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FACULDADE DE MEDICINA 
UNINOVE
DISCIPLINA DE TRAUMA E 
ANESTESIOLOGIA 
PROF CAIO GONÇALVES DE SOUZA
Fraturas da coluna
Coluna Cervical
Coluna
Ligamentos 
• Ligamento Longitudinal Anterior: 
– Reforça a estabilidade da coluna na sua porção anterior 
(desde a articulação atlantoccipital até a transição 
lombo-sacro) 
– Encontra-se na linha média do corpo vertebral 
• Ligamentos Amarelos: 
– Conectam a face anterior da lâmina superior com a 
face posterior da lâmina vertebral adjacente inferior 
• Ligamento Longitudinal Posterior: 
– Localiza dentro do canal vertebral justaposto à porção 
posterior dos corpos vertebrais
Lig. Log. 
Anterior 
Lig. Log. 
Posterior 
Lig. 
Amarelo
Fratura em gota
Fratura Cervical 
• 11.000 casos ao ano (EUA) 
– 35% a 45% automobilístico 
– 25% a 30% quedas 
– 15% esporte 
• 10% levam a déficit neurológico
Fraturas da coluna 
cervical alta
Fratura de C1
Fratura de C1
Fratura de C2
Fratura de C2
Fraturas da coluna 
cervical baixa
Mecanismo de Trauma 
• Classificação AO (C3 até C7) 
– Compressão 
– Distração 
– Rotação
Mecanismo de Trauma
Mecanismo de Trauma 
• Flexão: 
– Deformidade cuneiforme. 
– Observados abaixo de C2 
– Osteoporose
Fratura em Cunha
Mecanismo de Trauma 
• Compressão vertical: 
– Mergulho batendo a cabeça no fundo ou queda 
– Vértebra é fragmentada em todas as direções 
– Protusão anterior  disfagia passageira 
– Protusão posterior  Contusão da medula ou de 
raiz e edema 
– Estáveis (ligamento posterior preservado)
Mecanismo de Trauma
Mecanismo de Trauma 
• Hiperextensão: 
– Acidentes automobilísticos 
– Desaceleração brusca do corpo para frente promovendo a 
hiperextensão do pescoço 
– Lesão do ligamento longitudinal anterior 
– Sinal radiológico é um pequeno osteófito separado da 
parte frontal de um dos corpos vertebrais (voltam a 
posição inicial após o traumatismo) 
– Ligamento posterior permanece sempre intacto
Mecanismo de Trauma
Mecanismo de Trauma
Radiografia das fraturas da coluna 
cervical
Radiografia da coluna cervical 
Radiografias (alinhamento): 
AP 
Lateral 
Trans oral (boca aberta) 
Trauma: radiografias – lateral e trans oral
Trauma raquimedular
Fratura Cervical 
• Lesões das primeiras vértebras  Perda parcial ou total da 
função respiratória 
• Coluna cervical inferior e torácica superior  Hipoventilação 
por paralisia dos músculos intercostais 
• Lesões entre C-3 a C-5: paralisia do diafragma (n. frênico) 
• Respiração abdominal e uso musculatura acessória 
• Incapacidade de sentir dor
Choque neurogênico e medular 
• perda do tônus vasomotor (vasodilatação) 
• perda da inervação simpática do coração 
• hipotensão sem taquicardia (ou com 
bradicardia) 
• flacidez e perda dos reflexos (fase inicial)
Alterações Neurológicas 
• sensibilidade 
• motricidade 
• choque medular 
– reflexos anal e bulbocavernoso indica final
Trauma Raquimedular 
• Paralisia total ou parcial 
• Paraplegia 
• Tetraplegia
Classificação de Frankel 
• Classificação de Frankel 
– Frankel A: lesão sensitiva e motora completa distal ao nível da 
lesão; 
– Frankel B: paralisia motora completa, com alguma 
sensibilidade preservada distal ao nível da lesão; 
– Frankel C: presença de alguma força motora, porém sem 
função prática; 
– Frankel D: força motora efetiva distal ao nível de lesão, porém 
com algum grau de deficiência. 
