O documento discute sistemas de tratamento de efluentes em áreas rurais, apresentando: 1) A importância do tratamento devido ao crescimento populacional e impactos ambientais; 2) Os principais níveis de tratamento - preliminar, primário, secundário e terciário - e suas funções; 3) Exemplos de sistemas para cada nível como grades, decantadores e lagoas de estabilização.
1. Saneamento na Área Rural
Principais indicadores físicos, químicos da
qualidade da água e métodos de avaliação
Dra Tania Leme de Almeida
Profa Assistente do Curso Superior em
Meo Ambiente e Recursos Hídricos
Faculdade de Tecnologia de Jahú
Fatec - CEETESP
2. * Escassez do recurso “Água”
61 % do volume de água no
Brasil destinado à
agricultura
* Déficit rede coletora de
esgoto e seu tratamento
Apenas SP, RJ e ES possuem
mais da metade dos
municípios com tratamento
de esgoto (IBGE, 2008)
3. 40% da população mundial, não tem
esgoto coletado e tratado
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento:
- Mais de 1,5 milhão de crianças morrem ao ano
4. DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE EFLUENTES E RESÍDUOS SÓLIDOS
Descarte in natura
- Comprometimento do ecossistema
- Doenças
- “Estética” e mau cheiro
7. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Portaria MS n.° 2914/2011
Estabelece os procedimentos e responsabilidades
relativos ao controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade
- Responsabilidade do Estado-municípios
- Fiscalização de sistemas e soluções alternativas de
abastecimento
- Não se aplica à água mineral , à água natural e às
águas adicionadas de sais, destinadas ao consumo
humano após o envasamento, e a outras águas
utilizadas como matéria-prima para elaboração de
produtos
- Plano de amostragem (população, tipo de
captação)
- Acompanhamento: Anexos da Portaria
8. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Qualidade da água
• Resolução CONAMA n° 357 de 2005
• Resolução CONAMA n° 430 de 2011
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências.
9. Águas Doces
Classe Especial
Classe 1
Águas Salinas e Salobras
(até Classe 3)
Classe 2
Classe 3
Classe 4
- consumo
- consumo consumo humano, após tratamento convencional ou - navegação; e
- humano, com humano, após tratamento simplificado;
avançado;
- consumo humano, após tratamento convencional;
- proteção das comunidades aquáticas;
desinfecção/filtração; culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
- irrigação de
-harmonia paisagística
- proteção das recreação de contato primário,
comunidades aquáticas;
- preservação do amadora;
equilíbrio
- pesca -recreação de- contato primário,
irrigação
natural das comunidades de hortaliças (cruas) e de frutas que se
- recreação de contato secundário; e
- irrigação de desenvolvam rentes ao solo e de parques, jardins, campos de
hortaliças, plantas frutíferas
aquáticas; dessedentação de animais
-e
esporte e lazerproteção comcomunidades aquáticas em Terras
contato direto);
- (público
-ambientes aquáticos em das
-aqüicultura e à atividade de pesca.
Indígenas.
unidades de conservação
de proteção integral
12. CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA
• Físicas
• Químicas
• Microbiológicas
pH
Turbidez
Oxigênio dissolvido
Cor aparente e cor real
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
Odor e sabor
Demanda química de oxigênio (DQO)
Temperatura
Carbono Orgânico Total (COT)
Série de sólidos
Nitrogênio total
Contagem cianobactérias Fósforo total
Coliformes termotolerantes Elementos tóxicos
Compostos orgânicos sintéticos e
voláteis
Óleos e graxas
13. TURBIDEZ
• Concentração de partículas em suspensão e coloidais
presentes na fase líquida
• Grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz
sofre ao atravessar um corpo d´água
Classe 2: Até 100 UNT
Unidade Nefelométrica de turbidez
Turbidímetro
14. COR VERDADEIRA
-Capacidade de uma amostra em transmitir luz visível em
um comprimento de onda sensível ao olho humano
Classe 2: Até 75 U.C.
