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Os Modelos de Comunicação


Uma infinidade de estudos procura explicar como acontece a “interacção social
através de mensagens” ou seja, a comunicação entre pessoas.
Estando a comunicação presente em todas as áreas epistemológicas, existem
modelos de comunicação oriundos de ciências diversas.


Modelo de Base Linear de Lasswell


Toda a investigação que está interligada com a comunicação foi marcada por
um artigo onde se descreve o acto de comunicar, publicado em 1948 pelo
americano Harold Lasswell. Este mesmo artigo dividia o acto da comunicação
em 5 partes, sendo cada parte representada por um elemento. Segundo
Lasswell descrever o processo de comunicação é seguir um trajecto
unidireccional, é responder as seguintes questões: a quem, diz o quê, por que
canal, a quem e com que efeito. Quem, diz respeito ao emissor, aos factores
que dão início e orientam o acto; Diz o quê, é a mensagem, aqui integra-se
uma análise do conteúdo; por que canal, é o meio, com esta pergunta e
através de uma análise dos meios ficamos a saber se são meios interpessoais
ou de massas; a quem, são as pessoas atingidas por esses meios, esta
pergunta envolve uma análise da “audiência”; e por último, com que efeito, diz
respeito ao impacto exercido pela mensagem sobre a “audiência”.

            E sq ue ma li n e ar d a comu n i caç ão de Lassw e l l




                                                               COM QUE
          QUEM
                     DIZ O QUÊ     ATRAVÉS        A QUEM       EFEITO
                                   DE
                  emissor         mensagem       medium        receptor
                                                                impacto
• É um esquema basicamente descritivo e a finalidade é estabelecer a
    análise dos actos comunicativos.




    Baseia-se em três premissas consistentes:

•    É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo
para um público (receptores) passivo;

•    É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um
determinado efeito observável e susceptível de ser avaliado;

•    É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem
isolados, independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em
que se realiza o acto comunicativo.
Modelo Linear de Shannon e Weaver


Quase na mesma altura que Lasswell apresentou as cinco perguntas, os
teóricos Shannon e Weaver surgem com novos estudos, sendo estes
influenciados pelo primeiro.

A teoria destes é essencialmente matemática, esta vai permitir estudar a
quantidade de informação que uma mensagem é detentora e a capacidade de
transmissão de um determinado canal.

O modelo de Shannon e Weaver é também um modelo linear, constituído por
seis elementos, estes foram inicialmente gerados para apresentar aspectos
técnicos das telecomunicações mas posteriormente foram alargados às
ciências sociais e humanas.

Segundo esta teoria matemática a comunicação estabelece-se perante uma
fonte de informação sendo esta o momento da produção da mensagem, esta
mensagem é transformada pelo transmissor para posteriormente prosseguir
com o envio dessa mensagem por um canal, aqui surge um novo termo a
fonte de ruído, esta não é desejada pela fonte, pois vai distorcer a mensagem.
De seguida a mensagem é enviada para o receptor, este recebe o sinal
transmitido pela fonte para poder alcançar o ponto de achegada, o destino.

No que concerne o modelo de base linear, o cientista Lasswell é um dos
autores mais representativos desta corrente, uma vez que influenciou os
estudos relacionados com o fenómeno da comunicação. Este apresenta a
comunicação como a transmissão de mensagens entre dois pontos (emissor e
receptor) e num único sentido. Em 1948, Lasswel considera que uma forma
adequada para se descrever um acto de comunicação consiste em responder
às seguintes questões:


• Quem? (Emissor), Diz o quê? (Mensagem), Por que canal? (Meio), A quem?
(Receptor), Com que efeito? (Efeito).


Este esquema tem como objectivo estabelecer a análise dos processos de
comunicação de massa .

Praticamente ao mesmo tempo que Lasswel, surge o modelo de Shannon e
Weaver em 1949, sendo também como que um exemplo para outros modelos
comunicativos.

Este modelo foi concebido, como modelo matemático, para permitir a
transmissão de um conjunto de informações quantificáveis de um lugar para
outro.
• Origem; Transmissor; Mensagem; Sinal; Canal; Sinal; Receptor; Mensagem;
Destino

Este esquema, de seis elementos, descreve a comunicação como um processo
linear e unidireccional.