– Frankel E: o paciente não tem alterações neurológicas.
Sensibilidade e Motricidade 
Distal a Lesão 
• Raiz L2 - iliopsoas 
• Raiz L3 - quadríceps 
• Raiz L4 - tibial anterior 
• Raiz L5 - extensor longo do hálux 
• Raiz S1 - tríceps sural
35 anos, queda de altura 
há 4 horas
Tratamento 
• Corticóides em altas doses nas primeiras 24 
hrs 
• Tração cervical (fraturas cervicais) 
• Artrodese cirúrgica
Tratamento
Conservador
Cirurgia
Síndrome da embolia gordurosa
Síndrome da embolia 
gordurosa 
• Gordura da medula óssea  intravascular 
• Reação inflamatória pulmonar 
• pO2 diminui 
• pCO2 aumenta
Síndrome da embolia 
gordurosa 
• Fratura dos ossos longos  0,5% a 2% casos 
• Fratura dos ossos longos + pelve  10% 
• Mortalidade  até 50%
Síndrome da embolia 
gordurosa 
• Confusão mental 
• Dispnéia 
• Primeiras 48h após fratura
Síndrome da embolia 
gordurosa 
• Petéquias 
• Febre 
• Taquicardia 
• Alteração da função renal
Síndrome da embolia 
• Alteração laboratorial (hipoxemia arterial ) 
– pO2 < 60 mm Hg 
– pCO2 > 55 mm Hg 
• Trombocitopenia ( 150.000 ) 
• RX ou TC (infiltrado pulmonar em tempestade de neve) 
• Alterações ao ECG (arritmias, inversão de onda t, 
bloqueio de ramo) 
gordurosa
Síndrome da embolia gordurosa 
• Damage Control 
– Fixação precoce de 
todas as fraturas 
(antes de 24 horas)
Tratamento 
• Medidas gerais de suporte 
• Metilprednisolona ( 30 mg/kg - 12/12h ) 
• Fixação precoce das fraturas ( < 24h )
Choque hipovolêmico
Choque hipovolêmico 
• hipovolêmico ( hemorrágico ) 
• cardiogênico 
• neurogênico 
• séptico
Choque hipovolêmico 
• vasoconstricção cutânea, visceral, muscular 
• TAQUICARDIA 
• Hipotensão se mecanismos compensatórios 
insuficientes
Choque hipovolêmico 
• Fraturas isoladas de tíbia ou úmero : 750 ml 
• Fratura isolada de fêmur : 1500 ml 
• Fraturas do anel pélvico estão associadas com 
outras lesões em mais de 90% dos casos embora 
sejam causa de morte em apenas 7 a 18%. 
• Fratura pélvica com hematoma em 
retroperitôneo pode acumular vários litros.
