SlideShare una empresa de Scribd logo
A Missão de Pedro
Edivaldo Arnaldo
Maria Costa
Pedro
Missão
Espírito Santo
Discurso
Pentecostes
Pagãos
Resumo
Organização
Prólogo;
A atividade de Pedro em Lida e Jope;
A atividade de Pedro em Cesareia;
A ação de Deus;
O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio;
Em Jerusalém, Pedro justifica a sua conduta;
Introdução:
“Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e
sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, e a Samaria, até
os confins da terra” (cf. At 1, 8).
Pentecostes foi celebrada no início, pelos cristãos simplesmente como fim
de uma Páscoa de cinquenta dias; tomava-se o mistério pascal em sua
plenitude.
O Espírito anima seus discípulos para anunciá-lo; é guia do testemunho
deles até no detalhe de suas empreitadas e itinerários.
São Lucas vai falar sobre outras vindas do Espírito Santo, vários
Pentecostes: em Jerusalém (At 2; 4, 25-31), na Samaria (At 8, 14-17), e a que
dá início a atividade missionária de Cornélio (At 10, 44).
Prólogo:
O evangelista Lucas organiza um itinerário geográfico progressivo,
as curas realizadas por Pedro, representam um dos motivos que levou
a Cornélio chamar o apóstolo em Jope, desejando conhecer melhor a
pessoa de Jesus. Toda a unidade literária pode ser representada com o
seguinte esquema:
Pedro e Eneias (At 9, 32-35)
Pedro e Tabita (At 9, 36-42)
Transição (At 9, 43)
Pedro e Cornélio (At 10, 1-48b)
Pedro em Jerusalém (At 11, 1-18)
A atividade de Pedro em Lida e Jope (At 9, 32-42)
No relato encontram-se elementos interessantes referentes à missão:
Pedro atua na mesma área de Felipe, nas cidades da costa do Mediterrâneo
entre Azoto e Cesareia (At 8, 40);
Devido a proximidade da Igreja em Jerusalém é possível supor que vários
missionários trabalhassem nessa região (At 9, 32), como também fora dela
(At 9, 31);
Lucas apresenta destaque na missão de Pedro entre os “eleitos”, os judeu-
cristãos da Palestina (vv. 32.41); dois personagens são beneficiados por
Pedro: um homem e uma mulher:
Eneias e Tabita
O paralítico de Lida (At 9, 32-35)
Diferente da cura do coxo (At 3, 3), em Lida, Eneias não faz nada para
chamar a atenção de Pedro, é Pedro que percebe a situação e age de forma
totalmente gratuita, dizendo ao coxo: “Eneias, Jesus Cristo te restitui a saúde;
levanta-te e arruma a tua cama” (At 9, 34);
A cura se torna o sinal da irrupção do Reino de Deus (Lc 11, 20), da vitória
sobre Satanás (At 10, 38), do senhorio do Ressuscitado sobre o mal que
atormenta o ser humano.
A ressurreição de Tabita (At 9, 36-42)
Há uma continuidade entre a atuação do Mestre e a do discípulo. A mulher
que vem a falecer é “uma discípula” (mathêtria, v. 36a), era uma benfeitora da
comunidade, “praticante de boas obras e doadora de fartas esmolas” (At 9, 36);
frisa-se que ela “caiu doente e morreu” (At 9, 38a). O corpo dela é lavado
seguindo a tradição hebraica, é colocado na sala superior à espera do enterro, que
normalmente acontecia no mesmo dia. Os discípulos mandam chamar Pedro, que
se encontra em Lida, o qual parte imediatamente.
Lucas com muita sobriedade, destaca que Pedro, sozinho e de joelhos ora
pedindo a Deus intervir nessa situação (Lc 22, 41). A simples ordem: “Tabita,
levanta-te”, faz com que a mulher abra os olhos e se sente na cama. Levada pela
a mão de Pedro (At 9, 41a), é apresentada viva aos demais que se regozijam pelo
acontecido.
Vale ressaltar que, nesse ponto dos Atos, Lucas quer mostrar no gesto
operado por Pedro a promessa da salvação definitiva trazida por Cristo.
Por meio desses dois episódios, Lucas prepara a passagem mais importante
da microunidade literária: o encontro de Pedro e Cornélio que iremos
aprofundar.
A atividade de Pedro em Cesareia: a conversão de Cornélio (At 10, 1—11, 18)
Cornélio, como “temente a Deus”, é o primeiro pagão convertido ao judaísmo
que vem fazer parte da comunidade cristã, sem ainda ter recebido a circuncisão. É
um acontecimento básico abrindo novos horizontes à missão historicamente pode-se
duvidar que Cornélio seja verdadeiramente o primeiro pagão a ser aceito na Igreja;
esse primado é dado ao eunuco que vai adorar em Jerusalém.
Lucas organiza de forma progressiva as várias conversões à fé cristã: os
primeiros são os judeu-ortodoxos, seguido dos helenistas e os judeu heterodoxos; na
figura dos samaritanos convertidos por Felipe. Seguem-se os “tementes a Deus” –
pagãos –.
Pedro compreende, então, que uma atitude fechada em relação aos pagãos vai
“obstaculizar” a obra de Deus (kôlyein, At 11, 17). Diante de uma inesperada
manifestação do Espírito Santo, decide batizar os primeiros incircuncisos,
consciente de que está é a vontade de Deus.