                         Esquema de Schramm



• Campo experiencial comum

• (alargamento da noção de codificação e de descodificação)

• Influência exercida mutuamente entre os participantes através da
retroacção (feed-back).




                              transceiver

                 "
                  transmetter " e de "receiver ",

           ambivalência do homem comunicante
                    emissor e de receptor


                               Emerec
                     "
                      émetteu r-récepteur ".



Modelos de Base Cibernética


Norbert Wiener, criador da Cibernética, define-a como a consciência
tecnológica do homem, ou seja, a crescente necessidade de criação de
máquinas que imitem o comportamento do ser humano, podendo abordar
áreas de conhecimento tão vastas como a filosofia, a sociologia, entre
outros. O seu livro Cibernética e Sociedade surge como uma espécie de
resposta à crítica da Cibernética como «desumanização do homem»,
segundo o próprio autor. É certo que o ser humano tem tendência para a
desorganização, a entropia, bem como, em princípio, todos os sistemas
fechados, que tendem a deteriorar-se, passando para um estado de maior
probabilidade, de caos. Porém, podem também ser considerados sistemas
que, apesar de limitada e temporária, podem tender para a organização: eis
o contexto em que se desenvolve a Cibernética. A palavra «Cibernética»,
segundo Wiener, advém do termo «kubernetes», o equivalente grego de
piloto. Ora, sendo o «piloto» aquele que comunica e controla, transmite uma
mensagem cuja informação é apenas acessível por ele, da mesma maneira
que, quando recebe uma mensagem, apenas o emissor dela pode aceder-
lhe na totalidade. Daí a necessidade de controlo, comando em relação em
relação a alguém, que responde à mensagem que o «piloto» envia, de
maneira a que este saiba se ela foi entendida e cumprida. Assim, para
Wiener, toda a sociedade deveria girar à volta desta ideia, e ser entendida
através do estudo das mensagens e facilidades de comunicação entre o
homem e o homem, o homem e a máquina, e a máquina e a máquina. De
facto, dar uma ordem de controlo a uma máquina não difere muito de fazê-
lo, actualmente, com um ser humano, na medida em que, em ambos os
casos, tratando-se de um mecanismo cibernético, há a consciência da
ordem emitida e do sinal de volta que o receptor envia, para que se saiba se
a ordem foi entendida. Clarificando esta ideia de mecanismo cibernético, é
aquele que altera o seu comportamento face a uma informação do exterior,
auto-regulando a sua acção.


Os modelos cibernéticos integram o feedback e a retroacção como elementos
reguladores da circularidade da informação. Norber Wiener, autor deste
modelo, considera a base cibernética como uma área interdisciplinar que
abrange “todo o campo da teoria do controlo e comunicação, na máquina ou no
animal”.
Relativamente aos modelos de comunicação interpessoal verifica-se que estes
se inspiram nos modelos de base cibernética, uma vez que a interacção é face-
a-face.
Por sua vez, o modelo de comunicação interpessoal de Schramm dá uma nova
dimensão aos modelos lineares, com o alargamento das noções de codificação
e descodificação. O processo de comunicação é interminável, não se sabe
onde começa nem quando acaba a corrente de informação.

No modelo circular de Jean Cloutier, a sua popularidade é atingida através da
sua obra "A Era de EMEREC", onde o "homo communicans" se encontra
alternadamente em cada um dos pólos de comunicação e, até mesmo, em
ambos os pólos simultaneamente. O processo de comunicação não é linear,
mas sim concêntrico, uma vez que o seu ponto de partida é sempre o seu
ponto de chegada.


- EMEREC personifica o carácter de emissor e receptor de cada pessoa.
- A LINGUAGEM E A MENSAGEM são duas noções indissociáveis, pois é a
linguagem      que        permite       incarnar       a      mensagem.
- O MEDIUM é o intermediário que permite transpor as mensagens no espaço
e no tempo.
Norbert Wiener (década de 40)

área interdisciplinar

"que abrange todo o campo da teoria do controle e comunicação, na

máquina ou no animal"

Os conceitos de controle, regulação e feed-back

relacionam-se com a essência da TGS

 fornecem uma explicação concreta para as qualidades do sistema

       - como totalidade,




 O esquema de Schramm marca a passagem para os esquemas
 cibernéticos.

