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TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PROTETOR E SISTÊMICO
PARA CONTROLE DA SIGATOKA NEGRA EM BANANEIRA
Wilson da Silva Moraes
Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional do Vale do Ribeira / APTA
wilson@apta.sp.gov.br
Juliana Domingues Lima
Eng. Agr., Dra
., Professora da UNESP, Campus de Registro, SP
judlima@registro.unesp.br
Alberto Jose dos Santos
Téc. em Agrop., Oficial de Apoio à Pesquisa do Polo Regional do Vale do Ribeira / APTA
ajsantos@apta.sp.gov.br
A Sigatoka negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, é considerada a mais severa
e destrutiva doença da bananeira no mundo. O fungo ataca as folhas e provoca severa
desfolha nas plantas, resultando em baixos rendimentos de frutos. O maior desafio do
bananicultor tem sido manter pelo menos dez folhas funcionais, no momento emissão da
inflorescência, para manter dez pencas no cacho e assim garantir a produção de cada ciclo.
Em se tratando de bananeiras consideradas altamente suscetíveis a essa doença, como
algumas cultivares do subgrupo Prata e Cavendish (Nanica), o controle químico tem sido
realizado com aplicações alternadas de fungicidas sistêmicos, do grupo químico dos triazóis
e estrobilurinas, no período chuvoso com elevadas temperaturas, e de sistêmicos, do grupo
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químico dos benzimidazóis, e protetores, no período menos chuvoso com temperaturas
baixas. Entretanto, a eficiência agronômica de fungicidas para o controle desta doença tem
sido determinada por meio da aplicação de emulsões, por via aérea (aviação agrícola: calda
de 16 L.Ha-1
) ou por via terrestre (atomizador costal motorizado ou tratorizado: calda de 25
L.Ha-1
), tendo sempre como alvo as folhas mais jovens das plantas, onde são encontrados
os estádios precoces dos sintomas da doença.
Para a avaliação da eficiência agronômica dos fungicidas utilizados no controle dessa
doença, os princípios básicos da experimentação agrícola devem ser atendidos, como a
quantificação do número de repetições, casualização e o controle local. Para estas
modalidades de aplicação, o experimento requer uma área mínima que permita a
implantação de diversos tratamentos e/ou combinações destes, além de comportar um
número razoável de repetições, pelo menos 20 plantas por parcela com 10 plantas úteis, a
fim de reduzir o erro experimental. Por estas razões, estas modalidades de aplicações
apresentam algumas restrições ou impedimentos, quanto ao tamanho da área e da parcela
experimental, à ação dos ventos fortes, que promovem deriva em determinadas horas do
dia, além da folhagem adensada das plantas, que impede uma boa cobertura da planta.
Devido à elevada severidade da Sigatoka negra e da agressividade do fungo
Mycosphaerella fijiensis, sob as condições climáticas do Vale do Vale do Ribeira, SP; à
crescente migração do registro de defensivos agrícolas da endêmica Sigatoka amarela para
a epidêmica Sigatoka negra; e ao aumento da demanda de pesquisas relacionadas ao
controle químico desta doença, fez-se necessário o desenvolvimento de novas técnicas
experimentais, com objetivo de simplificar e tornar mais rápida e objetiva a determinação da
eficiência de fungicidas no controle da Sigatoka negra na cultura da banana.
Para atingir os objetivos propostos, partiu-se do principio de que um fungicida é considerado
eficiente no controle da Sigatoka negra, quando consegue conter o avanço das lesões dos
estádios precoces (pontos, traços e estrias), quando o tecido foliar ainda é
fotossinteticamente ativo, para os estádios mais avançados da doença (manchas negras e
manchas necróticas), quando o tecido perde a capacidade de realizar este importante
processo fisiológico (fotossíntese).
