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1808 - Família Real no
Brasil
1815 – Reino
Unido de
Portugal, Bra
sil e Algarves
1820 – Revolução do
Porto
1821 – Família Real volta a
Portugal
9 de
Janeiro de
1822 – Dia
do Fico
7 de
Setembro
de 1822 –
Grito do
Ipiranga
Era fundamental para as elites vinculadas ao
governo
evitar
que
o
processo
de
independência se transformasse em uma
revolução popular, como ocorrera na América
Espanhola. Assim, nos primeiros anos após
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a coroação de d. Pedro I, é que são postas
em evidência.
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1 de Dezembro de
1822 - Coroação
Tendo em vista que ela é a reprodução do
maior quadro histórico realizado pelo artista
durante seus anos no Brasil, poderíamos
mesmo afirmar que este é o episódio por
excelência selecionado por Debret para
representar a fundação do Império. O
quadro é um verdadeiro retrato social das elites
do Império e serve bem como imagem
inaugural da fundação do um novo país.
A
ACLAMAÇÃO
DE D. PEDRO
I, SEGUNDO
UMA
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ÉPOCA.
Próximo passo: Monarquia
Absolutista ou Constitucional?
O Partido Brasileiro se dividiu entre duas
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conservadores desejavam a criação de
um governo fortemente centralizado, com
uma monarquia dotada de amplos
poderes. Os liberais desejavam a criação
de uma monarquia constitucional e a
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administrativa
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autonomia das províncias.
Entre 1823-1824:
Assembleia Constituinte
organizada, dissolvida e
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por D. Pedro I
TÍTULO 1o
Do Império do Brasil, seu Território,
Governo, Dinastia e Religião
Art. 1o O Império do Brasil é a associação política de todos os
cidadãos brasileiros. Eles formam uma Nação livre e
independente, que não admite com qualquer outra laço algum de
união ou federação, que se oponha à sua independência.
Art. 2o O seu território é dividido em províncias, na forma em que
atualmente se acha, as quais poderão ser subdivididas, como
pedir o bem do Estado.
Art. 3o O seu governo é monárquico, hereditário, constitucional e
representativo.
Art. 4o A dinastia imperante é a do Senhor Dom Pedro I, atual
Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil.
Art. 5o A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a
religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas
com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso
destinadas, sem forma alguma exterior de templo.
TÍTULO 5o
Do Imperador
CAPÍTULO 1o
Do Poder Moderador
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a
organização política e é delegada privativamente ao
Imperador, como Chefe Supremo da Nação e seu
Primeiro Representante, para que incessantemente
vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio
e harmonia dos mais Poderes políticos.
Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável e
sagrada; ele não está sujeito a responsabilidade
alguma.
Art. 100. Os seus títulos são "Imperador
Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil" e tem o
tratamento de Majestade Imperial.
Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador:

1o) Nomeando os senadores, na forma do art. 43.
2o) Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos
intervalos das sessões, quando assim o pede o bem do Império.
3o) Sancionando os decretos e resoluções da Assembleia Geral,
para que tenham força de lei: art. 62.
4o) Aprovando e suspendendo inteiramente as resoluções dos
conselhos provinciais. art.. 86 e 87.
5o) Prorrogando ou adiando a Assembleia Geral e dissolvendo a
Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação
do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua.
6o) Nomeando e demitindo livremente os ministros de Estado.
7o) Suspendendo os magistrados nos casos do art. 154.
8o) Perdoando e moderando as penas impostas aos réus
condenados por sentença.
9 o)
Concedendo anistia em caso urgente e que assim
aconselhem a humanidade e bem do Estado.
A Confederação do Equador
A Constituição outorgada de 1824 causou profundo
descontentamento das camadas sociais gerando uma grande
rebelião sediciosa. A Confederação do Equador foi o resultado
de uma revolta que eclodiu em Pernambuco, mas que
rapidamente se espalhou por várias províncias do Norte e
Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba e Piauí, juntaram-se a causa dos confederados.
Entre seus líderes, estavam Cipriano Barata e Frei
Caneca, veteranos da revolta pernambucana de 1817.

