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Módulo
                          01
                            Introdução




Curso de Visual Merchandising
                     Assuntos a serem abordados:
                        01. Merchandising
                        02. Origem Histórica das Vitrines
                        03. A importância Estratégica das
                            Vitrines




                     www.amcursosonline.com.br
                     Módulo 01/17
2


      01. Merchandising
       Para darmos início aos nossos estudos, vamos nos debruçar sobre um
conceito básico que está intimamente ligado ao vitrinismo: o Merchandising.
       Importante ferramenta de marketing, o Merchandising pode ser definido
como um conjunto de técnicas pelas quais se informa e se apresenta os produtos
no ponto de venda, visando agilizar os negócios e aumentar a vendagem.
       Em inglês, Merchandise significa mercadoria e, por sua vez, merchandiser é
o negociante. Em outras palavras, merchandising significa o ato do negócio
propriamente dito, a troca de bens ou serviços.
       Nesse sentido, Visual Merchandising representa a parte sensorial do
negócio, compra ou venda. Por isso, o seu foco principal são justamente os cinco
sentidos do consumidor potencial: visão, audição, olfato, tato e paladar.




  Visão: Desenvolve o processo de percepção e envolvimento em relação ao que
se observa.
  Audição: Utilizada para captar ou desviar a atenção do consumidor, fazendo
com que se sinta na obrigação de tomar uma decisão.
  Olfato: Está conectado diretamente com a memória e ao emocional, traz
lembrança e situações vivenciadas no passado, resgatando diversos aromas.
3


  Tato: Fundamenta as informações transmitidas pela visão, comprovando
características de textura.
  Paladar: Estimulo fisiológico que provoca sensações involuntárias, resultando no
gosto pessoal.

       Todo o contexto relacionado à exposição e à divulgação de um produto é
caracterizado como merchandising, bem como tudo que se pode presenciar no ato
de negociação é referente ao Visual Merchandising. Portanto, podemos afirmar que
o Visual Merchandising não utiliza apenas a vitrine como ferramenta, e sim todas
as partes do ambiente de venda, inclusive o seu lado externo, como veremos
adiante.


      02. Origem Histórica das Vitrines
        A prática da exposição de mercadorias para os compradores surgiu antes do
nacimento de Cristo, já com o intuito de atrair clientes e ampliar o volume dos
negócios.
        Evidências comprovam a existência das lojas nos mercados Árabes, já com
clara preocupação com o belo e o atraente no uso de tecidos rebuscados. Os
egípcios também eram comerciantes hábeis que se destacavam pela exploração
do uso da imagem para representar suas ideias.
        Porém, só no século II d.C. surgiu o mercado romano de Trajano: a primeira
organização de lojas que se asemelha aos moldes atuais dos nossos shopping
centers. O sistema comportava seis andares e 150 lojas, organizadas a partir dos
produtos que vendiam. As lojas eram estabelecidas em salas retangulares, tendo
ao fundo um mezanino que servia de moradia ao lojista.
        Com o fim do Império Romano e a chegada da Idade Média, as lojas
praticamente desapareceram e o comércio passou a atuar em feiras. Somente na
Renascença, devido ao Mercantilismo, é que ocorreu a retomada do comércio em
lojas.
        Foi no período da Rainha Vitória (1832-1895) que surgiram as primeiras
vitrines no molde que conhecemos: janelas que mostravam a mercadoria a ser
vendida, ao público que circulava na rua.
        A partir de 1852 apareceram as primeiras lojas de departamentos em Paris,
com vitrines chegando ao nível da rua. Desde então, além de produtos e ofertas,
elas exibem também mudanças de costumes, avanços da tecnologia e evolução
com os reflexos do tempo.
        Porém, o modelo de produção ainda era o manufatureiro, que se utilizava de
maquinário simples com produção em baixa escala. Assim, o comércio desse
período não visava vendas em massa e nem tinha uma produtividade volumosa ao
ponto de se fazer necessária uma estratégia de ampliação do volume de vendas.
        A Revolução Industrial, que se deu no século XVIII na Inglaterra, com
difusão para resto do mundo no decorrer do século XIX, desencadeou a
possibilidade da a produção em grande escala. Em consequência disso, o
4