A organização do relato
Toda a narrativa em Atos 10, 1—11, 18 pode ser considerada uma unidade
literária:
Visão de Cornélio em Cesareia (At 10, 1-8);
Visão de Pedro em Jope (At 10, 9-16);
O envio dos mensageiros por parte do centurião romano (At 10, 23b-29);
Apresentação de Cornélio da visão recebida (At 10, 30-33);
O discurso de Pedro (At 10, 34-43);
A descida do Espírito Santo (At 10, 44-48);
Todo o episódio dura 4 dias (At 10, 30).
A ação de Deus
Lucas frisa que a acolhida na Igreja do primeiro incircunciso é
determinada pela vontade de Deus. Pedro manifesta, em particular, no seu
discurso a consciência de que tudo o que ele está vivendo é regido por Deus; o
Espírito Santo desce sobre os incircuncisos durante o discurso de Pedro,
mostrando explicitamente sua vontade (At 10, 23.33; 11,14).
A dúplice visão
Cornélio “fixa” com atenção a visão que vem do céu (atenísas); o anjo lhe
ordena mandar buscar Pedro, que se encontra em Jope na casa de Simão, o curtidor,
perto do mar, indicando com exatidão a sua localização (vv. 6.17.32). Também
Pedro recebe a visão, está rezando no terraço da casa onde está hospedado. A
dificuldade de dizer com exatidão o que de fato aconteceu é indicada pelo advérbio
“como” (cf. At 2, 2-3). Pedro fica perplexo e hesitante diante da visão. Serão os
acontecimentos futuros que irão esclarecer o sentido do que ocorreu; em primeiro
lugar a intervenção do Espírito.
Com efeito, é o próprio Espírito e não Simão, o curtidor, quem avisa Pedro da
chegada dos mensageiros de Cornélio (v. 19), convidando-o a andar com eles
“sem hesitação, porque fui eu quem os enviei” (v. 20). O Espírito que atua na
vida de Pedro e acompanha seus esforços de interpretar o que aconteceu, faz
com que ele descubra gradativamente a vontade divina.
O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio: (At 10, 34-43)
Não se trata simplesmente do encontro de dois personagens, mas de duas
comunidades embora pequenas: o judeu-cristão e a dos incircuncisos que Pedro
qualifica como pessoas “de outra raça” (v. 28). À luz do desenvolvimento dos
acontecimentos, Pedro pode compreender o sentido da visão de Jope e sua
referência aos pagãos e declara: “Deus não faz acepção de pessoas” (v. 34),
destacando que também os pagãos são chamados à conversão e a fazer parte da
Igreja (cf. At 11, 18).
Outro elemento característico do discurso é o destaque dado ao valor universal da
atuação de Jesus, declara-se que Jesus é “o Senhor de todos” (v. 36) e por meio dele
“a Boa Nova da Paz” dirigida aos filhos de Israel, é destinada a se espalhar entre os
povos, afirmando que “todo aquele que nele crer” recebe “a remissão dos pecados”
(v. 43).
A descida do Espírito Santo (At 10, 44-48)
A vinda do Espírito Santo é repentina e inesperada; interrompe o discurso de
Pedro, mostrando assim, de forma inequívoca, a vontade de Deus (v. 44). Depois da
efusão, salienta que os tementes a Deus recebera o Espírito Santo “assim como nós”
(v. 47). Por isso, pode-se dizer que em Cesareia acontece um novo Pentecostes, o
Pentecostes dos pagãos.
Em Jerusalém, Pedro justifica sua conduta
A notícia da justificação de Pedro perante as autoridades de Jerusalém é
historicamente plausível e manifesta a vigilância com que os chefes da Igreja
acompanhavam as várias etapas da difusão do evangelho; no relato, dá-se muito
destaque à visão de Pedro, fazendo menção à visão de Cornélio; o Espírito desce
sobre os incircuncisos “apenas Pedro começou a falar” (v. 15), realça-se, desta
forma, que a manifestação da vontade de Deus ocorre logo ao começo do evento.
Pedro, na sua função de representante da Igreja, e não outro apóstolo, é o
primeiro a aceitar um pagão na comunidade, Lucas quer apresentar a Igreja que vive
em harmonia, obediente a seu chefe, consciente da sua constituição hierárquica.
Considerações Finais
Sendo assim, São Lucas nos expressa uma Igreja viva e atuante, na força do
Espírito Santo, e apresenta em todo o momento que Deus caminha com o seu povo,
curando e oferecendo a vida nova em Jesus Cristo. Uma Igreja com uma cabeça
visível – Pedro – que não age por si só, mas em comunhão com os demais irmãos,
garantindo assim a solidez das ações da Igreja.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASALEGNO, Alberto. Ler os Atos dos Apóstolos. Estudo da Teologia Lucana da Missão. São Paulo:
Edições Loyola, 2005;
JERUSALÉM, Bíblia de. Português. São Paulo: Paulus, 2019;
SAGRADA, Bíblia. Português. Edição Ave Maria. Português. São Paulo: Ave Maria, 2009;
PASTORAL, Nova Bíblia. Português. São Paulo: Paulus, 2014;
CONGAR, Yves. Revelação e Experiência do Espírito. São Paulo: Edições Paulinas, 2ª ed, 2005
Obrigado!

