O documento discute os riscos associados ao uso de redes sociais por jovens. Apresenta como as redes sociais tornaram-se onipresentes na vida dos jovens e discute os riscos inerentes à "pegada digital" que eles deixam. Enfatiza a importância da educação dos jovens sobre privacidade e reputação online para que possam se proteger de possíveis riscos criminais no futuro.
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Criminalidade invisível: os riscos das redes sociais
1. Congresso Internacional. Dos Riscos à Criminalidade.
Universidade Católica Portuguesa | Braga | 11.04.2013
Criminalidade Invisível: os riscos
das redes sociais
SÓNIA CRUZ
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
FRANCISCO RESTIVO FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CENTRO REGIONAL DE BRAGA
2. Redes Sociais
Uma rede social é uma estrutura social composta
por pessoas ou organizações, conectadas, que
partilham valores e objectivos comuns num
relacionamento horizontal e não hierárquico entre
os participantes.
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3. Redes Sociais
Fig. 1: As redes sociais sempre existiram mas o advento das
novas tecnologias conferiu-lhes um novo impulso.
Movermo-nos nas redes sociais constitui, hoje, um
imperativo para quem deseja ser um cidadão
digitalmente letrado.
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5. As escolas não podem ignorar/ficar à margem dessa realidade.
A frequentar o ensino
superior…
A frequentar a escolaridade
obrigatória…
Figura 2: Nativos digitais vs Imigrantes Digitais (Prensky, 2001)
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6. Redes Sociais
Os jovens apropriaram-se das redes sociais das formas mais
diversas, criando espaços de interacção muitas vezes
incompreensíveis para os mais velhos, mas que são
autênticos universos paralelos em que se movem com à
vontade e protegidos dos olhares dos
adultos, nomeadamente Pais e Professores.
Figura 3: Redes sociais
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7. Redes Sociais
Numa leitura superficial os utilizadores encaram as redes
sociais como um espaço onde estão em contacto com
os amigos pelo que a evidência cronológica do que
fazemos ou do que os amigos fazem é relevante para o
indivíduo.
Constroem uma identidade, ao mesmo tempo que
deixam no esquecimento a vulnerabilidade a que se
encontram expostos.
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8. Pegada Digital
O entendimento da Web (produzir e pulicar) como plataforma
fez nascer a possibilidade desde muito cedo de cada indivíduo
ter uma e-vida.
E é esta presença na Web, cada vez mais
precoce, que vai deixando um
rasto, criando uma marca, imprimindo
aquilo que se designa de pegada digital.
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9. Pegada Digital
Muitas vezes, esta vida virtual não resulta
da opção do próprio indivíduo, mas da
vontade de alguém que, sobre ele, tem
Figura 4: “posts” nas Redes
poder.
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10. Pegada Digital
A ideia de que tudo o que um utilizador faz, ou não
faz, ao longo da sua vida nas redes sociais fica
indelevelmente registado, não é possível
eliminar, começa cada vez mais a ser utilizado por
empresas de recursos humanos com um valor igual ao
de um CV (curriculum vitae).
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11. Pegada Digital
Toda a informação está na cloud e que um simples “apagar” não
garante que essa informação simplesmente desapareça. É como que
esta saia da superfície, mas se mantenha num nível mais profundo. Tudo
está lá, nessa Web profunda, escondida da maioria, mas acessível a
alguns.
Figura 5: Motores de busca: Arrastar sobre a superfície da Web (Bergman, 2001)
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12. Pegada Digital
Deste modo, a pegada - e reputação inerente ao que é
publicado - é construído de duas formas.
Uma é ativa - os blogs, artigos, fotos, vídeos que cada indivíduo publicar.
A outra é passiva - o que os outros colocam sobre cada um de nós.
“the people following you can see who you are following and check out what they are saying. Even
though your tweets and retweets may be perfectly fine, your reputation can be affected by what
others are saying or the language they are using — linked to you even though you are unaware and
are not responsible for what is being said when your network is visible to others (Kuhen, 2010: 68-69)”.