Plantas de bananeira Nanica „Grand Naine’, espaçadas de 2,5 x 2,5 metros, naturalmente
infectadas e severamente atacadas pela Sigatoka negra foram selecionadas ao acaso em
bananal sem histórico da aplicação de fungicida, localizado na Fazenda Experimental da
APTA Vale do Ribeira, em Pariquera-açu, SP. Para avaliar a eficiência do fungicida protetor
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ou contato, optou-se pelo fungicida Mancozebe, preparado em emulsão de água (8,0 L.Ha-
1
), óleo mineral (8,0 L.Ha-1
) e adjuvante (1% v.v), sob agitação, por 5 + 5 minutos, e
pulverizado na extremidade direita superior da primeira folha mais nova ou totalmente aberta
(folha n° 1) de cinco plantas jovens. Aos sete dias após a aplicação, cinco lesões iniciais da
doença, em estádio 1 (ponto circular de cor marrom-café), foram identificadas na porção
inferior da folha e demarcadas com auxílio de lupas de bolso (20x).
Para avaliar a eficiência de fungicidas sistêmicos, optou-se pelo uso dos fungicidas tiofanato
metílico, propiconazole e azoxistrobina, pertencentes aos grupos químicos dos
benzimidazóis, triazóis e estrobilurinas, respectivamente. Para tanto, emulsões destes
fungicidas foram preparadas em água (8,0 L.Ha-1
), óleo mineral (8,0 L.Ha-1
) e adjuvante (1%
v.v), sob agitação, por 5 + 5 minutos, e pulverizadas na extremidade direita superior da
segunda folha mais nova ou totalmente aberta (folha n° 2) de cinco plantas jovens.
Previamente à aplicação, cinco lesões iniciais da doença, em estádio 1 (ponto circular de cor
marrom-café), foram identificadas na porção inferior da folha e demarcadas com auxilio de
lupas de bolso (aumento de 20x) (Figura 1). Em ambos os casos, utilizou-se um delimitador
de folha, desenvolvido a partir de material acrílico, em forma de “L”, a fim de permitir a
aplicação do fungicida apenas na extremidade superior direita da folha, que corresponde ao
local onde surgem as primeiras lesões ou sintomas da doença, resultado das infecções que
iniciaram na folha mais jovem ou folha “vela”, há uma ou duas semanas de antecedência
(Figuras 2 e 3).
As emulsões foram preparadas em calda de 500 mL, proporcional ao volume de calda
usado na aviação agrícola (16,0 L.Ha-1
), contendo em água (50%, 250 mL), óleo mineral
(50%, 250 mL), emulsificante (1%, 5 mL) e a dose comercial do fungicida (L.Ha-1
), sob
agitação constante, por 5 + 5 minutos, de acordo com a sequencia de mistura recomendada
pelo fabricante do fungicida. As aplicações foram realizadas com auxílio aspersor manual
(“bomba Flitz”), afastado a 40 cm de distância da folha, a fim de garantir uma cobertura foliar
com gotas de 150 a 250 micrômetros e, aproximadamente, 60 a 80 gotas.cm-2
(Figura 3). O
volume de calda fungicida aplicado em cada extremidade foi calculado com base na
equação: Volume (V) = volume de calda por hectare (16 L) / Número de plantas por hectare
X 5 folhas que recebem fungicidas a cada aplicação aérea X 8 partes em que a folha foi
subdividida, ou seja: 16.000 mL / 1600x5x8 = 0,25 mL.
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Figura 1. Extremidade direita inferior da folha “vela”
(circulo vermelho), primeiramente exposta à infecção por
Mycosphaerella fijiensis e superfície inferior da folha n°2
com cinco lesões da Sigatoka negra em estádio 1 (ponto)
(círculos verdes).
Figura 2. Pedestal flexível em altura e declividade,
desenvolvido para aplicação de fungicida protetor e
sistêmico na extremidade direita e superior de
folhas de bananeiras.
Figura 3. Aplicação de fungicida protetor e sistêmico, com auxilio do delimitador, na extremidade direita superior
da folha n°1 e folha n°2 de bananeiras.
Após as aplicações, as cinco lesões em estádio 1, que foram demarcadas em cinco folhas
n° 2 de cinco plantas, totalizaram 25 lesões para cada tratamento, e passaram a ser
avaliadas semanalmente, durante seis a oito semanas, quanto à evolução dos estádios de
desenvolvimento dos sintomas, com base na escala descritiva, desenvolvida para esse fim
(Tabela 1 e Figura 4). Ao final deste período, pode-se observar que as lesões demarcadas
em folhas que não receberam nenhum tratamento adicional (tratamento testemunha)
atingiram o estágio mais avançado de desenvolvimento dos sintomas (estádio 6).