 Couffignal denomina esta corrente comunicativa de "cadeia reflexa”:



  "de acordo com as respostas (dos formandos) o formador
  pode modificar o resto da lição, para a fazer
  Mais adequada às ditas respostas, procurando sempre que os
  formandos possam aprender os conhecimentos que se transmitem”
Jean Cloutier

 • o autor mais representativo desta corrente comunicativa,
 • "A Era de EMEREC".
 • o "homo communicans" situa-se alternadamente em cada um
   dos pólos da comunicação e, até mesmo, em ambos os pólos
   simultaneamente.
   O processo de comunicação não é linear, mas concêntrico.
 •
 • o seu ponto de partida é sempre o seu ponto de chegada,
 • o feed-back "não é um elemento acrescentado e supérfluo,
   mas inerente ao ciclo da informação.




   CLOUTIER,    Jean      A Era do Emerec ou a
                       (1975).
   Comunicação Audio-scripto-visual na hora dos self-
   media. Lisboa: I.T.E.

    CLOUTIER, Jean (2001). Petit traité de communication.
   EMEREC à l’heure des Technologies Numériques.
   Montréal: Ed. Carte blanche.
Esquema cibernético de Cloutier


                                  O Emerec


-   personifica    o    carácter     de    emissor     e   receptor         do   homo
communicans.


- A linguagem e a mensagem duas noções indissociáveis,
a linguagem permite incarnar a mensagem.




        •
            distinção entre as linguagens base (audio, visual e scripto),
        • linguagens sintéticas (audiovisual e scriptovisual) que
          implicam a fusão
        •
          linguagem polissintética (audio-scripto-visual), resultante da
        • mantém a expressão "audiovisual" para caracterizar a
          linguagem que

        • alia a imagem em movimento para qualificar a linguagem e o
          cria expressão scriptovisual ao som e concilia o espaço que
          abrange

        • todos os modos de comunicação gráfica com origem tipo de
          cria a expressão audio-scripto-visual, aplicando-a ao na fusão

            comunicação polissintética pela aglutinação de diversas
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Ling. Base      Scripto


                                 Scriptovisual


                Visual




         O Medium


     •
           intermediário que permite transpor as mensagens no
                                                      tempo e
     • Aplica a perspectiva cibernética ao funcionamento dos
       media.

       Os media emitem, recebem, transmitem, conservam e
     • Utiliza um duplo sistema para classificar os media: em
       função

     • da linguagem e em função e self-media,de tratamento e
       Distingue media de massa da natureza repartindo-os
       por cada

         uma das seis linguagens: audio, visual, scripto,
         audiovisual,
Classificação dos media


          Natureza

          Mensagem
          Self-media


          Group-media

          Mass-media


          Net-media




Valorização educativa dos esquemas cibernéticos


• O feed-backé o factor que distingue informar de comunicar
• Procurar o feed-back, "é procurar a relação, é considerar o
  receptor como uma realidade autónoma, é estabelecer a
  comunicação.
• Desenha-se um novo papel para o formador "deixa de ser o
  sábio emissor que transmite a sua ciência aos formandos, por
  sua vez receptores quase passivos. Ambos, formador      e
  formandos, andam à descoberta do saber, desempenhando
  papéis diferentes”
•
  A aplicação da noção de feed-back aos media permite distinguir
• Nesta procura da descoberta, a integração dos media constitui
  uma estratégia adequada para proporcionar

  – a aquisição e a compreensão do saber, tarefa mais facilitada
  se os utilizadores têm     possibilidade de estabelecer
  interactividade com os media.
Modelos da Comunicação de Massas


O modelo de comunicação de massas encontra-se incluído nos modelos de
base cibernética, visto que os meios de comunicação vão buscar a sua
inspiração aos princípios da retroacção.


O modelo da comunicação de massas de Shramm assenta essencialmente no
seu modelo base, que também deu origem a um modelo de comunicação
interpessoal. Porém, verificam-se algumas alterações, na medida que o
emissor ou a fonte é colectivo. Ou seja, são ao mesmo tempo, o organismo,
por exemplo um jornal, e os mediadores que dele fazem parte, tendo em conta
sempre o feedback ou a retroacção.

