foi adquirido.
  • 3. Além da própria importância do seu custo, também é im- portante analisar os fertilizantes para se ter certeza de que os requisitos estabelecidos para a boa nutrição das plantas serão atendidos e desta forma não comprometer o desem- penho da cultura e a fertilidade do solo.
  • 4. Ainda ouvimos esta afirmação, tanto de pessoas despreocupadas com a especi- ficação correta dos fertilizantes que deve comprar como até mesmo de técnicos e vendedores da mesma forma despreocupados em que o fertilizante seja o mais adequado para as necessidades ou desejo dos agricultores. Esta ideia vem de longa data quando as empresas dispunham de poucas maté- rias-primas para preparar os produtos formulados e os preços chegavam a ser tabelados e diante disto, os produtos de diferentes empresas poderiam partilhar de uma certa semelhança mas mesmo assim não significava que eram iguais. Atualmente as empresas contam com uma diversidade maior de matérias-primas e muitas vezes com tecnologias proprietárias que diferenciam seus produtos seja pela qualidade física, química ou composição. São inúmeros os exemplos que podemos relacionar para justificar que esta afirmação é totalmente inadequada e deve ser dada atenção aos detalhes de cada produto mas isto poderia parecer com a promoção de um ou outro produto e portanto é recomendável que o agricultor e o técnico procu- remestarbeminformadossobreascaracterísticasdosprodutosqueestãodisponíveis. Mesmo elementos simples que poderiam ser iguais ao serem tratados pelo mesmo nome podem apresentar diferenças significativas no conteúdo de
  • 5. nutrientes como alguns exemplos a seguir: • MAP: as garantias mais frequentes são de 11-52-00 mas também podemos encontrar o mesmo produto com garantias de 12-52-00 ou 10-50-00 e pelas exigências atuais poderia ser comercializado com o mínimo de 09-48-00. Nota-se portanto, que entre o mínimo e o mais frequente existe uma dife- rença de conteúdo de quase 10% e portanto, sem conhecer a garantia dada pelo fornecedor o produto não pode ser avaliado somente por seu preço. Mais grave ainda é o fornecimento de complexo com teores de 11-44-00 que muitas vezes é chamado pelos vendedores de MAP mas nem sequer atende aos teores mínimos para esta denominação. • O mesmo acontece com relação ao Superfosfato Simples. Além de variar os teores garantidos dos seus nutrientes, também estão disponíveis produtos similares como complexos mononutrientes e fosfato acidulado sulfúrico que apresentam similaridade nas garantias de fósforo, cálcio e enxofre mas po- dem variar na fração de fósforo solúvel em água e nos teores garantidos dos nutrientes. Cabe então a avaliação se o produto atende ao que se deseja e o seu valor proporcionalmente ao conteúdo de nutrientes. • Uma confusão mais recente poderá surgir com o Cloreto de Potássio que de forma regular e mundialmente reconhecido tem 60% de K2O. Entretanto, em recente alteração na legislação efetuada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) será permitida a comercialização do pro- duto com teor de 50% de K2O, isto é: com teor 16,6% menor. Com relação a produtos formulados as diferenças podem ser maiores ainda como alguns exemplos a seguir: • A primeira diferença refere-se as características físicas pois os produtos
  • 6. podem ser granulados ou misturas, serem mais uniformes ou menos, tendo impacto na qualidade de aplicação. • Outra diferença pode ser relacionada com a composição pois diante de uma oferta mais ampla de matérias-primas, são inúmeras as possibilidades de se compor um fertilizante formulado e desta forma ter diferentes formas quí- micas dos nutrientes, adição de outros nutrientes, teores mais baixos ou mais altos de enxofre. • Ao se tratar de misturas, a composição pode conter inertes – limitado a 100 kg por toneladas – ou mesmo outros fertilizantes de menor valor como calcário granulado na composição e, desta forma, alterar a proporção das matérias-primas, em geral em detrimento da quantidade de enxofre no produto. Como um exemplo para uma fórmula como 02-18-18, podemos encontrar um formulado que contém 2% de enxofre e outra com 8% de enxofre e isto significa uma diferença muito grande no valor do produto e no desempenho da cultura adubada se o enxofre for um dos nutrientes exigidos na adubação. Se este não era necessário, seria mais econômico adquirir uma fórmula mais concentrada. Um alerta adicional ainda deve ser feito pois mesmo diante da total confiança no fornecedor, pode ocorrer a adulteração de produtos após a saída das fábricas como a troca do fertilizante por calcário granulado ou de forma mais grosseira a troca por granilhas tingidas ou telha triturada, areia ou terra na parte inferior do big-bag. Mais uma razão para a inspeção e verificação de cada carga de ferti- lizante recebida na fazenda.