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Figura 4. Evolução dos estádios de desenvolvimento dos sintomas da Sigatoka negra em bananeira
Nanica „Grand Naine’. APTA Vale do Ribeira, SP.
Tabela 1. Escala de Notas para avaliação semanal da severidade da Sigatoka negra
na cultura da banana, em função da evolução dos estádios de desenvolvimento dos
sintomas descritos por Fourè (1988), citado por Bureau (2004).
Estádio Descrição Pontuação
1 Ponto circular de cor marrom-café entre duas nervuras
terciárias
20
2 Traço de cor marrom-café entre duas nervuras terciárias 40
3 Estria de cor marrom-café que ultrapassa as duas nervuras
terciárias
80
4 Mancha negra de formato elíptico e contorno irregular 160
5 Mancha negra com centro deprimido e halo amarelo 320
6 Mancha necrótica com centro pardo contendo peritécios 640
*Os estádios 1, 2 e 3 são visualizados apenas na face abaxial das folhas mais novas e os estádios 4, 5 e 6, na
face adaxial das folhas intermediárias e nas mais velhas da planta, sendo os estádios 1 e 2, observados apenas
com auxilio de lupa manual ou de bolsa (10 ou 20X).
A eficiência agronômica de fungicidas protetores e sistêmicos no controle da Sigatoka negra
pôde ser comprovada em condições de campo com a adoção da presente técnica. Como
visto, a técnica permitiu a visualização do contraste entre a parte tratada (sem sintomas) e
não tratada (com sintomas) com fungicidas (Figura 5). No caso do fungicida protetor (à
esquerda), obteve-se controle da doença apenas na porção da folha que recebeu o
fungicida Mancozebe no momento da aplicação, enquanto a porção marginal da folha que
cresceu, após a aplicação, não apresentou controle da doença, demonstrando a
necessidade de reaplicação na medida em que novo tecido foliar se desenvolve ou novas
folhas são emitidas.
No caso dos fungicidas sistêmicos (Figura 5, no meio e à direita), obteve-se controle da
doença, tanto na porção da folha que recebeu os fungicidas no momento da aplicação,
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quanto na porção marginal da folha que cresceu ou se expandiu após oito semanas de uma
única aplicação, demonstrando o maior período residual e translocação marginal desses
fungicidas pelo fluxo da transpiração, não havendo necessidade de reaplicação na mesma
folha até sua senescência e morte, mesmo que ocorra o crescimento do tecido foliar.
Figura 5. Severidade da sigatoka negra em folha de bananeira Nanica „Grand Naine‟ tratada e não tratada com
fungicida protetor (á esquerda) e sistêmico (no meio), oito semanas após a aplicação; e folha tratada em
processo de senescência natural, dezesseis semanas após a aplicação (à direita).
A técnica permitiu a simplificação dos trabalhos de pesquisa ao operar com pequeno volume
de calda por tratamento (preparado: 500 mL; manuseado: 250 mL; aplicado: 1,25 mL);
facilidade e rapidez da aplicação dos fungicidas; menor exposição dos aplicadores; menor
interferência dos ventos; fácil e objetiva avaliação semanal da evolução dos sintomas
demarcados; disponibilidade de uma nova folha n°1 e nº2, a cada semana, na mesma
planta, devido à emissão de uma folha por semana no verão; e, principalmente, pela
possibilidade da implantação de novos experimentos na mesma plantação e mesmas
plantas, ao longo do mesmo período experimental, mais favorável à doença (nov a abr).
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Referências Bibliográficas
BUREAU, E. Manual prático para controle da Sigatoka negra em Banana e Plátano. São
Paulo: TOTAL FLUIDS, 2004, 24p.
FRAC. Fungicide Resistance Action Committee. Disponível em:
<http://www.frac.info/frac/index.htm>. Acesso em 28 de julho de 2016.
GASPAROTTO, L.; PEREIRA, J. C. R.; HANADA, R. E.; MONTARROYOS, A. V. V.
Sigatoka negra da bananeira. Manaus: EMBRAPA Amazônia Ocidental, 2006, 177p.
MARÍN, D. H.; ROMERO, R. A.; GUZMAN, M.; SUTTON, T. B. Black sigatoka: An increasing
threat to banana cultivation. Plant Disease, v.87, 208-222, 2003.

