2. Assinada por líderes políticos de 189
nações, incluindo Portugal. Países
desenvolvidos e em desenvolvimento
comprometem-se a:
• combater a pobreza e a fome, a
desigualdade de género, a degradação
ambiental e o vírus doVIH/SIDA.
• melhorar o acesso à educação, a cuidados
de saúde básicos e a água potável.
3. Lançada por Kofi Annan, funciona em 30
países (24 em África e Ásia, 6 na Europa e
América do Norte) para:
• apoiar os cidadãos que exigem aos seus
líderes políticos que cumpram os
compromissos assumidos em 2000
4. Promessa de Ajuda: 0,7%
do RNB
Promessa cumprida: Bélgica, Dinamarca,
Finlândia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda,
Noruega, Suécia e Reino Unido.
Promessa quebrada: todos os outros.
Portugal: 0,27%
5.
6. Entre 2000 e 2007, a pobreza extrema passou de
29% para 18% da população mundial. Mas o
progresso não foi uniforme em todas as regiões:
No Sudoeste Asiático, a pobreza desceu de 60%
para 20% nos últimos 25 anos. Em contraste, a
pobreza na África Subsariana desceu apenas de 58%
para 51% entre 1990 e 2005 – e estima-se que em
2010 a crise económica tenha deixado outros 64
milhões a viver com menos de €0,70 por dia.
Estima-se que em 2010, 925 milhões de pessoas nos
países pobres não conseguiram satisfazer as suas
necessidades calóricas básicas.
7. O número de crianças a frequentar o ensino primário
atingiu os 89% em 2008 (83% em 2000).
Mas cerca de 69 milhões de crianças continuam sem
frequentar a escola. Quase metade destas crianças
vive na África subsariana (31 milhões), e mais de um
quarto na Ásia do Sul (18 milhões).
8. As mulheres contribuem com 2/3 das horas de
trabalho e são responsáveis por metade da produção
alimentar. No entanto, ganham 10% do rendimento
mundial e detém 1% da propriedade.
Apesar do progresso alcançado, há ainda 96 raparigas
na escola por cada 100 rapazes. Quase 2/3 dos adultos
analfabetos são mulheres.
Apesar do aumento na representação feminina em
cargos políticos, a nível global esta é de apenas 19%.
9. Quase 9 milhões de crianças morrem todos os anos
antes de celebrarem o seu quinto aniversário.
As taxas de mortalidade infantil mais altas
continuam a ocorrer na África subsariana, onde em
2008, 1 em cada 7 crianças morreu antes dos 5 anos.
Dos 67 países com taxas altas de mortalidade
infantil, apenas 10 estão próximos de atingir este
ODM.
10. Mais de 350 mil mulheres morrem anualmente de
complicações durante a gravidez ou o parto, 99%
nos países em desenvolvimento. Estas mortes são
evitáveis, mas os progressos na sua diminuição têm
sido muito lentos.
Na África Subsariana, os riscos de morrer devido ao
parto são de 1 em 30, contra 1 em 5.600 nas regiões
desenvolvidas.
Todos os anos, 1 milhão de crianças perde as suas
mães. Estas crianças têm uma probabilidade dez
vezes maior de morrer prematuramente.
11. Em 2008, 33.4 milhões de pessoas estavam
infectadas pelo VIH/SIDA, apesar do acesso ao
tratamento ter aumentado 10 vezes num período
de apenas 5 anos, nos países de baixo e médio
rendimento.
A nível global, a SIDA é principal causa de morte
nas mulheres em idade reprodutiva.
A África Subsariana continua a ser a região mais
atingida: embora tenha apenas 10% da população
mundial, ali habitam 64% dos seropositivos e 90%
das crianças seropositivas com menos de 15 anos.
12. Metade da população mundial corre o risco de
contrair Malária. Em 2008, houve 243 milhões de
novos casos, que causaram 863,000 mortes, 89%
em África.
A doença é a principal causa de anemia nas
crianças e mulheres grávidas.
A Malária mata uma criança no mundo em cada
45 segundos. Estas mortes são evitáveis com
medidas preventivas (redes mosquiteiras
impregnadas de insecticida) e tratamento (ter
acesso a medicação).