  • 7. Antes mesmo de nos preocuparmos com a qualidade do fertilizante, deve-se ter preocupação em definir de forma adequada as necessidades de adubação baseadas na fertilidade do solo, das necessidades da cultura a ser plantada, dos níveis de produtividade que se pode alcançar e inclusive da forma de manejo da adubação pois são várias as possibilidades de uso. Nestes dias em que se fala em agricultura de precisão e sem colocar este as- sunto em discussão, não se pode mais admitir a compra do fertilizante apenas como uma continuidade de costumes, adquirindo sempre a mesma fórmula e sem avaliar se esta é a forma de atender os requisitos citados anteriormente nas diferentes partes de uma fazenda. Por isto, a primeira tarefa deve ser de definir as exigências de nutrientes para ser encontrado o produto que atenda de forma satisfatória a adubação. Desta forma, tudo deve começar pela definição das quantidades de nutrientes que se deseja utilizar para cada cultura e talhão para o assunto ser discutido com os fornecedores e encontrar as soluções mais adequadas. Lembre ainda que isto não é uma equação precisa pois a variação de todas as etapas deste processo desde a definição da dose dos nutrientes como as variações dos produtos e da aplicação não poderão ser melhores do que a busca de uma solução de alta
  • 8. precisão e assertividade. Para esta primeira etapa, pode ser elabo- rado um plano com as necessidades tomando como exemplo o quadro a seguir. Diante deste quadro e após discutir com os fornecedores, anote como no exemplo a seguir quais são os produtos que irão atender as necessidades da sua adubação: Talhão:____________ Cultura:______________ Produtividade desejada: _______________ Fornecedores / Produto / Doses / Nutrientes Fertimat Adumat Folimat 2-24-10 KCl Co-Mol Adubação planejada Quantidade kg/ha Kg/ha Garantias 330 kg/ha Garantias 110 kg/ha Garantias d = 1,2 g/ ml 150 ml/ ha N 0 a 20 2% 6,6 P2O5 70 a 80 18% 79,2 K2O 90 a 100 18% 33 60% 66 S 20 a 25 6,5% 21,4 Ca 9% 29,7 Mg B 0,300 0,10% 0,330 Cu 0,300 0,10% 0,330 Fe Mn 0,600 0,20% 0,660 Mo 0,020 10% 0,018 Zn 0,600 0,20% 0,660 Co 1% 0,0018 Ni
  • 9. Se a escolha dos produtos ofertados atender ao que foi planejado o processo de compra dos insumos pode ter continuidade. Se não atender, é necessário consultar outros fornecedores e disponibilidade de outros produtos que possam atender ao que é necessário para ser alcançada a produtividade desejada. A informação sobre as garantias de cada produto que foi adquirido é importante para que seja verificado o que está sendo recebido. O encarregado em receber os fertilizantes na fazenda deve fazer a con- ferência do produto à medida que ele for chegando, verificando a descrição nas Notas Fiscais, etiquetas e rótulos dos produtos e diante de qualquer divergência com relação ao que foi registrado na compra dos produtos, deve ser efetuado um alerta para os responsáveis pela compra dos produtos.
