SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 19
Descargar para leer sin conexión
Confidencial 1 / 15
Multiplicação da Capacidade:
Uso de Spot Beams em Banda Ka
20 de Outubro de 2010
Diretoria de Engenharia – Gerência de Sistemas de Comunicações (ENGSIS)
Confidencial 2 / 19
• A Banda Ka, devido às altas frequências de operação envolvidas
(30/20GHz), possibilita a utilização de feixes do satélite bastante diretivos
(spot beams), o que viabiliza a segmentação da área de cobertura em
células bastante reduzidas: tipicamente da ordem de 500 km de diâmetro, o
que equivale a cerca de 1º, quando visto do satélite.
• A adoção de cobertura com feixes do tipo spot beam (ou células) traz o
benefício de podermos operar com EIRP e G/T do satélite bastante altos,
quando comparados à Banda Ku (tipicamente da ordem de 69 dBW e
20 dB/K, respectivamente, por feixe).
• Cada uma dessas células pode agregar dezenas de milhares de assinantes,
função da densidade populacional da área em questão e também do perfil
de tráfego associado.
• Satélites em Banda Ka destinam-se prioritariamente ao serviço de internet
e, portanto, as redes são do tipo estrela, onde os terminais remotos (VSATs)
falam com estações centrais, usualmente denominadas gateways.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Introdução 1/4
Confidencial 3 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Introdução 2/4
• As gateways precisam ter uma boa capilaridade em termos de troncos
entrantes e saintes de fibra ótica, uma vez que serão a porta de interface
para escoamento do tráfego internet com a Rede Pública.
• Espaçando-se adequadamente as gateways participantes da rede de forma
a haver isolação espacial entre as mesmas, pode-se fazer reuso do
espectro de frequências numa mesma polarização, um dos
principais benefícios trazidos pela Banda Ka, ou seja, tudo se passa
como se a rede fosse dividida em diversas sub-redes, cada uma operando
com uma gateway, sem onerar o espectro total de frequências da rede
(empacotamento de espectro).
• Os feixes do satélite conectados às VSATs são comumente denominados
de user beams, ao passo que os feixes do satélite conectados às gateways
de gateway beams.
• As portadoras no sentido gateway → ponto remoto são comumente
denominadas de Outbound ou Forward link, ao passo que as portadoras no
sentido ponto remoto → gateway de Inbound ou Return link.
Confidencial 4 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Introdução 3/4
• Um fator preponderante associado à operação na Banda Ka é a alta
atenuação provocada pela chuva. O gráfico a seguir compara a atenuação
por chuva nas Bandas Ku e Ka para todas as capitais brasileiras, conforme
Recomendação ITU-R P.618-10.
Confidencial 5 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Introdução 4/4
• Esse maior impacto da chuva na Banda Ka, quando comparado à Banda
Ku, pode ser reduzido:
– com a adoção da tecnologia ACM, onde o MODCOD da portadora varia
em função das condições atmosféricas do enlace satélite, podendo a
modulação excursionar desde 16APSK em céu claro (que representa
cerca de 95% do tempo) até QPSK em chuva intensa;
– com o emprego de diversidade de sítio nas gateways.
Confidencial 6 / 19
• Será apresentado a seguir um exemplo de cobertura do território brasileiro para
os user beams, onde as seguintes premissas foram assumidas:
– células com diâmetros da ordem de 500km (típico);
– cobertura de todo o território nacional, incluindo o mar territorial e as ilhas;
– quantidade de user beams resultantes = 42.
• Este exemplo foi fruto de um processo de RFI (Request for Information) junto a
diversos fabricantes de satélite, onde verificou-se, do ponto de vista do satélite, a
factibilidade da cobertura de todo o território nacional, incluindo o mar territorial e
as ilhas.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Cobertura para os User Beams 1/2
Confidencial 7 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Cobertura para os User Beams 2/2
Confidencial 8 / 19
• Será apresentado a seguir um exemplo de cobertura do território brasileiro para
os gateway beams, onde as seguintes premissas foram assumidas:
– quantidade de gateways = 4 (típico), de forma a termos um fator de reuso
(empacotamento do espectro de frequências) de 4;
– gateways com separação espacial maior ou igual a 1000km, de forma a
termos isolação entre as mesmas;
– gateways selecionadas em nosso exemplo que atendem à restrição acima:
Rio de Janeiro (RJO), Porto Alegre (POA), Recife (RCE) e Manaus (MNS);
– gateway beams utilizam as mesmas células dos user beams, de forma a
aproveitar a mesma antena do satélite associada aos user beams.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Cobertura para os Gateway Beams 1/2
Confidencial 9 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Cobertura para os Gateway Beams 2/2
Confidencial 10 / 19
• Será apresentado a seguir um exemplo de conectividade entre as VSATs e
as gateways, onde as seguintes premissas foram assumidas:
– células de mesma cor falam com a mesma gateway;
– dentro do possível, procurou-se alocar a gateway mais próxima de
cada user beam;
– quantidade de user beams selecionados por gateway:
Rio de Janeiro = 11
Porto Alegre = 11
Recife = 10
Manaus = 10