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

A Epistola de Tiago
A Epistola de TiagoA Epistola de Tiago
A Epistola de Tiago
UEPB
 
Cartas de joão
Cartas de joãoCartas de joão
Cartas de joão
Dókimos Aprovado
 
Princípios para uma Vida de Santidade
Princípios para uma Vida de SantidadePrincípios para uma Vida de Santidade
Princípios para uma Vida de Santidade
IBMemorialJC
 
44 1, 2 e 3 joão
44  1, 2 e 3 joão44  1, 2 e 3 joão
44 1, 2 e 3 joão
PIB Penha
 
3. O Evangelho Segundo Mateus
3. O Evangelho Segundo Mateus3. O Evangelho Segundo Mateus
3. O Evangelho Segundo Mateus
Igreja Presbiteriana de Dourados
 
09 ist - cristologia
09  ist - cristologia09  ist - cristologia
09 ist - cristologia
Léo Mendonça
 
estudo do evangelho de Mateus
estudo do evangelho de Mateusestudo do evangelho de Mateus
estudo do evangelho de Mateus
RODRIGO FERREIRA
 
7. atos dos apóstolos
7. atos dos apóstolos7. atos dos apóstolos
7. atos dos apóstolos
Igreja Presbiteriana de Dourados
 
Quem é jesus power point
Quem é jesus power pointQuem é jesus power point
Quem é jesus power point
Marcelo Gonçalves
 
A Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
A Bíblia (Aula 8): Livros ProféticosA Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
A Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
Gustavo Zimmermann
 
Filho prodigo
Filho prodigoFilho prodigo
Filho prodigo
Jhonatam da Mata
 
Cura interior a luz da palavra.
Cura interior a luz da palavra.Cura interior a luz da palavra.
Cura interior a luz da palavra.
João Campos
 
Lição 1 - Lucas e seu Evangelho
Lição 1 - Lucas e seu EvangelhoLição 1 - Lucas e seu Evangelho
Lição 1 - Lucas e seu Evangelho
Éder Tomé
 