As mensagens transmitidas são múltiplas, mas idênticas, ampliando-se a
mensagem original que é dirigida para um grande número de receptores, em
que cada indivíduo a irá descodificar, interpretar e reagir.



Modelos Culturais/Culturológicos/Socioculturais


Os esquemas culturulógicos focam a sua atenção na análise da cultura de
massa e no processo dialéctico que se estabelece entre o criador-produtor-
consumidor, bem como analisar o papel dos mass media no processo da
sociodinâmica da cultura. Os principais nomes desta corrente são Edgar Morin
e Abraham Moles.

Segundo Edgar Morin, o objecto de análise da cultura de massa está
estreitamente ligado à sua natureza de produto industrial e ao seu ritmo de
consumo quotidiano, ou seja, a cultura de massa é o produto de um processo
dialéctico entre criação-produção-consumo, no qual a produção assume uma
posição de charneira.

Abraham Moles procura unificar os campos da cultura e os meios de
comunicação de massa através de um enfoque cibernético. Ao contrário de
Morin, o autor afirma que todo o fenómeno da cultura está baseado numa
sociodinâmica cujos canais são os meios de comunicação, considerando a
cultura como um ciclo sociocultural cujo centro é a estrutura da comunicação
de massa.

O esquema por si apresentado é constituído por quatro elementos: o macro-
meio, o micro-meio, o criador e os mass media. O indivíduo criador exerce a
sua acção produzindo ideias ou novas criações que se incorporam na cultura
de massa passando por duas etapas, o macro-meio e o micro-meio. O cariz
cibernético do esquema de Moles resulta da retroacção constante entre os
seus quatro elementos fundamentais.




                     As pesquisas sobre os mass-media

                  diversidade de modelos comunicativos

         • oito "momentos" de investigação:

         - a teoria hipodérmica

         - a teoria ligada à abordagem empiríco-experimental

         - a teoria que deriva da pesquisa empírica de campo (ou

           dos efeitos limitados)

         - a teoria de base estrutural-funcionalista

         - a teoria crítica dos mass media

         - a teoria culturológica




                  Esquemas culturológicos


Preocupações com a cultura de massa, distinguindo:


•   os seus elementos antropológicos mais relevantes
•   a relação entre o consumidor e o objecto do consumo.



Os investigadores franceses:



•   Edgar Morin, Pierre Schaeffer e Abraham Moles
Trabalho efectuado    pela   aluna   Maria    Celina   Lopes
Rodrigues