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Conectividade das remotas com as Gateways 1/2
Confidencial 11 / 19
Notação:
células conectadas a POA
células conectadas a RJO
células conectadas a REC
células conectadas a MNS
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Conectividade das remotas com as Gateways 2/2
Confidencial 12 / 19
• Será apresentado a seguir um exemplo de plano de frequências para a
rede com 4 gateways, onde as seguintes premissas foram assumidas:
– células de mesma cor indicam mesmo espectro de frequências;
– células adjacentes não têm isolação suficiente para operar com o
mesmo espectro de frequências;
– células que falam com a mesma gateway devem operar com
espectros de frequências diferentes, visto que a gateway não tem como
discriminar um sinal do outro se ambos falarem na mesma frequência.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Plano de Frequências 1/3
Confidencial 13 / 19
Notação:
Espectro de Frequências 1
Espectro de Frequências 2
Espectro de Frequências 3
Espectro de Frequências 4
Espectro de Frequências 5
Espectro de Frequências 6
Espectro de Frequências 7
Espectro de Frequências 8
Espectro de Frequências 9
Espectro de Frequências 10
Espectro de Frequências 11
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Plano de Frequências 2/3
Confidencial 14 / 19
• O benefício trazido pela utilização de várias gateways aparece claramente a seguir:
• A real ocupação do espectro de frequências irá depender do perfil de tráfego da
rede.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Plano de Frequências 3/3
Confidencial 15 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Trade-off Polarização Circular X Linear
• Na Banda Ka se utiliza tipicamente a polarização circular, ao invés da linear.
As principais razões para tal preferência seriam:
– maior facilidade de instalação: não há aqui necessidade de ajustar o
ângulo de polarização para cada localidade remota, como ocorre na
polarização linear, bastando utilizar o alimentador correto: circular à direita
ou à esquerda.
– o efeito Faraday (rotação da polarização do sinal ao passar pela
atmosfera terrestre, devido à sua interação com o campo magnético da
Terra) se manifesta na polarização linear, mas não na circular (este
benefício é marginal uma vez que o efeito Faraday é severo apenas em
frequências mais baixas – limite é a Banda C).
– condições atmosféricas (chuva, nuvens, etc.) são mais desfavoráveis na
polarização linear que na circular, uma vez que também podem provocar
rotação do sinal, o que não é sentido na polarização circular.
– o ponto desfavorável da polarização circular, quando comparado à
polarização linear, é a menor isolação de polarização cruzada das estações
terrenas.
Confidencial 16 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Demanda de Espectro X Perfil de Tráfego 1/2
• Será apresentado a seguir um exemplo hipotético da demanda de cada uma
das sub-redes definidas anteriormente, onde as seguintes premissas de tráfego
foram aqui assumidas:
– assimetria típica do tráfego de internet entre forward link e return link da
ordem de 5:1 (o usuário em geral faz muito mais download do que upload);
– 10000 VSATs, na média, por user beam;
– taxa de download de 1Mbps nas VSATs;
– fill factor (razão entre assinantes conectados na internet e assinantes
desconectados) de 5%.
• Com as premissas acima e considerando que cada sub-rede inclui até 11 user
beams, teremos, para cada sub-rede:
– tráfego total no sentido Forward = 10000 X 1M X 0.05 X 11 = 5.5 Gbps
– tráfego total no sentido Return = 10000 X 1M/5 X 0.05 X 11 = 1.1 Gbps
Confidencial 17 / 19
• Da experiência adquirida pela Star One com redes internet de grande porte
(GESAC = 12000 escolas) em satélites da nossa frota, temos, na condição de céu
claro:
– relação bps/Hz no Forward: 2.5
– relação bps/Hz no Return: 1.5
• Levando-se em consideração todas as premissas aqui apresentadas, chega-se a:
– espectro necessário no sentido Forward = 5.5G/2.5 = 2.2 GHz
– espectro necessário no sentido Return = 1.1G/1.5 = 0.7 GHz
– espectro total necessário por sub-rede ~ 3 GHz
• Para as 4 sub-redes com uma capacidade total de 26.4 Gbps [ (5.5+1.1) X 4 =
26.4 Gbps ] seriam necessários 12 GHz (4 X 3 GHz) num cenário sem reuso de
frequências
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Demanda de Espectro X Perfil de Tráfego 2/2
Confidencial 18 / 19
• Considerando que as 4 sub-redes estão isoladas entre si, através do uso de
spot beams, na verdade o espectro total necessário continua sendo de 3 GHz,
efetivamente reduzindo o espectro total a um quarto do cenário sem reuso.
• Se adotarmos adicionalmente o reuso de polarização, o espectro total
necessário seria reduzido para 1.5 GHz.
• Comparado com o espectro de 12 GHz requerido num cenário sem reuso de
frequências obtemos um ganho de 8 vezes.
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
Conclusão
Confidencial 19 / 19
Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade
O B R I G A D OO B R I G A D O
AntônioAntônio Paolino IannellPaolino Iannellii
Gerência de Sistemas de ComunicaçõesGerência de Sistemas de Comunicações
Tel.: +55 (21) 2121 8467Tel.: +55 (21) 2121 8467
EE--mailmail:: antonioantonio..iannelliiannelli@@staronestarone.com..com.brbr

