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AVES DE PORTUGAL
Todas as Fotos são
retiradas da Internet
Os textos são pesquisas na internet e em livros…..
Gaio
Garrulus glandarius
Identificação
As penas azuis das asas são a característica
mais fácil de detetar nesta espécie, pois
contrastam bastante com a tonalidade
acastanhada do dorso e peito. As asas
possuem também um padrão preto-e-branco,
tornando a combinação de cores muito
visível quando se encontra em voo. O
uropígio branco, a cauda preta e o bigode
escuro completam as características mais
marcantes deste corvídeo.
Abundância e calendário
O gaio encontra-se bem
distribuído de norte a sul do
território, sendo mais abundante
na metade norte e no extremo sul.
Frequenta sobretudo zonas
florestais, mas também pode ser
visto em meio urbano, desde que
aí existam árvores grandes. Pode
ser observado durante todo o ano,
pois é uma espécie residente.
Trás-os-Montes – espécie comum no
Douro Internacional, especialmente em
Miranda do Douro, assim como nas
Montesinho, e na serra da Nogueira.
Também pode ser observada em Barca
d’Alva
Entre Douro e Minho – é frequente
nas serras da Peneda, de Arga e do
Gerês
Algarve – trata-se de uma das melhores
regiões para a observação desta espécie
Alentejo – embora pouco abundante, é
observado em Nisa, em Castelo de Vide,
na barragem da Póvoa
Lisboa e vale do Tejo – os
melhores locais situam-se nas serras
de Sintra e da Arrábida
Litoral centro – comum em locais
como o pinhal de Mira e o pinhal de
Leiria
Beira interior – facilmente observado no
Tejo Internacional e nas Portas de Rodão
Classificação científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeriformes
Família Corvidae
Género Garrulus
Espécie G. glandarius
Nome binominal
Garrulus glandarius ( Linnaeus, 1758 )
Gaio
Garrulus glandarius
Gaivina-d'asa-branca
Chlidonias leucopterus
Identificação
Um pouco mais pequena que a gaivina-preta, à
qual se assemelha. Em plumagem de Verão
distingue-se pelas coberturas infra - alares
pretas, em plumagem de Inverno pela ausência
de mancha preta no lado do peito.
As observações desta espécie
encontram-se sujeitas a homologação
pelo Comité Português de Raridades.
Até final de 2009 foram homologadas
21 observações em Portugal
Continental
Gaivina-d'asa-branca
Chlidonias leucopterus
Classificação científica
Nome binominal
Chlidonias leucopterus ( Temminck, 1815 )
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Chlidonias
Espécie C. leucopterus
Gaivina-de-bico-preto
Gelochelidon nilotica
Trata-se de uma andorinha-do-mar ou gaivina de
bico preto e espesso, mais semelhante a uma
pequena gaivota que às suas congéneres
Identificação
O bico mais grosso e escuro e o barrete negro típico deste grupo a estender-se até à
base da nuca. As asas, sendo mais largas, ajudam à distinção desta espécie,
nomeadamente pelo tipo de voo, mais pausado e ondulado. Esta é uma gaivina que não
mergulha para capturar presas, procurando insetos junto à superfície da água ou sobre a
vegetação
Abundância e calendário
A gaivina-de-bico-preto é uma ave pouco comum entre
nós, podendo contudo ser localmente comum.
A sua distribuição está maioritariamente associada a
águas interiores amplas, bem como a arrozais
alagados junto aos grandes estuários. Ocorre em
Portugal sobretudo entre Maio e Setembro.
Lisboa e Vale do Tejo – a
gaivina-de-bico-preto ocorre
nos arrozais da Giganta
Alentejo – os melhores locais
de observação situam-se na
albufeira do Caia, na albufeira
do Alqueva, na herdade do
Esporão, na planície de Évora
Algarve – embora pouco
comum nesta região, ocorre
regularmente na reserva de
Castro Marim e na lagoa dos
Salgados
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Gelochelidon
Espécie G. nilotica
Nome binominal
Gelochelidon nilotica ( Gmelin, 1789 )
Gaivina-de-bico-preto
Gelochelidon nilotica
Gaivina-dos-pauis
ou Gaivina-de-faces-brancas
Chlidonias hybridus
Identificação
Um pouco maior que a gaivina-preta, a gaivina-dos-pauis identifica-se sobretudo
pelo barrete preto e pelo ventre escuro, contrastando com as faces
esbranquiçadas. O bico é vermelho. Voa geralmente baixo, a poucos metros da
superfície da água.
Em Portugal, a gaivina-dos-pauis é uma das espécies nidificantes cujo aparecimento
é mais imprevisível. Em certos anos, a espécie aparece em números consideráveis e
nidifica em diversos locais, enquanto que noutros está quase totalmente ausente e
não deverá nidificar de todo. Estas flutuações populacionais ainda
hoje estão por explicar, embora tenham sido notados influxos importantes destas
gaivinas após Invernos muito secos, como aconteceu em 1993, 1994 e 1995, tendo
então sido registada a sua nidificação em diversas regiões do país.
Esta espécie é estival, podendo ser observada sobretudo de Abril a Setembro.
Litoral centro – a ria de Aveiro
Lisboa e vale do Tejo – as lezírias da Ponta da
Erva (estuário do Tejo
Alentejo – esporadicamente
observa-se no estuário do
Sado
Algarve – existem observações
na ria Formosa, durante as
migrações
Abundância e calendário
Gaivina-dos-pauis
ou Gaivina-de-faces-brancas
Chlidonias hybridus
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Chlidonias
Espécie C. hybridus
Nome binominal
Chlidonias hybridus ( Pallas, 1811 )
Classificação
científica
Gaivina-preta
Chlidonias niger
Identificação
Como uma andorinha-do-mar de pequenas dimensões, apresenta plumagens distintas
entre o Outono-Inverno e a Primavera. No primeiro caso, ostenta um capuz preto que não
cobre os olhos, bico fino e escuro, branco da garganta até ao abdómen, e patas
avermelhadas. O dorso é cinzento com os ombros escuros. Durante a Primavera apresenta
uma vistosa plumagem negra que cobre a cabeça, a garganta, o peito e a
barriga, contrastando com o cinzento-prateado do dorso e das asas. O bico e as patas são
escuros nesta plumagem. Quando em voo, apresenta corpo escuro e asas pálidas nas
partes inferiores e superiores.
Abundância e calendário
Trata-se exclusivamente de um migrador de passagem,
com algumas concentrações observáveis sobretudo
entre Maio e Junho, e entre final de Agosto eSetembro.
Ainda assim, é uma espécie de distribuição localizada
e pouco comum e cuja abundância parece variar
fortemente de ano para ano.
Litoral Centro - tem sido
registada a sua ocorrência na
zona de Peniche
Lisboa e Vale do Tejo – a melhor
opção são os Arrozais da Giganta
(Ponta da Erva)
Alentejo – a gaivina-preta ocorre com
regularidade na albufeira do Alqueva, na
lagoa dos Patos e na lagoa de Santo
André.
Algarve – os melhores
locais situam-se na
reserva de Castro Marim,
na lagoa dos Salgados
Gaivina-preta
Chlidonias niger Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Chlidonias
Espécie C. niger
Nome binominal
Chlidonias niger ( Linnaeus, 1758 )
Gaivota-argêntea
Larus michahellis
Identificação
Grande. Patas amarelas. Dorso e asas prateadas com pontas pretas e “pérolas”
brancas. Bico amarelo. Os imaturos de 1º ano são castanhos e quase
indistinguíveis das gaivotas-d'asa-escura. Já os de 2º e 3º ano é visível o dorso
prateado.
É comum durante todo o ano ao longo do litoral português, especialmente em praias, portos e
na costa rochosa. Sendo uma espécie de distribuição quase estritamente costeira, a sua
abundância diminui rapidamente à medida que nos afastamos da costa. Assim, nos estuários
esta gaivota é claramente menos abundante, dando progressivamente lugar à gaivota-d'asa-
escura. No interior é indiscutivelmente uma espécie rara, sendo contudo de
referir a sua recente colonização da Barragem do Alto Rabagão.
Entre Douro e Minho – trata-se de uma espécie fácil de
encontrar em locais como o estuário do Minho, o estuário do
Lima, o estuário do Cávado e o estuário do Douro.