Disciplina Teorias e Modelos de Comunicação


Curso Pós-graduação TIC Almada, nº A5801


Janeiro 2010

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Os modelos de comunicacao

  • 1. Os Modelos de Comunicação Uma infinidade de estudos procura explicar como acontece a “interacção social através de mensagens” ou seja, a comunicação entre pessoas. Estando a comunicação presente em todas as áreas epistemológicas, existem modelos de comunicação oriundos de ciências diversas. Modelo de Base Linear de Lasswell Toda a investigação que está interligada com a comunicação foi marcada por um artigo onde se descreve o acto de comunicar, publicado em 1948 pelo americano Harold Lasswell. Este mesmo artigo dividia o acto da comunicação em 5 partes, sendo cada parte representada por um elemento. Segundo Lasswell descrever o processo de comunicação é seguir um trajecto unidireccional, é responder as seguintes questões: a quem, diz o quê, por que canal, a quem e com que efeito. Quem, diz respeito ao emissor, aos factores que dão início e orientam o acto; Diz o quê, é a mensagem, aqui integra-se uma análise do conteúdo; por que canal, é o meio, com esta pergunta e através de uma análise dos meios ficamos a saber se são meios interpessoais ou de massas; a quem, são as pessoas atingidas por esses meios, esta pergunta envolve uma análise da “audiência”; e por último, com que efeito, diz respeito ao impacto exercido pela mensagem sobre a “audiência”. E sq ue ma li n e ar d a comu n i caç ão de Lassw e l l COM QUE QUEM DIZ O QUÊ ATRAVÉS A QUEM EFEITO DE emissor mensagem medium receptor impacto
  • 2. • É um esquema basicamente descritivo e a finalidade é estabelecer a análise dos actos comunicativos. Baseia-se em três premissas consistentes: • É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo para um público (receptores) passivo; • É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um determinado efeito observável e susceptível de ser avaliado; • É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem isolados, independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em que se realiza o acto comunicativo.
  • 3. Modelo Linear de Shannon e Weaver Quase na mesma altura que Lasswell apresentou as cinco perguntas, os teóricos Shannon e Weaver surgem com novos estudos, sendo estes influenciados pelo primeiro. A teoria destes é essencialmente matemática, esta vai permitir estudar a quantidade de informação que uma mensagem é detentora e a capacidade de transmissão de um determinado canal. O modelo de Shannon e Weaver é também um modelo linear, constituído por seis elementos, estes foram inicialmente gerados para apresentar aspectos técnicos das telecomunicações mas posteriormente foram alargados às ciências sociais e humanas. Segundo esta teoria matemática a comunicação estabelece-se perante uma fonte de informação sendo esta o momento da produção da mensagem, esta mensagem é transformada pelo transmissor para posteriormente prosseguir com o envio dessa mensagem por um canal, aqui surge um novo termo a fonte de ruído, esta não é desejada pela fonte, pois vai distorcer a mensagem. De seguida a mensagem é enviada para o receptor, este recebe o sinal transmitido pela fonte para poder alcançar o ponto de achegada, o destino. No que concerne o modelo de base linear, o cientista Lasswell é um dos autores mais representativos desta corrente, uma vez que influenciou os estudos relacionados com o fenómeno da comunicação. Este apresenta a comunicação como a transmissão de mensagens entre dois pontos (emissor e receptor) e num único sentido. Em 1948, Lasswel considera que uma forma adequada para se descrever um acto de comunicação consiste em responder às seguintes questões: • Quem? (Emissor), Diz o quê? (Mensagem), Por que canal? (Meio), A quem? (Receptor), Com que efeito? (Efeito). Este esquema tem como objectivo estabelecer a análise dos processos de comunicação de massa . Praticamente ao mesmo tempo que Lasswel, surge o modelo de Shannon e Weaver em 1949, sendo também como que um exemplo para outros modelos comunicativos. Este modelo foi concebido, como modelo matemático, para permitir a transmissão de um conjunto de informações quantificáveis de um lugar para outro.
  • 4. • Origem; Transmissor; Mensagem; Sinal; Canal; Sinal; Receptor; Mensagem; Destino Este esquema, de seis elementos, descreve a comunicação como um processo linear e unidireccional. Esquema de Schramm • Campo experiencial comum • (alargamento da noção de codificação e de descodificação) • Influência exercida mutuamente entre os participantes através da retroacção (feed-back). transceiver " transmetter " e de "receiver ", ambivalência do homem comunicante emissor e de receptor Emerec " émetteu r-récepteur ". Modelos de Base Cibernética Norbert Wiener, criador da Cibernética, define-a como a consciência tecnológica do homem, ou seja, a crescente necessidade de criação de máquinas que imitem o comportamento do ser humano, podendo abordar áreas de conhecimento tão vastas como a filosofia, a sociologia, entre outros. O seu livro Cibernética e Sociedade surge como uma espécie de resposta à crítica da Cibernética como «desumanização do homem», segundo o próprio autor. É certo que o ser humano tem tendência para a desorganização, a entropia, bem como, em princípio, todos os sistemas fechados, que tendem a deteriorar-se, passando para um estado de maior