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Projecto de Feixes Hertzianos
Projecto de Feixes HertzianosProjecto de Feixes Hertzianos
Projecto de Feixes HertzianosJoão Santos
 
Treinamento antenas
Treinamento antenasTreinamento antenas
Treinamento antenasRuy Lazaro
 
Aula03 camada física - meios de transmissão
Aula03  camada física - meios de transmissãoAula03  camada física - meios de transmissão
Aula03 camada física - meios de transmissãoCarlos Veiga
 
Meio fisico de_transmissao rui
Meio fisico de_transmissao ruiMeio fisico de_transmissao rui
Meio fisico de_transmissao ruiomaildoruifilipe
 
Scopus sidnei-bc-day-2009
Scopus sidnei-bc-day-2009Scopus sidnei-bc-day-2009
Scopus sidnei-bc-day-2009SSPI Brasil
 
Telespazio sspi vsat_day_2010
Telespazio sspi vsat_day_2010Telespazio sspi vsat_day_2010
Telespazio sspi vsat_day_2010SSPI Brasil
 
Cabos coaxiais elétricos
Cabos coaxiais elétricosCabos coaxiais elétricos
Cabos coaxiais elétricosDaniel Pontes
 
Redes Teórico - Capítulo 02 Tanenbaum
Redes Teórico - Capítulo 02 TanenbaumRedes Teórico - Capítulo 02 Tanenbaum
Redes Teórico - Capítulo 02 TanenbaumWellington Oliveira
 
Redes de computadores - Meios de Transmissão
Redes de computadores - Meios de TransmissãoRedes de computadores - Meios de Transmissão
Redes de computadores - Meios de TransmissãoAugusto Braz
 
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...Heitor Galvão
 
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47Thales Hatem
 
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicação
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicaçãoComponentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicação
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicaçãoTudosbinformatica .blogspot.com
 
Aula 5 - Redes sem fios - Nível Físico
Aula 5 - Redes sem fios - Nível FísicoAula 5 - Redes sem fios - Nível Físico
Aula 5 - Redes sem fios - Nível FísicoAndre Peres
 

La actualidad más candente (20)