comércio iniciava um processo de transformação que se consolidou após a
Segunda Guerra Mundial, quando ocorreu uma expansão da concorrência. O
reflexo direto disso no mercado consumidor foi o fato de que as pessoas passaram
a ter opções de escolha, marcas e modelagens ao fechar uma compra. Foi a partir
daí que as empresas notaram a necessidade de desenvolver estratégias de
comunicação com o consumidor, além de criar diferenciais para os seus produtos,
em busca da sua preferência. Em resposta à nova realidade, surgem iniciativas no
segmento de estruturação empresarial, de vendas, publicidade e propaganda, que
em conjunto caracterizam as políticas de marketing.




                                      Mercado de Trajano

                Fonte: http://turismoindependente.wordpress.com/2009/06/16/roma-011207/



      03. A Importância Estratégica da Vitrine
        A vitrine é uma ferramenta de comunicação que, se usada adequadamente,
compõe a identidade de uma loja, transformando-se no seu cartão de visitas. Um
importante elemento formador de opinião sobre a imagem de uma empresa, a
vitrine tem como principal objetivo atrair o cliente para o interior da loja.
        Com sutilezas na composição e linguagem própria para expor de maneira
sedutora, os elementos utilizados na vitrine são essenciais no momento da venda,
pois além de constituírem um elo de ligação entre a loja e o consumidor, na vitrine
pode estar contida a chave para o aumento das vendas.
5
6




        Num mercado competitivo em que a inovação em produtos e tecnologia
estão em ritmo acelerado, os detalhes fazem a diferença e podem,
simultaneamente, atrair ou afastar um cliente em potencial. Por este motivo a
vitrine é considerada fundamental no planejamento de marketing da empresa. É
através dela que o consumidor decide conhecer melhor um produto que lhe
interessou, ou a identidade de uma determinada marca.
        O cliente tem sonhos, ambições e necessidade de vivenciar situações irreais
de seu cotidiano, fantasiar algo que não é real. Tudo isso, para fugir das
dificuldades ou rotina do dia a dia. Quando o cliente entra numa loja é como
estivesse entrando num portal que o separa do universo real e o transporta, por
exemplo, ao fantástico mundo da moda. Se o ambiente da loja parecer convidativo,
oferece a ele os desejados minutos de fuga do mundo real. E para tal conquista a
vitrine é fundamental.
        Sendo assim, podemos concluir que a vitrine, além do papel de aumentar a
venda do varejo, é o limite fictício que separa o cliente de suas emoções cotidianas
e o leva para um ambiente fantasioso, trazendo euforia e prazer.
7


Autor: Arquiteta Amanda Marques
Desenhos: Brian Prospero Raiser
Bibliografias:
    •   BIGAL, SOLANGE. Vitrina: Do outro lado do Invisível. Nobel, 2006 em
    •   HUGUETTE MAIERS 7 SYLVIA DEMETRESCO(orgs) VITRINAS ENTRE_VISTAS: Merchandising
        visual21x21cm. 264pp. ISBN: 85-7359-391-1
    •   MARIN, DIONI. Arquitetura – Decoração. Monsa Port. 2005
    •   ROSA, CASSIANA J. MANUAL DE VITRINE. MZCEBRIAN EDITORA, 2005
    •   SYLVIA DEMETRESCO VITRINA CONSTRUÇÕES DE ENCENAÇÕES, SENAC. 2001
    •   www.vitrinaecia.com.br/site2005/artigo54.asp
    •   www.arcoweb.com.br
    •   www.gehspace.com/decoracao-de-lojas/
    •   http://www.modavestuario.com/eestudodavitrinanosucessodoprodutodemoda.pdf
    •   http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page