Lição 7 - Missões no Antigo Testamento
Lição 7 - Missões no Antigo TestamentoLição 7 - Missões no Antigo Testamento
Lição 7 - Missões no Antigo Testamento
Éder Tomé
 
Gnosticismo
GnosticismoGnosticismo
Gnosticismo
Rafael Tomazini
 
BEMA - O Tribunal de Cristo
BEMA - O Tribunal de CristoBEMA - O Tribunal de Cristo
BEMA - O Tribunal de Cristo
Daniel de Carvalho Luz
 
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULOAULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
Daniel de Melo
 
Historia da igreja
Historia da igrejaHistoria da igreja
Historia da igreja
ESTUDANTETEOLOGIA
 
Doutrina de deus
Doutrina de deusDoutrina de deus
Doutrina de deus
Gcom digital factory
 
Missão de Jesus - Evangelização espírita
Missão de Jesus - Evangelização espíritaMissão de Jesus - Evangelização espírita
Missão de Jesus - Evangelização espírita
Larissa Martins
 

La actualidad más candente (20)

A Epistola de Tiago
A Epistola de TiagoA Epistola de Tiago
A Epistola de Tiago
 
Cartas de joão
Cartas de joãoCartas de joão
Cartas de joão
 
Princípios para uma Vida de Santidade
Princípios para uma Vida de SantidadePrincípios para uma Vida de Santidade
Princípios para uma Vida de Santidade
 
44 1, 2 e 3 joão
44  1, 2 e 3 joão44  1, 2 e 3 joão
44 1, 2 e 3 joão
 
3. O Evangelho Segundo Mateus
3. O Evangelho Segundo Mateus3. O Evangelho Segundo Mateus
3. O Evangelho Segundo Mateus
 
09 ist - cristologia
09  ist - cristologia09  ist - cristologia
09 ist - cristologia
 
estudo do evangelho de Mateus
estudo do evangelho de Mateusestudo do evangelho de Mateus
estudo do evangelho de Mateus
 
7. atos dos apóstolos
7. atos dos apóstolos7. atos dos apóstolos
7. atos dos apóstolos
 
Quem é jesus power point
Quem é jesus power pointQuem é jesus power point
Quem é jesus power point
 
A Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
A Bíblia (Aula 8): Livros ProféticosA Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
A Bíblia (Aula 8): Livros Proféticos
 
Filho prodigo
Filho prodigoFilho prodigo
Filho prodigo
 
Cura interior a luz da palavra.
Cura interior a luz da palavra.Cura interior a luz da palavra.
Cura interior a luz da palavra.
 
Lição 1 - Lucas e seu Evangelho
Lição 1 - Lucas e seu EvangelhoLição 1 - Lucas e seu Evangelho
Lição 1 - Lucas e seu Evangelho
 
Lição 7 - Missões no Antigo Testamento
Lição 7 - Missões no Antigo TestamentoLição 7 - Missões no Antigo Testamento
Lição 7 - Missões no Antigo Testamento
 
Gnosticismo
GnosticismoGnosticismo
Gnosticismo
 
BEMA - O Tribunal de Cristo
BEMA - O Tribunal de CristoBEMA - O Tribunal de Cristo
BEMA - O Tribunal de Cristo
 
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULOAULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
 
Historia da igreja
Historia da igrejaHistoria da igreja
Historia da igreja
 
Doutrina de deus
Doutrina de deusDoutrina de deus
Doutrina de deus
 
Missão de Jesus - Evangelização espírita
Missão de Jesus - Evangelização espíritaMissão de Jesus - Evangelização espírita
Missão de Jesus - Evangelização espírita
 

Similar a A missão de Pedro

Lição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
Lição 9 - O legado missionário da igreja primitivaLição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
Lição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
Erberson Pinheiro
 
05 interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
05   interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia05   interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
05 interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
Diego Fortunatto
 
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdfOs_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
AMILTON gomes Gomes
 
Eclesiologia Ana Cristina Leão
Eclesiologia Ana Cristina LeãoEclesiologia Ana Cristina Leão
Eclesiologia Ana Cristina Leão
Eraldo Luciano
 