  • 10. Não adianta efetuar a análise dos fertilizantes sem que se tome os cuidados necessários com relação a utilização de técnicas adequadas para a obtenção da amostra. Os procedimentos para a coleta de amostras estão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conforme a Instrução Normativa 53 de 24 de outubro de 2013. Se as amostras não forem adequa- damente obtidas, além de não representar o produto de forma justa, os resul- tados serão facilmente contestados. Lembramos sempre de uma das frases de nosso principal orientador nesta área como destacado abaixo: Diante dos gastos realizados com a aquisição de fertilizantes, adquirir os equi- pamentos necessários para a coleta e preparação das amostras tem custo ir- risório e proporcionará condições adequadas para a obtenção das amostras. (Malavolta, E. Fertilizantes – Controle de Qualidade. Anda, 1978) “a análise não pode ser melhor que a amostra”
  • 11. Para a retirada de amostras deve ser utilizada uma sonda de tubos duplos com janelas e com dimensões definidas pelo MAPA confor- me o desenho a seguir: Esta sonda pode ser fabricada em inox que apresenta a vantagem da resistência e durabilidade ou de forma alternativa em PVC indus- trial que tem como vantagem o baixo custo de aquisição. 155 290 50 50 50 50 942 50 50 50 50 50 50 50
  • 12. Em produtos ensacados Após homogeneizar o conteúdo do saco virando-o por diversas vezes no senti- do da largura e do comprimento, a sonda deve ser introduzida fechada de cima para baixo e na diagonal da embalagem como mostram as figuras ao lado: A quantidade de embalagens que devem ser amostradas é proporcional ao tamanho do lote que será representado e está definido na tabela a seguir: PROCEDIMENTOS PARA A RETIRADA DE AMOSTRAS Tamanho do lote (quantidade de embalagens) Número mínimo de embalagens que devem ser amostradas até 50 7 51 a 100 10 101 até 4.000 10 embalagens + 2% da totalidade
  • 13. A sonda de amostragem deve ser introduzida fechada totalmente no big-bag de cima para baixo e levemente in- clinadas sendo então aberta para o seu enchimento e obtenção de uma alíquota da amostra. Em cada embalagem este procedimen- to deve ser repetido três vezes e em direções diferentes da embala- gem como ilustrado na figura ao lado. A amostragem deve ser feita em lotes até 200 unidades e se a quan- tidade for superior, deve ser dividido em lotes máximos até 200 unidades para cada amostra a ser coletada. A quantidade de em- balagens que deve ser amostrada é definida pelo tamanho do lote conforme a tabela a seguir: EM BIG-BAGS: Tamanho do lote (quantidade de embalagens) Número mínimo de embalagens que devem ser amostradas até 50 5 51 a 100 10 101 a 150 15 151 até 200 20
  • 14. Fertilizantes a granel também devem ser amostrados de forma a representar da melhor maneira possível o produto como é descrito logo a seguir. Em caminhões: Coletar em pontos diferentes da carroceria como indicado no desenho. Intro- duzir a sonda fechada verticalmente até a máxima profundidade que pode ser alcançada sendo a seguir aberta para enche-la e retira-la após seu fechamento. Despejar o seu conteúdo em uma embalagem limpa e repetir esta operação até completar os 10 pontos de amostragem A GRANEL 7 4 8 5213 10 6 9
  • 15. Amostragem do produto em manuseio (carga, descarga, etc.) Se o fertilizante estiver sendo carregado com pás carregadeiras, a amostra pode ser coletada durante esta movimentação do produto. Deve ser efetuada uma coleta em cada pá cheia e no mínimo 10 pás devem ser coletadas para cada veículo que estiver sendo carregado. Observe na figura acima como a sonda deve ser introduzida fechada na pá, sendo aberta para enche-la e após fechar a sonda a mesma deve ser retirada e despejar o seu conteúdo em uma embalagem limpa até completar a amostra. VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
  • 16. Amostragem de produtos a granel Para lotes de até 100 t, é necessário amostrar pelo menos 10 pontos diferen- tes da pilha como no exemplo a a seguir. Para lotes superiores a 100 t, o número de coletas deve ser calculado confor- me uma das tabelas abaixo, de acordo com o tipo de produto.