A Confederação do Equador foi assim denominada porque uniu
algumas províncias que se situavam próximas à linha do
equador. Teve como principal objetivo lutar pelo
estabelecimento do federalismo e da República. Assim como
aconteceu com outras rebeliões, as divergências internas do
movimento facilitaram a repressão organizada pelo poder
central. Dom Pedro 1º reuniu tropas e derrotou os rebeldes.
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Primeiro Reinado

  • 1.
  • 2.
  • 3. 1808 - Família Real no Brasil
  • 4. 1815 – Reino Unido de Portugal, Bra sil e Algarves
  • 6. 1821 – Família Real volta a Portugal
  • 7. 9 de Janeiro de 1822 – Dia do Fico
  • 8. 7 de Setembro de 1822 – Grito do Ipiranga
  • 9. Era fundamental para as elites vinculadas ao governo evitar que o processo de independência se transformasse em uma revolução popular, como ocorrera na América Espanhola. Assim, nos primeiros anos após a Independência, as datas que reafirmavam a monarquia Bragança, como a aclamação e a coroação de d. Pedro I, é que são postas em evidência.
  • 10. 12 de Outubro de 1822 – Aclamaçã o
  • 11. 1 de Dezembro de 1822 - Coroação
  • 12. Tendo em vista que ela é a reprodução do maior quadro histórico realizado pelo artista durante seus anos no Brasil, poderíamos mesmo afirmar que este é o episódio por excelência selecionado por Debret para representar a fundação do Império. O quadro é um verdadeiro retrato social das elites do Império e serve bem como imagem inaugural da fundação do um novo país.
  • 13. A ACLAMAÇÃO DE D. PEDRO I, SEGUNDO UMA ESTAMPA ANÔNIMA DA ÉPOCA.
  • 14. Próximo passo: Monarquia Absolutista ou Constitucional? O Partido Brasileiro se dividiu entre duas facções: a conservadora e a liberal. Os conservadores desejavam a criação de um governo fortemente centralizado, com uma monarquia dotada de amplos poderes. Os liberais desejavam a criação de uma monarquia constitucional e a descentralização administrativa e autonomia das províncias.
  • 15. Entre 1823-1824: Assembleia Constituinte organizada, dissolvida e Constituição Promulgada por D. Pedro I
  • 16. TÍTULO 1o Do Império do Brasil, seu Território, Governo, Dinastia e Religião Art. 1o O Império do Brasil é a associação política de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma Nação livre e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união ou federação, que se oponha à sua independência. Art. 2o O seu território é dividido em províncias, na forma em que atualmente se acha, as quais poderão ser subdivididas, como pedir o bem do Estado. Art. 3o O seu governo é monárquico, hereditário, constitucional e representativo. Art. 4o A dinastia imperante é a do Senhor Dom Pedro I, atual Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil. Art. 5o A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo.
  • 17. TÍTULO 5o Do Imperador CAPÍTULO 1o Do Poder Moderador Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e é delegada privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais Poderes políticos. Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável e sagrada; ele não está sujeito a responsabilidade alguma. Art. 100. Os seus títulos são "Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil" e tem o tratamento de Majestade Imperial.
  • 18. Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador: 1o) Nomeando os senadores, na forma do art. 43. 2o) Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos intervalos das sessões, quando assim o pede o bem do Império. 3o) Sancionando os decretos e resoluções da Assembleia Geral, para que tenham força de lei: art. 62. 4o) Aprovando e suspendendo inteiramente as resoluções dos conselhos provinciais. art.. 86 e 87. 5o) Prorrogando ou adiando a Assembleia Geral e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua. 6o) Nomeando e demitindo livremente os ministros de Estado. 7o) Suspendendo os magistrados nos casos do art. 154. 8o) Perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença. 9 o) Concedendo anistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado.
  • 19. A Confederação do Equador A Constituição outorgada de 1824 causou profundo descontentamento das camadas sociais gerando uma grande rebelião sediciosa. A Confederação do Equador foi o resultado de uma revolta que eclodiu em Pernambuco, mas que rapidamente se espalhou por várias províncias do Norte e Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, juntaram-se a causa dos confederados. Entre seus líderes, estavam Cipriano Barata e Frei Caneca, veteranos da revolta pernambucana de 1817. A Confederação do Equador foi assim denominada porque uniu algumas províncias que se situavam próximas à linha do equador. Teve como principal objetivo lutar pelo estabelecimento do federalismo e da República. Assim como aconteceu com outras rebeliões, as divergências internas do movimento facilitaram a repressão organizada pelo poder central. Dom Pedro 1º reuniu tropas e derrotou os rebeldes.
  • 20. Crise no Primeiro Reinado  Excessiva centralização do poder político nas mãos do Imperador;  Perdas territoriais (Província Cisplatina – Uruguai – em 1827);  Sucessão do Trono português