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FFAANNDDAANNGGOO IIBBÉÉRRIICCOO
DDAANNÇÇAA –– LLUUNNDDUU:: FFUUSSÃÃOO DDOOSS BBAATTUUQQUUEESS AAFFRRIICCAANNOOSS CCOOMM OO FFAANNDDAANNGGOO
DOMINGOS CCAALLDDAASS BBAARRBBOOSSAA 
((11773388--11880000))
• Nasceu, muito provavelmente, no Rio de Janeiro, por volta de 1738. Há, no 
entanto, dúvidas a respeito. Ary Vasconcelos acredita que o compositor nasceu em 
1740, e nos oferece em " Raízes na música popular brasileira" uma versão de um 
sobrinho do próprio Caldas Barbosa: a de que o compositor tenha nascido ainda a 
caminho do Rio de Janeiro, em navio vindo de Angola. 
• É certo que era filho de um comerciante português com uma negra angolana (não 
há referências a respeito de seus nomes). O pai, depois de longo período na 
colônia africana, veio para o Brasil trazendo a negra grávida do compositor. 
• Este estudou, por desejo do pai, no Colégio dos Jesuítas. Por volta de 1760, foi 
mandado à Colônia do Sacramento (extremo sul do Brasil hoje parte do Uruguai). 
Sabe-se que seu recrutamento foi um castigo por conta de versos satíricos seus, 
criticando os portugueses. 
• Retornou ao Rio de Janeiro em 1762, dando baixa logo depois. 
• Em 1775, chegou a Portugal sob a proteção dos irmãos do Vice-rei do Brasil, 
José e Luís de Vasconcelos e Sousa. Tornou-se capelão da Casa de Suplicação, 
por influência de seus protetores. Essa parece ter sido a solução encontrada para 
superar as dificuldades de inserção social motivada por sua condição de mestiço 
de origem humilde. 
• De fato, a partir de então, o compositor ingressa na alta sociedade, adotando o 
nome Lereno Salinuntino . 
• Aos 60 anos, faleceu em Lisboa. Foi sepultado na Igreja Paroquial de Nossa 
Senhora dos Anjos.
XXIISSTTOO BBAAHHIIAA 
((11884411--11889944))
• Xisto de Paula Bahia, cantor, compositor, violinista, violonista e dramaturgo. Filho do major 
Francisco de Paula Bahia e Teresa de Jesus Maria do Sacramento Bahia, nasceu em 
Salvador, BA, em 6 de agosto (ou 5 de setembro) de 1841 e faleceu em Caxambu, MG, em 
29 (ou 30) de outubro de 1894. 
• Não chegou a completar o primário. Aos 13 anos freqüentou o grêmio dramático da Bahia 
denominado Regeneração Dramática, tornando-se profissional aos 18 anos. 
• Paralelamente, aos 17 anos, os baianos já o viam cantando modinhas e lundus, tocando 
violão e compondo, tal como Iaiá, você quer morrer?. 
• Nunca estudou música, foi um músico intuitivo. Compôs pouco, mas o que fez foi de 
qualidade. Foi o autor da primeira música gravada no Brasil, Isto é bom, na voz 
de Bahiano, selo Zon-O-Phone (alemã). 
• Considerado pelo escritor Arthur de Azevedo o "ator mais nacional que tivemos", Xisto 
escreveu e representou comédias da qual destaca-se a sua Duas páginas de um livro e, 
apenas como ator, Uma véspera de reis, de Artur de Azevedo. 
• Em 1880, no Rio, recebeu aplausos de Pedro II, pelo seu desempenho em Os perigos do 
coronel. Atuou, além do norte e nordeste, em São Paulo e Minas Gerais, sempre com 
sucesso. 
• Em 1891 transfere-se para o Rio de Janeiro e largando por um ano a carreira artística, foi 
escrevente da penitenciária de Niterói. 
• Casou-se com a atriz portuguesa Maria Vitorina e com ela teve 4 filhos, Augusta, Maria, 
Teresa e Manuela. 
• Doente, em 1893 retirou-se da vida artística dirigindo-se para Caxambu, MG, onde morreu 
no ano seguinte.
CATÚLO DDAA PPAAIIXXÃÃOO--CCEEAARREENNSSEE 
((1188663--11994466))
• Catulo da Paixão Cearense (São Luis do Maranhão, 8 de outubro de 1863 – 
Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946) foi um poeta, músico e compositor brasileiro. 
Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina 
Braga (natural do Maranhão) 
• Mudou-se para o Rio em 1880, aos 17 anos, com a família. Trabalhou como 
relojoeiro. Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e, 
Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música. Integrado nos meios 
boêmicos da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário 
da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de 
modinhas da época. 
• Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor 
fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, 
pois era boêmio, e morreu na pobreza. 