13. A Tuberculose continua a ser a segunda causa de
morte a seguir aoVIH. Estima-se que 11 milhões
sofriam da doença em 2008. Mas o número de
novos casos desceu de 143 para 139 por cada
100.000 pessoas, entre 2004 e 2008.
Se as tendências actuais continuarem, o objectivo
de deter e reverter a incidência da tuberculose será
atingido em 2015. As taxas têm diminuído em todas
as regiões, excepto na Ásia, onde se verificaram 55%
dos novos casos.
14. Em 2004, 80% da população tinha acesso a água
potável, face a 71% em 1990. No mesmo período,
quanto ao saneamento básico, a evolução foi de
35% para 50%.
Apesar desta evolução positiva, 884 milhões de
pessoas não tem acesso a água potável e 2.6 mil
milhões vivem sem saneamento básico.
Os bairros de lata continuam a aumentar devido ao
número de pobres urbanos. O número de habitantes
nestes bairros é hoje cerca de 828 milhões.
15. As taxas de desflorestação têm vindo a diminuir,
mas mantêm-se altas em algumas das regiões com
maior biodiversidade do mundo. No período de
2000-2010, a perda de áreas florestais diminuiu para
5.3 milhões de hectares por ano, face aos 8.3
milhões de ha entre 1990 e 2000.
O mundo falhou a meta de 2010 para a conservação
da biodiversidade. Quase 17.000 espécies de
plantas e animais estão actualmente em risco de
extinção e o número cresce a cada dia.
16. Os países industrializados originaram 80% das
emissões de CO2 entre 1900 e 1999, mas são os
países em desenvolvimento os mais vulneráveis aos
efeitos das emissões, as alterações climáticas: aqui
ocorrem 96% das mortes devido a fenómenos
meteorológicos extremos.
Para que as emissões parem de crescer até 2015, os
1.4 mil milhões de pessoas sem electricidade devem
ter acesso a fontes limpas de energia.
17. A Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD)
desceu em 2006, pela 1ª vez desde 1997.
Dos 23 principais países doadores, apenas oito
cumpriram a meta de 0,51% para 2010 – a caminho da
meta das Nações Unidas de 0.7% do Rendimento
Nacional Bruto (RNB) destinado à APD até ao ano
2015.
Portugal está entre os que não cumprem o prometido:
0,23% do RNB em 2009 e 0,27% em 2010.
18. ¾ das exportações de países em desenvolvimento
para os países desenvolvidos foram isentas de taxas
alfandegárias em 2004. Mas os produtos mais
importantes para os países em desenvolvimento,
como o vestuário e certos produtos agrícolas,
continuam pagar fortes taxas alfandegárias.
Os subsídios concedidos aos agricultores da UE
continuam a distorcer as regras do comércio
internacional, com prejuízo para os países em
desenvolvimento.
19.
20. Será justo que:
Embora África tenha sido responsável por apenas
3% das emissões de CO2 entre 1900 e 1999, sofra
agora o maior impacto das alterações climáticas ?
É justo fazer transferências financeiras e
tecnológicas para que os países mais vulneráveis
possam adaptar-se às alterações climáticas.
21. Será justo que:
Embora a União Europeia continue a subsidiar os
seus agricultores, pretenda que os países em
desenvolvimento assinem Acordos de Parceria
Económica que abrem os seus mercados aos
produtos europeus ?
É justo definir regras de comércio internacional que
proibam os subsídios agrícolas distorcedores dos
preços e que concedam tratamento especial aos
países em desenvolvimento.
22. Será justo que:
Embora 96% de novos casos deVIH/SIDA ocorram
nos países em desenvolvimento, os Governos desses
países sejam impedidos de disponibilizar à
população medicamentos a preços acessíveis ?
É justo suspender as patentes de medicamentos,
quando se trata de graves problemas de saúde
pública em países sem meios para aceder aos
medicamentos patenteados.
23. 65% dos portugueses
nunca ouviu falar dos ODM
.
.. mas 60% acha “importante” ajudar
os países pobres
O Desenvolvimento Global é
um tema menor na Agenda
25. Mobilização social &
Comunicação para a Mudança:
Vamos falar de...
> Impacto global de mudanças locais no
comportamento político da sociedade civil
> Impacto global de mudanças locais nos padrões de
consumo