Eclesiologia ana
Eclesiologia anaEclesiologia ana
Eclesiologia ana
Eraldo Luciano
 
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptxLição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
Celso Napoleon
 
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
IBADEP BASICO -  EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS  AULA2 - 1 e 2 CORINTIOSIBADEP BASICO -  EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS  AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
Rubens Sohn
 
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRAFORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
José Luiz Silva Pinto
 
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves teologo
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves   teologoA consagração dos sacerdotes by josé roberto alves   teologo
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves teologo
JOSE ROBERTO ALVES DA SILVA
 
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptxLição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
Celso Napoleon
 
2 introdução à escatologia ii
2 introdução à escatologia ii2 introdução à escatologia ii
2 introdução à escatologia ii
faculdadeteologica
 
Eclesiologias nt
Eclesiologias ntEclesiologias nt
Eclesiologias nt
Zé Vitor Rabelo
 
Escatologia bíblica
Escatologia bíblicaEscatologia bíblica
Escatologia bíblica
Marcos Kinho
 
Lição 9 a pureza do movimento pentecostal
Lição 9   a pureza do movimento pentecostalLição 9   a pureza do movimento pentecostal
Lição 9 a pureza do movimento pentecostal
Jose Ventura
 
2 coríntios autobiografia de uma pessoa no espírito
2 coríntios   autobiografia de uma pessoa no espírito2 coríntios   autobiografia de uma pessoa no espírito
2 coríntios autobiografia de uma pessoa no espírito
Escola Bíblica Ministério Missões
 
Curso de-ministros
Curso de-ministrosCurso de-ministros
Curso de-ministros
Wesley Mallbross
 
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano CComentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
José Lima
 
Luzparavida espiritosanto
Luzparavida espiritosantoLuzparavida espiritosanto
Luzparavida espiritosanto
Luiza Dayana
 
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptxLição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
Celso Napoleon
 
Nossa missão_Lição_original com textos_932014
Nossa missão_Lição_original com textos_932014Nossa missão_Lição_original com textos_932014
Nossa missão_Lição_original com textos_932014
Gerson G. Ramos
 

Similar a A missão de Pedro (20)

Lição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
Lição 9 - O legado missionário da igreja primitivaLição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
Lição 9 - O legado missionário da igreja primitiva
 
05 interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
05   interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia05   interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
05 interpretação dos apóstolos do cumprimento da profecia
 
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdfOs_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
 
Eclesiologia Ana Cristina Leão
Eclesiologia Ana Cristina LeãoEclesiologia Ana Cristina Leão
Eclesiologia Ana Cristina Leão
 
Eclesiologia ana
Eclesiologia anaEclesiologia ana
Eclesiologia ana
 
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptxLição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
Lição 5 – Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.pptx
 
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
IBADEP BASICO -  EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS  AULA2 - 1 e 2 CORINTIOSIBADEP BASICO -  EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS  AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOS
 
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRAFORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
 
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves teologo
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves   teologoA consagração dos sacerdotes by josé roberto alves   teologo
A consagração dos sacerdotes by josé roberto alves teologo
 
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptxLição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptx
 
2 introdução à escatologia ii
2 introdução à escatologia ii2 introdução à escatologia ii
2 introdução à escatologia ii
 
Eclesiologias nt
Eclesiologias ntEclesiologias nt
Eclesiologias nt
 
Escatologia bíblica
Escatologia bíblicaEscatologia bíblica
Escatologia bíblica
 
Lição 9 a pureza do movimento pentecostal
Lição 9   a pureza do movimento pentecostalLição 9   a pureza do movimento pentecostal
Lição 9 a pureza do movimento pentecostal
 
2 coríntios autobiografia de uma pessoa no espírito
2 coríntios   autobiografia de uma pessoa no espírito2 coríntios   autobiografia de uma pessoa no espírito
2 coríntios autobiografia de uma pessoa no espírito
 
Curso de-ministros
Curso de-ministrosCurso de-ministros
Curso de-ministros
 
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano CComentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C
 
Luzparavida espiritosanto
Luzparavida espiritosantoLuzparavida espiritosanto
Luzparavida espiritosanto
 
