SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 25
MÚSICA  &  LITURGIA
Música & Liturgia Este pequeno texto nasce a partir de algumas inquietudes a respeito da situação atual da Música Sacra ou Litúrgica. Após cerca de 40 anos de reforma litúrgica, creio que este é um de seus aspectos que mais merece nossa reflexão e, quiçá, uma mudança de rumo. Gostaria de começar fazendo algumas considerações e distinções que, pelo que se tem feito hoje em dia em nossas igrejas, me parecem desconhecidas da maioria de nossos “ministérios de música”.
Até o Concílio Vaticano II, a Igreja distinguia entre Música Sacra, canto religioso popular e música profana. A Música Sacra era a música utilizada na Liturgia, sendo, portanto, em latim. Restringia-se ao canto gregoriano e à polifonia sacra (música a várias vozes). O canto religioso popular era o canto em vernáculo utilizado nas ações de piedade popular (procissões, terços, etc.) e, pelo menos a partir do documento  Musicae Sacrae Disciplina  , de Pio XII, datado de 1955, também nas missas não-solenes (cf. n.30).  Música & Liturgia
A música profana era todo o resto. A partir da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o canto religioso popular pôde ser usado com maior freqüência nas missas, até porque toda a missa foi traduzida para o vernáculo, e o canto gregoriano e a polifonia sacra foram caindo em desuso. Música & Liturgia
Hoje, poderíamos chamar de Música Sacra toda música utilizada na Liturgia, o que incluiria os cantos religiosos populares de cunho litúrgico, o canto gregoriano e a polifonia sacra, a música sacra para órgão e outros instrumentos aprovados, além dos cantos religiosos populares de uso extra-litúrgico (as chamadas músicas de louvor, catequéticas, etc.), conforme o n. 4b da Instrução Musicam Sacram (1967), que regulamentou a Música Sacra de acordo com a constituição  Sacrosantum Concilium  , sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II; Música & Liturgia
o demais seria música secular (o termo “profano” tem uma conotação pejorativa sob uma perspectiva de maior diálogo com o mundo). Há quem prefira dividir os diversos tipos de melodias ora existentes em Música Sacra (só a música litúrgica: gregoriano, polifonia, canto religioso popular litúrgico, música instrumental litúrgica), música religiosa (cantos religiosos extra-litúrgicos) e música secular. Eu prefiro esta maneira, que faz coincidir Música Sacra e música litúrgica, porque permite traçar uma fronteira mais clara entre a música que deve ser utilizada na missa e a música religiosa para outras ocasiões. Assim, o adjetivo “sacro” fica limitado à ação “sagrada” da Liturgia. Música & Liturgia
Feitas estas distinções, precisamos dizer que a música litúrgica (ou Música Sacra, como eu entendo) é parte integrante da Liturgia, é servidora da Liturgia. Nós não devemos cantar na Missa, mas sim cantar a Missa (cf. Estudos da CNBB 79: A música litúrgica no Brasil, n. 27).Percebem a diferença? A música não é, na Eucaristia, um elemento meramente estético ou do qual se poderia abrir mão, mas é parte essencial da Ação de Graças, constituindo algumas vezes um rito próprio na Missa (os cantos do Kyrie, do Glória e do Santo, por exemplo). Portanto, um músico católico que serve na Missa deve conhecer a Liturgia, deve ter uma formação litúrgica, além de musical (cf. Musicam Sacram, n. 67). Música & Liturgia
Que  características  deve ter a música litúrgica?  Quanto à letra : as partes fixas da Missa que são cantadas (o chamado Ordinário da Missa: Kyrie, Glória, Credo, Santo, Cordeiro de Deus), assim como a Oração do Senhor (Pai Nosso), não podem ter a letra alterada (é particularmente absurdo trocar a letra de uma oração ensinada por Nosso Senhor por outra qualquer); as partes próprias de cada Missa (canto de entrada, salmo, aclamação ao Evangelho, canto de procissão das oferendas, canto de comunhão), deveriam seguir as antífonas do Missal Romano ou algum texto aprovado pela Conferência dos Bispos (cf. Instrução Geral do Missal Romano, nn. 46-90 e Instrução Musicam Sacram, n. 32).  Música & Liturgia
Estas determinações são quase sempre desobedecidas e, além disso, há outras coisas que foram inventadas. Por exemplo: não se diz em momento algum que deva haver um canto da paz (que muitas vezes acaba sendo um elemento de dispersão); ou que se deva cantar o Sinal da Cruz da maneira como se costuma fazer. Neste último caso, temos dois problemas: a Saudação compete ao sacerdote, e nós devemos responder “Amém”; e a letra tem um quê de heresia, pois ao dizer “em nome” de cada uma das Pessoas divinas, isso pode dar margem ao triteísmo, ou seja, à compreensão de que são três deuses (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 233).  Música & Liturgia
Aqui nós temos um grande desafio: pesquisar e/ou compor cantos que respeitem o texto das orações e das antífonas com seus salmos (como procura fazer de algum modo o Hinário Litúrgico da CNBB), ou mesmo, porque não?, aprender as melodias gregorianas mais fáceis, como as da Missa VIII (De Angelis), até para não abandonarmos o grande tesouro espiritual contido no canto gregoriano, que segue sendo o canto “próprio” da liturgia romana (cf.  Sacrosantum Concilium  , n. 116). Música & Liturgia
Quanto à música,  o Papa Pio X deu indicações preciosas no documento  Tra Le Sollecitudini  (1903), que foram retomadas pelo Papa João Paulo II no Quirógrafo sobre a Música Litúrgica que comemorou, ano passado, os 100 anos daquele documento; ou seja, tais indicações continuam válidas, não foram modificadas pelo último Concílio – que, ao contrário do que julgam muitos que parecem não ter lido a Sacrossantum Concilium, demonstrou grande estima pela tradicional música sacra (canto gregoriano e polifonia), incentivando-a (cf. nn. 114-117). Diz o Santo Padre, no número 12 do referido Quirógrafo sobre a Música Sacra: Música & Liturgia
12. No que diz respeito às composições musicais litúrgicas, faço minha a «regra geral» que são Pio X formulava com estes termos: 'Uma composição para a Igreja é tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproximar, no andamento, na inspiração e no sabor, da melodia gregoriana, e tanto menos é digna do templo, quanto mais se reconhece disforme daquele modelo supremo». Não se trata, evidentemente, de copiar o canto gregoriano, mas muito mais de considerar que as novas composições sejam absorvidas pelo mesmo espírito que suscitou e, pouco a pouco, modelou aquele canto. Somente um artista profundamente mergulhado no sensus Ecclesiae pode procurar compreender e traduzir em melodia a verdade do Mistério que se celebra na Liturgia...' Música & Liturgia