Politrauma
Choque hipovolêmico 
• Sangramento: 
– externo - fratura exposta 
– interno para cavidade - pelve 
– interno para tecidos moles - extremidades
Choque hipovolêmico 
• Fazer diagnóstico rápido 
• Identificar outros locais de sangramento 
• Reposição volêmica rápida
Choque hipovolêmico 
• Tratamento dos ferimentos: hemostasia 
• Estabilização das fraturas: 
– imobilização provisória 
– fixador externo 
– osteossíntese definitiva
Pelve
Mecanismo de trauma
Exame Físico 
• Avaliar o períneo (equimoses, ferimentos 
abertos) 
• Compressão sistemática dos ossos da pelve 
• Investigar lesão retal e geniturinária 
• Lesões do plexo sacral: comuns nas lesões 
posteriores
Lesões associadas 
• TCE (51%) 
• Fratura dos ossos longos (48%) 
• Trauma do tórax (20%) 
• Lesões uretrais (no homem) (15%) 
• Trauma esplênico (10%) 
• Trauma hepático (7%) 
• Trauma renal (7%)
Mecanismo de trauma
Mecanismo de trauma 
• Compressão lateral: 
- atropelamento, pelve com volume diminuído 
- (não comprimir) 
• Compressão ântero-posterior: 
- vítima prensada, pelve com volume aumentado 
• Cisalhamento vertical: 
- queda de altura primeiro sobre uma perna, maior 
mortalidade
Tratamento inicial
Tratamento 
• Pelve instável: 
– fixador externo 
• Hemorragia persistente: 
– arteriografia 
– embolização
Fraturas da pelve 
Hemorragia persistente: arteriografia 
sangramento arterial contínuo: embolização 
sucesso 85 a 95% 
mortalidade 27 a 35% 
micromolas
Fixador Externo
Tratamento
Choque hipovolêmico 
• Fixação externa na pelve
Choque hipovolêmico 
• Fixador externo nas 
outras fraturas
TVP e TEP
TVP e TEP 
• Trombose venosa representa a formação 
deste coágulo (trombo) dentro das veias 
• O trombo impede a passagem e o fluxo 
normal do sangue naquele vaso
TVP e TEP 
• Tríade de Virschow 
• hipercoagulabilidade sanguínea 
• lesão endotelial 
• estase
TVP e TEP 
• TVP  Trombose Venosa Profunda 
• TEP  Trombo Embolismo Pulmonar 
• TVP  TEP
TVP e TEP 
• idosos, obesos 
• cirurgias de grande porte 
• cirurgias ortopédicas (MMII) 
• Cirurgias ginecológicas e urológicas 
• doenças cardiopulmonares ( IAM, ICC, 
DPOC ) 
• antecedentes de TVP, TEP 
• acamados (imobilizados no leito)
TVP 
• TVP pode ser assintomática 
• Num estudo com 349 politraumatizados, TVP 
foram identificados em 58% dos pacientes, 
sendo que TVP proximal em18% 
• 1,5% com achados típicos de TVP
TEP 
• 11% não sobrevivem após 1h do início dos 
sintomas. 
• 8% morrem apesar da terapia anticoagulante 
• 30% morrem se o diagnóstico não for feito e 
nenhuma terapêutica for estabelecida.
PREVENÇÃO DO TROMOEMBOLISMO 
PULMONAR É FUNDAMENTAL
TVP e TEP 
• 15 a 25% dos cirurgiões não fazem profilaxia 
em pacientes submetidos à cirurgia do quadril 
• 5 a 10% nunca usaram qualquer forma de 
profilaxia 
• Trombose pode ocorrer durante o 
procedimento cirúrgico
Prevenção 
• Heparina de baixo peso molecular injetável 
• Compressão pneumática externa 
• Filtro de Greenfield
Fraturas Expostas
Fraturas Expostas 
• Ocorre quando o hematoma de uma fratura 
entra em contato com o meio externo 
• Tem um alto risco de infecção (osteomielite) 
• O objetivo do tratamento é transformar uma 
fratura exposta em uma fratura fechada
Classificação 
• Até 6 horas de exposição 
– Potencialmente contaminada 
• De 6 a 12 horas 
– Contaminada 
• Mais que 12 horas 
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Classificação 
energia ferimento fratura contaminação 
I baixa < 1cm simples mínima 
II moderada > 1cm cominuta moderada 
IIIA elevada >10cm possível elevada 
coberta 
IIIB elevada >10cm osso elevada 
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Conduta na urgência 
• ABC do trauma 
• Antibioticoterapia 
• Profilaxia antitetânica 
• Analgesia 
• Imobilização provisória 
• Cirurgia de urgência
Limpeza cirúrgica 
• Clorexidine degermante 
• Soro Fisiológico em abundância 
• Desbridamento de tecido desvitalizado 