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptxLição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
Lição 12 – Sendo Igreja do Deus Vivo.pptx
 
Nossa missão_Lição_original com textos_932014
Nossa missão_Lição_original com textos_932014Nossa missão_Lição_original com textos_932014
Nossa missão_Lição_original com textos_932014
 

Último

DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
ESCRIBA DE CRISTO
 
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução AnimicaEscola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
AlessandroSanches8
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
ESCRIBA DE CRISTO
 
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
ESCRIBA DE CRISTO
 
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdfPROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
Nelson Pereira
 
PEDRO NUNCA FOI PAPA [COM COMENTÁRIOS]
PEDRO NUNCA FOI PAPA   [COM COMENTÁRIOS]PEDRO NUNCA FOI PAPA   [COM COMENTÁRIOS]
PEDRO NUNCA FOI PAPA [COM COMENTÁRIOS]
ESCRIBA DE CRISTO
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Celso Napoleon
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
WELITONNOGUEIRA3
 
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
Nilson Almeida
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
JonasRibeiro61
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Nilson Almeida
 
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docxPONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
ElijainaVelozoGonalv
 
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptxBíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Igreja Jesus é o Verbo
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Celso Napoleon
 
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino FinalTornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
André Ricardo Marcondes
 
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Lourhana
 
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdfAula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
SrgioLinsPessoa
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
ayronleonardo
 

Último (18)

DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
 
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução AnimicaEscola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
 
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
 
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdfPROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdf
 
PEDRO NUNCA FOI PAPA [COM COMENTÁRIOS]
PEDRO NUNCA FOI PAPA   [COM COMENTÁRIOS]PEDRO NUNCA FOI PAPA   [COM COMENTÁRIOS]
PEDRO NUNCA FOI PAPA [COM COMENTÁRIOS]
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
 
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
 
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docxPONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
PONTOS PRINCIPAIS DA VIDA DE ZAQUEU O SERMÃO.docx
 
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptxBíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
 
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino FinalTornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
Tornar se Como Deus - A Cabala E Nosso Destino Final
 
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
 
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdfAula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
Aula02_Métodos de Interpretacao Bíblica_Prof. Gerson Willy.pdf
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
 