Projecto de Feixes Hertzianos
Projecto de Feixes HertzianosProjecto de Feixes Hertzianos
Projecto de Feixes Hertzianos
 
Treinamento antenas
Treinamento antenasTreinamento antenas
Treinamento antenas
 
Aula03 camada física - meios de transmissão
Aula03  camada física - meios de transmissãoAula03  camada física - meios de transmissão
Aula03 camada física - meios de transmissão
 
Meio fisico de_transmissao rui
Meio fisico de_transmissao ruiMeio fisico de_transmissao rui
Meio fisico de_transmissao rui
 
Scopus sidnei-bc-day-2009
Scopus sidnei-bc-day-2009Scopus sidnei-bc-day-2009
Scopus sidnei-bc-day-2009
 
Telespazio sspi vsat_day_2010
Telespazio sspi vsat_day_2010Telespazio sspi vsat_day_2010
Telespazio sspi vsat_day_2010
 
Antenas e suas aplicações caps1&2 270114_17h55m (1)
Antenas e suas aplicações caps1&2 270114_17h55m (1)Antenas e suas aplicações caps1&2 270114_17h55m (1)
Antenas e suas aplicações caps1&2 270114_17h55m (1)
 
Cabos coaxiais elétricos
Cabos coaxiais elétricosCabos coaxiais elétricos
Cabos coaxiais elétricos
 
Redes Teórico - Capítulo 02 Tanenbaum
Redes Teórico - Capítulo 02 TanenbaumRedes Teórico - Capítulo 02 Tanenbaum
Redes Teórico - Capítulo 02 Tanenbaum
 
Trabalho redes meios de transmissão
Trabalho redes   meios de transmissãoTrabalho redes   meios de transmissão
Trabalho redes meios de transmissão
 
Capítulo 4 do CCNA
Capítulo 4 do CCNACapítulo 4 do CCNA
Capítulo 4 do CCNA
 
Cap5 2012
Cap5 2012Cap5 2012
Cap5 2012
 
Redes de computadores - Meios de Transmissão
Redes de computadores - Meios de TransmissãoRedes de computadores - Meios de Transmissão
Redes de computadores - Meios de Transmissão
 
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...
Análise do Gerador Comb Óptico para transmissão de altas taxas em Redes Óptic...
 
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47
Simulado 744415 2014-07-28 21-52_47
 
Esc ciencia nov2013
Esc ciencia nov2013Esc ciencia nov2013
Esc ciencia nov2013
 
WANs Sem Fio
WANs Sem FioWANs Sem Fio
WANs Sem Fio
 
WANs Sem Fio
WANs Sem FioWANs Sem Fio
WANs Sem Fio
 
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicação
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicaçãoComponentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicação
Componentes da camada fisica do modelo OSI - redes de comunicação
 
Aula 5 - Redes sem fios - Nível Físico
Aula 5 - Redes sem fios - Nível FísicoAula 5 - Redes sem fios - Nível Físico
Aula 5 - Redes sem fios - Nível Físico
 

Similar a Multiplicação da Capacidade com Spot Beams e Reuso de Espectro

Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSSPI Brasil
 
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2SSPI Brasil
 
152437324 banda-larga-via-satelite
152437324 banda-larga-via-satelite152437324 banda-larga-via-satelite
152437324 banda-larga-via-satelitepregador12
 
Eutelsat sspi vsat_day_2009
Eutelsat sspi vsat_day_2009Eutelsat sspi vsat_day_2009
Eutelsat sspi vsat_day_2009SSPI Brasil
 
Migração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasMigração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasHeitor Galvão
 
Meios de transmissao
Meios de transmissaoMeios de transmissao
Meios de transmissaoredesinforma
 
Modelo OSI - Camada Física
Modelo OSI - Camada FísicaModelo OSI - Camada Física
Modelo OSI - Camada FísicaRicardo Montania
 
2 ficehiro
2 ficehiro2 ficehiro
2 ficehirosharik27
 
Meios fisicos
Meios fisicosMeios fisicos
Meios fisicossharik27
 
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfLuizZeni
 
Artigo malcon santos internet via radio
Artigo malcon santos internet via radio Artigo malcon santos internet via radio
Artigo malcon santos internet via radio Malcon Utuari
 