(cor, consistência, contratilidade 
capacidade de sangramento)
Limpeza cirúrgica 
• Troca de paramentação 
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• Coleta de material para cultura 
• Fixação óssea 
– provisória 
– definitiva 
• Fechamento cutâneo
Fixação óssea 
- Após a limpeza, devemos fixar a fratura 
- Fixação interna X fixador externo 
- Normalmente optamos pelo fixador 
externo, devido ao risco infeccioso 
- Depois de fixar externo, temos até 2 
semanas para converter a fixação por uma 
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Métodos de Reparação do 
Revestimento Cutâneo 
1. Sutura primária 
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Traumatologia Ortopédica

  • 2. DISCIPLINA DE TRAUMA E ANESTESIOLOGIA PROF CAIO GONÇALVES DE SOUZA
  • 6. Ligamentos • Ligamento Longitudinal Anterior: – Reforça a estabilidade da coluna na sua porção anterior (desde a articulação atlantoccipital até a transição lombo-sacro) – Encontra-se na linha média do corpo vertebral • Ligamentos Amarelos: – Conectam a face anterior da lâmina superior com a face posterior da lâmina vertebral adjacente inferior • Ligamento Longitudinal Posterior: – Localiza dentro do canal vertebral justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais
  • 7. Lig. Log. Anterior Lig. Log. Posterior Lig. Amarelo
  • 9. Fratura Cervical • 11.000 casos ao ano (EUA) – 35% a 45% automobilístico – 25% a 30% quedas – 15% esporte • 10% levam a déficit neurológico
  • 10. Fraturas da coluna cervical alta
  • 15. Fraturas da coluna cervical baixa
  • 16. Mecanismo de Trauma • Classificação AO (C3 até C7) – Compressão – Distração – Rotação
  • 18. Mecanismo de Trauma • Flexão: – Deformidade cuneiforme. – Observados abaixo de C2 – Osteoporose
  • 20. Mecanismo de Trauma • Compressão vertical: – Mergulho batendo a cabeça no fundo ou queda – Vértebra é fragmentada em todas as direções – Protusão anterior  disfagia passageira – Protusão posterior  Contusão da medula ou de raiz e edema – Estáveis (ligamento posterior preservado)
  • 22. Mecanismo de Trauma • Hiperextensão: – Acidentes automobilísticos – Desaceleração brusca do corpo para frente promovendo a hiperextensão do pescoço – Lesão do ligamento longitudinal anterior – Sinal radiológico é um pequeno osteófito separado da parte frontal de um dos corpos vertebrais (voltam a posição inicial após o traumatismo) – Ligamento posterior permanece sempre intacto
  • 25. Radiografia das fraturas da coluna cervical
  • 26. Radiografia da coluna cervical Radiografias (alinhamento): AP Lateral Trans oral (boca aberta) Trauma: radiografias – lateral e trans oral
  • 27.
  • 29. Fratura Cervical • Lesões das primeiras vértebras  Perda parcial ou total da função respiratória • Coluna cervical inferior e torácica superior  Hipoventilação por paralisia dos músculos intercostais • Lesões entre C-3 a C-5: paralisia do diafragma (n. frênico) • Respiração abdominal e uso musculatura acessória • Incapacidade de sentir dor
  • 30. Choque neurogênico e medular • perda do tônus vasomotor (vasodilatação) • perda da inervação simpática do coração • hipotensão sem taquicardia (ou com bradicardia) • flacidez e perda dos reflexos (fase inicial)
  • 31. Alterações Neurológicas • sensibilidade • motricidade • choque medular – reflexos anal e bulbocavernoso indica final
  • 32. Trauma Raquimedular • Paralisia total ou parcial • Paraplegia • Tetraplegia
  • 33. Classificação de Frankel • Classificação de Frankel – Frankel A: lesão sensitiva e motora completa distal ao nível da lesão; – Frankel B: paralisia motora completa, com alguma sensibilidade preservada distal ao nível da lesão; – Frankel C: presença de alguma força motora, porém sem função prática; – Frankel D: força motora efetiva distal ao nível de lesão, porém com algum grau de deficiência. – Frankel E: o paciente não tem alterações neurológicas.