Unidades de cor
Colorímetro
15. ODOR E SABOR
• Presença de compostos inorgânicos :originado a partir
do próprio manancial (Ferro, Sólidos Dissolvidos Totais,
sulfetos, etc...)
• Presença de compostos orgânicos
(fontes antropogênicas)
• Processo de tratamento (eventualmente): oxidantes
residuais
Legislação Conama 357/05:
Não objetável/virtualmente ausente
24. Potencial Hidrogeniônico (pH)
-“Acidez” ou “basicidade” de soluções
-Concentração de íons H3O+
-Escala de 0 a 14, logarítmica
-Eletrodo de pH
Parâmetro que também atua:
-Influência nas soluções e biomoléculas
-Idéia do comportamento do sistema
(aeróbio/anaeróbio)
Lançamento:
faixa de pH entre 5 e 9
25. OXIGÊNIO DISSOLVIDO
•Manutenção
•Operação
e proteção da vida aquática
de sistemas biológicos aeróbios
- Condição anaeróbia: taxas inferiores de OD (AUTODEPURAÇÃO DO CORPOS D’ÁGUA)
Corpos d’água Classe 2
OD ≥ 5,0 mg O2/L
Corpos d’água Classe 4
OD ≥ 2,0 mg O2/L
26. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
* Quantidade de oxigênio requerida por microrganismos
aeróbios para a oxidação de compostos orgânicos presentes
na fase líquida (DBO520 )
Permite avaliar a quantitativa da concentração de material
orgânico presente na fase líquida
Permite
avaliar a eficiência de
sistemas de tratamento de esgotos
sanitários e efluentes industriais
27. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO520)
- Medição do consumo de oxigênio em
laboratório
- Procedimento com 5 dias de duração
- Teste efetuado à temperatura de 20°C –
DBO520
Esgotos domésticos 350 mg/L
28. Demanda Química de Oxigênio (DQO)
- Quantidade de Oxigênio requerida para
estabilizar através de processos químicos,
a matéria orgânica, na presença de um forte
oxidante e, em um meio ácido.
- Podem ser utilizados várias substâncias
químicas como oxidantes.
- Teste pode superestimar o oxigênio
consumido, pois compostos inorgânicos
podem ser oxidados.
29. Nitrogênio e Fósforo
-Aporte de nutrientes:
•Problemas estéticos e recreacionais
•Condições anaeróbias no fundo do corpo d’água
•Mortandade de peixes
•Captação comprometida
•Toxicidade de algas
EUTROFIZAÇÃO
33. Saneamento na Área Rural
Sistemas de tratamento de efluentes
Dra Tania Leme de Almeida
Profa Assistente do Curso Superior em
Meo Ambiente e Recursos Hídricos
Faculdade de Tecnologia de Jahú
Fatec - CEETESP
34. TÓPICOS
1. Contextualização da geração de efluentes
2. Sistemas de tratamento de efluentes
3. Tratamento anaeróbio
4. Tratamento aeróbio
5. Tratamento anóxico
6. Características dos esgotos tratados pelos
diversos processos e composição de custos
de implantação e operacionais
35. + 7 bilhões de pessoas
Com 267 nascimentos e 108 mortes a cada minuto
The New York Times
36. Por que tratar os efluentes?
*Contribuição per capita de carga orgânica
= 54 – 100g / habitante dia de DBO5 e DQO
Efluentes
no Brasil
*Consumo
per
capita
= 200 L / habitante dia
de
água
*Contribuição per capita de vazão efluentes
= 160 L / habitante dia
* Coeficiente de retorno Água/Esgoto = 0,8
38. Águas residuárias
M A N E JO
ADEQUADO
Sistemas
de
tratamento
Promovam e assegurem b e n e f í c i o s na redução do
potencial poluente e na reutilização dessas águas
39. Por que tratar os efluentes?
O lançamento de efluentes em corpos receptores deve atender aos padrões
da legislação ambiental vigente como, por exemplo, a resolução CONAMA
357 de 17 de março de 2005. *CONAMA 430 ( 2011)
Decreto Estadual nº 8.468/1976 (Atualizado com redação dada pelo Decreto
54.487, de 26/06/09) Aprova o Regulamento da Lei nº 997/1976, que dispõe
sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente
Parâmetros físico-químicos
Parâmetros inorgânicos
Parâmetros orgânicos
pH
Chumbo
Benzeno
OD
Cromo
Fenóis totais
Turbidez
Ferro
Tolueno
Sólidos
Fósforo
Xileno
Nitrogênio amoniacal
40. Por que tratar os efluentes?
* Remoção de matéria orgânica e
inorgânica
Tratamento de
* Remoção de sólidos em suspensão
efluentes
* Remoção de nutrientes
* Remoção de organismos patogênicos
41. Sistemas de tratamento de águas residuárias
Tratamentos:
Preliminar
Secundário
Primário
Terciário
42. Sistemas de tratamento de águas residuárias
NÍVEL DE
Terciário
TRATAMENTO
Secundário
Primário
A
Desinfecção
Remoção de
nutrientes, de
materiais não
biodegradáveis e
do lodo
Remoção de
lodo
biológico
Degradação
de
compostos
carbonáceos
Recirculação
Remoção de
sólidos
sedimentáveis
e M.O.
F
L
U
E
N
Lodo
T
E
Adensamento,
digestão,
condicionamento,
desidratação,
secagem
Disposição
adequada
43. Sistemas de tratamento de águas residuárias
Preliminar
- Remoção de sólidos grosseiros;
- Não há remoção de DBO;
- Preparação do afluente para tratamento;
- Remoção de grandes sólidos e areia para proteger as demais unidades de
tratamento, os dispositivos de transporte (bombas e tubulações) e os corpos
receptores e a ocorrência de abrasão nos equipamentos e tubulações e facilita
o transporte dos líquidos;
- Uso de:
grades ( papéis, pedaços de madeira, plásticos entre outros);
caixas de areia ( retenção de areia)
tanques de flutuação (retirada de óleos e graxas).
44. Sistemas de tratamento de águas residuárias
Primário
- O efluente ainda contém sólidos em suspensão não grosseiros cuja remoção
pode ser feita em unidades de sedimentação, reduzindo a matéria orgânica
contida neste;
-
Os sólidos sedimentáveis e flutuantes são retirados através de mecanismos
físicos, via decantadores.
- Os efluentes fluem vagarosamente pelos decantadores, permitindo que os sólidos
em suspensão de maior densidade sedimentem gradualmente no fundo, formando
o lodo primário bruto. Os materiais flutuantes como graxas e óleos, de menor
densidade, são removidos na superfície.
- A eliminação média do DBO é de 30% a 40%.
45. Sistemas de tratamento de águas residuárias
Secundário
- Fase que processa, principalmente, a remoção de sólidos e de matéria orgânica
não sedimentável e, eventualmente, nutrientes como nitrogênio e fósforo.
- Após as fases primária e secundária a eliminação de DBO deve alcançar 90%.
- É a etapa de remoção biológica dos poluentes e sua eficiência permite produzir
um efluente em conformidade com o padrão de lançamento previsto na
legislação ambiental.
- Reproduzidos os fenômenos naturais de estabilização da matéria orgânica que
ocorrem no corpo receptor, sendo que a diferença está na maior velocidade do
processo, na necessidade de utilização de uma área menor e na evolução do
tratamento em condições controladas.
46. Sistemas de tratamento de águas residuárias
Terciário
Remoção de poluentes tóxicos ou não biodegradáveis ou eliminação adicional de
poluentes não degradados na fase secundária
Desinfecção
Grande parte dos microorganismos patogênicos foi eliminada nas etapas anteriores,
mas não a sua totalidade.