A missão de Pedro

  • 1. A Missão de Pedro Edivaldo Arnaldo Maria Costa
  • 3. Organização Prólogo; A atividade de Pedro em Lida e Jope; A atividade de Pedro em Cesareia; A ação de Deus; O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio; Em Jerusalém, Pedro justifica a sua conduta;
  • 4. Introdução: “Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, e a Samaria, até os confins da terra” (cf. At 1, 8). Pentecostes foi celebrada no início, pelos cristãos simplesmente como fim de uma Páscoa de cinquenta dias; tomava-se o mistério pascal em sua plenitude. O Espírito anima seus discípulos para anunciá-lo; é guia do testemunho deles até no detalhe de suas empreitadas e itinerários. São Lucas vai falar sobre outras vindas do Espírito Santo, vários Pentecostes: em Jerusalém (At 2; 4, 25-31), na Samaria (At 8, 14-17), e a que dá início a atividade missionária de Cornélio (At 10, 44).
  • 5. Prólogo: O evangelista Lucas organiza um itinerário geográfico progressivo, as curas realizadas por Pedro, representam um dos motivos que levou a Cornélio chamar o apóstolo em Jope, desejando conhecer melhor a pessoa de Jesus. Toda a unidade literária pode ser representada com o seguinte esquema: Pedro e Eneias (At 9, 32-35) Pedro e Tabita (At 9, 36-42) Transição (At 9, 43) Pedro e Cornélio (At 10, 1-48b) Pedro em Jerusalém (At 11, 1-18)
  • 6. A atividade de Pedro em Lida e Jope (At 9, 32-42) No relato encontram-se elementos interessantes referentes à missão: Pedro atua na mesma área de Felipe, nas cidades da costa do Mediterrâneo entre Azoto e Cesareia (At 8, 40); Devido a proximidade da Igreja em Jerusalém é possível supor que vários missionários trabalhassem nessa região (At 9, 32), como também fora dela (At 9, 31); Lucas apresenta destaque na missão de Pedro entre os “eleitos”, os judeu- cristãos da Palestina (vv. 32.41); dois personagens são beneficiados por Pedro: um homem e uma mulher: Eneias e Tabita
  • 7. O paralítico de Lida (At 9, 32-35) Diferente da cura do coxo (At 3, 3), em Lida, Eneias não faz nada para chamar a atenção de Pedro, é Pedro que percebe a situação e age de forma totalmente gratuita, dizendo ao coxo: “Eneias, Jesus Cristo te restitui a saúde; levanta-te e arruma a tua cama” (At 9, 34); A cura se torna o sinal da irrupção do Reino de Deus (Lc 11, 20), da vitória sobre Satanás (At 10, 38), do senhorio do Ressuscitado sobre o mal que atormenta o ser humano.
  • 8. A ressurreição de Tabita (At 9, 36-42) Há uma continuidade entre a atuação do Mestre e a do discípulo. A mulher que vem a falecer é “uma discípula” (mathêtria, v. 36a), era uma benfeitora da comunidade, “praticante de boas obras e doadora de fartas esmolas” (At 9, 36); frisa-se que ela “caiu doente e morreu” (At 9, 38a). O corpo dela é lavado seguindo a tradição hebraica, é colocado na sala superior à espera do enterro, que normalmente acontecia no mesmo dia. Os discípulos mandam chamar Pedro, que se encontra em Lida, o qual parte imediatamente. Lucas com muita sobriedade, destaca que Pedro, sozinho e de joelhos ora pedindo a Deus intervir nessa situação (Lc 22, 41). A simples ordem: “Tabita, levanta-te”, faz com que a mulher abra os olhos e se sente na cama. Levada pela a mão de Pedro (At 9, 41a), é apresentada viva aos demais que se regozijam pelo acontecido.
  • 9. Vale ressaltar que, nesse ponto dos Atos, Lucas quer mostrar no gesto operado por Pedro a promessa da salvação definitiva trazida por Cristo. Por meio desses dois episódios, Lucas prepara a passagem mais importante da microunidade literária: o encontro de Pedro e Cornélio que iremos aprofundar.
  • 10. A atividade de Pedro em Cesareia: a conversão de Cornélio (At 10, 1—11, 18) Cornélio, como “temente a Deus”, é o primeiro pagão convertido ao judaísmo que vem fazer parte da comunidade cristã, sem ainda ter recebido a circuncisão. É um acontecimento básico abrindo novos horizontes à missão historicamente pode-se duvidar que Cornélio seja verdadeiramente o primeiro pagão a ser aceito na Igreja; esse primado é dado ao eunuco que vai adorar em Jerusalém. Lucas organiza de forma progressiva as várias conversões à fé cristã: os primeiros são os judeu-ortodoxos, seguido dos helenistas e os judeu heterodoxos; na figura dos samaritanos convertidos por Felipe. Seguem-se os “tementes a Deus” – pagãos –. Pedro compreende, então, que uma atitude fechada em relação aos pagãos vai “obstaculizar” a obra de Deus (kôlyein, At 11, 17). Diante de uma inesperada manifestação do Espírito Santo, decide batizar os primeiros incircuncisos, consciente de que está é a vontade de Deus.