  • 34. Sensibilidade e Motricidade Distal a Lesão • Raiz L2 - iliopsoas • Raiz L3 - quadríceps • Raiz L4 - tibial anterior • Raiz L5 - extensor longo do hálux • Raiz S1 - tríceps sural
  • 35. 35 anos, queda de altura há 4 horas
  • 36.
  • 37.
  • 38. Tratamento • Corticóides em altas doses nas primeiras 24 hrs • Tração cervical (fraturas cervicais) • Artrodese cirúrgica
  • 42. Síndrome da embolia gordurosa
  • 43. Síndrome da embolia gordurosa • Gordura da medula óssea  intravascular • Reação inflamatória pulmonar • pO2 diminui • pCO2 aumenta
  • 44. Síndrome da embolia gordurosa • Fratura dos ossos longos  0,5% a 2% casos • Fratura dos ossos longos + pelve  10% • Mortalidade  até 50%
  • 45. Síndrome da embolia gordurosa • Confusão mental • Dispnéia • Primeiras 48h após fratura
  • 46. Síndrome da embolia gordurosa • Petéquias • Febre • Taquicardia • Alteração da função renal
  • 47. Síndrome da embolia • Alteração laboratorial (hipoxemia arterial ) – pO2 < 60 mm Hg – pCO2 > 55 mm Hg • Trombocitopenia ( 150.000 ) • RX ou TC (infiltrado pulmonar em tempestade de neve) • Alterações ao ECG (arritmias, inversão de onda t, bloqueio de ramo) gordurosa
  • 48. Síndrome da embolia gordurosa • Damage Control – Fixação precoce de todas as fraturas (antes de 24 horas)
  • 49. Tratamento • Medidas gerais de suporte • Metilprednisolona ( 30 mg/kg - 12/12h ) • Fixação precoce das fraturas ( < 24h )
  • 51. Choque hipovolêmico • hipovolêmico ( hemorrágico ) • cardiogênico • neurogênico • séptico
  • 52. Choque hipovolêmico • vasoconstricção cutânea, visceral, muscular • TAQUICARDIA • Hipotensão se mecanismos compensatórios insuficientes
  • 53. Choque hipovolêmico • Fraturas isoladas de tíbia ou úmero : 750 ml • Fratura isolada de fêmur : 1500 ml • Fraturas do anel pélvico estão associadas com outras lesões em mais de 90% dos casos embora sejam causa de morte em apenas 7 a 18%. • Fratura pélvica com hematoma em retroperitôneo pode acumular vários litros.
  • 55. Choque hipovolêmico • Sangramento: – externo - fratura exposta – interno para cavidade - pelve – interno para tecidos moles - extremidades
  • 56. Choque hipovolêmico • Fazer diagnóstico rápido • Identificar outros locais de sangramento • Reposição volêmica rápida
  • 57. Choque hipovolêmico • Tratamento dos ferimentos: hemostasia • Estabilização das fraturas: – imobilização provisória – fixador externo – osteossíntese definitiva
  • 58. Pelve
  • 60. Exame Físico • Avaliar o períneo (equimoses, ferimentos abertos) • Compressão sistemática dos ossos da pelve • Investigar lesão retal e geniturinária • Lesões do plexo sacral: comuns nas lesões posteriores
  • 61.