  • 17. Se os lotes forem muito grandes, convém subdividir em lotes me- nores e retirando uma amostra para representar cada subdivisão do lote. Introduzir a sonda fechada verticalmente até a máxima profun- didade que pode ser alcançada sendo aberta para enche-la e depois retirada após seu fechamento. Repetir esta operação até completar os pontos de amostragem determinados conforme as tabelas. Para lotes superiores a 100 t, o número de coletas deve ser calculado conforme uma das tabelas abaixo, de acordo com o tipo de produto. FERTILIZANTES SIMPLES, COMPLEXOS OU GRANULADOS Tamanho do lote (toneladas) Número mínimo de porçoes que devem ser coletadas até 100 10 Acima de 100 10 / 1 coleta a cada 100t ou fração FERTILIZANTES SIMPLES, COMPLEXOS OU GRANULADOS Tamanho do lote (toneladas) Número mínimo de porçoes que devem ser coletadas até 100 10 Acima de 100 10 / 3 coleta a cada 100t ou fração
  • 18. O volume obtido com a amostragem precisa ser homogeneizado e dividido em amostras iguais e homogêneas sendo uma delas encaminhada para aná- lise e as outras serão armazenadas até que não sejam mais necessárias pois se completou a avaliação dos fertilizantes. Recomenda-se que a amostra tenha 3 contra-amostras iguais guardadas pois é muito mais fácil recorrer a uma parte da amostra que está guardada para novas análises ou confirmação dos resultados ou outros fins ou mesmo para entregar ao representante do seu fornecedor se houver necessidade de discutir os resultados obtidos do pro- duto. A guarda das contra-amostras evitará a necessidade de retirar novas amostras para dirimir alguma dúvida nos resultados ou novas verificações e muitas vezes, o produto já foi até aplicado (o ideal é que tudo seja feito antes da aplicação do produto). Este processo pode ser feito com o equipamento chamado de quarteador ou manualmente seguindo o procedimento adequado que está descrito adiante.
  • 19. Usando o quarteador: o produto deve encher uma das bandejas e de modo que fique nivelado e uniforme. Alinhar a bandeja no topo do quarteador, virando segundo seu eixo maior paralelamente ao eixo maior do quarteador conforme a figura. Se a amostra for muito grande, desprezar o produto de um dos lados até completar a divisão de toda a amostra e se necessário repetir este processo até obter aproximadamente 1 a 1,5 kg de produto. Com este volume de amostra concluir a divisão obtendo inicialmente 2 bandejas de produto e cada uma delas deve ser dividida em outras 2, obtendo-se portanto 4 amostras iguais e homogêneas. A/B RECIPIENTES COLETORES A B C; RECIPIENTES ALIMENTADOR
  • 20. O volume amostrado deve ser homogeneizado e posteriormente depositado sobre uma superfície limpa e plana formando um pequeno monte plano e circular. Com uma régua ou algo similar, dividir o monte em 4 partes iguais como mostrado na primeira divisão da figura a seguir. As partes opostas desta divisão devem ser juntadas e esta primeira divisão deve ocorrer tantas vezes quanto necessário até que se tenha entre 1,0 e 1,5 kg de amostra que então será continuada a quarteação conforme os passos seguintes. Após a divisão das amostras, estas devem ser vedadas em sacos plásticos e identificadas. Encaminhar ao laboratório solicitando as análises necessárias conforme as garantias ou teores esperados do produto. Identificando de forma clara e precisa as amostras com dados da data da cole- ta, produto, nota fiscal ou lote anotado, fornecedor e outros dados relevantes como sugerido no quadro a seguir, encaminhe uma das partes da amostra obtida ao laboratório de sua confiança. Guarde as outras partes da amostra obtidas com a quarteação para o caso de ser necessário uma nova análise ou confirmação de algum dos resultados. QUARTEAÇÃO MANUAL AMOSTRA COLETADA 1 2 4 1 e 3 A B D C A1 B1 C1D1 A1C1AC BD B1D1 2 e 4 3