No caso da polifonia sacra, a música da Renascença (onde Palestrina é o maior expoente) é a que melhor expressa esse espírito. A  Sacrosantum Concilium (cf. n. 119) e a Instrução  Musicam Sacram  (cf. n. 61) abriram espaço à  inculturação  – o uso de elementos musicais das culturas regionais – na música litúrgica; ao seguirmos esta possibilidade, temos o desafio de conjugar os dois aspectos, universalidade e cultura regional, buscando na musicalidade local elementos melódicos e rítmicos que ajudem a expressar a Fé universal.   Música & Liturgia
Creio que os caminhos seguidos atualmente estão longe de manifestar uma verdadeira inculturação – da qual o canto gregoriano também é exemplo, pois surgindo a partir de culturas locais (dos cantos da sinagoga judaica, dos modos gregos e do canto romano) elevou-se à universalidade, tornando-se um canto comum à Igreja Ocidental. Ou se cai simplesmente num regionalismo (por exemplo, nas Campanhas da Fraternidade), que não responde a todas as realidades de um país imenso como o Brasil (onde um coral alemão diz mais respeito ao povo catarinense que um baião); Música & Liturgia
ou se repete o estilo musical da música da moda (música “pop”), muitas vezes com um cunho sentimentalista, que não se coaduna com a Liturgia. Esses estilos podem ser usados na música religiosa; não devem, todavia, estar presentes na música litúrgica: a Liturgia não existe para agradar o gosto de todos os "fregueses"; é também um âmbito para educação da vontade e da sensibilidade. Música & Liturgia
Quanto à instrumentação, o órgão é o instrumento litúrgico por excelência (cf. Sacrosantum Concilium n. 120), mas outros instrumentos podem ser utilizados, sempre se tendo em conta que são instrumentos para acompanhar o canto, que jamais devem se sobrepor à voz (cf. Musicam Sacram, n. 64). Não deveriam ser utilizados instrumentos que só convém à música profana (cf. Musicam Sacram, n. 63).  Música & Liturgia
O problema aqui é determinar quais seriam... Instrumentos associados à música pop/rock (como a guitarra e o baixo elétricos, a bateria...) devem ser tocados de maneira a traduzir o espírito da liturgia e não o de uma música mundana cujo objetivo é completamente oposto ao da Liturgia (enquanto esta procura interiorizar-nos para a partir do encontro conosco mesmos e com Deus sairmos ao encontro dos demais, a música pop/rock dirige-se ao “homem exterior”, visa a um êxtase rítmico, um sair de si inconsciente, mais próprio da gnose e das antigas religiões de “mistérios” que da vida cristã ou, ainda, a um sentimentalismo superficial, também incompatível com a Fé). Música & Liturgia
As músicas instrumentais são permitidas apenas na entrada, até o sacerdote chegar ao altar, na procissão das oferendas, na comunhão e na saída. Penso que, do mesmo modo que o espírito do canto gregoriano deve inspirar a composição, a sonoridade do órgão (sua capacidade de envolver e elevar a assembléia) deveria pautar a sonoridade dos outros instrumentos utilizados. Música & Liturgia
Bem, tendo feito estas considerações, em conformidade com os documentos que pautaram a reforma litúrgica, creio que podemos nos perguntar: estariam os rumos da Música Sacra seguindo os legítimos impulsos do Espírito Santo? Será que a “participação” popular preconizada pelo Concílio previa a música barulhenta e os “shows” que muitas vezes tomam conta de nossas celebrações? Não poderia esta música estar contribuindo para a perda do sentido do mistério celebrado? Afinal, que diferença há, atualmente, entre a música que escutamos fora de nossos templos e a que se executa dentro deles?   Música & Liturgia
Deve-se simplesmente pôr de lado toda uma multissecular tradição musical e espiritual (a do canto gregoriano) que se encontra na origem de toda a música moderna? Não seria nosso povo capaz de, com esforço e paciência (também da parte de quem ensina), aprender algumas melodias desse canto ímpar? Devemos deixar de lado a tradição dos corais, substituindo-os por “bandas”, sob o pretexto de que a polifonia dificulta a participação popular? Neste caso, será mesmo verdade que o povo participa e canta quando uma “banda” executa canções diferentes a cada missa, e em um volume exagerado? Música & Liturgia
A execução de uma peça polifônica não pode ter vez, em algumas circunstâncias, sendo acompanhada pelo silêncio sagrado do povo, que também é um meio de participação? O que se tem feito na Música Sacra não seria fruto, na realidade, da ignorância de seu sentido e mesmo do teor dos documentos supra citados, bem como da falta de direção por parte dos pastores? O que é verdadeiramente o “canto religioso popular”? Será a música que cantamos hoje em dia na maioria das igrejas? Música & Liturgia
Poderiam surgir outras questões. As respostas talvez não sejam evidentes, sobretudo em virtude do ambiente teológico tumultuado em que vivemos, no qual se perdeu de vista o autêntico significado da Eucaristia (e por isso a Santa Sé tem insistido tanto no assunto, com a publicação de documentos, com o Sínodo sobre o assunto...) e da ignorância cultural e musical. Música & Liturgia
Gostaria de terminar este primeiro artigo convidando os que o leram a refletir a respeito, pois a Música Litúrgica tem um papel importantíssimo em nossas celebrações. Ainda que uma música barulhenta, feia ou inadequada não seja capaz de invalidar o Sacrifício do Senhor Jesus, certamente uma Música de maior qualidade (sobretudo espiritual) será a que trará maior proveito ao povo, para que este participe do Sacrifício com as disposições interiores e exteriores adequadas. Música & Liturgia
BELLO, Joathas . Apostolado Veritatis Splendor:  MÚSICA E LITURGIA .  Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4079. Desde 3/5/2007. Fonte:
www.valderi.com.br [email_address] Twitter: @ silvavalderi Facebook: BlogValderi www.dailymotion.com/valdytv Pesquisa: VALDERI Elaboração: Valdy.Tv ®   2011