  • 5. probabilidade, de caos. Porém, podem também ser considerados sistemas que, apesar de limitada e temporária, podem tender para a organização: eis o contexto em que se desenvolve a Cibernética. A palavra «Cibernética», segundo Wiener, advém do termo «kubernetes», o equivalente grego de piloto. Ora, sendo o «piloto» aquele que comunica e controla, transmite uma mensagem cuja informação é apenas acessível por ele, da mesma maneira que, quando recebe uma mensagem, apenas o emissor dela pode aceder- lhe na totalidade. Daí a necessidade de controlo, comando em relação em relação a alguém, que responde à mensagem que o «piloto» envia, de maneira a que este saiba se ela foi entendida e cumprida. Assim, para Wiener, toda a sociedade deveria girar à volta desta ideia, e ser entendida através do estudo das mensagens e facilidades de comunicação entre o homem e o homem, o homem e a máquina, e a máquina e a máquina. De facto, dar uma ordem de controlo a uma máquina não difere muito de fazê- lo, actualmente, com um ser humano, na medida em que, em ambos os casos, tratando-se de um mecanismo cibernético, há a consciência da ordem emitida e do sinal de volta que o receptor envia, para que se saiba se a ordem foi entendida. Clarificando esta ideia de mecanismo cibernético, é aquele que altera o seu comportamento face a uma informação do exterior, auto-regulando a sua acção. Os modelos cibernéticos integram o feedback e a retroacção como elementos reguladores da circularidade da informação. Norber Wiener, autor deste modelo, considera a base cibernética como uma área interdisciplinar que abrange “todo o campo da teoria do controlo e comunicação, na máquina ou no animal”. Relativamente aos modelos de comunicação interpessoal verifica-se que estes se inspiram nos modelos de base cibernética, uma vez que a interacção é face- a-face. Por sua vez, o modelo de comunicação interpessoal de Schramm dá uma nova dimensão aos modelos lineares, com o alargamento das noções de codificação e descodificação. O processo de comunicação é interminável, não se sabe onde começa nem quando acaba a corrente de informação. No modelo circular de Jean Cloutier, a sua popularidade é atingida através da sua obra "A Era de EMEREC", onde o "homo communicans" se encontra alternadamente em cada um dos pólos de comunicação e, até mesmo, em ambos os pólos simultaneamente. O processo de comunicação não é linear, mas sim concêntrico, uma vez que o seu ponto de partida é sempre o seu ponto de chegada. - EMEREC personifica o carácter de emissor e receptor de cada pessoa. - A LINGUAGEM E A MENSAGEM são duas noções indissociáveis, pois é a linguagem que permite incarnar a mensagem. - O MEDIUM é o intermediário que permite transpor as mensagens no espaço e no tempo.
  • 6. Norbert Wiener (década de 40) área interdisciplinar "que abrange todo o campo da teoria do controle e comunicação, na máquina ou no animal" Os conceitos de controle, regulação e feed-back relacionam-se com a essência da TGS fornecem uma explicação concreta para as qualidades do sistema - como totalidade, O esquema de Schramm marca a passagem para os esquemas cibernéticos. Couffignal denomina esta corrente comunicativa de "cadeia reflexa”: "de acordo com as respostas (dos formandos) o formador pode modificar o resto da lição, para a fazer Mais adequada às ditas respostas, procurando sempre que os formandos possam aprender os conhecimentos que se transmitem”
  • 7. Jean Cloutier • o autor mais representativo desta corrente comunicativa, • "A Era de EMEREC". • o "homo communicans" situa-se alternadamente em cada um dos pólos da comunicação e, até mesmo, em ambos os pólos simultaneamente. O processo de comunicação não é linear, mas concêntrico. • • o seu ponto de partida é sempre o seu ponto de chegada, • o feed-back "não é um elemento acrescentado e supérfluo, mas inerente ao ciclo da informação. CLOUTIER, Jean A Era do Emerec ou a (1975). Comunicação Audio-scripto-visual na hora dos self- media. Lisboa: I.T.E. CLOUTIER, Jean (2001). Petit traité de communication. EMEREC à l’heure des Technologies Numériques. Montréal: Ed. Carte blanche.