Trás-os-Montes – recentemente colonizou
algumas albufeiras perto da serra do Gerês,
Litoral – A zona de Berlenga-Peniche e o
estuário do Mondego
Lisboa e Vale do Tejo – a cidade de
Lisboa alberga alguns casais reprodutores
Alentejo – presente ao longo da faixa
costeira, especialmente na península de
Tróia, no porto de Sines
Algarve – o cabo de São Vicente e a zona
de Sagres
Abundância e calendário
Gaivota-argêntea
Larus michahellis Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. michahellis
Nome binominal
Larus michahellis ( Naumann, 1840 )
Gaivota-d'asa-
escura
Larus fuscus
Identificação
Os adultos apresentam uma plumagem típica de gaivota: dorso cinzento-escuro, cabeça e peito
brancos, patas amarelo pálido, e bico amarelo com uma pinta que pode ir do vermelho ao preto.
No caso dos imaturos, e tal como acontece com a generalidade das gaivotas grandes, também
esta pode ser de identificação difícil, variando a plumagem consoante a idade, até ao 4º ano de
vida, sendo, por norma, de um tom mais escuro que a congénere gaivota-argêntea.
Abundância e calendário
A gaivota-d'asa-escura ocorre durante todo o ano,
sendo mais abundante durante o período de
Inverno. É muito abundante em todo o litoral,
especialmente em estuários, praias e portos de
pesca, onde por vezes se juntam centenas ou
milhares de indivíduos.
Entre Douro e Minho -invernante comum
em Viana do Castelo, no estuário do Minho,
no estuário do Cávado e
Trás-os-Montes – pode ser encontrada em
locais como a albufeira do Azibo e no Douro
Internacional
Litoral centro – os melhores locais prendem-se
com as zonas portuárias, como é o caso de
Peniche, Aveiro e Figueira da Foz. Também está
presente em grande quantidade na lagoa de
Óbidos e na ria de Aveiro
Beira interior – durante o Inverno está presente
na albufeira da Marateca, na albufeira de Santa
Maria de Aguiar
Lisboa e Vale do Tejo – ocorre em abundância em
locais como o estuário do Tejo, a costa do Estoril, os
portos de lagoa de Albufeira e a foz do Sizandro, assim
como na Ericeira
Alentejo – um dos melhores locais é o porto
de Sines
Algarve – tal como nas restantes regiões,
os portos são uma opção segura de
observação da espécie
Gaivota-d'asa-
escura
Larus fuscus
Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. fuscus
Nome binominal
Larus fuscus ( Linnaeus, 1758 )
Gaivota de
Audouin
Larus audouinii
Identificação
Trata-se de uma gaivota mais pequena que as
congéneres gaivota-argêntea e gaivota-d’asa-
escura. Em plumagem adulta, apresenta um padrão
cinzento-prateado algo esbatido no dorso e parte
superior das asas, o que faz com que a tonalidade
geral da ave seja pálida. As patas são verde-
escuras ou cinzento-esverdeado, e o bico vermelho
com uma risca preta junto à ponta do
mesmo. O olho escuro confere-lhe um ar
«simpático». Os juvenis apresentam a típica
plumagem sarapintada de castanho das gaivotas,
distinguindo-se das restantes pela mancha branca
em forma de U do uropígio.
A gaivota de Audouin era, até há poucos anos, uma espécie bastante rara no nosso território. O
aumento da população mundial fez com que fosse mais regularmente observada, sendo hoje uma
espécie frequente mas pouco comum, no Sotavento algarvio. Frequenta sobretudo complexos
salineiros e bancos de areia em zonas pouco perturbadas como as rias algarvias. Alimenta-se no mar,
especialmente de noite. Ocorre mais raramente no resto do Algarve, e, fora desta região, é uma espécie
bastante rara. Ocorre sobretudo entre a Primavera e o Outono, nidificando por vezes em alguns locais
do Sotavento, pelo que o melhor período de observação vai de Maio a Outubro. No entanto, têm-se
observado alguns exemplares durante o Inverno, o que poderá significar que algumas aves
permanecem junto à costa sul entre Novembro e Março.
Litoral centro - surge esporadicamente ao
longo da costa, tendo já sido observada na
zona de Ovar
Lisboa e vale do Tejo - conhecem-se algumas
observações no cabo Raso
Alentejo - já foi observada em diversos locais
da costa alentejana, nomeadamente no estuário
do Mira, na lagoa de Santo André e no estuário
do Sado
Algarve – é frequente na reserva de Castro
Marim, nas Salinas de Santa Luzia e de
Tavira,
Abundância e calendário
Gaivota de
Audouin
Larus audouinii
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. audouinii
Classificação
científica
Nome binominal
Larus audouinii ( Payraudeau, 1826 )
Gaivota-de-bico-riscado
Larus delawarensis
Identificação
Tal como acontece com outras gaivotas, esta espécie representa um
desafio em termos de identificação. Como é habitual neste grupo
taxonómico, estas aves quando em plumagem de adultos são mais
facilmente distinguíveis das restantes espécies. Em concreto, esta
gaivota ostenta um bico amarelo riscado transversalmente a preto,
patas amarelas-esverdeadas, olho claro e dorso de um cinzento muito
pálido.
Talvez a característica mais interessante desta espécie não esteja
relacionada com a sua morfologia, mas sim com o facto de se tratar de
uma gaivota que tem a sua área de distribuição no continente
americano, e que ocorre regularmente na Europa, nomeadamente em
Portugal. A sua ocorrência dá-se sobretudo durante o Inverno,
especialmente entre Novembro e Fevereiro. Encontra-se com mais
frequência em praias, que constituem refúgio das intempéries, bem
como em portos de pesca e nas fozes de ribeiras junto ao mar.
Entre Douro e Minho – o melhor local para a procura
desta espécie situa-se no Cabedelo (estuário do
Douro).
Algarve – esta é a região com menor número de
observações, tendo já sido registada a sua presença
em locais como o porto de Sagres, a ria de Alvo
Abundância e calendário
Litoral centro – nesta região encontram-se
alguns dos melhores locais para a disso é o
porto de Peniche, a baía de São Martinho do
Porto e a lagoa de Óbidos.Lisboa e vale do Tejo – a costa do Estoril é o local
onde têm sido publicados mais registos desta gaivota
americana.
Gaivota-de-bico-riscado
Larus delawarensis Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. delawarensis
Nome binominal
Larus delawarensis ( Ord, 1815 )
Gaivota-de-cabeça-preta
Larus melanocephalus
A gaivota-de-cabeça-preta é uma espécie costeira, que é localmente abundante no litoral sul
do território, escasseando mais para norte. Pode formar concentrações localizadas de alguns
milhares. Ocorre sobretudo perto da costa, podendo ser também vista em alguns estuários,
embora em menor quantidade. Aglomera-se no final de tarde em torno de fontes de água doce,
onde se banha. Apresenta-se como uma espécie invernante, cujo melhor período de
observação decorre entre Outubro e inicio de Março, sendo também possível observá-la
durante o Verão
Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais de
observação situam-se nas praias da costa do Estoril,
na Ericeira e na foz do Sizandro, assim como frente ao
cabo Raso
Alentejo – o melhor local para observar
esta espécie é o estuário do Mira.
Algarve – nesta região ocorre sobretudo no Verão e no
Outono e observa-se reserva de Castro Marim, a ria de
Alvor
Os indivíduos adultos caracterizam-se pelas asas
totalmente brancas, patas e bico vermelhos e, durante a
época da reprodução, pelo capuz negro. O corre no Sul da
Europa, região mediterrânea e especialmente na Ucrânia ,
na região domar Negro. É uma espécie monotípica, não se
conhecendo sub-espécies. Como todas as gaivotas vive em
zonas costeiras e se alimenta de peixes e animais
invertebrados.
IDENTIFICAÇÃO
Abundância e calendário
Gaivota-de-cabeça-preta
Larus melanocephalus
Classificação
científicaREINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. melanocephalus
Nome binominal
Larus melanocephalus ( Temminck,1820 )
Gaivota-parda
Larus canus
Algarve – bastante rara, a sua presença
já foi detetada no paul de Lagos
Alentejo – rara nesta região, pode ser
observada no estuário do Mira
Litoral centro – tem sido detetada a sua presença
em locais como as praias do Torreira e Furadouro
Lisboa e vale do Tejo – o melhor local de
observação é a costa do Estoril
Entre Douro e Minho – pode ser observada no
estuário do Cávado e no Cabedelo (estuário do
Douro)
Identificação
Esta gaivota de tamanho médio pode ser de difícil identificação, pois algumas espécies são
bastante semelhantes. Pode-se confundir muito facilmente com a gaivota-de-bico-riscado,
distinguindo-se pelo menor tamanho, cabeça e bico menos robustos. No entanto, como
característica única é o seu bico curto aliado à cabeça arredondada, o que lhe confere um ar
muito simpático. Os adultos exibem um bico esverdeado com uma barra preta, e patas
esverdeadas, sendo o restante aspeto da ave em tudo idêntico às gaivotas mais
comuns: dorso acinzentado, e cabeça e peito brancos.