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15. Redes? Que Redes?
Quando num esforço maior encontramos Pais a
registar-se no facebook numa tentativa de
compreender o fenómeno e acompanhar os
filhos, assistimos à expansão de outras
redes, completamente abertas, de que esses
mesmos pais nunca ouviram falar e nem supõem
que os filhos lá têm conta criada, o que dizem, o
que publicam, como se expõem…
Figura 7: Pais e filhos: Juntos nas Redes
sociais
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17. Ask.fm
Ask.fm é um sítio de perguntas e
respostas, em que o utilizador pode
colocar perguntas a outro utilizador
ou ao universo de utilizadores, ou
responder a essas perguntas que
podem ser partilhadas e ligadas ao
Facebook, Twitter e Tumblr., por
exemplo.
Figura 8: ask.fm.
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18. Ask.fm
Figura 9: Posts” na “redes
O sítio é aberto, isto é, um utilizador
não registado pode navegar pelas
perguntas e respostas com poucas
restrições, e rapidamente se descobre
que uma plataforma aparentemente
inofensiva tem muitos conteúdos
abusivos e sexistas, o que o torna um
risco, acrescido se tivermos em conta
que o controlo da privacidade dos
conteúdos é praticamente inexistente.
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19. A Web transforma-se assim num “terreno fértil para
predadores emocionais e sexuais, para burlões, para
sofisticados piratas informáticos [e] grupos […] que podem
colocar em causa a segurança” (Almeida, 2009: 63).
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21. Prevenção
Cabe aos pais e professores trabalhar no sentido de
consciencializar os jovens da importância de criarem
e gerirem a sua pegada digital de modo a que esta
marca esteja protegia e constitua uma mais-valia para a sua
reputação pessoal e profissional fazendo-os entender que o
modo como se movem nas redes sociais têm impactos
efectivos.
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22. Prevenir. Como?
Só há uma forma: levar os jovens à descoberta da realidade
do risco nas redes sociais, das portas que deixam abertas
todos os dias na sua utilização normal dessas redes, da forma
como essas portas podem ser utilizadas por criminosos para
atingir os seus objectivos.
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23. “Before the permanence of the digital record of our lives, most
of what we did as children was forgotten beyond anecdotes of
parents and friends — and forgiven.
That is a luxury not available to today’s children.
Our professional responsibility is not only to own our
professional online identity and reputation, but to understand
enough that we can provide advice and be an online model
for our students”
(Kuhen, 2010: 69).
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24. Em síntese
É crucial que os professores desde cedo trabalhem
com os seus alunos a sua pegada digital e que os
tornem conscientes e conscienciosos do que
publicam, quer publiquem sobre si, quer
publiquem sobre outros. Mas para isso, precisamos
de professores esclarecidos e formados sobre os
riscos e a criminalidade que podem ocorrer nestes
meios.
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25. Congresso Internacional. Dos Riscos à Criminalidade.
Universidade Católica Portuguesa | Braga | 11.04.2013
Obrigada!
SÓNIA CRUZ FRANCISCO RESTIVO
SONIACRUZ@BRAGA.UCP.PT FRESTIVO@BRAGA.UCP.PT
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CENTRO REGIONAL DE BRAGA
27. Artigo
Cruz, S.; Restivo, F. (2013). Criminalidade Invisível: os
riscos das redes sociais. In Esteves, A.; Noronha, A.;
Silva, C.; Monteiro, D.; Panyik, E.; Amorim, E.; Restivo,
F.; Ponte, F.; Libânio, G.; Cunha, M.; Silva, M.; Cunha,
P.; Alves, R.; Fernandes, S. & Sá, V. Atas do Congresso
Internacional de Ciências Sociais: dos Riscos à
Criminalidade. Braga: Universidade Católica
Portuguesa.
soniacruz@braga.ucp.pt | frestivo@braga.ucp.pt