• Em algumas composições teve a colaboração de alguns parceiros: Anacleto de 
Medeiros , Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Francisco Braga e outros. Como 
interprete, o maior Tenor do Brasil, Vicente Celestino. 
• Suas mais famosas composições são Luar do Sertão, de 1908, que na opinião de 
Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro, e Flor amorosa (sem data). 
Também é o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade 
carioca e pela reforma da ´modinha´.
EEDDUUAARRDDOO DDAASS NNEEVVEESS 
((11887744--11991199))
• Eduardo Sebastião das Neves (Rio de janeiro, 1874 — Rio de janeiro, 
11 de novembro de 1919) foi um palhaço, poeta, cantor, compositor e 
violonista brasileiro. É pai do músico Cândido das Neves. 
• Freqüentava círculos de chorões e boêmios no final do século XIX. Após 
sua expulsão do Corpo de Bombeiros, passou a trabalhar como palhaço, 
cantor e violonista de circo no Rio de Janeiro, viajando para vários estados. 
Ao lado de figuras como Mário Pinheiro, Cadete e Baiano, foi um dos 
pioneiros da indústria fonográfica. 
• Deixou extensa discografia e alguns livros de poesia. Alguns grandes 
êxitos foram "Estela" (A. Lira/ A. Tavares), "O Aquidabã", "Isto É Bom" (Xisto 
Bahia) "O Meu Boi Morreu" e "A Conquista do Ar", marcha de 1902 que 
homenageia os feitos de Santos Dumont.

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  • 2.  MMooddiinnhhaa –– CCoonnssiiddeerraaddaa oo pprriimmeeiirroo ggêênneerroo ddee ccaannççããoo ppooppuullaarr.. CCoonnssttaamm iinnffoorrmmaaççõõeess ddee ssuuaa oorriiggeemm ddeessddee oo ssééccuulloo XXVVIIIIII.. FFooii pprraattiiccaaddaa iinniicciiaallmmeennttee eennttrree aass eelliitteess ee ppoosstteerriioorrmmeennttee eennttrree oo ppoovvoo..  LLuunndduu –– AAlléémm ddee uumm ttiippoo ddee ffoorrmmaa ccaannççããoo éé ttaammbbéémm uummaa ddaannççaa ddeerriivvaaddaa ddaass rrooddaass ddee bbaattuuqquuee ddooss nneeggrrooss aaffrriiccaannooss.. TTaammbbéémm ccoonnssttaamm iinnffoorrmmaaççõõeess ddee ssuuaa oorriiggeemm ddeessddee oo ssééccuulloo XXVVIIIIII.. EEnnttrreettaannttoo, ddiiffeerreenntteemmeennttee ddaa mmooddiinnhhaa, ffooii pprraattiiccaaddaa pprriimmeeiirraammeennttee ppeelloo ppoovvoo ee ddeeppooiiss ppeellaass eelliitteess..
  • 3. MMooddiinnhhaa –– dduuaass aacceeppççõõeess ppaarraa oo tteerrmmoo nnoo BBrraassiill:: 11)) GGeennéérriiccaa:: iinnddiiccaa qquuaallqquueerr ttiippoo ddee ccaannççããoo.. 2)) RReeffeerree--ssee ““ àà mmooddaa ddee ””:: vviioollaa;; ccaaiippiirraa.. CCaannttaaddaa àà dduuaass vvoozzeess, eemm tteerrççaass oouu sseexxttaass ppaarraalleellaass..
  • 4. LLuunndduu –– sseegguunnddoo oo hhiissttoorriiaaddoorr ee mmaaeessttrroo BBaappttiissttaa SSiiqquueeiirraa, eexxiisstteemm dduuaass aacceeppççõõeess ppaarraa oo tteerrmmoo:: 11)) LLuunndduumm:: ddaannççaa ddrraammááttiiccoo--rreelliiggiioossaa ddooss nneeggrrooss aaffrriiccaannooss.. 2)) LLuunndduu:: ccaannççããoo uurrbbaannaa, nnaasscciiddaa ddoo eeqquuiivvooccoo pprroovvooccaaddoo ppeellaa sseemmeellhhaannççaa eennttrree ooss tteerrmmooss..