Espécie exclusivamente invernante, nidificando na
Europa Central e do Norte. É uma espécie pouco
abundante, encontrando-se sobretudo isolada ou
em grupos muito pequenos, raramente
chegando à dezena de indivíduos. Pode-se
observar entre Outubro e Março, sendo mais
regular no pico do Inverno.
Abundância e calendário
Gaivota-parda
Larus canus Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. canus
Nome binominal
Larus canus ( Linnaeus, 1758 )
Gaivota-pequena
Larus minutus
Identificação
Semelhantes a uma gaivina, possui como caracteres identificativos a cabeça integralmente
preta e as asas escuras nas partes inferiores, isto quando em plumagem nupcial. No entanto, no
nosso território ocorrem sobretudo aves em plumagem de Inverno, as quais perdem a
tonalidade preta da cabeça, apresentando apenas uma pequena mancha auricular e um pequeno
capucho escuro. O seu voo é muito ondulado, como o de uma gaivina, sendo utilizado para
apanhar insetos e outras presas de reduzidas dimensões à superfície da água.
No período do Inverno, época em que ocorre entre nós, parece ser uma espécie mais
pelágica do que de águas interiores. No entanto, a maioria das observações em Portugal
envolve aves presentes em salinas e tanques em zonas estuarinas, com alguns exemplares
ocorrendo em pequenos portos, marinas, e praias, onde procura refúgio sobretudo durante
temporais. O período de ocorrência desta espécie situa-se entre Novembro e Março,
esporadicamente em Abril.
Entre Douro e Minho – conhecem-se
observações junto às fozes dos principais
rios.
Litoral Centro – existem vários registos
da sua ocorrência em Peniche.
Lisboa e Vale do Tejo – a costa do Estoril.
Alentejo – A gaivota-pequena já foi
observada em diversas ocasiões no
estuário do Sado.
Algarve – existem observações na ria de
Alvor.
Abundância e calendário
Gaivota-pequena
Larus minutus
Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. minutus
Nome binominal
Larus minutus ( Pallas, 1776 )
Gaivota-tridáctila
Rissa tridactyla
Algarve – a exemplo de outras aves
marinhas, as melhores possibilidades residem
no cabo de Sao Vicente
Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso
Litoral centro – nesta região é regularmente avistada
junto ao cabo Carvoeiro porto de Peniche, assim como
na barra de Aveiro
Entre Douro e Minho foz do Cávado
Gaivota comum ao largo da costa continental portuguesa, sobretudo na zona oeste da
Zona Económica Exclusiva Portuguesa. Ave marinha invernante e migrador de passagem,
embora se tenham verificado fenómenos de reprodução nas Berlengas. No nosso território,
raramente é observada poisada em terra. Raramente ocorre em bandos de grandes
dimensões, sendo habitualmente observada perto de navios pesqueiros em pequenos
números,. A sua ocorrência perto da costa deverá estar diretamente relacionada com
temporais. O melhor período de observação vai de Novembro a Março.
Identificação
É uma gaivota de pequenas dimensões, de voo ligeiro, bico amarelo e pontiagudo, e íris
escura. Os adultos apresentam manto cinzento liso contrastante com as partes inferiores
brancas e pontas das asas pretas, como se tivessem sido mergulhadas numa tina de tinta
preta. As patas também são pretas. Em plumagem de Inverno, os adultos ostentam a nuca em
tons escuros, enquanto os imaturos apresentam uma mancha auricular preta, bico escuro,
marca na parte traseira do pescoço também preta, assim como um
característico W na parte superior, visível quando se observa o dorso da ave em voo.
Abundância e calendário
Gaivota-tridáctila
Rissa tridactyla Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Rissa
Espécie R. tridactyla
Nome binominal
Rissa tridactyla ( Linnaeus, 1758 )
Gaivotão-real
Larus marinus
Alentejo – rara nesta região, já foi
registada em locais como o estuário do
Sado
Lisboa e vale do Tejo – esta espécie
pode ser vista com regularidade nas
praias da costa do Estoril
Litoral centro – os melhores locais para deteção do
gaivotão-real são o porto de Peniche e lagoa de
Óbidos
Entre Douro e Minho estuário do Minho e
no estuário do Douro
Abundância e calendário
Invernante raro, o gaivotão-real é uma
espécie costeira que se encontra
sobretudo na metade norte do litoral
português, sendo menos frequente
na metade sul. Ocorre sobretudo
isoladamente ou em pares, sendo
raros os bandos de mais de três aves.
O melhor período para a sua
observação é entre Novembro e
Fevereiro.
Identificação
É uma gaivota de grande porte,
sendo geralmente o tamanho que
a distingue das outras gaivotas,
com as quais se mistura
frequentemente. Os adultos
identificam-se pelo bico maciço e
amarelado, pelo manto escuro e
pelas patas rosadas. Os juvenis e
imaturos são mais difíceis de
distinguir das restantes grandes
gaivotas , possuindo o manto
mais marcado (branco com
marcas escuras) e o bico mais
maciço, para além do seu maior
tamanho.
Gaivotão-real
Larus marinus
Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Laridae
Género Larus
Espécie L. marinus
Nome binominal
Larus marinus ( Linnaeus, 1758 )
Galeirão-comum
Fulica atra
Algarve – muito abundante e fácil de
observar na reserva de Castro Marim e na
Quinta do Lago
Alentejo – no litoral é especialmente abundante
na lagoa de Santo André e também ocorre no
estuário do Sado
Lisboa e Vale do Tejo na lagoa de Albufeira
,várzea de Loures, nas salinas de Alverca
Beira interior – observa-se na albufeira de Santa Maria
de Aguiar
Litoral Centro – ocorre regularmente no paul de
Tornada, na lagoa da Vela, na lagoa da Ervideira,
na lagoa de Óbidos
Entre Douro e Minho no estuário do Cávado
Abundância e calendário
O galeirão está presente em Portugal
durante todo o ano, mas a sua
abundância varia bastante de mês
para mês e de local para local. Na
Primavera pode ser encontrado em
muitas charcas, açudes, lagoas e
pauis, onde nidifica. Contudo, é no
Inverno que ocorrem as maiores
concentrações, as quais incluem
provavelmente muitas aves oriundas
de Espanha
Identificação
Do tamanho de um pato, todo preto,
com exceção do bico e da placa
frontal, que são brancos. Mistura-se
frequentemente com patos e
mergulhões, mas só pode ser
confundido com o galeirão-de-crista,
muito mais raro em Portugal.
Galeirão-comum
Fulica atra Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Gruiformes
Família Ralliidae
Género Fulica
Espécie F. atra
Nome binominal
Fulica atra ( Linnaeus, 1758 )
Galinha-d'água
Gallinula chloropus
Identificação
Os adultos são facilmente reconhecidos
pela cor de preto fuligem do corpo, bico
com base vermelha, pernas esverdeadas
(com "ligas" vermelhas por cima da
articulação), linha branca ao longo da parte
lateral e subcaudais brancas com uma linha
central preta. A cauda é mantida erguida e é
abanada tanto quando nada como quando
anda. Os pequenos voos são baixos e com
as pernas pendentes; parece instável mas
gosta de fazer voos circulares, chamando
na noite de Primavera.
Algarve – alguns dos melhores locais para a
observação desta espécie encontram-se nesta
região. Destacam-se a Quinta do Lago, o Ludo, a
lagoa das Dunas Douradas, a foz do Almargem, o
caniçal de Vilamoura
Alentejo – bem distribuída por açudes, albufeiras e rios
desta região, pode ser vista nas albufeiras de Montargil
e do Divor, no estuário do Sado, na albufeira de
Alqueva. Também ocorre na zona de Elvas.
Lisboa e Vale do Tejo – é comum em alguns
locais, como a lagoa de Albufeira, as lezírias
da Ponta da Erva (no estuário do Tejo
Litoral centro – a maior facilidade de deteção desta
espécie centra-se em algumas zonas húmidas como os
pauis do Baixo Mondego, o paul de Tornada, as lagoas
de Quiaios e a lagoa de Óbidos
Trás-os-Montes – ocorre em albufeiras e rios desta
região, nomeadamente na veiga de Chaves e no
Baixo Sabor
Entre Douro e Minho – os melhores locais
para a observação desta espécie encontram-
se ao longo do vale do Lima, na zona do Porto
a espécie ocorre também no Parque da
Cidade e no Parque Biológico de Gaia.
Abundância e calendário
Espécie residente e comum,
podendo ser localmente abundante
junto a alguns sistemas lagunares.
Pode ser bastante discreta,
sobretudo em cursos de água de
pequena dimensão. Qualquer
época do ano é boa para a
observação da galinha-d’água.