  • 8. Esquema cibernético de Cloutier O Emerec - personifica o carácter de emissor e receptor do homo communicans. - A linguagem e a mensagem duas noções indissociáveis, a linguagem permite incarnar a mensagem. • distinção entre as linguagens base (audio, visual e scripto), • linguagens sintéticas (audiovisual e scriptovisual) que implicam a fusão • linguagem polissintética (audio-scripto-visual), resultante da • mantém a expressão "audiovisual" para caracterizar a linguagem que • alia a imagem em movimento para qualificar a linguagem e o cria expressão scriptovisual ao som e concilia o espaço que abrange • todos os modos de comunicação gráfica com origem tipo de cria a expressão audio-scripto-visual, aplicando-a ao na fusão comunicação polissintética pela aglutinação de diversas linguagens
  • 9. Áudio Audiovisual Audio-Scripto - Visual Ling. Base Scripto Scriptovisual Visual O Medium • intermediário que permite transpor as mensagens no tempo e • Aplica a perspectiva cibernética ao funcionamento dos media. Os media emitem, recebem, transmitem, conservam e • Utiliza um duplo sistema para classificar os media: em função • da linguagem e em função e self-media,de tratamento e Distingue media de massa da natureza repartindo-os por cada uma das seis linguagens: audio, visual, scripto, audiovisual,
  • 10. Classificação dos media Natureza Mensagem Self-media Group-media Mass-media Net-media Valorização educativa dos esquemas cibernéticos • O feed-backé o factor que distingue informar de comunicar • Procurar o feed-back, "é procurar a relação, é considerar o receptor como uma realidade autónoma, é estabelecer a comunicação. • Desenha-se um novo papel para o formador "deixa de ser o sábio emissor que transmite a sua ciência aos formandos, por sua vez receptores quase passivos. Ambos, formador e formandos, andam à descoberta do saber, desempenhando papéis diferentes” • A aplicação da noção de feed-back aos media permite distinguir • Nesta procura da descoberta, a integração dos media constitui uma estratégia adequada para proporcionar – a aquisição e a compreensão do saber, tarefa mais facilitada se os utilizadores têm possibilidade de estabelecer interactividade com os media.
  • 11. Modelos da Comunicação de Massas O modelo de comunicação de massas encontra-se incluído nos modelos de base cibernética, visto que os meios de comunicação vão buscar a sua inspiração aos princípios da retroacção. O modelo da comunicação de massas de Shramm assenta essencialmente no seu modelo base, que também deu origem a um modelo de comunicação interpessoal. Porém, verificam-se algumas alterações, na medida que o emissor ou a fonte é colectivo. Ou seja, são ao mesmo tempo, o organismo, por exemplo um jornal, e os mediadores que dele fazem parte, tendo em conta sempre o feedback ou a retroacção. As mensagens transmitidas são múltiplas, mas idênticas, ampliando-se a mensagem original que é dirigida para um grande número de receptores, em que cada indivíduo a irá descodificar, interpretar e reagir. Modelos Culturais/Culturológicos/Socioculturais Os esquemas culturulógicos focam a sua atenção na análise da cultura de massa e no processo dialéctico que se estabelece entre o criador-produtor- consumidor, bem como analisar o papel dos mass media no processo da sociodinâmica da cultura. Os principais nomes desta corrente são Edgar Morin e Abraham Moles. Segundo Edgar Morin, o objecto de análise da cultura de massa está estreitamente ligado à sua natureza de produto industrial e ao seu ritmo de consumo quotidiano, ou seja, a cultura de massa é o produto de um processo dialéctico entre criação-produção-consumo, no qual a produção assume uma posição de charneira. Abraham Moles procura unificar os campos da cultura e os meios de comunicação de massa através de um enfoque cibernético. Ao contrário de Morin, o autor afirma que todo o fenómeno da cultura está baseado numa sociodinâmica cujos canais são os meios de comunicação, considerando a cultura como um ciclo sociocultural cujo centro é a estrutura da comunicação de massa. O esquema por si apresentado é constituído por quatro elementos: o macro- meio, o micro-meio, o criador e os mass media. O indivíduo criador exerce a sua acção produzindo ideias ou novas criações que se incorporam na cultura
  • 12. de massa passando por duas etapas, o macro-meio e o micro-meio. O cariz cibernético do esquema de Moles resulta da retroacção constante entre os seus quatro elementos fundamentais. As pesquisas sobre os mass-media diversidade de modelos comunicativos • oito "momentos" de investigação: - a teoria hipodérmica - a teoria ligada à abordagem empiríco-experimental - a teoria que deriva da pesquisa empírica de campo (ou dos efeitos limitados) - a teoria de base estrutural-funcionalista - a teoria crítica dos mass media - a teoria culturológica Esquemas culturológicos Preocupações com a cultura de massa, distinguindo: • os seus elementos antropológicos mais relevantes • a relação entre o consumidor e o objecto do consumo. Os investigadores franceses: • Edgar Morin, Pierre Schaeffer e Abraham Moles
  • 13. Trabalho efectuado pela aluna Maria Celina Lopes Rodrigues Disciplina Teorias e Modelos de Comunicação Curso Pós-graduação TIC Almada, nº A5801 Janeiro 2010