A desinfecção total pode ser feita pelo processo natural - lagoa de maturação, por
exemplo - ou artificial - via cloração, ozonização ou radiação ultravioleta.
A lagoa de maturação demanda grandes áreas pois necessita pouca profundidade
para permitir a penetração da radiação solar ultravioleta.
Entre os processos artificiais, a cloração é o de menor custo mas pode gerar
subprodutos tóxicos, como organoclorados. A ozonição é muito dispendiosa e a
radiação ultravioleta não se aplica a qualquer situação
47. TÓPICOS
1. Contextualização da geração de efluentes
2. Sistemas de tratamento de efluentes
3. Tratamento anaeróbio
4. Tratamento aeróbio
5. Tratamento anóxico
6. Características dos esgotos tratados pelos
diversos processos e composição de custos
de implantação e operacionais
48. Sistemas de tratamento anaeróbio
A digestão anaeróbia é um processo no qual um consórcio
de diferente microrganismos, na ausência de oxigênio
molecular, promove a transformação de compostos
orgânicos complexos em produtos mais simples, como
metano e gás carbônico.
Fatores que influenciam o
desempenho da digestão anaeróbia
Temperatura
pH e alcalinidade
Nutrientes
Substâncias tóxicas
Sobrecarga hidráulica
Tempo de retenção celular
51. R EATO R E S
•
ANAERÓBIOS
Efluentes com ELEVADA carga orgânica
Tecnologia anaeróbia
ABR
* Desenvolvimento de reatores de A L T A T A X A
Anaerobic baffled reactor
– reator anaeróbio
compartimentado ou de
chicanas
UASB
Upflow anaerobic
sludge blanket reactor
– reator anaeróbio de
fluxo ascendente com
manta de lodo.
efluente
Bolhas
do biogás
Grânulos
Afluente
52. Lagoa
R EATO R E S
ANAERÓBIOS
Fossa
séptica
Filtro
anaeróbio
Reator
UASB
Reator de
leito
fluidificado
(RALPH)
54. Sistemas de tratamento anaeróbio
Afluente
Matéria Orgânica
350 mg DBO/L
Nutrientes
30 mg NH3/L
Microrganismos
105 ~ 108
NMP /100mL
Efluente
40 a 85%
Baixa ou Nula
Legislação Ambiental
(Padrão de Lançamento)
Matéria Orgânica
60 mg DBO/L ou
40~160 mg DBO/L
Eficiência > 60%
Nutrientes
30 mg NH3/L
20 mg NH3/L
x
4 x 103
x
Microrganismos
Baixa ( 1 log)
104 ~ 107
NMP /100mL
55. Sistemas de tratamento aeróbio
Nos sistemas aeróbios cerca de 40 a 50% de degradação biológica, com a
conseqüente conversão em CO2.
Verifica-se uma alta incorporação de matéria orgânica na forma de
biomassa microbiana
LODO EXCEDENTE
DO SISTEMA
50 a 60%
O material orgânico não convertido em gás carbônico, ou em biomassa, deixa
o reator como material não degradado (5 a 10%).