  • 6. DDAANNÇÇAA –– LLUUNNDDUU:: FFUUSSÃÃOO DDOOSS BBAATTUUQQUUEESS AAFFRRIICCAANNOOSS CCOOMM OO FFAANNDDAANNGGOO
  • 7. DOMINGOS CCAALLDDAASS BBAARRBBOOSSAA ((11773388--11880000))
  • 8. • Nasceu, muito provavelmente, no Rio de Janeiro, por volta de 1738. Há, no entanto, dúvidas a respeito. Ary Vasconcelos acredita que o compositor nasceu em 1740, e nos oferece em " Raízes na música popular brasileira" uma versão de um sobrinho do próprio Caldas Barbosa: a de que o compositor tenha nascido ainda a caminho do Rio de Janeiro, em navio vindo de Angola. • É certo que era filho de um comerciante português com uma negra angolana (não há referências a respeito de seus nomes). O pai, depois de longo período na colônia africana, veio para o Brasil trazendo a negra grávida do compositor. • Este estudou, por desejo do pai, no Colégio dos Jesuítas. Por volta de 1760, foi mandado à Colônia do Sacramento (extremo sul do Brasil hoje parte do Uruguai). Sabe-se que seu recrutamento foi um castigo por conta de versos satíricos seus, criticando os portugueses. • Retornou ao Rio de Janeiro em 1762, dando baixa logo depois. • Em 1775, chegou a Portugal sob a proteção dos irmãos do Vice-rei do Brasil, José e Luís de Vasconcelos e Sousa. Tornou-se capelão da Casa de Suplicação, por influência de seus protetores. Essa parece ter sido a solução encontrada para superar as dificuldades de inserção social motivada por sua condição de mestiço de origem humilde. • De fato, a partir de então, o compositor ingressa na alta sociedade, adotando o nome Lereno Salinuntino . • Aos 60 anos, faleceu em Lisboa. Foi sepultado na Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Anjos.
  • 10. • Xisto de Paula Bahia, cantor, compositor, violinista, violonista e dramaturgo. Filho do major Francisco de Paula Bahia e Teresa de Jesus Maria do Sacramento Bahia, nasceu em Salvador, BA, em 6 de agosto (ou 5 de setembro) de 1841 e faleceu em Caxambu, MG, em 29 (ou 30) de outubro de 1894. • Não chegou a completar o primário. Aos 13 anos freqüentou o grêmio dramático da Bahia denominado Regeneração Dramática, tornando-se profissional aos 18 anos. • Paralelamente, aos 17 anos, os baianos já o viam cantando modinhas e lundus, tocando violão e compondo, tal como Iaiá, você quer morrer?. • Nunca estudou música, foi um músico intuitivo. Compôs pouco, mas o que fez foi de qualidade. Foi o autor da primeira música gravada no Brasil, Isto é bom, na voz de Bahiano, selo Zon-O-Phone (alemã). • Considerado pelo escritor Arthur de Azevedo o "ator mais nacional que tivemos", Xisto escreveu e representou comédias da qual destaca-se a sua Duas páginas de um livro e, apenas como ator, Uma véspera de reis, de Artur de Azevedo. • Em 1880, no Rio, recebeu aplausos de Pedro II, pelo seu desempenho em Os perigos do coronel. Atuou, além do norte e nordeste, em São Paulo e Minas Gerais, sempre com sucesso. • Em 1891 transfere-se para o Rio de Janeiro e largando por um ano a carreira artística, foi escrevente da penitenciária de Niterói. • Casou-se com a atriz portuguesa Maria Vitorina e com ela teve 4 filhos, Augusta, Maria, Teresa e Manuela. • Doente, em 1893 retirou-se da vida artística dirigindo-se para Caxambu, MG, onde morreu no ano seguinte.
  • 12. • Catulo da Paixão Cearense (São Luis do Maranhão, 8 de outubro de 1863 – Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946) foi um poeta, músico e compositor brasileiro. Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga (natural do Maranhão) • Mudou-se para o Rio em 1880, aos 17 anos, com a família. Trabalhou como relojoeiro. Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e, Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música. Integrado nos meios boêmicos da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época. • Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, pois era boêmio, e morreu na pobreza. • Em algumas composições teve a colaboração de alguns parceiros: Anacleto de Medeiros , Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Francisco Braga e outros. Como interprete, o maior Tenor do Brasil, Vicente Celestino. • Suas mais famosas composições são Luar do Sertão, de 1908, que na opinião de Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro, e Flor amorosa (sem data). Também é o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela reforma da ´modinha´.
  • 13. EEDDUUAARRDDOO DDAASS NNEEVVEESS ((11887744--11991199))
  • 14. • Eduardo Sebastião das Neves (Rio de janeiro, 1874 — Rio de janeiro, 11 de novembro de 1919) foi um palhaço, poeta, cantor, compositor e violonista brasileiro. É pai do músico Cândido das Neves. • Freqüentava círculos de chorões e boêmios no final do século XIX. Após sua expulsão do Corpo de Bombeiros, passou a trabalhar como palhaço, cantor e violonista de circo no Rio de Janeiro, viajando para vários estados. Ao lado de figuras como Mário Pinheiro, Cadete e Baiano, foi um dos pioneiros da indústria fonográfica. • Deixou extensa discografia e alguns livros de poesia. Alguns grandes êxitos foram "Estela" (A. Lira/ A. Tavares), "O Aquidabã", "Isto É Bom" (Xisto Bahia) "O Meu Boi Morreu" e "A Conquista do Ar", marcha de 1902 que homenageia os feitos de Santos Dumont.