Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Conceito de competência
1. Construindo
Competências
O objectivo da Escola não deve ser só passar
conteúdos,
mas preparar - todos - para a vida na
sociedade moderna
2. Conceito: Competência é
a faculdade de mobilizar um
conjunto de recursos cognitivos .
(saberes,
capacidades,
informações etc)
para solucionar com pertinência e
eficácia uma série de situações.
3. Competência é
O conjunto de Saberes em Acção:
Saber - Saber Conhecimentos
Saber - Fazer Capacidades
Saber - Ser Atitudes
5. Segundo o Ministério da
Educação
• Não se trata de adicionar a
um conjunto de
conhecimentos um certo
número de capacidades e
atitudes, mas sim o promover
o desenvolvimento integrado
de capacidades e atitudes,
que viabilizam a utilização
dos conhecimentos em
situações diversas, mais
familiares ou menos
familiares ao aluno.
6. Exemplos do quotidiano (1):
• Saber Conduzir – mobiliza as capacidades de
coordenação motora, ocular, os saberes de regras e
sinais de trânsito
• Saber orientar-se em uma cidade desconhecida -
mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-
se, pedir informações ou e os saberes: ter noção
de escala, elementos da topografia ou referências
geográficas.
7. Exemplos do quotidiano (2):
• Saber curar uma criança doente - mobiliza as
capacidades de observar sinais fisiológicos, medir
a temperatura, administrar um medicamento; e os
saberes: identificar patologias e sintomas,
primeiros socorros, terapias, os riscos, os
remédios, os serviços médicos e farmacêuticos
• Saber votar de acordo com seus interesses -
mobiliza as capacidades de saber informar-se,
preencher o impresso; e saberes: instituições
políticas, processo de eleição, candidatos, partidos,
programas políticos, políticas democráticas etc
8. Mas a verdade é que
• As competências estão ligadas a contextos
culturais, profissionais e condições sociais.
• Os seres humanos desenvolvem competências
adaptadas às suas realidade.
Ex:
• A vida nas cidades exige competências diferentes
da vida nas florestas virgem.
• Os pobres têm problemas diferentes dos ricos para
resolver.
. Algumas competências desenvolvem-se em
grande parte na ESCOLA. Outras não!
9. Mas, na ESCOLA
• Quando a Escola se preocupa em formar
competências .
dá prioridade a recursos.
A Escola preocupa-se mais com ingredientes
de certas competências, e bem menos em
colocá-las em sinergia nas situações
complexas.
10. Durante o Ensino Básico
Aprende-se a ler,
a escrever,
a contar,
mas também a raciocinar, a explicar, a resumir, a
observar, a comparar, a desenhar
e dúzias de outras capacidades gerais!
Assimilam-se conhecimentos disciplinares,
como matemática,
história,
ciências,
geografia etc.
11. A Escola .
Não tem a preocupação de ligar esses
recursos a certas situações da vida.
Quando se pergunta porque se ensina isso ou aquilo,
a justificação é geralmente baseada nas
exigências da sequência do programa:
• Ensina-se a contar para resolver problemas
• Aprende-se gramática para redigir um texto .
Quando se faz referência à vida, apresenta-se uma
perspectiva muito generalista:
• Aprende-se para se tornar um cidadão para ter
um bom emprego
12. Há que entender que .
• A transferência e a integração das capacidades e
dos conhecimentos não caem do céu.
É preciso trabalhá-las e treiná-las.
Isto exige tempo,
e etapas pedagógico-didáticas bem estruturadas.
• Na escola não se trabalha suficientemente a
transferência.
• Os alunos acumulam saberes, passam nos exames,
mas não conseguem mobilizar o que aprenderam
em situações reais, no trabalho e fora dele (família,
cidade, lazer etc)
13. Na realidade
• A abordagem por competências é uma maneira
de levar a sério uma problemática antiga – a de
transferir conhecimentos.
Isto não é dramático
para quem faz estudos longos.
É mais grave para quem frequenta
a Escola apenas por alguns anos.
14. A luta é contra
• O ensinar por ensinar
• O marginalizar as referências às situações
da vida
• O NÃO “perder tempo” treinando a
mobilização dos saberes para situações
complexas.
15. A palavra de ordem é
• A competência diz
respeito ao processo de
Activar Recursos
• Não se pode falar em
competência sem lhe
associar o
desenvolvimento de
algum grau de autonomia
em relação ao uso do
saber.
16. Competências e Objectivos: o
casamento necessário!
Necessidade de
Competências Competências definir Objectivos
Competências Gerais (definidas Específicas Gerais e
Específicos
Essenciais para o Ensino (definidas por
Básico) Área Disciplinar)
• Cognitivos
As Competências Gerais são
operacionalizáveis nas diferentes • Comportamentais
disciplinas, o que lhes dá um • Atitudinais
carácter transversal.
17. Definição de Objectivos
• Centrados no aluno;
• Exequíveis;
• Realistas;
• Verbos no infinitivo;
• O. Geral – Verbos mais abrangentes;
• O. Específico – Verbos que permitam
operacionalização, concretização,
verificação;
• Para cada O. Geral pelo menos 3 O.
Específicos; (Saber, Ser, Fazer)
18. Nunca se esqueçam que
o importante é que
O aluno deve ser capaz de
Aprender a Aprender .
Aprender a Ser Feliz .
Aprender a gostar de Aprender .
19. Para saber mais
• http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/
perrenoud/php_main/Perrenoud_livros_e
_artigos.html
Philippe Perrenoud é sociólogo suíço,
professor na Faculdade de Psicologia e
Ciências da Educação na Universidade
de Genebra, autor de vários títulos
importantes na área de formação de
professores, hoje considerados leitura
obrigatória para os profissionais do
ensino.