  • 62. Lesões associadas • TCE (51%) • Fratura dos ossos longos (48%) • Trauma do tórax (20%) • Lesões uretrais (no homem) (15%) • Trauma esplênico (10%) • Trauma hepático (7%) • Trauma renal (7%)
  • 64. Mecanismo de trauma • Compressão lateral: - atropelamento, pelve com volume diminuído - (não comprimir) • Compressão ântero-posterior: - vítima prensada, pelve com volume aumentado • Cisalhamento vertical: - queda de altura primeiro sobre uma perna, maior mortalidade
  • 66. Tratamento • Pelve instável: – fixador externo • Hemorragia persistente: – arteriografia – embolização
  • 67. Fraturas da pelve Hemorragia persistente: arteriografia sangramento arterial contínuo: embolização sucesso 85 a 95% mortalidade 27 a 35% micromolas
  • 70. Choque hipovolêmico • Fixação externa na pelve
  • 71. Choque hipovolêmico • Fixador externo nas outras fraturas
  • 73. TVP e TEP • Trombose venosa representa a formação deste coágulo (trombo) dentro das veias • O trombo impede a passagem e o fluxo normal do sangue naquele vaso
  • 74. TVP e TEP • Tríade de Virschow • hipercoagulabilidade sanguínea • lesão endotelial • estase
  • 75. TVP e TEP • TVP  Trombose Venosa Profunda • TEP  Trombo Embolismo Pulmonar • TVP  TEP
  • 76. TVP e TEP • idosos, obesos • cirurgias de grande porte • cirurgias ortopédicas (MMII) • Cirurgias ginecológicas e urológicas • doenças cardiopulmonares ( IAM, ICC, DPOC ) • antecedentes de TVP, TEP • acamados (imobilizados no leito)
  • 77. TVP • TVP pode ser assintomática • Num estudo com 349 politraumatizados, TVP foram identificados em 58% dos pacientes, sendo que TVP proximal em18% • 1,5% com achados típicos de TVP
  • 78. TEP • 11% não sobrevivem após 1h do início dos sintomas. • 8% morrem apesar da terapia anticoagulante • 30% morrem se o diagnóstico não for feito e nenhuma terapêutica for estabelecida.
  • 79. PREVENÇÃO DO TROMOEMBOLISMO PULMONAR É FUNDAMENTAL
  • 80. TVP e TEP • 15 a 25% dos cirurgiões não fazem profilaxia em pacientes submetidos à cirurgia do quadril • 5 a 10% nunca usaram qualquer forma de profilaxia • Trombose pode ocorrer durante o procedimento cirúrgico
  • 81. Prevenção • Heparina de baixo peso molecular injetável • Compressão pneumática externa • Filtro de Greenfield
  • 83. Fraturas Expostas • Ocorre quando o hematoma de uma fratura entra em contato com o meio externo • Tem um alto risco de infecção (osteomielite) • O objetivo do tratamento é transformar uma fratura exposta em uma fratura fechada
  • 84. Classificação • Até 6 horas de exposição – Potencialmente contaminada • De 6 a 12 horas – Contaminada • Mais que 12 horas – Infectada
  • 85. Classificação energia ferimento fratura contaminação I baixa < 1cm simples mínima II moderada > 1cm cominuta moderada IIIA elevada >10cm possível elevada coberta IIIB elevada >10cm osso elevada descoberto IIIC lesão arterial associada
  • 86.
  • 87. Conduta na urgência • ABC do trauma • Antibioticoterapia • Profilaxia antitetânica • Analgesia • Imobilização provisória • Cirurgia de urgência
  • 88. Limpeza cirúrgica • Clorexidine degermante • Soro Fisiológico em abundância • Desbridamento de tecido desvitalizado (cor, consistência, contratilidade capacidade de sangramento)
  • 89. Limpeza cirúrgica • Troca de paramentação – Agora a cirurgia é limpa • Coleta de material para cultura • Fixação óssea – provisória – definitiva • Fechamento cutâneo
  • 90. Fixação óssea - Após a limpeza, devemos fixar a fratura - Fixação interna X fixador externo - Normalmente optamos pelo fixador externo, devido ao risco infeccioso - Depois de fixar externo, temos até 2 semanas para converter a fixação por uma osteossíntese interna
  • 91.
  • 92.
  • 93. Métodos de Reparação do Revestimento Cutâneo 1. Sutura primária 2. Enxerto de pele 3. Retalhos convencionais 4. Retalhos microcirúrgicos