EFLUENTE
5 a 10%
Fungos
Protozoários
Bactérias
Metazoários
56. Sistemas de tratamento aeróbio
Lodos
ativados
•
Sólidos suspensos
sedimentáveis e
matéria orgânica
suspensa são
removidos no
decantador primário
•
Decantador secundário
•
Tanque de aeração
•
Efluente sai clarificado
•
Lodo secundário
retorna para o tanque
de aeração – aumento
de eficiência do
processo RECIRCULAÇÃO
57. Sistemas de tratamento aeróbio
Lodos
ativados
• Biomassa permanece no sistema por mais tempo do que na
modalidade convencional
• TDH líquido – 16 a 24 horas
• Idade do lodo – 20 a 30 dias
• Bactérias utilizam sua própria biomassa para realizar os processos
metabólicos
• Estabilização da biomassa no próprio tanque de aeração – lodo já
sai estabilizado
58. Sistemas de tratamento aeróbio
Lagoa de
estabilização
Facultativa
Aerada facultativa
Aerada de mistura completa
59. Sistemas de tratamento aeróbio
Facultativa
•
•
•
•
DBO
particulada
se •
sedimenta e o lodo de
fundo
é
decomposto
anaerobiamente
•
DBO solúvel: permanece
dispersa na massa líquida •
(decomposição
->
por
bactérias facultativas)
•
TDH > 20 dias
•
Fotossíntese: O2 para as
bactérias ->requer elevada
•
área de exposição
•
Retirada do lodo de fundo
> 20 anos
•
Simplicidade operacional
Aerada facultativa
Aerada de mistura completa
Funcionamento – lagoa
facultativa
•
Fornecimento de O2 por
meio de aeradores
Elevado nível de aeração,
biomassa em suspensão
na massa líquida
•
Maior
sistema
TDH entre 5 e 10 dias
•
TDH – 2 a 4 dias
Menor requisito de área
•
Biomassa sai com o
efluente
líquido,
necessidade de uma lagoa
de decantação
•
Requer menor área entre
as lagoas de estabilização
•
Retirada do lodo – 2 a 5
anos
Requerimento
energia elétrica
de
Retirada do lodo de
fundo < 5 anos
eficiência
do
60. Sistemas de tratamento aeróbio
Filtros
biológicos
•
Matéria orgânica é estabilizada por bactérias que crescem aderidas a um
meio suporte
•
Aeração natural
•
Lodo não estabilizado
•
Recirculação auxilia em maiores eficiências de remoção de matéria
orgânica, nutrientes e coliformes
61. Sistemas Anaeróbios X Sistemas Aeróbios
Biogás
(70 a 90%)
Matéria
Orgânica
(100% DQO)
CO2
(40 a 50%)
Efluente
(10 a 30%)
Reator
Anaeróbio
Lodo (5 a 15%)
Reator
Aeróbio
Efluente (5 a 10%)
Lodo (50 a 60%)
Aproveitamento Energético do Biogás?
Baixa Produção de Lodo! Reciclagem dos Biossólidos?
Atendimento à Legislação Ambiental?
62. Sistemas de tratamento combinado
• Processo aeróbio
PÓS- TRATAMENTO
* Remoção de matéria orgânica residual
* Remoção de nutrientes e coliformes
* Legislação ambiental
Anaeróbio
Aeróbio
Melhorar a e s t a b i l i d a d e e e f i c i ê n c i a dos
processos de tratamento de águas residuárias
63. Sistemas de tratamento combinado
O principal papel do pós-tratamento é o de
completar a remoção da matéria orgânica, bem
como
o
de
constituintes
proporcionar
pouco
a
afetados
remoção
no
de
tratamento
anaeróbio, como os nutrientes (N e P) e os
organismos
patogênicos
protozoários e helmintos).
(vírus,
bactérias,
65. Sistemas de tratamento anóxico
Tratamento de efluentes industriais
e/ou sanitários para a minimização de
compostos
nitrogenados,
como
N=amoniacal, N orgânico, Nitratos e
Nitritos.
As reações biológicas ocorrem somente
na presença de oxigênio combinado,
utilizando os íons como aceptores de
elétrons
66. Sistemas de tratamento anóxico
O tratamento anóxico caracteriza-se
pela etapa de desnitrificação dos
compostos nitrogenados, que já
passaram por processo de nitrificação
em condições aeróbicas.
O processo anóxico proporciona
redução de compostos nitrogenados à
compostos mais simples, como N
gasoso.