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Técnica de avaliação da eficiência de fungicidas protetor e sistêmico para controle da sigatoka negra em bananeira

  • 1. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS PROTETOR E SISTÊMICO PARA CONTROLE DA SIGATOKA NEGRA EM BANANEIRA Wilson da Silva Moraes Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional do Vale do Ribeira / APTA wilson@apta.sp.gov.br Juliana Domingues Lima Eng. Agr., Dra ., Professora da UNESP, Campus de Registro, SP judlima@registro.unesp.br Alberto Jose dos Santos Téc. em Agrop., Oficial de Apoio à Pesquisa do Polo Regional do Vale do Ribeira / APTA ajsantos@apta.sp.gov.br A Sigatoka negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, é considerada a mais severa e destrutiva doença da bananeira no mundo. O fungo ataca as folhas e provoca severa desfolha nas plantas, resultando em baixos rendimentos de frutos. O maior desafio do bananicultor tem sido manter pelo menos dez folhas funcionais, no momento emissão da inflorescência, para manter dez pencas no cacho e assim garantir a produção de cada ciclo. Em se tratando de bananeiras consideradas altamente suscetíveis a essa doença, como algumas cultivares do subgrupo Prata e Cavendish (Nanica), o controle químico tem sido realizado com aplicações alternadas de fungicidas sistêmicos, do grupo químico dos triazóis e estrobilurinas, no período chuvoso com elevadas temperaturas, e de sistêmicos, do grupo
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 químico dos benzimidazóis, e protetores, no período menos chuvoso com temperaturas baixas. Entretanto, a eficiência agronômica de fungicidas para o controle desta doença tem sido determinada por meio da aplicação de emulsões, por via aérea (aviação agrícola: calda de 16 L.Ha-1 ) ou por via terrestre (atomizador costal motorizado ou tratorizado: calda de 25 L.Ha-1 ), tendo sempre como alvo as folhas mais jovens das plantas, onde são encontrados os estádios precoces dos sintomas da doença. Para a avaliação da eficiência agronômica dos fungicidas utilizados no controle dessa doença, os princípios básicos da experimentação agrícola devem ser atendidos, como a quantificação do número de repetições, casualização e o controle local. Para estas modalidades de aplicação, o experimento requer uma área mínima que permita a implantação de diversos tratamentos e/ou combinações destes, além de comportar um número razoável de repetições, pelo menos 20 plantas por parcela com 10 plantas úteis, a fim de reduzir o erro experimental. Por estas razões, estas modalidades de aplicações apresentam algumas restrições ou impedimentos, quanto ao tamanho da área e da parcela experimental, à ação dos ventos fortes, que promovem deriva em determinadas horas do dia, além da folhagem adensada das plantas, que impede uma boa cobertura da planta. Devido à elevada severidade da Sigatoka negra e da agressividade do fungo Mycosphaerella fijiensis, sob as condições climáticas do Vale do Vale do Ribeira, SP; à crescente migração do registro de defensivos agrícolas da endêmica Sigatoka amarela para a epidêmica Sigatoka negra; e ao aumento da demanda de pesquisas relacionadas ao controle químico desta doença, fez-se necessário o desenvolvimento de novas técnicas experimentais, com objetivo de simplificar e tornar mais rápida e objetiva a determinação da eficiência de fungicidas no controle da Sigatoka negra na cultura da banana. Para atingir os objetivos propostos, partiu-se do principio de que um fungicida é considerado eficiente no controle da Sigatoka negra, quando consegue conter o avanço das lesões dos estádios precoces (pontos, traços e estrias), quando o tecido foliar ainda é fotossinteticamente ativo, para os estádios mais avançados da doença (manchas negras e manchas necróticas), quando o tecido perde a capacidade de realizar este importante processo fisiológico (fotossíntese). Plantas de bananeira Nanica „Grand Naine’, espaçadas de 2,5 x 2,5 metros, naturalmente infectadas e severamente atacadas pela Sigatoka negra foram selecionadas ao acaso em bananal sem histórico da aplicação de fungicida, localizado na Fazenda Experimental da APTA Vale do Ribeira, em Pariquera-açu, SP. Para avaliar a eficiência do fungicida protetor