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013Formação de Liturgia - 03/11/2013
Formação de Liturgia - 03/11/2013
 
Orientações para salmistas
Orientações para salmistasOrientações para salmistas
Orientações para salmistas
 
Missa parte por_parte
Missa parte por_parteMissa parte por_parte
Missa parte por_parte
 
Salmos e salmistas
Salmos e salmistasSalmos e salmistas
Salmos e salmistas
 
Música Liturgica
Música LiturgicaMúsica Liturgica
Música Liturgica
 
IV Ministério de leitores
IV Ministério de leitoresIV Ministério de leitores
IV Ministério de leitores
 
Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgia
 
A missa– parte por parte
A missa– parte por parteA missa– parte por parte
A missa– parte por parte
 
A santa missa parte por parte
A santa missa parte por parteA santa missa parte por parte
A santa missa parte por parte
 
Power point da formação
Power point da formaçãoPower point da formação
Power point da formação
 
Formação para leitores e salmistas
Formação para leitores e salmistasFormação para leitores e salmistas
Formação para leitores e salmistas
 
Missa parte por parte
Missa parte por parteMissa parte por parte
Missa parte por parte
 
Objetos litugicos
Objetos litugicosObjetos litugicos
Objetos litugicos
 
Formação em Liturgia
Formação em LiturgiaFormação em Liturgia
Formação em Liturgia
 
missal passo a passo
missal passo a passomissal passo a passo
missal passo a passo
 
Ano liturgico
Ano liturgicoAno liturgico
Ano liturgico
 
1 OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES teolodia
1 OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES  teolodia1 OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES  teolodia
1 OFÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES teolodia
 
Missa parte por parte marquinho
Missa parte por parte   marquinhoMissa parte por parte   marquinho
Missa parte por parte marquinho
 
Palestra ministros palavra
Palestra ministros palavraPalestra ministros palavra
Palestra ministros palavra
 
Liturgia Fundamental - Espiritualidade Litúrgica.ppt
Liturgia Fundamental - Espiritualidade Litúrgica.pptLiturgia Fundamental - Espiritualidade Litúrgica.ppt
Liturgia Fundamental - Espiritualidade Litúrgica.ppt
 

Destacado

Paróquia comunidade de comunidades
Paróquia comunidade de comunidadesParóquia comunidade de comunidades
Paróquia comunidade de comunidadesBernadetecebs .
 
