O documento discute fraturas da coluna vertebral, incluindo classificação, mecanismos de trauma, sinais e sintomas e tratamento. Aborda especificamente fraturas cervicais, incluindo os ligamentos envolvidos, complicações neurológicas e opções cirúrgicas versus conservadoras. Também discute fraturas da pelve, choque hipovolêmico, trombose venosa profunda, fraturas expostas e métodos de reparo de tecidos.
6. Ligamentos
• Ligamento Longitudinal Anterior:
– Reforça a estabilidade da coluna na sua porção anterior
(desde a articulação atlantoccipital até a transição
lombo-sacro)
– Encontra-se na linha média do corpo vertebral
• Ligamentos Amarelos:
– Conectam a face anterior da lâmina superior com a
face posterior da lâmina vertebral adjacente inferior
• Ligamento Longitudinal Posterior:
– Localiza dentro do canal vertebral justaposto à porção
posterior dos corpos vertebrais
20. Mecanismo de Trauma
• Compressão vertical:
– Mergulho batendo a cabeça no fundo ou queda
– Vértebra é fragmentada em todas as direções
– Protusão anterior disfagia passageira
– Protusão posterior Contusão da medula ou de
raiz e edema
– Estáveis (ligamento posterior preservado)
22. Mecanismo de Trauma
• Hiperextensão:
– Acidentes automobilísticos
– Desaceleração brusca do corpo para frente promovendo a
hiperextensão do pescoço
– Lesão do ligamento longitudinal anterior
– Sinal radiológico é um pequeno osteófito separado da
parte frontal de um dos corpos vertebrais (voltam a
posição inicial após o traumatismo)
– Ligamento posterior permanece sempre intacto
29. Fratura Cervical
• Lesões das primeiras vértebras Perda parcial ou total da
função respiratória
• Coluna cervical inferior e torácica superior Hipoventilação
por paralisia dos músculos intercostais
• Lesões entre C-3 a C-5: paralisia do diafragma (n. frênico)
• Respiração abdominal e uso musculatura acessória
• Incapacidade de sentir dor
30. Choque neurogênico e medular
• perda do tônus vasomotor (vasodilatação)
• perda da inervação simpática do coração
• hipotensão sem taquicardia (ou com
bradicardia)
• flacidez e perda dos reflexos (fase inicial)
31. Alterações Neurológicas
• sensibilidade
• motricidade
• choque medular
– reflexos anal e bulbocavernoso indica final
33. Classificação de Frankel
• Classificação de Frankel
– Frankel A: lesão sensitiva e motora completa distal ao nível da
lesão;
– Frankel B: paralisia motora completa, com alguma
sensibilidade preservada distal ao nível da lesão;
– Frankel C: presença de alguma força motora, porém sem
função prática;
– Frankel D: força motora efetiva distal ao nível de lesão, porém
com algum grau de deficiência.
– Frankel E: o paciente não tem alterações neurológicas.
34. Sensibilidade e Motricidade
Distal a Lesão
• Raiz L2 - iliopsoas
• Raiz L3 - quadríceps
• Raiz L4 - tibial anterior
• Raiz L5 - extensor longo do hálux
• Raiz S1 - tríceps sural
44. Síndrome da embolia
gordurosa
• Fratura dos ossos longos 0,5% a 2% casos
• Fratura dos ossos longos + pelve 10%
• Mortalidade até 50%
45. Síndrome da embolia
gordurosa
• Confusão mental
• Dispnéia
• Primeiras 48h após fratura
46. Síndrome da embolia
gordurosa
• Petéquias
• Febre
• Taquicardia
• Alteração da função renal
47. Síndrome da embolia
• Alteração laboratorial (hipoxemia arterial )
– pO2 < 60 mm Hg
– pCO2 > 55 mm Hg
• Trombocitopenia ( 150.000 )
• RX ou TC (infiltrado pulmonar em tempestade de neve)
• Alterações ao ECG (arritmias, inversão de onda t,
bloqueio de ramo)
gordurosa
48. Síndrome da embolia gordurosa
• Damage Control
– Fixação precoce de
todas as fraturas
(antes de 24 horas)
53. Choque hipovolêmico
• Fraturas isoladas de tíbia ou úmero : 750 ml
• Fratura isolada de fêmur : 1500 ml
• Fraturas do anel pélvico estão associadas com
outras lesões em mais de 90% dos casos embora
sejam causa de morte em apenas 7 a 18%.
