1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Artes
Licenciatura em Artes Visuais
Modalidade à Distância
Objeto de Aprendizagem
Caixa de Pandora: da narrativa textual à narrativa visual
Sônia Maris Rittmann
Orientadora: Profª Drª Umbelina Barreto
2013
2. O começo...
• O artigo resgata parte da memória poética de uma contadora de
histórias, em que a linguagem presente nas narrativas era, inicialmente,
somente as palavras.
• No texto é enfocada a transformação ocorrida durante o curso de
formação em Artes Visuais, no Curso de Licenciatura em Artes Visuais
modalidade à distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
onde a imagem ganha lugar de destaque e passa a ser a principal
linguagem utilizada para que essas histórias se transformem em
ferramenta indispensável para o ensino e aprendizagem de arte.
• O livro-objeto Caixa de Pandora é abordado na sequência ao ser
colocado como um símbolo dessa transformação em função das
escolhas realizadas.
• São focalizadas as narrativas visuais ao lado das narrativas verbais,
evidenciando e articulando a relação entre a imagem e a palavra, vista
como uma apropriação essencial ao professor de artes visuais, em que
a Caixa de Pandora passa a ser apresentada como um objeto de
aprendizagem fundamental nesse processo.
• Palavras chave: Objeto de aprendizagem. Narrativa visual. Linguagem.
Palavra. Imagem. Livro-objeto.
3. A memória
Mapas imaginários
Alguns livros do acervo de meu nas páginas da infância:
pai que encantaram minha Interferência no livro As aventuras de Tibicuera,
infância de Erico Veríssimo,
Editora Globo, 1963
4. As linguagens
• Eixo articulador: Atelier de Artes Visuais;
• Linguagens artísticas: pintura, escultura,
fotografia;
• Pranchas de imagens de obras:
• Candido Portinari, Retirantes, Óleo s/ tela, 176 x
190cm, 1944;
• Claudia Andújar, Série Marcados, fotografia
(políptico), 1981-1983;
• Michelangelo Buanarotti, Pietá, escultura em
mármore, 1448;
• Sete projetos educativos em artes visuais
desenvolvidos com foco no ensino médio
5. Michelangelo Buanarotti, Pietá,
escultura em mármore, 1448.
Cândido Portinari, Retirantes, Claudia Andújar, Série Marcados,
pintura a óleo sobre tela,190cm X 180cm, 1944. fotografia (políptico), 1981-1983.
6. Objeto de aprendizagem
• O Objeto de Aprendizagem Caixa de
Pandora partiu de uma pesquisa sobre os
livros de artista e livros objetos,
entendendo que o livro-objeto “não
precisa ser um livro, bastando ser a ele
referente, mesmo que remotamente”
(SILVEIRA, 2001, p. 25).
7. Pandora
Pandora - Chauncey Bradley Ives (1812-1894), EUA, Estátua de mármore - 147,3 X 43,2 X 42,5 cm,
1871, Brooklyn Museum.
8. Susan Collard, Tripytch for Michael,
2004.
• Arquitetura (...) edifícios (...) espaços em que se move através.
• Expansão e contração, variedade e repetição, caráter aberto e
encerramento:
• No final, o que importa é o movimento, memória e percepção.
• Livro como uma série de espaços fluidos.
• Para mim, os livros tendem a se desdobrar como os quartos de uma casa,
enigmática, inacabada. (...) (COLLARD, 2012)
9. Projetos em processo...
• Partindo da ideia de movimento, memória e percepção trazida por Collard,
foi pensada e posta em prática a construção de uma “caixa” articulada
como um pequeno biombo, que evocasse a percepção sensorial e visual,
em que cada “folha-página” traria alguns materiais significativos das
linguagens exploradas nos projetos de ensino e aprendizagem.
10. O corpo: Caixa de Pandora
O Objeto de Aprendizagem: Caixa de Pandora (um atelier em processo)
12. A alma
• Penso que o ser humano deva ser o centro de
interesse de qualquer projeto, e o projeto de
aprendizagem que foi pensado para a Caixa de
Pandora não foge a regra: seres humanos
querendo aprender, querendo sobreviver,
querendo ser felizes.
• Não importa a origem, a crença, a língua, a cor.
Essa é a alma da Caixa de Pandora: o ser
humano aprendente e feliz.
• O ser humano que pensa, que sofre, que
aprende, que se transforma e se transformando,
transforma o mundo em que vive.
13. Considerações finais...
• Penso que essa seja uma das funções da arte,
pois se não tem o poder de transformar
completamente o mundo e acabar com todo
sofrimento, ao menos ela pode amenizar o mal
do mundo, tornando nossos corações mais
sensíveis e humanos.
• Creio que essa seja também a mensagem da
Caixa de Pandora: que mesmo com todo o mal,
com todo o sofrimento infringido aos seres
humanos, ainda guardamos dentro de nossos
corações a Esperança, e é ela que nos move e
que nos faz querer ser, a cada vez, seres
humanos melhores.