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de Jesus
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de JesusA metodologia das Missões na Paróquia Coração de Jesus
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de JesusBernadetecebs .
 
Conversão Pastoral Missionária
Conversão Pastoral MissionáriaConversão Pastoral Missionária
Conversão Pastoral MissionáriaBernadetecebs .
 
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SPFôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SPBernadetecebs .
 
Texto Base Intereclesial do 13º Intereclesial das CEBs em 2014 - Juazeiro d...
Texto Base Intereclesial  do 13º Intereclesial das CEBs em  2014 - Juazeiro d...Texto Base Intereclesial  do 13º Intereclesial das CEBs em  2014 - Juazeiro d...
Texto Base Intereclesial do 13º Intereclesial das CEBs em 2014 - Juazeiro d...Bernadetecebs .
 
Formação para animadores (as) de comunidades / CEBs
Formação para animadores (as) de comunidades /  CEBsFormação para animadores (as) de comunidades /  CEBs
Formação para animadores (as) de comunidades / CEBsBernadetecebs .
 
Formação animadores(as) CEBs _2015
Formação animadores(as)  CEBs _2015Formação animadores(as)  CEBs _2015
Formação animadores(as) CEBs _2015Bernadetecebs .
 
Novena de natal 2016 diocese de são José dos Campos - SP
Novena de natal 2016   diocese de são José dos Campos - SPNovena de natal 2016   diocese de são José dos Campos - SP
Novena de natal 2016 diocese de são José dos Campos - SPBernadetecebs .
 
Livro cifras - Santas Missões Populares
Livro cifras - Santas Missões PopularesLivro cifras - Santas Missões Populares
Livro cifras - Santas Missões PopularesBernadetecebs .
 
Como trabalhar com o Povo - Clodovis Boff
Como trabalhar com o Povo - Clodovis BoffComo trabalhar com o Povo - Clodovis Boff
Como trabalhar com o Povo - Clodovis BoffBernadetecebs .
 
Letra e Cifras dos cânticos das Santas Missões
Letra e Cifras dos cânticos das Santas MissõesLetra e Cifras dos cânticos das Santas Missões
Letra e Cifras dos cânticos das Santas MissõesBernadetecebs .
 
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completo
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completoLivro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completo
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completoBernadetecebs .
 

Destacado (12)

Paróquia comunidade de comunidades
Paróquia comunidade de comunidadesParóquia comunidade de comunidades
Paróquia comunidade de comunidades
 
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de Jesus
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de JesusA metodologia das Missões na Paróquia Coração de Jesus
A metodologia das Missões na Paróquia Coração de Jesus
 
Conversão Pastoral Missionária
Conversão Pastoral MissionáriaConversão Pastoral Missionária
Conversão Pastoral Missionária
 
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SPFôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
Fôlder das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
 
Texto Base Intereclesial do 13º Intereclesial das CEBs em 2014 - Juazeiro d...
Texto Base Intereclesial  do 13º Intereclesial das CEBs em  2014 - Juazeiro d...Texto Base Intereclesial  do 13º Intereclesial das CEBs em  2014 - Juazeiro d...
Texto Base Intereclesial do 13º Intereclesial das CEBs em 2014 - Juazeiro d...
 
Formação para animadores (as) de comunidades / CEBs
Formação para animadores (as) de comunidades /  CEBsFormação para animadores (as) de comunidades /  CEBs
Formação para animadores (as) de comunidades / CEBs
 
Formação animadores(as) CEBs _2015
Formação animadores(as)  CEBs _2015Formação animadores(as)  CEBs _2015
Formação animadores(as) CEBs _2015
 
Novena de natal 2016 diocese de são José dos Campos - SP
Novena de natal 2016   diocese de são José dos Campos - SPNovena de natal 2016   diocese de são José dos Campos - SP
Novena de natal 2016 diocese de são José dos Campos - SP
 
Livro cifras - Santas Missões Populares
Livro cifras - Santas Missões PopularesLivro cifras - Santas Missões Populares
Livro cifras - Santas Missões Populares
 
Como trabalhar com o Povo - Clodovis Boff
Como trabalhar com o Povo - Clodovis BoffComo trabalhar com o Povo - Clodovis Boff
Como trabalhar com o Povo - Clodovis Boff
 
Letra e Cifras dos cânticos das Santas Missões
Letra e Cifras dos cânticos das Santas MissõesLetra e Cifras dos cânticos das Santas Missões
Letra e Cifras dos cânticos das Santas Missões
 
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completo
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completoLivro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completo
Livro ODC -oficio-divino-das-comunidades-completo
 

Similar a A música litúrgica e seus desafios de expressar o mistério da fé

Como escolher musicas para Missa corretamente
Como escolher musicas para Missa corretamenteComo escolher musicas para Missa corretamente
Como escolher musicas para Missa corretamenteOrlando Frohlicki
 
W ir música_e_canto_litúrgica
W ir música_e_canto_litúrgicaW ir música_e_canto_litúrgica
W ir música_e_canto_litúrgicalccoletta
 
A natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgicaA natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgicaNúccia Ortega
 