Similar a Multiplicação da Capacidade com Spot Beams e Reuso de Espectro (20)

Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
 
Cabos de rede
Cabos de redeCabos de rede
Cabos de rede
 
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2
Abrasat sindsat-abert sspiday2013v2
 
152437324 banda-larga-via-satelite
152437324 banda-larga-via-satelite152437324 banda-larga-via-satelite
152437324 banda-larga-via-satelite
 
Eutelsat sspi vsat_day_2009
Eutelsat sspi vsat_day_2009Eutelsat sspi vsat_day_2009
Eutelsat sspi vsat_day_2009
 
Migração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas PassivasMigração nas Redes Ópticas Passivas
Migração nas Redes Ópticas Passivas
 
Meios de transmissao
Meios de transmissaoMeios de transmissao
Meios de transmissao
 
Cabo Coaxial e Par Trançado
Cabo Coaxial e Par TrançadoCabo Coaxial e Par Trançado
Cabo Coaxial e Par Trançado
 
Modelo OSI - Camada Física
Modelo OSI - Camada FísicaModelo OSI - Camada Física
Modelo OSI - Camada Física
 
2 ficehiro
2 ficehiro2 ficehiro
2 ficehiro
 
Meios fisicos
Meios fisicosMeios fisicos
Meios fisicos
 
Sistemas Celulares
Sistemas CelularesSistemas Celulares
Sistemas Celulares
 
Cabos de rede
Cabos de redeCabos de rede
Cabos de rede
 
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
 
FIBRA ÓPTICA FTTH
FIBRA ÓPTICA FTTHFIBRA ÓPTICA FTTH
FIBRA ÓPTICA FTTH
 
Cabo Coaxial e Par Trançado
Cabo Coaxial e Par TrançadoCabo Coaxial e Par Trançado
Cabo Coaxial e Par Trançado
 
Lista02
Lista02Lista02
Lista02
 
Comunicaç...Ppt1
Comunicaç...Ppt1Comunicaç...Ppt1
Comunicaç...Ppt1
 
Artigo malcon santos internet via radio
Artigo malcon santos internet via radio Artigo malcon santos internet via radio
Artigo malcon santos internet via radio
 
Wimax
WimaxWimax
Wimax
 

Multiplicação da Capacidade com Spot Beams e Reuso de Espectro

  • 1. Confidencial 1 / 15 Multiplicação da Capacidade: Uso de Spot Beams em Banda Ka 20 de Outubro de 2010 Diretoria de Engenharia – Gerência de Sistemas de Comunicações (ENGSIS)
  • 2. Confidencial 2 / 19 • A Banda Ka, devido às altas frequências de operação envolvidas (30/20GHz), possibilita a utilização de feixes do satélite bastante diretivos (spot beams), o que viabiliza a segmentação da área de cobertura em células bastante reduzidas: tipicamente da ordem de 500 km de diâmetro, o que equivale a cerca de 1º, quando visto do satélite. • A adoção de cobertura com feixes do tipo spot beam (ou células) traz o benefício de podermos operar com EIRP e G/T do satélite bastante altos, quando comparados à Banda Ku (tipicamente da ordem de 69 dBW e 20 dB/K, respectivamente, por feixe). • Cada uma dessas células pode agregar dezenas de milhares de assinantes, função da densidade populacional da área em questão e também do perfil de tráfego associado. • Satélites em Banda Ka destinam-se prioritariamente ao serviço de internet e, portanto, as redes são do tipo estrela, onde os terminais remotos (VSATs) falam com estações centrais, usualmente denominadas gateways. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Introdução 1/4
  • 3. Confidencial 3 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Introdução 2/4 • As gateways precisam ter uma boa capilaridade em termos de troncos entrantes e saintes de fibra ótica, uma vez que serão a porta de interface para escoamento do tráfego internet com a Rede Pública. • Espaçando-se adequadamente as gateways participantes da rede de forma a haver isolação espacial entre as mesmas, pode-se fazer reuso do espectro de frequências numa mesma polarização, um dos principais benefícios trazidos pela Banda Ka, ou seja, tudo se passa como se a rede fosse dividida em diversas sub-redes, cada uma operando com uma gateway, sem onerar o espectro total de frequências da rede (empacotamento de espectro). • Os feixes do satélite conectados às VSATs são comumente denominados de user beams, ao passo que os feixes do satélite conectados às gateways de gateway beams. • As portadoras no sentido gateway → ponto remoto são comumente denominadas de Outbound ou Forward link, ao passo que as portadoras no sentido ponto remoto → gateway de Inbound ou Return link.
  • 4. Confidencial 4 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Introdução 3/4 • Um fator preponderante associado à operação na Banda Ka é a alta atenuação provocada pela chuva. O gráfico a seguir compara a atenuação por chuva nas Bandas Ku e Ka para todas as capitais brasileiras, conforme Recomendação ITU-R P.618-10.
  • 5. Confidencial 5 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Introdução 4/4 • Esse maior impacto da chuva na Banda Ka, quando comparado à Banda Ku, pode ser reduzido: – com a adoção da tecnologia ACM, onde o MODCOD da portadora varia em função das condições atmosféricas do enlace satélite, podendo a modulação excursionar desde 16APSK em céu claro (que representa cerca de 95% do tempo) até QPSK em chuva intensa; – com o emprego de diversidade de sítio nas gateways.
  • 6. Confidencial 6 / 19 • Será apresentado a seguir um exemplo de cobertura do território brasileiro para os user beams, onde as seguintes premissas foram assumidas: – células com diâmetros da ordem de 500km (típico); – cobertura de todo o território nacional, incluindo o mar territorial e as ilhas; – quantidade de user beams resultantes = 42. • Este exemplo foi fruto de um processo de RFI (Request for Information) junto a diversos fabricantes de satélite, onde verificou-se, do ponto de vista do satélite, a factibilidade da cobertura de todo o território nacional, incluindo o mar territorial e as ilhas. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Cobertura para os User Beams 1/2
  • 7. Confidencial 7 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Cobertura para os User Beams 2/2
  • 8. Confidencial 8 / 19 • Será apresentado a seguir um exemplo de cobertura do território brasileiro para os gateway beams, onde as seguintes premissas foram assumidas: – quantidade de gateways = 4 (típico), de forma a termos um fator de reuso (empacotamento do espectro de frequências) de 4; – gateways com separação espacial maior ou igual a 1000km, de forma a termos isolação entre as mesmas; – gateways selecionadas em nosso exemplo que atendem à restrição acima: Rio de Janeiro (RJO), Porto Alegre (POA), Recife (RCE) e Manaus (MNS); – gateway beams utilizam as mesmas células dos user beams, de forma a aproveitar a mesma antena do satélite associada aos user beams. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Cobertura para os Gateway Beams 1/2
  • 9. Confidencial 9 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Cobertura para os Gateway Beams 2/2
  • 10. Confidencial 10 / 19 • Será apresentado a seguir um exemplo de conectividade entre as VSATs e as gateways, onde as seguintes premissas foram assumidas: – células de mesma cor falam com a mesma gateway; – dentro do possível, procurou-se alocar a gateway mais próxima de cada user beam; – quantidade de user beams selecionados por gateway: Rio de Janeiro = 11 Porto Alegre = 11 Recife = 10 Manaus = 10 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Conectividade das remotas com as Gateways 1/2
  • 11. Confidencial 11 / 19 Notação: células conectadas a POA células conectadas a RJO células conectadas a REC células conectadas a MNS Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Conectividade das remotas com as Gateways 2/2
  • 12. Confidencial 12 / 19 • Será apresentado a seguir um exemplo de plano de frequências para a rede com 4 gateways, onde as seguintes premissas foram assumidas: – células de mesma cor indicam mesmo espectro de frequências; – células adjacentes não têm isolação suficiente para operar com o mesmo espectro de frequências; – células que falam com a mesma gateway devem operar com espectros de frequências diferentes, visto que a gateway não tem como discriminar um sinal do outro se ambos falarem na mesma frequência. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Plano de Frequências 1/3
  • 13. Confidencial 13 / 19 Notação: Espectro de Frequências 1 Espectro de Frequências 2 Espectro de Frequências 3 Espectro de Frequências 4 Espectro de Frequências 5 Espectro de Frequências 6 Espectro de Frequências 7 Espectro de Frequências 8 Espectro de Frequências 9 Espectro de Frequências 10 Espectro de Frequências 11 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Plano de Frequências 2/3
  • 14. Confidencial 14 / 19 • O benefício trazido pela utilização de várias gateways aparece claramente a seguir: • A real ocupação do espectro de frequências irá depender do perfil de tráfego da rede. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Plano de Frequências 3/3
  • 15. Confidencial 15 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Trade-off Polarização Circular X Linear • Na Banda Ka se utiliza tipicamente a polarização circular, ao invés da linear. As principais razões para tal preferência seriam: – maior facilidade de instalação: não há aqui necessidade de ajustar o ângulo de polarização para cada localidade remota, como ocorre na polarização linear, bastando utilizar o alimentador correto: circular à direita ou à esquerda. – o efeito Faraday (rotação da polarização do sinal ao passar pela atmosfera terrestre, devido à sua interação com o campo magnético da Terra) se manifesta na polarização linear, mas não na circular (este benefício é marginal uma vez que o efeito Faraday é severo apenas em frequências mais baixas – limite é a Banda C). – condições atmosféricas (chuva, nuvens, etc.) são mais desfavoráveis na polarização linear que na circular, uma vez que também podem provocar rotação do sinal, o que não é sentido na polarização circular. – o ponto desfavorável da polarização circular, quando comparado à polarização linear, é a menor isolação de polarização cruzada das estações terrenas.
  • 16. Confidencial 16 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Demanda de Espectro X Perfil de Tráfego 1/2 • Será apresentado a seguir um exemplo hipotético da demanda de cada uma das sub-redes definidas anteriormente, onde as seguintes premissas de tráfego foram aqui assumidas: – assimetria típica do tráfego de internet entre forward link e return link da ordem de 5:1 (o usuário em geral faz muito mais download do que upload); – 10000 VSATs, na média, por user beam; – taxa de download de 1Mbps nas VSATs; – fill factor (razão entre assinantes conectados na internet e assinantes desconectados) de 5%. • Com as premissas acima e considerando que cada sub-rede inclui até 11 user beams, teremos, para cada sub-rede: – tráfego total no sentido Forward = 10000 X 1M X 0.05 X 11 = 5.5 Gbps – tráfego total no sentido Return = 10000 X 1M/5 X 0.05 X 11 = 1.1 Gbps
  • 17. Confidencial 17 / 19 • Da experiência adquirida pela Star One com redes internet de grande porte (GESAC = 12000 escolas) em satélites da nossa frota, temos, na condição de céu claro: – relação bps/Hz no Forward: 2.5 – relação bps/Hz no Return: 1.5 • Levando-se em consideração todas as premissas aqui apresentadas, chega-se a: – espectro necessário no sentido Forward = 5.5G/2.5 = 2.2 GHz – espectro necessário no sentido Return = 1.1G/1.5 = 0.7 GHz – espectro total necessário por sub-rede ~ 3 GHz • Para as 4 sub-redes com uma capacidade total de 26.4 Gbps [ (5.5+1.1) X 4 = 26.4 Gbps ] seriam necessários 12 GHz (4 X 3 GHz) num cenário sem reuso de frequências Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Demanda de Espectro X Perfil de Tráfego 2/2
  • 18. Confidencial 18 / 19 • Considerando que as 4 sub-redes estão isoladas entre si, através do uso de spot beams, na verdade o espectro total necessário continua sendo de 3 GHz, efetivamente reduzindo o espectro total a um quarto do cenário sem reuso. • Se adotarmos adicionalmente o reuso de polarização, o espectro total necessário seria reduzido para 1.5 GHz. • Comparado com o espectro de 12 GHz requerido num cenário sem reuso de frequências obtemos um ganho de 8 vezes. Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade Conclusão
  • 19. Confidencial 19 / 19 Banda Ka – A Multiplicação da Capacidade O B R I G A D OO B R I G A D O AntônioAntônio Paolino IannellPaolino Iannellii Gerência de Sistemas de ComunicaçõesGerência de Sistemas de Comunicações Tel.: +55 (21) 2121 8467Tel.: +55 (21) 2121 8467 EE--mailmail:: antonioantonio..iannelliiannelli@@staronestarone.com..com.brbr