  • 21. AMOSTRA DE FERTILIZANTES (PREENCHER PARA CADA AMOSTRA COLETADA) NOTA FISCAL MARCA DO FERTILIZANTE: EMBALAGEM SACOS 50KG BIG-BAG GRANEL FERTILIZANTE: DATA NUMERAÇÃO DA AMOSTRA QUANTIDADE DE FERTILIZANTE T LOTE/DATA FABRICAÇÃO GARANTIAS (ANOTE NO QUADRO ABAIXO, CONFORME INDICADO NA ETIQUETA OU NOTA FISCAL) RESPONSÁVEL PELA AMOSTRA: ENVIADA PARA O LABORATÓRIO DATA: ______/_______/_____ EM: ______/_______/_____ As amostras devem ter um registro dos dados que serão fundamen- tais para ser concluída a avaliação e a seguir segue uma sugestão para estas anotações. N (Nitrogênio) P2O5 (Fósforo) K2O (Potássio) Total CNA+Água Ac. Cítrico Água Sol. Água Total Ca (Cálcio) Mg (Magnésio) S (Enxofre) B (Boro) Cu (Cobre) Fe (Ferro) Mn (Manganês) Zn (Zinco) Outro:
  • 22. Além do encaminhamento da amostra para análises, algumas observações po- dem ser realizadas de imediato para verificação de alguma possível anormali- dade como descrito a seguir: • Na desconfiança de que o fertilizante contenha calcário ou outro corre- tivo usado para alterar a composição pode ser feito o teste do limão: em uma pequena quantidade de produto deve ser despejado suco de limão. Se o produto apresentar uma efervescência, significa que contém calcário como ingrediente e a quantidade será proporcional ao efeito demonstrado pela adição do suco de limão. Na composição do produto deverá estar declarada a quantidade adicionada de corretivo. • Teste de cor: esfregando o produto este não deve apresentar a liberação de corantes sujando as mãos ou mergulhados em água não devem colorir a solução pois raramente será utilizado algum corante nos fertilizantes • Teste de solubilidade: coloque um pouco de produto em uma porção de água (uma colher de sopa em um copo d´água). A cor da água não deve se alterar de forma significativa e produtos que tem características de serem totalmente solúveis em água como ureia, sulfato de amônio, cloreto de potássio por exemplo, devem se solubilizar totalmente.
  • 23. REFERÊNCIAS CONSULTADAS: BRASIL. PODER EXECUTIVO. Decreto nº 4.954, de 14 jan. 2004. Aprova o regula- mento da Lei 6.894, de 16 de dezembro de 1980 que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes desti- nados à agricultura, e dá outras providências. BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa nº 53, de 23 de outubro de 2013. Estabelece disposições e critérios para as definições, a classificação, o registro e renovação de registro de estabelecimento, o registro de produto, a autorização de comercialização e uso de materiais secundários, o cadastro e renovação de cadastro de prestadores de serviços de armazenamento, de acondi- cionamento, de análises laboratoriais, de empresas geradoras de materiais secundários e de fornecedores de minérios, a embalagem, rotulagem e propaganda de produtos, as alterações ou os cancelamentos de registro de estabelecimento, produto e cadastro e os procedimentos a serem adotados na inspeção e fiscalização da produção, importação, exportação e comér- cio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e materiais secundários. BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ma- nual de métodos analíticos oficiais para fertilizantes minerais, orgânicos, organominerais e corretivos / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agro- pecuária. Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial; Murilo Carlos Muniz Veras (Org.) – Brasília : MAPA/SDA/CGAL, 2014. 220 p. BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ins- trução Normativa nº 46, de 22 de novembro de 2016. Estabelece as regras sobre definições, exigências, especificações, garantias, registro de produto, autorizações, embalagem, rotula- gem, documentos fiscais, propaganda e tolerâncias dos fertilizantes minerais destinados à agri- cultura. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. MALAVOLTA, E. Fertilizantes: controle de qualidade. São Paulo, ANDA, 1978. 39p. Contribuição técnica: Eng. Agr. José Francisco da Cunha TEC-FÉRTIL.