192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairos192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairosArtur (Ft)
 
Principios damusica2aspp
Principios damusica2asppPrincipios damusica2aspp
Principios damusica2asppjoinvix
 
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdf
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdfcanto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdf
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdfJoão Lourenço
 
Dimensão Liturgica do Canto
Dimensão Liturgica do CantoDimensão Liturgica do Canto
Dimensão Liturgica do CantoJoão Rosa
 
Forma Musical Missa
Forma Musical MissaForma Musical Missa
Forma Musical MissaRique1590
 
História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inauguralLeonardo Brum
 
Musica e adoração. parte 1
Musica e adoração. parte 1Musica e adoração. parte 1
Musica e adoração. parte 1josecidade
 
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de Criciúma
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de CriciúmaLivro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de Criciúma
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de CriciúmaMensageiros_de_Cristo
 
Musica Sacra E AdoraçãO
Musica Sacra E AdoraçãOMusica Sacra E AdoraçãO
Musica Sacra E AdoraçãOHOME
 

Similar a A música litúrgica e seus desafios de expressar o mistério da fé (20)

Como escolher musicas para Missa corretamente
Como escolher musicas para Missa corretamenteComo escolher musicas para Missa corretamente
Como escolher musicas para Missa corretamente
 
Musica Liturgica
Musica LiturgicaMusica Liturgica
Musica Liturgica
 
W ir música_e_canto_litúrgica
W ir música_e_canto_litúrgicaW ir música_e_canto_litúrgica
W ir música_e_canto_litúrgica
 
A natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgicaA natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgica
 
Música sacra
Música sacraMúsica sacra
Música sacra
 
192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairos192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairos
 
Música pastoral
Música pastoralMúsica pastoral
Música pastoral
 
Principios damusica2aspp
Principios damusica2asppPrincipios damusica2aspp
Principios damusica2aspp
 
O canto-e-a-evolução-litúrgica
O canto-e-a-evolução-litúrgicaO canto-e-a-evolução-litúrgica
O canto-e-a-evolução-litúrgica
 
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdf
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdfcanto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdf
canto-e-musica-pos-conciliar-0091737.pdf.pdf
 
Dimensão litúrgica do canto
Dimensão litúrgica do cantoDimensão litúrgica do canto
Dimensão litúrgica do canto
 
Dimensão Liturgica do Canto
Dimensão Liturgica do CantoDimensão Liturgica do Canto
Dimensão Liturgica do Canto
 
Forma Musical Missa
Forma Musical MissaForma Musical Missa
Forma Musical Missa
 
História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inaugural
 
Musica e adoração. parte 1
Musica e adoração. parte 1Musica e adoração. parte 1
Musica e adoração. parte 1
 
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de Criciúma
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de CriciúmaLivro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de Criciúma
Livro de Cantos EnCantando a Vida - Diocese de Criciúma
 
Canto e música na liturgia
Canto e música na liturgiaCanto e música na liturgia
Canto e música na liturgia
 
Liturgia iii
Liturgia iiiLiturgia iii
Liturgia iii
 
Liturgia
LiturgiaLiturgia
Liturgia
 
Musica Sacra E AdoraçãO
Musica Sacra E AdoraçãOMusica Sacra E AdoraçãO
Musica Sacra E AdoraçãO
 

Más de Blog VALDERI

Rosarium [slide luminosa]
Rosarium [slide luminosa]Rosarium [slide luminosa]
Rosarium [slide luminosa]Blog VALDERI
 
Rosarium [slide gloriosa]
Rosarium [slide gloriosa]Rosarium [slide gloriosa]
Rosarium [slide gloriosa]Blog VALDERI
 
Rosarium [slide dolorosa]
Rosarium [slide dolorosa]Rosarium [slide dolorosa]
Rosarium [slide dolorosa]Blog VALDERI
 
Rosarium [slide gaudiosa]
Rosarium [slide gaudiosa]Rosarium [slide gaudiosa]
Rosarium [slide gaudiosa]Blog VALDERI
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Blog VALDERI
 
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RS
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RSEstatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RS
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RSBlog VALDERI
 
Porta Fidei [síntese]
Porta Fidei [síntese]Porta Fidei [síntese]
Porta Fidei [síntese]Blog VALDERI
 
Sacramento da penitencia
Sacramento da penitenciaSacramento da penitencia
Sacramento da penitenciaBlog VALDERI
 
A morte Ivan Ilitch
A morte Ivan IlitchA morte Ivan Ilitch
A morte Ivan IlitchBlog VALDERI
 
III Aniversário da Morte de João Paulo II
III Aniversário da Morte de João Paulo IIIII Aniversário da Morte de João Paulo II
III Aniversário da Morte de João Paulo IIBlog VALDERI
 
Teologia agostiniana e reforma protestante
Teologia agostiniana e reforma protestanteTeologia agostiniana e reforma protestante
Teologia agostiniana e reforma protestanteBlog VALDERI
 
Catequese sobre o Papa
Catequese sobre o PapaCatequese sobre o Papa
Catequese sobre o PapaBlog VALDERI
 