• Fratura pélvica com hematoma em
retroperitôneo pode acumular vários litros.
64. Mecanismo de trauma
• Compressão lateral:
- atropelamento, pelve com volume diminuído
- (não comprimir)
• Compressão ântero-posterior:
- vítima prensada, pelve com volume aumentado
• Cisalhamento vertical:
- queda de altura primeiro sobre uma perna, maior
mortalidade
67. Fraturas da pelve
Hemorragia persistente: arteriografia
sangramento arterial contínuo: embolização
sucesso 85 a 95%
mortalidade 27 a 35%
micromolas
73. TVP e TEP
• Trombose venosa representa a formação
deste coágulo (trombo) dentro das veias
• O trombo impede a passagem e o fluxo
normal do sangue naquele vaso
74. TVP e TEP
• Tríade de Virschow
• hipercoagulabilidade sanguínea
• lesão endotelial
• estase
75. TVP e TEP
• TVP Trombose Venosa Profunda
• TEP Trombo Embolismo Pulmonar
• TVP TEP
76. TVP e TEP
• idosos, obesos
• cirurgias de grande porte
• cirurgias ortopédicas (MMII)
• Cirurgias ginecológicas e urológicas
• doenças cardiopulmonares ( IAM, ICC,
DPOC )
• antecedentes de TVP, TEP
• acamados (imobilizados no leito)
77. TVP
• TVP pode ser assintomática
• Num estudo com 349 politraumatizados, TVP
foram identificados em 58% dos pacientes,
sendo que TVP proximal em18%
• 1,5% com achados típicos de TVP
78. TEP
• 11% não sobrevivem após 1h do início dos
sintomas.
• 8% morrem apesar da terapia anticoagulante
• 30% morrem se o diagnóstico não for feito e
nenhuma terapêutica for estabelecida.
80. TVP e TEP
• 15 a 25% dos cirurgiões não fazem profilaxia
em pacientes submetidos à cirurgia do quadril
• 5 a 10% nunca usaram qualquer forma de
profilaxia
• Trombose pode ocorrer durante o
procedimento cirúrgico
81. Prevenção
• Heparina de baixo peso molecular injetável
• Compressão pneumática externa
• Filtro de Greenfield
83. Fraturas Expostas
• Ocorre quando o hematoma de uma fratura
entra em contato com o meio externo
• Tem um alto risco de infecção (osteomielite)
• O objetivo do tratamento é transformar uma
fratura exposta em uma fratura fechada
84. Classificação
• Até 6 horas de exposição
– Potencialmente contaminada
• De 6 a 12 horas
– Contaminada
• Mais que 12 horas
– Infectada
85. Classificação
energia ferimento fratura contaminação
I baixa < 1cm simples mínima
II moderada > 1cm cominuta moderada
IIIA elevada >10cm possível elevada
coberta
IIIB elevada >10cm osso elevada
descoberto
IIIC lesão arterial associada
86.
87. Conduta na urgência
• ABC do trauma
• Antibioticoterapia
• Profilaxia antitetânica
• Analgesia
• Imobilização provisória
• Cirurgia de urgência
88. Limpeza cirúrgica
• Clorexidine degermante
• Soro Fisiológico em abundância
• Desbridamento de tecido desvitalizado
(cor, consistência, contratilidade
capacidade de sangramento)
89. Limpeza cirúrgica
• Troca de paramentação
– Agora a cirurgia é limpa
• Coleta de material para cultura
• Fixação óssea
– provisória
– definitiva
• Fechamento cutâneo
90. Fixação óssea
- Após a limpeza, devemos fixar a fratura
- Fixação interna X fixador externo
- Normalmente optamos pelo fixador
externo, devido ao risco infeccioso
- Depois de fixar externo, temos até 2
semanas para converter a fixação por uma
osteossíntese interna
91.
92.
93. Métodos de Reparação do
Revestimento Cutâneo
1. Sutura primária
2. Enxerto de pele
3. Retalhos convencionais
4. Retalhos microcirúrgicos