  • 11. A organização do relato Toda a narrativa em Atos 10, 1—11, 18 pode ser considerada uma unidade literária: Visão de Cornélio em Cesareia (At 10, 1-8); Visão de Pedro em Jope (At 10, 9-16); O envio dos mensageiros por parte do centurião romano (At 10, 23b-29); Apresentação de Cornélio da visão recebida (At 10, 30-33); O discurso de Pedro (At 10, 34-43); A descida do Espírito Santo (At 10, 44-48); Todo o episódio dura 4 dias (At 10, 30).
  • 12. A ação de Deus Lucas frisa que a acolhida na Igreja do primeiro incircunciso é determinada pela vontade de Deus. Pedro manifesta, em particular, no seu discurso a consciência de que tudo o que ele está vivendo é regido por Deus; o Espírito Santo desce sobre os incircuncisos durante o discurso de Pedro, mostrando explicitamente sua vontade (At 10, 23.33; 11,14).
  • 13. A dúplice visão Cornélio “fixa” com atenção a visão que vem do céu (atenísas); o anjo lhe ordena mandar buscar Pedro, que se encontra em Jope na casa de Simão, o curtidor, perto do mar, indicando com exatidão a sua localização (vv. 6.17.32). Também Pedro recebe a visão, está rezando no terraço da casa onde está hospedado. A dificuldade de dizer com exatidão o que de fato aconteceu é indicada pelo advérbio “como” (cf. At 2, 2-3). Pedro fica perplexo e hesitante diante da visão. Serão os acontecimentos futuros que irão esclarecer o sentido do que ocorreu; em primeiro lugar a intervenção do Espírito. Com efeito, é o próprio Espírito e não Simão, o curtidor, quem avisa Pedro da chegada dos mensageiros de Cornélio (v. 19), convidando-o a andar com eles “sem hesitação, porque fui eu quem os enviei” (v. 20). O Espírito que atua na vida de Pedro e acompanha seus esforços de interpretar o que aconteceu, faz com que ele descubra gradativamente a vontade divina.
  • 14. O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio: (At 10, 34-43) Não se trata simplesmente do encontro de dois personagens, mas de duas comunidades embora pequenas: o judeu-cristão e a dos incircuncisos que Pedro qualifica como pessoas “de outra raça” (v. 28). À luz do desenvolvimento dos acontecimentos, Pedro pode compreender o sentido da visão de Jope e sua referência aos pagãos e declara: “Deus não faz acepção de pessoas” (v. 34), destacando que também os pagãos são chamados à conversão e a fazer parte da Igreja (cf. At 11, 18). Outro elemento característico do discurso é o destaque dado ao valor universal da atuação de Jesus, declara-se que Jesus é “o Senhor de todos” (v. 36) e por meio dele “a Boa Nova da Paz” dirigida aos filhos de Israel, é destinada a se espalhar entre os povos, afirmando que “todo aquele que nele crer” recebe “a remissão dos pecados” (v. 43).
  • 15. A descida do Espírito Santo (At 10, 44-48) A vinda do Espírito Santo é repentina e inesperada; interrompe o discurso de Pedro, mostrando assim, de forma inequívoca, a vontade de Deus (v. 44). Depois da efusão, salienta que os tementes a Deus recebera o Espírito Santo “assim como nós” (v. 47). Por isso, pode-se dizer que em Cesareia acontece um novo Pentecostes, o Pentecostes dos pagãos.
  • 16. Em Jerusalém, Pedro justifica sua conduta A notícia da justificação de Pedro perante as autoridades de Jerusalém é historicamente plausível e manifesta a vigilância com que os chefes da Igreja acompanhavam as várias etapas da difusão do evangelho; no relato, dá-se muito destaque à visão de Pedro, fazendo menção à visão de Cornélio; o Espírito desce sobre os incircuncisos “apenas Pedro começou a falar” (v. 15), realça-se, desta forma, que a manifestação da vontade de Deus ocorre logo ao começo do evento. Pedro, na sua função de representante da Igreja, e não outro apóstolo, é o primeiro a aceitar um pagão na comunidade, Lucas quer apresentar a Igreja que vive em harmonia, obediente a seu chefe, consciente da sua constituição hierárquica.
  • 17. Considerações Finais Sendo assim, São Lucas nos expressa uma Igreja viva e atuante, na força do Espírito Santo, e apresenta em todo o momento que Deus caminha com o seu povo, curando e oferecendo a vida nova em Jesus Cristo. Uma Igreja com uma cabeça visível – Pedro – que não age por si só, mas em comunhão com os demais irmãos, garantindo assim a solidez das ações da Igreja.
  • 18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASALEGNO, Alberto. Ler os Atos dos Apóstolos. Estudo da Teologia Lucana da Missão. São Paulo: Edições Loyola, 2005; JERUSALÉM, Bíblia de. Português. São Paulo: Paulus, 2019; SAGRADA, Bíblia. Português. Edição Ave Maria. Português. São Paulo: Ave Maria, 2009; PASTORAL, Nova Bíblia. Português. São Paulo: Paulus, 2014; CONGAR, Yves. Revelação e Experiência do Espírito. São Paulo: Edições Paulinas, 2ª ed, 2005 Obrigado!