Galinha-d'água
Gallinula chloropus Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Gruiformes
Família Ralliidae
Género Gallinula
Espécie G. chloropus
Nome binominal
Gallinula chloropus ( Linnaeus, 1758 )
Galinhola
Scolopax rusticola
Com cerca de 35 cm de comprimento, asas largas e arredondadas, bico comprido e direito a
galinhola é uma ave solitária e difícil de observar quer devido à sua cor bastante mimética
quer ainda devido ao seu período de atividade, fundamentalmente crepuscular e noturno.
Com uma silhueta muito particular, também o voo é bastante característico: a galinhola voa
rápido e silenciosamente entre as árvores, chamando então à atenção a sua figura atarracada
de asas redondas e bico apontado para o solo .É uma ave migradora, só se encontrando em
Portugal Continental durante os meses de Inverno, indo criar nos países do Centro e Norte da
Europa; é sedentária nos Açores.
Abundância e Calendário
A galinhola é uma espécie invernante em
Portugal continental, chegando os
primeiros indivíduos em final de
Outubro. Ocorre de norte a sul, sendo
talvez mais comum a norte do rio Tejo.
É uma ave típica dos bosques, podendo
frequentar um grande número de habitats,
desde que associados a matas densas
com sub-bosque húmido e algumas
clareiras. Entre nós frequenta
preferencialmente áreas de pinhal,
eucaliptais, carvalhais, montados; e
estevais, giestais e urzais densos.
Trás-os-Montes – ocorre nas serras
mais arborizadas desta região
(Montalegre, Montesinho, Nogueira).
Litoral centro – sabe-se que frequenta os
pinhais da região centro (Figueira da Foz,
Mira),
Algarve – a espécie ocorre nas serras de
Monchique e do Caldeirão
Identificação
Galinhola
Scolopax rusticola Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Scolopacidae
Género Scolopax
Espécie S. rusticola
Nome binominal
Scolopax rusticola ( Linnaeus, 1758 )
Ganso-bravo
Anser anser
Identificação
Ave grande e rechonchuda, bastante semelhante
aos gansos domésticos que estamos habituados a
observar. De tom geral cinzento acastanhado,
patas cor-de-rosa e bico amarelado forte, parece
possuir bochechas salientes. São visíveis umas
barras brancas no dorso.
Costuma formar bandos grandes, de dezenas até
centenas de aves. Quando em voo, o seu pescoço
comprido fica bastante projetado, conferindo-lhe
uma silhueta característica
Abundância e calendário
Espécie que localmente pode ser abundante, sendo
no geral pouco comum, com distribuição bastante
localizada. Ocorre entre nós entre Outubro e Março.
Lisboa e Vale do Tejo – facilmente detetável
nas lezírias da Ponta da Erva (no estuário do
Tejo)
Alentejo – observa-se com
regularidade na lagoa dos Patos e
na albufeira de Alqueva
Ganso-bravo
Anser anser
Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Género Anser
Espécie A. anser
Nome binominal
Anser anser ( Linnaeus, 1758 )
Ganso-patola ou Alcatraz
Morus bassanus
Algarve – os melhores locais de observação
são o cabo de São Vicente e a ponta da
Piedade, onde o ganso-patola é comum
Alentejo – esta ave pode ser avistada a partir
do cabo Sardão e do cabo de Sines
Lisboa e Vale do Tejo – espécie comum frente
aos cabos Raso e Espichel
Litoral Centro – trata-se de uma ave comum
nesta região, podendo ser observada nas
berlengas
Entre Douro e Minho – ocorre
regularmente frente à foz do CávadoAbundância e
calendário
O ganso-patola é abundante ao longo
de toda a costa portuguesa, sendo
facilmente detetado a partir de terra.
Pode ocorrer durante todo o ano,
sendo as melhores épocas de
observação os picos de passagem
migratória em Outubro e Março. Parece
ser igualmente abundante a norte e a
sul, ocorrendo por vezes muito
próximo da costa.
Identificação
Esta enorme ave marinha (a maior das nossas águas) é inconfundível. Asas compridas e estreitas,
cabeça amarelada, bico comprido e pontiagudo e padrão preto na ponta das asas e branco no
resto do corpo, bem como a cabeça e o pescoço projetados bem para a frente, permitem uma
distinção rápida das outras espécies marinhas. Do juvenil ao adulto (esta é a plumagem descrita
acima) corre um gradiente de plumagens que vai desde o castanho pintalgado, passando pelo
clareamento dos ombros, cabeça e abdómen, até à plumagem maioritariamente branca dos
adultos.
Ganso-patola ou Alcatraz
Morus bassanus
Classificação
científica REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sulidae
Género Morus
Espécie M. bassanus
Nome binominal
Morus bassanus ( Linnaeus, 1758 )
Garajau-comum
Sterna sandvicensis
Algarve – nesta região pode ser
observada em passagem no Cabo de
São Vicente, estuário do Arade, a ria de
Alvor, a ria Formosa e a reserva de
Castro Marim
Alentejo –observa-se com relativa
facilidade nos estuários do Sado e do
Mira, e também na lagoa de Santo André
Lisboa e Vale do Tejo – é regular no
estuário do Tejo
Beira Litoral – A ria de Aveiro e o estuário
do Mondego são os melhores locais de
observação, assim como a Lagoa de
Óbidos
Entre Douro e Minho – pode ser
observada no estuário do Cavado,
estuário do Minho e o estuário do Lima.
O garajau-comum está presente no nosso
território durante todo o ano, com
maiores efetivos entre o final do Verão e
o Inverno. Assim, o período por
excelência de observação desta espécie
centra-se entre Agosto e Fevereiro,
período este em que estas aves podem
ser vistas junto à orla costeira, nos
estuários dos rios, zonas portuárias e em
zonas de ria.
Identificação
É uma das maiores espécies do género
Sterna, só sendo superada em tamanho
pelo garajau-grande. Em plumagem de
Verão, possui também um barrete preto
que cobre a cabeça até aos olhos, asas
cinzento-prateado, e corpo no geral
branco. Distingue-se pela combinação de
bico comprido, escuro com ponta
amarela, e patas curtas e pretas. Durante
o Inverno, a testa fica esbranquiçada. Tal
como os seus parentes próximos, o voo é
ondulado, e, quando em prospeção,
aponta frequentemente o bico para baixo,
em busca de presas
Abundância e calendário
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Thalasseus
Espécie T. sandvicensis
Nome binominal
Thalasseus sandvicensis ( Latham, 1787 )
Garajau-comum
Sterna sandvicensis
Classificação
científica
Garajau-grande
Hydroprogne caspia
Algarve – trata-se da melhor região para a
observação desta espécie ,reserva de
Castro Marim, as salinas de Santa
Luzia e Tavira, o Ludo e a lagoa dos
Salgados
Alentejo - inverna regularmente um
pequeno núcleo no estuário do Sado
Lisboa e vale do Tejo - o garajau-
grande já foi avistado no estuário do Tejo
Espécie pouco comum no nosso território,
estando a sua localização concentrada
sobretudo nos meses de Inverno. Esta
espécie encontra-se no nosso território,
entre a segunda metade de Agosto e os
finais de Março. Crescem no entanto, os
registos perto destes extremos temporais,
podendo encontrar-se indivíduos não
reprodutores até Maio, e mesmo nos meses
de Verão .
Identificação
Espécie de fácil identificação pelo seu
grande tamanho, corpo claro com
pontas das asas escuras, bico
grande e avermelhado em forma de
punhal, e barrete escuro, até à testa.
Do tamanho de uma gaivota, é a maior
andorinha-do-mar do mundo. Os
juvenis possuem um bico
alaranjado, igualmente robusto como os
adultos.
Abundância e calendário
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Sternidae
Género Hydroprogne
Espécie H. caspia
Nome binominal
Hydroprogne caspia ( Pallas, 1770 )
Garajau-grande
Hydroprogne caspia
Classificação
científica
Nota taxonómica - em muitos guias de campo esta espécie surge com o nome Sterna caspia. A
alteração de género para Hydroprogne decorre das recomendações emitidas pela AERC . É de
referir que nem todas as autoridades consideram esta alteração de nome.
Garça-boieira
Bubulcus ibis
Algarve – comum nas terras baixas do litoral,
é frequente na ria de Alvor, na lagoa dos
Salgados e nos campos de golfe de
Vilamoura.
Alentejo – comum e bem distribuída, é fácil de
observar no estuário do Sado, na lagoa de Santo
André, na lagoa dos Patos e na região de Elvas.
Lisboa e Vale do Tejo - é frequente no estuário
do Tejo e paul do Boquilobo e na zona de
Coruche
Beira interior – ocorre com regularidade
na zona de Castelo Branco .