Más de Blog VALDERI (16)

Rosarium [slide luminosa]
Rosarium [slide luminosa]Rosarium [slide luminosa]
Rosarium [slide luminosa]
 
Rosarium [slide gloriosa]
Rosarium [slide gloriosa]Rosarium [slide gloriosa]
Rosarium [slide gloriosa]
 
Rosarium [slide dolorosa]
Rosarium [slide dolorosa]Rosarium [slide dolorosa]
Rosarium [slide dolorosa]
 
Rosarium [slide gaudiosa]
Rosarium [slide gaudiosa]Rosarium [slide gaudiosa]
Rosarium [slide gaudiosa]
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
 
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RS
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RSEstatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RS
Estatuto dos coroinhas e acólitos da Paróquia São João Batista de Parobé / RS
 
Porta Fidei [síntese]
Porta Fidei [síntese]Porta Fidei [síntese]
Porta Fidei [síntese]
 
Celibato [II]
Celibato [II]Celibato [II]
Celibato [II]
 
Celibato [I]
Celibato [I]Celibato [I]
Celibato [I]
 
Sacramento da penitencia
Sacramento da penitenciaSacramento da penitencia
Sacramento da penitencia
 
Sagrada escritura
Sagrada escrituraSagrada escritura
Sagrada escritura
 
A morte Ivan Ilitch
A morte Ivan IlitchA morte Ivan Ilitch
A morte Ivan Ilitch
 
III Aniversário da Morte de João Paulo II
III Aniversário da Morte de João Paulo IIIII Aniversário da Morte de João Paulo II
III Aniversário da Morte de João Paulo II
 
Teologia agostiniana e reforma protestante
Teologia agostiniana e reforma protestanteTeologia agostiniana e reforma protestante
Teologia agostiniana e reforma protestante
 
Catequese sobre o Papa
Catequese sobre o PapaCatequese sobre o Papa
Catequese sobre o Papa
 
A Morte de Jesus
A Morte de  JesusA Morte de  Jesus
A Morte de Jesus
 

Último

Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 

Último (15)

Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 

A música litúrgica e seus desafios de expressar o mistério da fé

  • 1. MÚSICA & LITURGIA
  • 2. Música & Liturgia Este pequeno texto nasce a partir de algumas inquietudes a respeito da situação atual da Música Sacra ou Litúrgica. Após cerca de 40 anos de reforma litúrgica, creio que este é um de seus aspectos que mais merece nossa reflexão e, quiçá, uma mudança de rumo. Gostaria de começar fazendo algumas considerações e distinções que, pelo que se tem feito hoje em dia em nossas igrejas, me parecem desconhecidas da maioria de nossos “ministérios de música”.
  • 3. Até o Concílio Vaticano II, a Igreja distinguia entre Música Sacra, canto religioso popular e música profana. A Música Sacra era a música utilizada na Liturgia, sendo, portanto, em latim. Restringia-se ao canto gregoriano e à polifonia sacra (música a várias vozes). O canto religioso popular era o canto em vernáculo utilizado nas ações de piedade popular (procissões, terços, etc.) e, pelo menos a partir do documento Musicae Sacrae Disciplina , de Pio XII, datado de 1955, também nas missas não-solenes (cf. n.30). Música & Liturgia
  • 4. A música profana era todo o resto. A partir da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o canto religioso popular pôde ser usado com maior freqüência nas missas, até porque toda a missa foi traduzida para o vernáculo, e o canto gregoriano e a polifonia sacra foram caindo em desuso. Música & Liturgia
  • 5. Hoje, poderíamos chamar de Música Sacra toda música utilizada na Liturgia, o que incluiria os cantos religiosos populares de cunho litúrgico, o canto gregoriano e a polifonia sacra, a música sacra para órgão e outros instrumentos aprovados, além dos cantos religiosos populares de uso extra-litúrgico (as chamadas músicas de louvor, catequéticas, etc.), conforme o n. 4b da Instrução Musicam Sacram (1967), que regulamentou a Música Sacra de acordo com a constituição Sacrosantum Concilium , sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II; Música & Liturgia
  • 6. o demais seria música secular (o termo “profano” tem uma conotação pejorativa sob uma perspectiva de maior diálogo com o mundo). Há quem prefira dividir os diversos tipos de melodias ora existentes em Música Sacra (só a música litúrgica: gregoriano, polifonia, canto religioso popular litúrgico, música instrumental litúrgica), música religiosa (cantos religiosos extra-litúrgicos) e música secular. Eu prefiro esta maneira, que faz coincidir Música Sacra e música litúrgica, porque permite traçar uma fronteira mais clara entre a música que deve ser utilizada na missa e a música religiosa para outras ocasiões. Assim, o adjetivo “sacro” fica limitado à ação “sagrada” da Liturgia. Música & Liturgia
  • 7. Feitas estas distinções, precisamos dizer que a música litúrgica (ou Música Sacra, como eu entendo) é parte integrante da Liturgia, é servidora da Liturgia. Nós não devemos cantar na Missa, mas sim cantar a Missa (cf. Estudos da CNBB 79: A música litúrgica no Brasil, n. 27).Percebem a diferença? A música não é, na Eucaristia, um elemento meramente estético ou do qual se poderia abrir mão, mas é parte essencial da Ação de Graças, constituindo algumas vezes um rito próprio na Missa (os cantos do Kyrie, do Glória e do Santo, por exemplo). Portanto, um músico católico que serve na Missa deve conhecer a Liturgia, deve ter uma formação litúrgica, além de musical (cf. Musicam Sacram, n. 67). Música & Liturgia
  • 8. Que características deve ter a música litúrgica? Quanto à letra : as partes fixas da Missa que são cantadas (o chamado Ordinário da Missa: Kyrie, Glória, Credo, Santo, Cordeiro de Deus), assim como a Oração do Senhor (Pai Nosso), não podem ter a letra alterada (é particularmente absurdo trocar a letra de uma oração ensinada por Nosso Senhor por outra qualquer); as partes próprias de cada Missa (canto de entrada, salmo, aclamação ao Evangelho, canto de procissão das oferendas, canto de comunhão), deveriam seguir as antífonas do Missal Romano ou algum texto aprovado pela Conferência dos Bispos (cf. Instrução Geral do Missal Romano, nn. 46-90 e Instrução Musicam Sacram, n. 32). Música & Liturgia
  • 9. Estas determinações são quase sempre desobedecidas e, além disso, há outras coisas que foram inventadas. Por exemplo: não se diz em momento algum que deva haver um canto da paz (que muitas vezes acaba sendo um elemento de dispersão); ou que se deva cantar o Sinal da Cruz da maneira como se costuma fazer. Neste último caso, temos dois problemas: a Saudação compete ao sacerdote, e nós devemos responder “Amém”; e a letra tem um quê de heresia, pois ao dizer “em nome” de cada uma das Pessoas divinas, isso pode dar margem ao triteísmo, ou seja, à compreensão de que são três deuses (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 233). Música & Liturgia
  • 10. Aqui nós temos um grande desafio: pesquisar e/ou compor cantos que respeitem o texto das orações e das antífonas com seus salmos (como procura fazer de algum modo o Hinário Litúrgico da CNBB), ou mesmo, porque não?, aprender as melodias gregorianas mais fáceis, como as da Missa VIII (De Angelis), até para não abandonarmos o grande tesouro espiritual contido no canto gregoriano, que segue sendo o canto “próprio” da liturgia romana (cf. Sacrosantum Concilium , n. 116). Música & Liturgia
  • 11. Quanto à música, o Papa Pio X deu indicações preciosas no documento Tra Le Sollecitudini (1903), que foram retomadas pelo Papa João Paulo II no Quirógrafo sobre a Música Litúrgica que comemorou, ano passado, os 100 anos daquele documento; ou seja, tais indicações continuam válidas, não foram modificadas pelo último Concílio – que, ao contrário do que julgam muitos que parecem não ter lido a Sacrossantum Concilium, demonstrou grande estima pela tradicional música sacra (canto gregoriano e polifonia), incentivando-a (cf. nn. 114-117). Diz o Santo Padre, no número 12 do referido Quirógrafo sobre a Música Sacra: Música & Liturgia