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 ou contato, optou-se pelo fungicida Mancozebe, preparado em emulsão de água (8,0 L.Ha- 1 ), óleo mineral (8,0 L.Ha-1 ) e adjuvante (1% v.v), sob agitação, por 5 + 5 minutos, e pulverizado na extremidade direita superior da primeira folha mais nova ou totalmente aberta (folha n° 1) de cinco plantas jovens. Aos sete dias após a aplicação, cinco lesões iniciais da doença, em estádio 1 (ponto circular de cor marrom-café), foram identificadas na porção inferior da folha e demarcadas com auxílio de lupas de bolso (20x). Para avaliar a eficiência de fungicidas sistêmicos, optou-se pelo uso dos fungicidas tiofanato metílico, propiconazole e azoxistrobina, pertencentes aos grupos químicos dos benzimidazóis, triazóis e estrobilurinas, respectivamente. Para tanto, emulsões destes fungicidas foram preparadas em água (8,0 L.Ha-1 ), óleo mineral (8,0 L.Ha-1 ) e adjuvante (1% v.v), sob agitação, por 5 + 5 minutos, e pulverizadas na extremidade direita superior da segunda folha mais nova ou totalmente aberta (folha n° 2) de cinco plantas jovens. Previamente à aplicação, cinco lesões iniciais da doença, em estádio 1 (ponto circular de cor marrom-café), foram identificadas na porção inferior da folha e demarcadas com auxilio de lupas de bolso (aumento de 20x) (Figura 1). Em ambos os casos, utilizou-se um delimitador de folha, desenvolvido a partir de material acrílico, em forma de “L”, a fim de permitir a aplicação do fungicida apenas na extremidade superior direita da folha, que corresponde ao local onde surgem as primeiras lesões ou sintomas da doença, resultado das infecções que iniciaram na folha mais jovem ou folha “vela”, há uma ou duas semanas de antecedência (Figuras 2 e 3). As emulsões foram preparadas em calda de 500 mL, proporcional ao volume de calda usado na aviação agrícola (16,0 L.Ha-1 ), contendo em água (50%, 250 mL), óleo mineral (50%, 250 mL), emulsificante (1%, 5 mL) e a dose comercial do fungicida (L.Ha-1 ), sob agitação constante, por 5 + 5 minutos, de acordo com a sequencia de mistura recomendada pelo fabricante do fungicida. As aplicações foram realizadas com auxílio aspersor manual (“bomba Flitz”), afastado a 40 cm de distância da folha, a fim de garantir uma cobertura foliar com gotas de 150 a 250 micrômetros e, aproximadamente, 60 a 80 gotas.cm-2 (Figura 3). O volume de calda fungicida aplicado em cada extremidade foi calculado com base na equação: Volume (V) = volume de calda por hectare (16 L) / Número de plantas por hectare X 5 folhas que recebem fungicidas a cada aplicação aérea X 8 partes em que a folha foi subdividida, ou seja: 16.000 mL / 1600x5x8 = 0,25 mL.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Figura 1. Extremidade direita inferior da folha “vela” (circulo vermelho), primeiramente exposta à infecção por Mycosphaerella fijiensis e superfície inferior da folha n°2 com cinco lesões da Sigatoka negra em estádio 1 (ponto) (círculos verdes). Figura 2. Pedestal flexível em altura e declividade, desenvolvido para aplicação de fungicida protetor e sistêmico na extremidade direita e superior de folhas de bananeiras. Figura 3. Aplicação de fungicida protetor e sistêmico, com auxilio do delimitador, na extremidade direita superior da folha n°1 e folha n°2 de bananeiras. Após as aplicações, as cinco lesões em estádio 1, que foram demarcadas em cinco folhas n° 2 de cinco plantas, totalizaram 25 lesões para cada tratamento, e passaram a ser avaliadas semanalmente, durante seis a oito semanas, quanto à evolução dos estádios de desenvolvimento dos sintomas, com base na escala descritiva, desenvolvida para esse fim (Tabela 1 e Figura 4). Ao final deste período, pode-se observar que as lesões demarcadas em folhas que não receberam nenhum tratamento adicional (tratamento testemunha) atingiram o estágio mais avançado de desenvolvimento dos sintomas (estádio 6).
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Figura 4. Evolução dos estádios de desenvolvimento dos sintomas da Sigatoka negra em bananeira Nanica „Grand Naine’. APTA Vale do Ribeira, SP. Tabela 1. Escala de Notas para avaliação semanal da severidade da Sigatoka negra na cultura da banana, em função da evolução dos estádios de desenvolvimento dos sintomas descritos por Fourè (1988), citado por Bureau (2004). Estádio Descrição Pontuação 1 Ponto circular de cor marrom-café entre duas nervuras terciárias 20 2 Traço de cor marrom-café entre duas nervuras terciárias 40 3 Estria de cor marrom-café que ultrapassa as duas nervuras terciárias 80 4 Mancha negra de formato elíptico e contorno irregular 160 5 Mancha negra com centro deprimido e halo amarelo 320 6 Mancha necrótica com centro pardo contendo peritécios 640 *Os estádios 1, 2 e 3 são visualizados apenas na face abaxial das folhas mais novas e os estádios 4, 5 e 6, na face adaxial das folhas intermediárias e nas mais velhas da planta, sendo os estádios 1 e 2, observados apenas com auxilio de lupa manual ou de bolsa (10 ou 20X). A eficiência agronômica de fungicidas protetores e sistêmicos no controle da Sigatoka negra pôde ser comprovada em condições de campo com a adoção da presente técnica. Como visto, a técnica permitiu a visualização do contraste entre a parte tratada (sem sintomas) e não tratada (com sintomas) com fungicidas (Figura 5). No caso do fungicida protetor (à esquerda), obteve-se controle da doença apenas na porção da folha que recebeu o fungicida Mancozebe no momento da aplicação, enquanto a porção marginal da folha que cresceu, após a aplicação, não apresentou controle da doença, demonstrando a necessidade de reaplicação na medida em que novo tecido foliar se desenvolve ou novas folhas são emitidas. No caso dos fungicidas sistêmicos (Figura 5, no meio e à direita), obteve-se controle da doença, tanto na porção da folha que recebeu os fungicidas no momento da aplicação,
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 quanto na porção marginal da folha que cresceu ou se expandiu após oito semanas de uma única aplicação, demonstrando o maior período residual e translocação marginal desses fungicidas pelo fluxo da transpiração, não havendo necessidade de reaplicação na mesma folha até sua senescência e morte, mesmo que ocorra o crescimento do tecido foliar. Figura 5. Severidade da sigatoka negra em folha de bananeira Nanica „Grand Naine‟ tratada e não tratada com fungicida protetor (á esquerda) e sistêmico (no meio), oito semanas após a aplicação; e folha tratada em processo de senescência natural, dezesseis semanas após a aplicação (à direita). A técnica permitiu a simplificação dos trabalhos de pesquisa ao operar com pequeno volume de calda por tratamento (preparado: 500 mL; manuseado: 250 mL; aplicado: 1,25 mL); facilidade e rapidez da aplicação dos fungicidas; menor exposição dos aplicadores; menor interferência dos ventos; fácil e objetiva avaliação semanal da evolução dos sintomas demarcados; disponibilidade de uma nova folha n°1 e nº2, a cada semana, na mesma planta, devido à emissão de uma folha por semana no verão; e, principalmente, pela possibilidade da implantação de novos experimentos na mesma plantação e mesmas plantas, ao longo do mesmo período experimental, mais favorável à doença (nov a abr).
  • 7. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Referências Bibliográficas BUREAU, E. Manual prático para controle da Sigatoka negra em Banana e Plátano. São Paulo: TOTAL FLUIDS, 2004, 24p. FRAC. Fungicide Resistance Action Committee. Disponível em: <http://www.frac.info/frac/index.htm>. Acesso em 28 de julho de 2016. GASPAROTTO, L.; PEREIRA, J. C. R.; HANADA, R. E.; MONTARROYOS, A. V. V. Sigatoka negra da bananeira. Manaus: EMBRAPA Amazônia Ocidental, 2006, 177p. MARÍN, D. H.; ROMERO, R. A.; GUZMAN, M.; SUTTON, T. B. Black sigatoka: An increasing threat to banana cultivation. Plant Disease, v.87, 208-222, 2003.