Litoral centro -na lagoa de Óbidos,
de São Martinho do Porto, em Peniche.
Esta garça pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É geralmente bastante numerosa e não
é raro encontrar bandos de várias centenas de aves juntas. Esta é a mais terrestre de todas as
garças, surgindo muitas vezes longe de água, associada ao gado bovino, equino e ovino ou
acompanhando as máquinas agrícolas. Durante a época dos ninhos ocorre principalmente a sul
do Tejo e na Beira Baixa, observando-se as maiores concentrações nas zonas das colónias, mas
a partir do final do Verão aparece também com bastante frequência na Beira Litoral e, por vezes,
no norte do país.
Identificação
É uma garça de média dimensão,
com a plumagem quase
totalmente branca, mas com
manchas alaranjadas no dorso e
na coroa, sobretudo durante a
época de reprodução. O bico é
amarelo, tornando-se alaranjado
na Primavera. As patas são
pretas, mas também se tornam
alaranjadas na época de criação.
Abundância e calendário
Garça-boieira
Bubulcus ibis
Classificação
científica
REINO Animalia
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Género Bubulcus
Espécie B. ibis
Nome binominal
Bubulcus ibis ( Linnaeus, 1758 )

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  • 2. Todas as Fotos são retiradas da Internet Os textos são pesquisas na internet e em livros…..
  • 4. Identificação As penas azuis das asas são a característica mais fácil de detetar nesta espécie, pois contrastam bastante com a tonalidade acastanhada do dorso e peito. As asas possuem também um padrão preto-e-branco, tornando a combinação de cores muito visível quando se encontra em voo. O uropígio branco, a cauda preta e o bigode escuro completam as características mais marcantes deste corvídeo. Abundância e calendário O gaio encontra-se bem distribuído de norte a sul do território, sendo mais abundante na metade norte e no extremo sul. Frequenta sobretudo zonas florestais, mas também pode ser visto em meio urbano, desde que aí existam árvores grandes. Pode ser observado durante todo o ano, pois é uma espécie residente. Trás-os-Montes – espécie comum no Douro Internacional, especialmente em Miranda do Douro, assim como nas Montesinho, e na serra da Nogueira. Também pode ser observada em Barca d’Alva Entre Douro e Minho – é frequente nas serras da Peneda, de Arga e do Gerês
  • 5. Algarve – trata-se de uma das melhores regiões para a observação desta espécie Alentejo – embora pouco abundante, é observado em Nisa, em Castelo de Vide, na barragem da Póvoa Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais situam-se nas serras de Sintra e da Arrábida Litoral centro – comum em locais como o pinhal de Mira e o pinhal de Leiria Beira interior – facilmente observado no Tejo Internacional e nas Portas de Rodão
  • 6. Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Passeriformes Família Corvidae Género Garrulus Espécie G. glandarius Nome binominal Garrulus glandarius ( Linnaeus, 1758 ) Gaio Garrulus glandarius
  • 8. Identificação Um pouco mais pequena que a gaivina-preta, à qual se assemelha. Em plumagem de Verão distingue-se pelas coberturas infra - alares pretas, em plumagem de Inverno pela ausência de mancha preta no lado do peito. As observações desta espécie encontram-se sujeitas a homologação pelo Comité Português de Raridades. Até final de 2009 foram homologadas 21 observações em Portugal Continental
  • 9. Gaivina-d'asa-branca Chlidonias leucopterus Classificação científica Nome binominal Chlidonias leucopterus ( Temminck, 1815 ) REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Chlidonias Espécie C. leucopterus
  • 11. Trata-se de uma andorinha-do-mar ou gaivina de bico preto e espesso, mais semelhante a uma pequena gaivota que às suas congéneres Identificação O bico mais grosso e escuro e o barrete negro típico deste grupo a estender-se até à base da nuca. As asas, sendo mais largas, ajudam à distinção desta espécie, nomeadamente pelo tipo de voo, mais pausado e ondulado. Esta é uma gaivina que não mergulha para capturar presas, procurando insetos junto à superfície da água ou sobre a vegetação Abundância e calendário A gaivina-de-bico-preto é uma ave pouco comum entre nós, podendo contudo ser localmente comum. A sua distribuição está maioritariamente associada a águas interiores amplas, bem como a arrozais alagados junto aos grandes estuários. Ocorre em Portugal sobretudo entre Maio e Setembro. Lisboa e Vale do Tejo – a gaivina-de-bico-preto ocorre nos arrozais da Giganta Alentejo – os melhores locais de observação situam-se na albufeira do Caia, na albufeira do Alqueva, na herdade do Esporão, na planície de Évora Algarve – embora pouco comum nesta região, ocorre regularmente na reserva de Castro Marim e na lagoa dos Salgados
  • 12. REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Gelochelidon Espécie G. nilotica Nome binominal Gelochelidon nilotica ( Gmelin, 1789 ) Gaivina-de-bico-preto Gelochelidon nilotica
  • 14. Identificação Um pouco maior que a gaivina-preta, a gaivina-dos-pauis identifica-se sobretudo pelo barrete preto e pelo ventre escuro, contrastando com as faces esbranquiçadas. O bico é vermelho. Voa geralmente baixo, a poucos metros da superfície da água. Em Portugal, a gaivina-dos-pauis é uma das espécies nidificantes cujo aparecimento é mais imprevisível. Em certos anos, a espécie aparece em números consideráveis e nidifica em diversos locais, enquanto que noutros está quase totalmente ausente e não deverá nidificar de todo. Estas flutuações populacionais ainda hoje estão por explicar, embora tenham sido notados influxos importantes destas gaivinas após Invernos muito secos, como aconteceu em 1993, 1994 e 1995, tendo então sido registada a sua nidificação em diversas regiões do país. Esta espécie é estival, podendo ser observada sobretudo de Abril a Setembro. Litoral centro – a ria de Aveiro Lisboa e vale do Tejo – as lezírias da Ponta da Erva (estuário do Tejo Alentejo – esporadicamente observa-se no estuário do Sado Algarve – existem observações na ria Formosa, durante as migrações Abundância e calendário
  • 15. Gaivina-dos-pauis ou Gaivina-de-faces-brancas Chlidonias hybridus REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Chlidonias Espécie C. hybridus Nome binominal Chlidonias hybridus ( Pallas, 1811 ) Classificação científica
  • 17. Identificação Como uma andorinha-do-mar de pequenas dimensões, apresenta plumagens distintas entre o Outono-Inverno e a Primavera. No primeiro caso, ostenta um capuz preto que não cobre os olhos, bico fino e escuro, branco da garganta até ao abdómen, e patas avermelhadas. O dorso é cinzento com os ombros escuros. Durante a Primavera apresenta uma vistosa plumagem negra que cobre a cabeça, a garganta, o peito e a barriga, contrastando com o cinzento-prateado do dorso e das asas. O bico e as patas são escuros nesta plumagem. Quando em voo, apresenta corpo escuro e asas pálidas nas partes inferiores e superiores. Abundância e calendário Trata-se exclusivamente de um migrador de passagem, com algumas concentrações observáveis sobretudo entre Maio e Junho, e entre final de Agosto eSetembro. Ainda assim, é uma espécie de distribuição localizada e pouco comum e cuja abundância parece variar fortemente de ano para ano. Litoral Centro - tem sido registada a sua ocorrência na zona de Peniche Lisboa e Vale do Tejo – a melhor opção são os Arrozais da Giganta (Ponta da Erva) Alentejo – a gaivina-preta ocorre com regularidade na albufeira do Alqueva, na lagoa dos Patos e na lagoa de Santo André. Algarve – os melhores locais situam-se na reserva de Castro Marim, na lagoa dos Salgados
  • 18. Gaivina-preta Chlidonias niger Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Chlidonias Espécie C. niger Nome binominal Chlidonias niger ( Linnaeus, 1758 )