  • 12. 12. No que diz respeito às composições musicais litúrgicas, faço minha a «regra geral» que são Pio X formulava com estes termos: 'Uma composição para a Igreja é tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproximar, no andamento, na inspiração e no sabor, da melodia gregoriana, e tanto menos é digna do templo, quanto mais se reconhece disforme daquele modelo supremo». Não se trata, evidentemente, de copiar o canto gregoriano, mas muito mais de considerar que as novas composições sejam absorvidas pelo mesmo espírito que suscitou e, pouco a pouco, modelou aquele canto. Somente um artista profundamente mergulhado no sensus Ecclesiae pode procurar compreender e traduzir em melodia a verdade do Mistério que se celebra na Liturgia...' Música & Liturgia
  • 13. No caso da polifonia sacra, a música da Renascença (onde Palestrina é o maior expoente) é a que melhor expressa esse espírito. A Sacrosantum Concilium (cf. n. 119) e a Instrução Musicam Sacram (cf. n. 61) abriram espaço à inculturação – o uso de elementos musicais das culturas regionais – na música litúrgica; ao seguirmos esta possibilidade, temos o desafio de conjugar os dois aspectos, universalidade e cultura regional, buscando na musicalidade local elementos melódicos e rítmicos que ajudem a expressar a Fé universal. Música & Liturgia
  • 14. Creio que os caminhos seguidos atualmente estão longe de manifestar uma verdadeira inculturação – da qual o canto gregoriano também é exemplo, pois surgindo a partir de culturas locais (dos cantos da sinagoga judaica, dos modos gregos e do canto romano) elevou-se à universalidade, tornando-se um canto comum à Igreja Ocidental. Ou se cai simplesmente num regionalismo (por exemplo, nas Campanhas da Fraternidade), que não responde a todas as realidades de um país imenso como o Brasil (onde um coral alemão diz mais respeito ao povo catarinense que um baião); Música & Liturgia
  • 15. ou se repete o estilo musical da música da moda (música “pop”), muitas vezes com um cunho sentimentalista, que não se coaduna com a Liturgia. Esses estilos podem ser usados na música religiosa; não devem, todavia, estar presentes na música litúrgica: a Liturgia não existe para agradar o gosto de todos os "fregueses"; é também um âmbito para educação da vontade e da sensibilidade. Música & Liturgia
  • 16. Quanto à instrumentação, o órgão é o instrumento litúrgico por excelência (cf. Sacrosantum Concilium n. 120), mas outros instrumentos podem ser utilizados, sempre se tendo em conta que são instrumentos para acompanhar o canto, que jamais devem se sobrepor à voz (cf. Musicam Sacram, n. 64). Não deveriam ser utilizados instrumentos que só convém à música profana (cf. Musicam Sacram, n. 63). Música & Liturgia
  • 17. O problema aqui é determinar quais seriam... Instrumentos associados à música pop/rock (como a guitarra e o baixo elétricos, a bateria...) devem ser tocados de maneira a traduzir o espírito da liturgia e não o de uma música mundana cujo objetivo é completamente oposto ao da Liturgia (enquanto esta procura interiorizar-nos para a partir do encontro conosco mesmos e com Deus sairmos ao encontro dos demais, a música pop/rock dirige-se ao “homem exterior”, visa a um êxtase rítmico, um sair de si inconsciente, mais próprio da gnose e das antigas religiões de “mistérios” que da vida cristã ou, ainda, a um sentimentalismo superficial, também incompatível com a Fé). Música & Liturgia
  • 18. As músicas instrumentais são permitidas apenas na entrada, até o sacerdote chegar ao altar, na procissão das oferendas, na comunhão e na saída. Penso que, do mesmo modo que o espírito do canto gregoriano deve inspirar a composição, a sonoridade do órgão (sua capacidade de envolver e elevar a assembléia) deveria pautar a sonoridade dos outros instrumentos utilizados. Música & Liturgia
  • 19. Bem, tendo feito estas considerações, em conformidade com os documentos que pautaram a reforma litúrgica, creio que podemos nos perguntar: estariam os rumos da Música Sacra seguindo os legítimos impulsos do Espírito Santo? Será que a “participação” popular preconizada pelo Concílio previa a música barulhenta e os “shows” que muitas vezes tomam conta de nossas celebrações? Não poderia esta música estar contribuindo para a perda do sentido do mistério celebrado? Afinal, que diferença há, atualmente, entre a música que escutamos fora de nossos templos e a que se executa dentro deles? Música & Liturgia
  • 20. Deve-se simplesmente pôr de lado toda uma multissecular tradição musical e espiritual (a do canto gregoriano) que se encontra na origem de toda a música moderna? Não seria nosso povo capaz de, com esforço e paciência (também da parte de quem ensina), aprender algumas melodias desse canto ímpar? Devemos deixar de lado a tradição dos corais, substituindo-os por “bandas”, sob o pretexto de que a polifonia dificulta a participação popular? Neste caso, será mesmo verdade que o povo participa e canta quando uma “banda” executa canções diferentes a cada missa, e em um volume exagerado? Música & Liturgia
  • 21. A execução de uma peça polifônica não pode ter vez, em algumas circunstâncias, sendo acompanhada pelo silêncio sagrado do povo, que também é um meio de participação? O que se tem feito na Música Sacra não seria fruto, na realidade, da ignorância de seu sentido e mesmo do teor dos documentos supra citados, bem como da falta de direção por parte dos pastores? O que é verdadeiramente o “canto religioso popular”? Será a música que cantamos hoje em dia na maioria das igrejas? Música & Liturgia
  • 22. Poderiam surgir outras questões. As respostas talvez não sejam evidentes, sobretudo em virtude do ambiente teológico tumultuado em que vivemos, no qual se perdeu de vista o autêntico significado da Eucaristia (e por isso a Santa Sé tem insistido tanto no assunto, com a publicação de documentos, com o Sínodo sobre o assunto...) e da ignorância cultural e musical. Música & Liturgia
  • 23. Gostaria de terminar este primeiro artigo convidando os que o leram a refletir a respeito, pois a Música Litúrgica tem um papel importantíssimo em nossas celebrações. Ainda que uma música barulhenta, feia ou inadequada não seja capaz de invalidar o Sacrifício do Senhor Jesus, certamente uma Música de maior qualidade (sobretudo espiritual) será a que trará maior proveito ao povo, para que este participe do Sacrifício com as disposições interiores e exteriores adequadas. Música & Liturgia
  • 24. BELLO, Joathas . Apostolado Veritatis Splendor: MÚSICA E LITURGIA . Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4079. Desde 3/5/2007. Fonte:
  • 25. www.valderi.com.br [email_address] Twitter: @ silvavalderi Facebook: BlogValderi www.dailymotion.com/valdytv Pesquisa: VALDERI Elaboração: Valdy.Tv ® 2011