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  • 1. Módulo 01 Introdução Curso de Visual Merchandising Assuntos a serem abordados: 01. Merchandising 02. Origem Histórica das Vitrines 03. A importância Estratégica das Vitrines www.amcursosonline.com.br Módulo 01/17
  • 2. 2 01. Merchandising Para darmos início aos nossos estudos, vamos nos debruçar sobre um conceito básico que está intimamente ligado ao vitrinismo: o Merchandising. Importante ferramenta de marketing, o Merchandising pode ser definido como um conjunto de técnicas pelas quais se informa e se apresenta os produtos no ponto de venda, visando agilizar os negócios e aumentar a vendagem. Em inglês, Merchandise significa mercadoria e, por sua vez, merchandiser é o negociante. Em outras palavras, merchandising significa o ato do negócio propriamente dito, a troca de bens ou serviços. Nesse sentido, Visual Merchandising representa a parte sensorial do negócio, compra ou venda. Por isso, o seu foco principal são justamente os cinco sentidos do consumidor potencial: visão, audição, olfato, tato e paladar. Visão: Desenvolve o processo de percepção e envolvimento em relação ao que se observa. Audição: Utilizada para captar ou desviar a atenção do consumidor, fazendo com que se sinta na obrigação de tomar uma decisão. Olfato: Está conectado diretamente com a memória e ao emocional, traz lembrança e situações vivenciadas no passado, resgatando diversos aromas.
  • 3. 3 Tato: Fundamenta as informações transmitidas pela visão, comprovando características de textura. Paladar: Estimulo fisiológico que provoca sensações involuntárias, resultando no gosto pessoal. Todo o contexto relacionado à exposição e à divulgação de um produto é caracterizado como merchandising, bem como tudo que se pode presenciar no ato de negociação é referente ao Visual Merchandising. Portanto, podemos afirmar que o Visual Merchandising não utiliza apenas a vitrine como ferramenta, e sim todas as partes do ambiente de venda, inclusive o seu lado externo, como veremos adiante. 02. Origem Histórica das Vitrines A prática da exposição de mercadorias para os compradores surgiu antes do nacimento de Cristo, já com o intuito de atrair clientes e ampliar o volume dos negócios. Evidências comprovam a existência das lojas nos mercados Árabes, já com clara preocupação com o belo e o atraente no uso de tecidos rebuscados. Os egípcios também eram comerciantes hábeis que se destacavam pela exploração do uso da imagem para representar suas ideias. Porém, só no século II d.C. surgiu o mercado romano de Trajano: a primeira organização de lojas que se asemelha aos moldes atuais dos nossos shopping centers. O sistema comportava seis andares e 150 lojas, organizadas a partir dos produtos que vendiam. As lojas eram estabelecidas em salas retangulares, tendo ao fundo um mezanino que servia de moradia ao lojista. Com o fim do Império Romano e a chegada da Idade Média, as lojas praticamente desapareceram e o comércio passou a atuar em feiras. Somente na Renascença, devido ao Mercantilismo, é que ocorreu a retomada do comércio em lojas. Foi no período da Rainha Vitória (1832-1895) que surgiram as primeiras vitrines no molde que conhecemos: janelas que mostravam a mercadoria a ser vendida, ao público que circulava na rua. A partir de 1852 apareceram as primeiras lojas de departamentos em Paris, com vitrines chegando ao nível da rua. Desde então, além de produtos e ofertas, elas exibem também mudanças de costumes, avanços da tecnologia e evolução com os reflexos do tempo. Porém, o modelo de produção ainda era o manufatureiro, que se utilizava de maquinário simples com produção em baixa escala. Assim, o comércio desse período não visava vendas em massa e nem tinha uma produtividade volumosa ao ponto de se fazer necessária uma estratégia de ampliação do volume de vendas. A Revolução Industrial, que se deu no século XVIII na Inglaterra, com difusão para resto do mundo no decorrer do século XIX, desencadeou a possibilidade da a produção em grande escala. Em consequência disso, o