  • 20. Identificação Grande. Patas amarelas. Dorso e asas prateadas com pontas pretas e “pérolas” brancas. Bico amarelo. Os imaturos de 1º ano são castanhos e quase indistinguíveis das gaivotas-d'asa-escura. Já os de 2º e 3º ano é visível o dorso prateado. É comum durante todo o ano ao longo do litoral português, especialmente em praias, portos e na costa rochosa. Sendo uma espécie de distribuição quase estritamente costeira, a sua abundância diminui rapidamente à medida que nos afastamos da costa. Assim, nos estuários esta gaivota é claramente menos abundante, dando progressivamente lugar à gaivota-d'asa- escura. No interior é indiscutivelmente uma espécie rara, sendo contudo de referir a sua recente colonização da Barragem do Alto Rabagão. Entre Douro e Minho – trata-se de uma espécie fácil de encontrar em locais como o estuário do Minho, o estuário do Lima, o estuário do Cávado e o estuário do Douro. Trás-os-Montes – recentemente colonizou algumas albufeiras perto da serra do Gerês, Litoral – A zona de Berlenga-Peniche e o estuário do Mondego Lisboa e Vale do Tejo – a cidade de Lisboa alberga alguns casais reprodutores Alentejo – presente ao longo da faixa costeira, especialmente na península de Tróia, no porto de Sines Algarve – o cabo de São Vicente e a zona de Sagres Abundância e calendário
  • 21. Gaivota-argêntea Larus michahellis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. michahellis Nome binominal Larus michahellis ( Naumann, 1840 )
  • 23. Identificação Os adultos apresentam uma plumagem típica de gaivota: dorso cinzento-escuro, cabeça e peito brancos, patas amarelo pálido, e bico amarelo com uma pinta que pode ir do vermelho ao preto. No caso dos imaturos, e tal como acontece com a generalidade das gaivotas grandes, também esta pode ser de identificação difícil, variando a plumagem consoante a idade, até ao 4º ano de vida, sendo, por norma, de um tom mais escuro que a congénere gaivota-argêntea. Abundância e calendário A gaivota-d'asa-escura ocorre durante todo o ano, sendo mais abundante durante o período de Inverno. É muito abundante em todo o litoral, especialmente em estuários, praias e portos de pesca, onde por vezes se juntam centenas ou milhares de indivíduos. Entre Douro e Minho -invernante comum em Viana do Castelo, no estuário do Minho, no estuário do Cávado e Trás-os-Montes – pode ser encontrada em locais como a albufeira do Azibo e no Douro Internacional Litoral centro – os melhores locais prendem-se com as zonas portuárias, como é o caso de Peniche, Aveiro e Figueira da Foz. Também está presente em grande quantidade na lagoa de Óbidos e na ria de Aveiro Beira interior – durante o Inverno está presente na albufeira da Marateca, na albufeira de Santa Maria de Aguiar Lisboa e Vale do Tejo – ocorre em abundância em locais como o estuário do Tejo, a costa do Estoril, os portos de lagoa de Albufeira e a foz do Sizandro, assim como na Ericeira Alentejo – um dos melhores locais é o porto de Sines Algarve – tal como nas restantes regiões, os portos são uma opção segura de observação da espécie
  • 24. Gaivota-d'asa- escura Larus fuscus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. fuscus Nome binominal Larus fuscus ( Linnaeus, 1758 )
  • 26. Identificação Trata-se de uma gaivota mais pequena que as congéneres gaivota-argêntea e gaivota-d’asa- escura. Em plumagem adulta, apresenta um padrão cinzento-prateado algo esbatido no dorso e parte superior das asas, o que faz com que a tonalidade geral da ave seja pálida. As patas são verde- escuras ou cinzento-esverdeado, e o bico vermelho com uma risca preta junto à ponta do mesmo. O olho escuro confere-lhe um ar «simpático». Os juvenis apresentam a típica plumagem sarapintada de castanho das gaivotas, distinguindo-se das restantes pela mancha branca em forma de U do uropígio. A gaivota de Audouin era, até há poucos anos, uma espécie bastante rara no nosso território. O aumento da população mundial fez com que fosse mais regularmente observada, sendo hoje uma espécie frequente mas pouco comum, no Sotavento algarvio. Frequenta sobretudo complexos salineiros e bancos de areia em zonas pouco perturbadas como as rias algarvias. Alimenta-se no mar, especialmente de noite. Ocorre mais raramente no resto do Algarve, e, fora desta região, é uma espécie bastante rara. Ocorre sobretudo entre a Primavera e o Outono, nidificando por vezes em alguns locais do Sotavento, pelo que o melhor período de observação vai de Maio a Outubro. No entanto, têm-se observado alguns exemplares durante o Inverno, o que poderá significar que algumas aves permanecem junto à costa sul entre Novembro e Março. Litoral centro - surge esporadicamente ao longo da costa, tendo já sido observada na zona de Ovar Lisboa e vale do Tejo - conhecem-se algumas observações no cabo Raso Alentejo - já foi observada em diversos locais da costa alentejana, nomeadamente no estuário do Mira, na lagoa de Santo André e no estuário do Sado Algarve – é frequente na reserva de Castro Marim, nas Salinas de Santa Luzia e de Tavira, Abundância e calendário
  • 27. Gaivota de Audouin Larus audouinii REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. audouinii Classificação científica Nome binominal Larus audouinii ( Payraudeau, 1826 )
  • 29. Identificação Tal como acontece com outras gaivotas, esta espécie representa um desafio em termos de identificação. Como é habitual neste grupo taxonómico, estas aves quando em plumagem de adultos são mais facilmente distinguíveis das restantes espécies. Em concreto, esta gaivota ostenta um bico amarelo riscado transversalmente a preto, patas amarelas-esverdeadas, olho claro e dorso de um cinzento muito pálido. Talvez a característica mais interessante desta espécie não esteja relacionada com a sua morfologia, mas sim com o facto de se tratar de uma gaivota que tem a sua área de distribuição no continente americano, e que ocorre regularmente na Europa, nomeadamente em Portugal. A sua ocorrência dá-se sobretudo durante o Inverno, especialmente entre Novembro e Fevereiro. Encontra-se com mais frequência em praias, que constituem refúgio das intempéries, bem como em portos de pesca e nas fozes de ribeiras junto ao mar. Entre Douro e Minho – o melhor local para a procura desta espécie situa-se no Cabedelo (estuário do Douro). Algarve – esta é a região com menor número de observações, tendo já sido registada a sua presença em locais como o porto de Sagres, a ria de Alvo Abundância e calendário Litoral centro – nesta região encontram-se alguns dos melhores locais para a disso é o porto de Peniche, a baía de São Martinho do Porto e a lagoa de Óbidos.Lisboa e vale do Tejo – a costa do Estoril é o local onde têm sido publicados mais registos desta gaivota americana.
  • 30. Gaivota-de-bico-riscado Larus delawarensis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. delawarensis Nome binominal Larus delawarensis ( Ord, 1815 )
  • 32. A gaivota-de-cabeça-preta é uma espécie costeira, que é localmente abundante no litoral sul do território, escasseando mais para norte. Pode formar concentrações localizadas de alguns milhares. Ocorre sobretudo perto da costa, podendo ser também vista em alguns estuários, embora em menor quantidade. Aglomera-se no final de tarde em torno de fontes de água doce, onde se banha. Apresenta-se como uma espécie invernante, cujo melhor período de observação decorre entre Outubro e inicio de Março, sendo também possível observá-la durante o Verão Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais de observação situam-se nas praias da costa do Estoril, na Ericeira e na foz do Sizandro, assim como frente ao cabo Raso Alentejo – o melhor local para observar esta espécie é o estuário do Mira. Algarve – nesta região ocorre sobretudo no Verão e no Outono e observa-se reserva de Castro Marim, a ria de Alvor Os indivíduos adultos caracterizam-se pelas asas totalmente brancas, patas e bico vermelhos e, durante a época da reprodução, pelo capuz negro. O corre no Sul da Europa, região mediterrânea e especialmente na Ucrânia , na região domar Negro. É uma espécie monotípica, não se conhecendo sub-espécies. Como todas as gaivotas vive em zonas costeiras e se alimenta de peixes e animais invertebrados. IDENTIFICAÇÃO Abundância e calendário
  • 33. Gaivota-de-cabeça-preta Larus melanocephalus Classificação científicaREINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. melanocephalus Nome binominal Larus melanocephalus ( Temminck,1820 )
  • 35. Algarve – bastante rara, a sua presença já foi detetada no paul de Lagos Alentejo – rara nesta região, pode ser observada no estuário do Mira Litoral centro – tem sido detetada a sua presença em locais como as praias do Torreira e Furadouro Lisboa e vale do Tejo – o melhor local de observação é a costa do Estoril Entre Douro e Minho – pode ser observada no estuário do Cávado e no Cabedelo (estuário do Douro) Identificação Esta gaivota de tamanho médio pode ser de difícil identificação, pois algumas espécies são bastante semelhantes. Pode-se confundir muito facilmente com a gaivota-de-bico-riscado, distinguindo-se pelo menor tamanho, cabeça e bico menos robustos. No entanto, como característica única é o seu bico curto aliado à cabeça arredondada, o que lhe confere um ar muito simpático. Os adultos exibem um bico esverdeado com uma barra preta, e patas esverdeadas, sendo o restante aspeto da ave em tudo idêntico às gaivotas mais comuns: dorso acinzentado, e cabeça e peito brancos. Espécie exclusivamente invernante, nidificando na Europa Central e do Norte. É uma espécie pouco abundante, encontrando-se sobretudo isolada ou em grupos muito pequenos, raramente chegando à dezena de indivíduos. Pode-se observar entre Outubro e Março, sendo mais regular no pico do Inverno. Abundância e calendário
  • 36. Gaivota-parda Larus canus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. canus Nome binominal Larus canus ( Linnaeus, 1758 )
  • 38. Identificação Semelhantes a uma gaivina, possui como caracteres identificativos a cabeça integralmente preta e as asas escuras nas partes inferiores, isto quando em plumagem nupcial. No entanto, no nosso território ocorrem sobretudo aves em plumagem de Inverno, as quais perdem a tonalidade preta da cabeça, apresentando apenas uma pequena mancha auricular e um pequeno capucho escuro. O seu voo é muito ondulado, como o de uma gaivina, sendo utilizado para apanhar insetos e outras presas de reduzidas dimensões à superfície da água. No período do Inverno, época em que ocorre entre nós, parece ser uma espécie mais pelágica do que de águas interiores. No entanto, a maioria das observações em Portugal envolve aves presentes em salinas e tanques em zonas estuarinas, com alguns exemplares ocorrendo em pequenos portos, marinas, e praias, onde procura refúgio sobretudo durante temporais. O período de ocorrência desta espécie situa-se entre Novembro e Março, esporadicamente em Abril. Entre Douro e Minho – conhecem-se observações junto às fozes dos principais rios. Litoral Centro – existem vários registos da sua ocorrência em Peniche. Lisboa e Vale do Tejo – a costa do Estoril. Alentejo – A gaivota-pequena já foi observada em diversas ocasiões no estuário do Sado. Algarve – existem observações na ria de Alvor. Abundância e calendário
  • 39. Gaivota-pequena Larus minutus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. minutus Nome binominal Larus minutus ( Pallas, 1776 )
  • 41. Algarve – a exemplo de outras aves marinhas, as melhores possibilidades residem no cabo de Sao Vicente Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso Litoral centro – nesta região é regularmente avistada junto ao cabo Carvoeiro porto de Peniche, assim como na barra de Aveiro Entre Douro e Minho foz do Cávado Gaivota comum ao largo da costa continental portuguesa, sobretudo na zona oeste da Zona Económica Exclusiva Portuguesa. Ave marinha invernante e migrador de passagem, embora se tenham verificado fenómenos de reprodução nas Berlengas. No nosso território, raramente é observada poisada em terra. Raramente ocorre em bandos de grandes dimensões, sendo habitualmente observada perto de navios pesqueiros em pequenos números,. A sua ocorrência perto da costa deverá estar diretamente relacionada com temporais. O melhor período de observação vai de Novembro a Março. Identificação É uma gaivota de pequenas dimensões, de voo ligeiro, bico amarelo e pontiagudo, e íris escura. Os adultos apresentam manto cinzento liso contrastante com as partes inferiores brancas e pontas das asas pretas, como se tivessem sido mergulhadas numa tina de tinta preta. As patas também são pretas. Em plumagem de Inverno, os adultos ostentam a nuca em tons escuros, enquanto os imaturos apresentam uma mancha auricular preta, bico escuro, marca na parte traseira do pescoço também preta, assim como um característico W na parte superior, visível quando se observa o dorso da ave em voo. Abundância e calendário
  • 42. Gaivota-tridáctila Rissa tridactyla Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Rissa Espécie R. tridactyla Nome binominal Rissa tridactyla ( Linnaeus, 1758 )
  • 44. Alentejo – rara nesta região, já foi registada em locais como o estuário do Sado Lisboa e vale do Tejo – esta espécie pode ser vista com regularidade nas praias da costa do Estoril Litoral centro – os melhores locais para deteção do gaivotão-real são o porto de Peniche e lagoa de Óbidos Entre Douro e Minho estuário do Minho e no estuário do Douro Abundância e calendário Invernante raro, o gaivotão-real é uma espécie costeira que se encontra sobretudo na metade norte do litoral português, sendo menos frequente na metade sul. Ocorre sobretudo isoladamente ou em pares, sendo raros os bandos de mais de três aves. O melhor período para a sua observação é entre Novembro e Fevereiro. Identificação É uma gaivota de grande porte, sendo geralmente o tamanho que a distingue das outras gaivotas, com as quais se mistura frequentemente. Os adultos identificam-se pelo bico maciço e amarelado, pelo manto escuro e pelas patas rosadas. Os juvenis e imaturos são mais difíceis de distinguir das restantes grandes gaivotas , possuindo o manto mais marcado (branco com marcas escuras) e o bico mais maciço, para além do seu maior tamanho.
  • 45. Gaivotão-real Larus marinus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Laridae Género Larus Espécie L. marinus Nome binominal Larus marinus ( Linnaeus, 1758 )
  • 47. Algarve – muito abundante e fácil de observar na reserva de Castro Marim e na Quinta do Lago Alentejo – no litoral é especialmente abundante na lagoa de Santo André e também ocorre no estuário do Sado Lisboa e Vale do Tejo na lagoa de Albufeira ,várzea de Loures, nas salinas de Alverca Beira interior – observa-se na albufeira de Santa Maria de Aguiar Litoral Centro – ocorre regularmente no paul de Tornada, na lagoa da Vela, na lagoa da Ervideira, na lagoa de Óbidos Entre Douro e Minho no estuário do Cávado Abundância e calendário O galeirão está presente em Portugal durante todo o ano, mas a sua abundância varia bastante de mês para mês e de local para local. Na Primavera pode ser encontrado em muitas charcas, açudes, lagoas e pauis, onde nidifica. Contudo, é no Inverno que ocorrem as maiores concentrações, as quais incluem provavelmente muitas aves oriundas de Espanha Identificação Do tamanho de um pato, todo preto, com exceção do bico e da placa frontal, que são brancos. Mistura-se frequentemente com patos e mergulhões, mas só pode ser confundido com o galeirão-de-crista, muito mais raro em Portugal.
  • 48. Galeirão-comum Fulica atra Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Gruiformes Família Ralliidae Género Fulica Espécie F. atra Nome binominal Fulica atra ( Linnaeus, 1758 )
  • 50. Identificação Os adultos são facilmente reconhecidos pela cor de preto fuligem do corpo, bico com base vermelha, pernas esverdeadas (com "ligas" vermelhas por cima da articulação), linha branca ao longo da parte lateral e subcaudais brancas com uma linha central preta. A cauda é mantida erguida e é abanada tanto quando nada como quando anda. Os pequenos voos são baixos e com as pernas pendentes; parece instável mas gosta de fazer voos circulares, chamando na noite de Primavera. Algarve – alguns dos melhores locais para a observação desta espécie encontram-se nesta região. Destacam-se a Quinta do Lago, o Ludo, a lagoa das Dunas Douradas, a foz do Almargem, o caniçal de Vilamoura Alentejo – bem distribuída por açudes, albufeiras e rios desta região, pode ser vista nas albufeiras de Montargil e do Divor, no estuário do Sado, na albufeira de Alqueva. Também ocorre na zona de Elvas. Lisboa e Vale do Tejo – é comum em alguns locais, como a lagoa de Albufeira, as lezírias da Ponta da Erva (no estuário do Tejo Litoral centro – a maior facilidade de deteção desta espécie centra-se em algumas zonas húmidas como os pauis do Baixo Mondego, o paul de Tornada, as lagoas de Quiaios e a lagoa de Óbidos Trás-os-Montes – ocorre em albufeiras e rios desta região, nomeadamente na veiga de Chaves e no Baixo Sabor Entre Douro e Minho – os melhores locais para a observação desta espécie encontram- se ao longo do vale do Lima, na zona do Porto a espécie ocorre também no Parque da Cidade e no Parque Biológico de Gaia. Abundância e calendário Espécie residente e comum, podendo ser localmente abundante junto a alguns sistemas lagunares. Pode ser bastante discreta, sobretudo em cursos de água de pequena dimensão. Qualquer época do ano é boa para a observação da galinha-d’água.
  • 51. Galinha-d'água Gallinula chloropus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Gruiformes Família Ralliidae Género Gallinula Espécie G. chloropus Nome binominal Gallinula chloropus ( Linnaeus, 1758 )
  • 53. Com cerca de 35 cm de comprimento, asas largas e arredondadas, bico comprido e direito a galinhola é uma ave solitária e difícil de observar quer devido à sua cor bastante mimética quer ainda devido ao seu período de atividade, fundamentalmente crepuscular e noturno. Com uma silhueta muito particular, também o voo é bastante característico: a galinhola voa rápido e silenciosamente entre as árvores, chamando então à atenção a sua figura atarracada de asas redondas e bico apontado para o solo .É uma ave migradora, só se encontrando em Portugal Continental durante os meses de Inverno, indo criar nos países do Centro e Norte da Europa; é sedentária nos Açores. Abundância e Calendário A galinhola é uma espécie invernante em Portugal continental, chegando os primeiros indivíduos em final de Outubro. Ocorre de norte a sul, sendo talvez mais comum a norte do rio Tejo. É uma ave típica dos bosques, podendo frequentar um grande número de habitats, desde que associados a matas densas com sub-bosque húmido e algumas clareiras. Entre nós frequenta preferencialmente áreas de pinhal, eucaliptais, carvalhais, montados; e estevais, giestais e urzais densos. Trás-os-Montes – ocorre nas serras mais arborizadas desta região (Montalegre, Montesinho, Nogueira). Litoral centro – sabe-se que frequenta os pinhais da região centro (Figueira da Foz, Mira), Algarve – a espécie ocorre nas serras de Monchique e do Caldeirão Identificação
  • 54. Galinhola Scolopax rusticola Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Scolopacidae Género Scolopax Espécie S. rusticola Nome binominal Scolopax rusticola ( Linnaeus, 1758 )
  • 56. Identificação Ave grande e rechonchuda, bastante semelhante aos gansos domésticos que estamos habituados a observar. De tom geral cinzento acastanhado, patas cor-de-rosa e bico amarelado forte, parece possuir bochechas salientes. São visíveis umas barras brancas no dorso. Costuma formar bandos grandes, de dezenas até centenas de aves. Quando em voo, o seu pescoço comprido fica bastante projetado, conferindo-lhe uma silhueta característica Abundância e calendário Espécie que localmente pode ser abundante, sendo no geral pouco comum, com distribuição bastante localizada. Ocorre entre nós entre Outubro e Março. Lisboa e Vale do Tejo – facilmente detetável nas lezírias da Ponta da Erva (no estuário do Tejo) Alentejo – observa-se com regularidade na lagoa dos Patos e na albufeira de Alqueva
  • 57. Ganso-bravo Anser anser Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Anseriformes Família Anatidae Género Anser Espécie A. anser Nome binominal Anser anser ( Linnaeus, 1758 )
  • 59. Algarve – os melhores locais de observação são o cabo de São Vicente e a ponta da Piedade, onde o ganso-patola é comum Alentejo – esta ave pode ser avistada a partir do cabo Sardão e do cabo de Sines Lisboa e Vale do Tejo – espécie comum frente aos cabos Raso e Espichel Litoral Centro – trata-se de uma ave comum nesta região, podendo ser observada nas berlengas Entre Douro e Minho – ocorre regularmente frente à foz do CávadoAbundância e calendário O ganso-patola é abundante ao longo de toda a costa portuguesa, sendo facilmente detetado a partir de terra. Pode ocorrer durante todo o ano, sendo as melhores épocas de observação os picos de passagem migratória em Outubro e Março. Parece ser igualmente abundante a norte e a sul, ocorrendo por vezes muito próximo da costa. Identificação Esta enorme ave marinha (a maior das nossas águas) é inconfundível. Asas compridas e estreitas, cabeça amarelada, bico comprido e pontiagudo e padrão preto na ponta das asas e branco no resto do corpo, bem como a cabeça e o pescoço projetados bem para a frente, permitem uma distinção rápida das outras espécies marinhas. Do juvenil ao adulto (esta é a plumagem descrita acima) corre um gradiente de plumagens que vai desde o castanho pintalgado, passando pelo clareamento dos ombros, cabeça e abdómen, até à plumagem maioritariamente branca dos adultos.
  • 60. Ganso-patola ou Alcatraz Morus bassanus Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sulidae Género Morus Espécie M. bassanus Nome binominal Morus bassanus ( Linnaeus, 1758 )
  • 62. Algarve – nesta região pode ser observada em passagem no Cabo de São Vicente, estuário do Arade, a ria de Alvor, a ria Formosa e a reserva de Castro Marim Alentejo –observa-se com relativa facilidade nos estuários do Sado e do Mira, e também na lagoa de Santo André Lisboa e Vale do Tejo – é regular no estuário do Tejo Beira Litoral – A ria de Aveiro e o estuário do Mondego são os melhores locais de observação, assim como a Lagoa de Óbidos Entre Douro e Minho – pode ser observada no estuário do Cavado, estuário do Minho e o estuário do Lima. O garajau-comum está presente no nosso território durante todo o ano, com maiores efetivos entre o final do Verão e o Inverno. Assim, o período por excelência de observação desta espécie centra-se entre Agosto e Fevereiro, período este em que estas aves podem ser vistas junto à orla costeira, nos estuários dos rios, zonas portuárias e em zonas de ria. Identificação É uma das maiores espécies do género Sterna, só sendo superada em tamanho pelo garajau-grande. Em plumagem de Verão, possui também um barrete preto que cobre a cabeça até aos olhos, asas cinzento-prateado, e corpo no geral branco. Distingue-se pela combinação de bico comprido, escuro com ponta amarela, e patas curtas e pretas. Durante o Inverno, a testa fica esbranquiçada. Tal como os seus parentes próximos, o voo é ondulado, e, quando em prospeção, aponta frequentemente o bico para baixo, em busca de presas Abundância e calendário
  • 63. REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Thalasseus Espécie T. sandvicensis Nome binominal Thalasseus sandvicensis ( Latham, 1787 ) Garajau-comum Sterna sandvicensis Classificação científica
  • 65. Algarve – trata-se da melhor região para a observação desta espécie ,reserva de Castro Marim, as salinas de Santa Luzia e Tavira, o Ludo e a lagoa dos Salgados Alentejo - inverna regularmente um pequeno núcleo no estuário do Sado Lisboa e vale do Tejo - o garajau- grande já foi avistado no estuário do Tejo Espécie pouco comum no nosso território, estando a sua localização concentrada sobretudo nos meses de Inverno. Esta espécie encontra-se no nosso território, entre a segunda metade de Agosto e os finais de Março. Crescem no entanto, os registos perto destes extremos temporais, podendo encontrar-se indivíduos não reprodutores até Maio, e mesmo nos meses de Verão . Identificação Espécie de fácil identificação pelo seu grande tamanho, corpo claro com pontas das asas escuras, bico grande e avermelhado em forma de punhal, e barrete escuro, até à testa. Do tamanho de uma gaivota, é a maior andorinha-do-mar do mundo. Os juvenis possuem um bico alaranjado, igualmente robusto como os adultos. Abundância e calendário
  • 66. REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Sternidae Género Hydroprogne Espécie H. caspia Nome binominal Hydroprogne caspia ( Pallas, 1770 ) Garajau-grande Hydroprogne caspia Classificação científica Nota taxonómica - em muitos guias de campo esta espécie surge com o nome Sterna caspia. A alteração de género para Hydroprogne decorre das recomendações emitidas pela AERC . É de referir que nem todas as autoridades consideram esta alteração de nome.
  • 68. Algarve – comum nas terras baixas do litoral, é frequente na ria de Alvor, na lagoa dos Salgados e nos campos de golfe de Vilamoura. Alentejo – comum e bem distribuída, é fácil de observar no estuário do Sado, na lagoa de Santo André, na lagoa dos Patos e na região de Elvas. Lisboa e Vale do Tejo - é frequente no estuário do Tejo e paul do Boquilobo e na zona de Coruche Beira interior – ocorre com regularidade na zona de Castelo Branco . Litoral centro -na lagoa de Óbidos, de São Martinho do Porto, em Peniche. Esta garça pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É geralmente bastante numerosa e não é raro encontrar bandos de várias centenas de aves juntas. Esta é a mais terrestre de todas as garças, surgindo muitas vezes longe de água, associada ao gado bovino, equino e ovino ou acompanhando as máquinas agrícolas. Durante a época dos ninhos ocorre principalmente a sul do Tejo e na Beira Baixa, observando-se as maiores concentrações nas zonas das colónias, mas a partir do final do Verão aparece também com bastante frequência na Beira Litoral e, por vezes, no norte do país. Identificação É uma garça de média dimensão, com a plumagem quase totalmente branca, mas com manchas alaranjadas no dorso e na coroa, sobretudo durante a época de reprodução. O bico é amarelo, tornando-se alaranjado na Primavera. As patas são pretas, mas também se tornam alaranjadas na época de criação. Abundância e calendário
  • 69. Garça-boieira Bubulcus ibis Classificação científica REINO Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Género Bubulcus Espécie B. ibis Nome binominal Bubulcus ibis ( Linnaeus, 1758 )