Este documento discute a participação crescente das mulheres no ensino e na ciência em Portugal. Aponta que, embora as mulheres tenham alcançado maioria no ensino superior, elas continuam subrepresentadas em cargos de liderança acadêmica e em áreas como engenharia. O documento também destaca desafios pendentes como a precariedade nos contratos e a necessidade de mais mulheres em posições de gestão.
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Mulheres na educação e ciência em Portugal
1. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013;
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
Ed. ISCTE-IUL, Av. Forças Armadas
1649-026 Lisboa – Portugal
Mulheres, agentes do desenvolvimento
e da produção de conhecimento
Elizabeth Reis
Vice-Reitora DRH
2. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013;
• Longa tradição de participação das mulheres na força de trabalho:
Na década de 60 verificou-se um crescimento constante da taxa de
atividade das mulheres em Portugal.
o Efeito da emigração masculina
o Guerra colonial.
• Hoje existe um mercado de trabalho paritário (49% F): taxa de
atividade feminina em Portugal ultrapassa a média europeia.
• Na década de 50 começou a preparar-se o caminho para uma
participação a sério das mulheres no sistema de ensino básico em
Portugal.
• A revolução de 1974 veio abrir o acesso das mulheres ao ensino
superior.
Enquadramento
3. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013;
• Em meados dos anos 80, as mulheres começam a reclamar
verdadeiramente o seu lugar nos bancos das faculdades e
rapidamente se tornam dominantes.
• A partir do momento em que há acesso paritário ao ensino, as
mulheres têm mais sucesso educativo:
§ "As mulheres adequam-se melhor à organização de massas
baseada na disciplina e no conformismo“ (Paulo Guinote);
§ "As meninas desenvolvem competências sociais que são mais
valorizadas pela escola“ (Natália Alves);
• As mulheres passaram a ser maioritárias e a ocupar os lugares de
destaque nos rankings de avaliação das suas escolas.
• A % de mulheres graduadas continua dominante nas áreas
tradicionais mas não nas engenharias e nas novas tecnologias.
As mulheres no ensino
4. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013;
• Esta evolução é indissociável de uma profunda reconfiguração dos
papeis sociais e percursos de vida de mulheres e homens na
sociedade portuguesa.
• As desigualdades de género no ensino superior e na ciência são
uma afronta aos valores do mérito e da competência
• os portugueses têm “uma atitude de negação generalizada”
quanto à existência de discriminação por género. (Lígia
Amâncio).
• Falta transparência na divulgação das estatísticas por género.
• “Há uma censura informal que torna o problema muito mais
invisível” (Lígia Amâncio)
As desigualdades
5. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013;
• Os professores catedráticos e associados são maioritariamente
homens: 69% no universitário público; 75% na categoria de
catedráticos.
• Os professores coordenadores: 55% nos politécnicos públicos.
• O número reduzido de mulheres em cargos de gestão e direção nas
universidades e politécnicos:
• 40% dos membros das equipas reitorais e a 25% dos membros
das equipas presidenciais.
• Apenas duas universidades em 14 são dirigidas por uma reitora
e apenas um politécnico em 17 é presidido por uma mulher.
As desigualdades
6. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013; 6
O presente
F Total
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa F 3 5
Universidade Aberta M 1 2
Universidade da Madeira M 2 3
Universidade da Beira Interior M 1 4
Universidade de Aveiro M 1 5
Universidade de Coimbra M 2 6
Universidade de Évora F 2 4
Universidade de Lisboa M 1 7
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro M 0 3
Universidade do Algarve M 2 3
Universidade do Minho M 3 5
Universidade do Porto M 2 6
Universidade dos Açores M 4 4
Universidade Nova de Lisboa M 1 4
Vice-Reitor
Universidade Reitor
7. FCT Strategic Project
UID/GES/00315/2013; 7
• Por resolver:
§ Contratações com vínculos instáveis e em situações de
precariedade no ensino e na ciência;
§ Rácios estabelecidos nas leis portuguesas relativos à proporção
de docentes nas categorias superiores das carreiras
(catedráticos, associados e coordenadores);
§ Mulheres em posições de liderança.
Os desafios