67. Sistemas de tratamento anóxico
•
Remoção biológica do nitrogênio
NITRIFICAÇÃO
DESNITRIFICAÇÃO
Oxidação do N-NH3
•N-NO2-
Nitrosomonas
•N-NO3-
Nitrobacter
Redução do N-NO3-
•
COV
• baixa
OD
suficiente CaCO3
velocidade de crescimento
•
Bactérias heterotróficas
Pseudomonas
•
Bactérias autotróficas
Thiobacillus
•
Assimilação biológica do N-NO3-
• ANAMMOX®
competição com heterotróficas
68. Sistemas de tratamento anóxico
Condições anóxicas: redução de
nitratos (desnitrificação)
2NO3- + 2H+
N2 + 2,5 O2 + H2O
70. TÓPICOS
1. Contextualização da geração de efluentes
2. Sistemas de tratamento de efluentes
3. Tratamento anaeróbio
4. Tratamento aeróbio
5. Tratamento anóxico
6. Características dos esgotos tratados pelos
diversos processos e composição de custos
de implantação e operacionais
71. Características dos esgotos tratados pelos diversos processos e
composição de custos de implantação e operacionais
• Em um importante estudo desenvolvido pelo PROSAB, Programa de Pesquisa em
Saneamento Básico (Chernicharo, 2000), foram identificadas as seguinte as
características dos esgotos tratados pelos diversos processos e composição de
custos de implantação e operacionais:
72. DBO5
(mg/L)
SS
(mg/L)
N amon
(mg/L)
Custo de Implantação
(R$/habitante)
População
(mil)
Consumo de
Energia
(kwh/hab.ano)
AT
< 30
< 30
> 15
100,00 – 130,00
200 e 600
12
C
< 20
< 20
<5
120,00 – 160,00
200 e 600
20
C (AP)
< 20
< 40
<5
60,00 – 80,00
50 - 150
35
< 30
> 15
Até 500
15
50 - 500
6
Tipos de Tratamentos
Lodos Ativados
Filtros
Biológicos
UASB + Lodos
Ativados
UASB + Filtro
Biológico
AT
AT
C
< 30
< 20
< 20
< 30
< 30
> 20
50,00 – 80,00
<5
70,00 – 100,00
< 30
< 30
UASB + Filtro
Biológico AS
< 20
< 30
> 20
Lagoas
Aeradas
Aeróbias +
Lagoas de
decantação
< 30
< 40
> 25
AT
AT = Alta Taxa
C= Convencional
C( AP) = Convencional ( Aeração Prolongada)
100,00 – 130,00
> 20
50,00 – 80,00
50 - 500
15
20 - 200
6
80,00 – 100,00
20 - 200
6
50,00 – 70,00
30 - 200
22
74. Tecnologias de Tratamento de Águas residuárias
FÍSICO
QUÍMICO
BIOLÓGICO
AERÓBIO
ANAERÓBIO
Tipo de Reator
Biomassa Aderida
-Introdução de material de
enchimento
- Fixos ou Móveis
-Garantindo aderência da
biomassa que cresce sob a
forma de biofilme aderido ao
meio inerte, ou meio suporte.
Em suspensão na
Massa líquida
- Não há suporte inerte para
aderência dos
microorganismos
- Microorganismos crescem
floculados em suspensão na
massa
75. Tecnologias de Tratamento de Águas residuárias
BIOLÓGICO
Biomassa = Microorganismos responsáveis pela degradação da
matéria orgânica dos efluentes
Com retenção de Biomassa
Biomassa Aderida ( fixo ou móvel)
Compactos
Permitem Maior concentração de
microorganismos ativos
Maior Capacidade de recebimento de
cargas orgânicas
Sem retenção da Biomassa
TDH = Tempo de residência celular (
idade do lodo)
Microorganismos ficam no sistema o
tempo necessário para a estabilização
da M. O.
Lodos ativados( reatores de
crescimento em suspensão na
biomassa líquida)