  • 4. 4 comércio iniciava um processo de transformação que se consolidou após a Segunda Guerra Mundial, quando ocorreu uma expansão da concorrência. O reflexo direto disso no mercado consumidor foi o fato de que as pessoas passaram a ter opções de escolha, marcas e modelagens ao fechar uma compra. Foi a partir daí que as empresas notaram a necessidade de desenvolver estratégias de comunicação com o consumidor, além de criar diferenciais para os seus produtos, em busca da sua preferência. Em resposta à nova realidade, surgem iniciativas no segmento de estruturação empresarial, de vendas, publicidade e propaganda, que em conjunto caracterizam as políticas de marketing. Mercado de Trajano Fonte: http://turismoindependente.wordpress.com/2009/06/16/roma-011207/ 03. A Importância Estratégica da Vitrine A vitrine é uma ferramenta de comunicação que, se usada adequadamente, compõe a identidade de uma loja, transformando-se no seu cartão de visitas. Um importante elemento formador de opinião sobre a imagem de uma empresa, a vitrine tem como principal objetivo atrair o cliente para o interior da loja. Com sutilezas na composição e linguagem própria para expor de maneira sedutora, os elementos utilizados na vitrine são essenciais no momento da venda, pois além de constituírem um elo de ligação entre a loja e o consumidor, na vitrine pode estar contida a chave para o aumento das vendas.
  • 5. 5
  • 6. 6 Num mercado competitivo em que a inovação em produtos e tecnologia estão em ritmo acelerado, os detalhes fazem a diferença e podem, simultaneamente, atrair ou afastar um cliente em potencial. Por este motivo a vitrine é considerada fundamental no planejamento de marketing da empresa. É através dela que o consumidor decide conhecer melhor um produto que lhe interessou, ou a identidade de uma determinada marca. O cliente tem sonhos, ambições e necessidade de vivenciar situações irreais de seu cotidiano, fantasiar algo que não é real. Tudo isso, para fugir das dificuldades ou rotina do dia a dia. Quando o cliente entra numa loja é como estivesse entrando num portal que o separa do universo real e o transporta, por exemplo, ao fantástico mundo da moda. Se o ambiente da loja parecer convidativo, oferece a ele os desejados minutos de fuga do mundo real. E para tal conquista a vitrine é fundamental. Sendo assim, podemos concluir que a vitrine, além do papel de aumentar a venda do varejo, é o limite fictício que separa o cliente de suas emoções cotidianas e o leva para um ambiente fantasioso, trazendo euforia e prazer.
  • 7. 7 Autor: Arquiteta Amanda Marques Desenhos: Brian Prospero Raiser Bibliografias: • BIGAL, SOLANGE. Vitrina: Do outro lado do Invisível. Nobel, 2006 em • HUGUETTE MAIERS 7 SYLVIA DEMETRESCO(orgs) VITRINAS ENTRE_VISTAS: Merchandising visual21x21cm. 264pp. ISBN: 85-7359-391-1 • MARIN, DIONI. Arquitetura – Decoração. Monsa Port. 2005 • ROSA, CASSIANA J. MANUAL DE VITRINE. MZCEBRIAN EDITORA, 2005 • SYLVIA DEMETRESCO VITRINA CONSTRUÇÕES DE ENCENAÇÕES, SENAC. 2001 • www.vitrinaecia.com.br/site2005/artigo54.asp • www.arcoweb.com.br • www.gehspace.com/decoracao-de-lojas/ • http://www.modavestuario.com/eestudodavitrinanosucessodoprodutodemoda.pdf • http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page Imagens autorizadas pelas lojas: