De acordo com o SPC Brasil, a inadimplência do consumidor subiu 2,83% em abril de 2015 na comparação com março, a maior alta para o mês desde 2010. A inflação, juros mais altos e piora no emprego dificultam o pagamento das dívidas. Cerca de 600 mil consumidores foram incluídos em listas de devedores entre março e abril. Comunicações lidera o aumento anual no número de dívidas atrasadas.
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1. Inadimplência do consumidor sobe 2,83% e tem a
maior alta para abril desde 2010, indica SPC Brasil
De março para abril cerca de 600 mil consumidores foram negativados. Aumento da inflação e taxas de
juros aliado à piora nos índices de emprego dificultam o pagamento das dívidas
O indicador de dívidas em atraso apresentou em abril um aumento de 2,83% em relação
a março – o maior crescimento para o mês desde o começo da série histórica, em 2010,
de acordo com o banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com abril do ano
passado, houve alta de 5,02%, o que mostra uma aceleração, já que em março a alta
havia sido de 3,46% em relação ao mesmo mês de 2014.
O número de devedores também teve alta em abril, tanto na comparação mensal quanto
anual. Em relação ao mês anterior, a base de inadimplência avançou 1,16%; já na
comparação com abril do ano passado, a alta foi de 3,77% - muito similar aos 3,76%
verificados em março de 2015 ante o mesmo mês do ano anterior.
Quatro em dez brasileiros estão inadimplentes
O SPC Brasil estima que, entre março e abril de 2015, cerca de 600 mil consumidores
foram incluídos em listas de devedores negativados. Com este resultado, já são 55,3
milhões de devedores, número equivalente a 37,9% da população entre 18 e 95 anos.
Quantidade de Devedores em
atraso
Quantidade de Dívidas em atraso
Variação anual Variação anual
Segundos os especialistas do SPC Brasil, os dados apurados mostram que a pressão
exercida pela alta da inflação, pelo aumento das taxas de juros e pela piora dos
indicadores econômicos, como renda e emprego, se sobressaíram à queda na base de
crédito da economia, resultando no avanço no número de devedores. “Os bancos
passaram a ser mais rigorosos na hora de conceder financiamentos, mas com o
desemprego atingindo níveis mais altos e a inflação subindo, o consumidor fica com
2. maior dificuldade para pagar suas pendências”, explica Honório Pinheiro, presidente da
CNDL. “A aceleração da inflação faz com que o planejamento financeiro seja prejudicado,
já que há perda constante do poder de compra. Além disso, a escalada nas taxas de
juros encarece as parcelas”, afirma Pinheiro.
Dívidas atrasadas em até 180 dias avançam 6,99% em abril
A variação mensal do número de dívidas em atraso, que teve alta de 2,83% em abril,
tem como destaque as pendências em atraso entre 90 e 180 dias, que avançaram
6,99%, e as dívidas com até 90 dias de atraso, que cresceram 5,71%.
Em relação a abril de 2014, a faixa que registrou maior variação foi das dívidas com 3 a
5 anos de atraso, com aumento de 14,59%, e que contribuiu com 4,09 pontos
percentuais para a alta de 5,02% do indicador.
Comunicação lidera os segmentos com dívidas atrasadas
A abertura dos credores das dívidas mostra o segmento de Comunicação liderando a alta
anual do número de pendências: em abril, o setor apresentou um aumento de 12,10%
do total de dívidas. No entanto, a segunda maior variação, que vinha sendo registrada
pelo segmento de Água e Luz, foi substituída pelo setor de Bancos, cuja variação anual
foi de 7,53%. O Comércio, por sua vez, recuou 0,32%.
No total de dívidas em atraso, o segmento de Bancos continua liderando com 48,43% de
participação – quase metade das dívidas. Em seguida, aparece o Co mércio, com 20,10%,
e Comunicação, com 15,23%.
Quantidade de Dívidas em atraso por setor credor
Variação anual (abr/2015)
Fonte: SPC Brasil.
Baixe o material completo e a série histórica em:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
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Renan Miret
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