SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 14
Descargar para leer sin conexión
Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university
Amente - resumos
Psicologia B (Ensino Secundário (Portugal))
Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university
Amente - resumos
Psicologia B (Ensino Secundário (Portugal))
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Psicologia - A mente
Processos Cognitivos: Processos relacionados com o saber que se manifestam em diferentes
formas (perceção, memória e aprendizagem).
Processos Emotivos: Processos relacionados com o sentir, ou seja, são os estados vividos pelo
indivíduo, correspondendo às vivências e à interpretação das relações que temos (emoção,
afeto e sentimento).
Processos Conativos: Processos relacionados com o fazer, ou seja, são as ações, os
comportamentos (intencionalidade, tendência e esforço de realização).
Processos Cognitivos
Perceção
A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, através dos
órgãos dos sentidos, que se caracteriza pelo fato de exigir a presença do objeto, da realidade a
conhecer.
O nosso conhecimento é constituído pelos sistemas sensoriais: visão, olfato, audição, tato e
paladar, que são sensíveis a diferentes estímulos. Assim os estímulos recebidos pelos órgãos
recetores são transformados em impulsos nervosos que são conduzidos ao sistema nervoso
central e processados pelo cérebro, a perceção. Este processo tem o nome de sensação.
Neste contexto, a perceção não é um mecanismo automático ou uma simples apreensão do
real, mas sim uma construção da nossa mente, em que o cérebro constrói uma representação
mental.
A motivação, a expetativa, a atenção, os estados emocionais e as experiências anteriores são
fatores que afetam o modo como percecionamos o mundo, o que prova o carácter subjetivo da
perceção. Para além disso, também os valores sociais e as experiências socioculturais
influenciam o modo como se perceciona o mundo.
Ana Pinto
Mente
Processos Cognitivos:
Cognição (saber)
Processos Conativos:
Conação (fazer)
Processos Emotivos:
Emoção (sentir)
Aprendizagem
Memória
Perceção
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Memória
É o suporte de todos os processos de aprendizagem. A memória é o fundamento dos
comportamentos, dos conhecimentos e das emoções humanas. É o conjunto dos processos e
estruturas que codificam, armazenam e recuperam informações sensoriais, experiências. A
memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a informação.
Não retemos todas as informações que recebemos durante o mesmo tempo. Sendo assim, a
memória é classificada quanto à sua duração.
Tipos de Memória:
Ana Pinto
Processos da memória
Codificação: É a primeira operação da memória
que prepara as informações sensoriais para
serem armazenadas no cérebro.
Armazenamento: Cada um dos elementos que constituem
a memória de um acontecimento está registado em várias
áreas cerebrais, registando diferentes códigos,
contribuindo cada um deles para formar a tal recordação.
Recuperação: Nesta etapa, recupera-se a informação, isto é,
lembramo-nos, recordamos uma dada informação.
Esquecimento
Memória a curto prazo: É uma
memória que retém a informação
durante um período limitado de
tempo, podendo ser esquecida ou
passada para a memória a longo
prazo.
A memória imediata analisa a
informação e decide se devemos
guarda-la ou não, ficando o material
recebido retido durante uma fração
de tempo.
A memória de trabalho mantem a
informação enquanto ela nos é útil.
Assim, estas duas memórias
complementam-se uma à outra.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
O Esquecimento: É a incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações e experiências
que foram memorizadas geralmente na memória a longo prazo.
O esquecimento não tem sempre um valor negativo, é também essencial, pois é porque
esquecemos que continuamos a reter informações adquiridas e experiencias vividas. Neste
contexto, o esquecimento tem uma função seletiva e adaptativa, ou seja, afasta a informação
que não é útil ou necessária.
Ana Pinto
Memória a longo prazo: É um tipo de
memória que é alimentada pelos
materiais da memória a curto prazo
que são codificados em símbolos,
retendo assim os materiais durante
horas, meses ou toda a vida.
A memória não declarativa é uma
memória automática, pois há
comportamentos que dependem
desta memória, como andar de
bicicleta ou pentear o cabelo. São
comportamentos do dia-a-dia que
com o hábito, a repetição, tornam
esta actividade automática e reflexa.
A memória declarativa implica a
consciência do passado, do tempo,
reportando-se a acontecimentos,
factos ou pessoas. Por exemplo, nome
das pessoas, aniversários, etc.
A memória episódica é uma memória
que envolve recordações, lembranças
da vida possoal, como os rostos das
pessoas que conhecemos, musicas
preferidas, experiências pessoais, etc.
A memória semântica refere-se ao
conhecimento geral sobre o mundo,
como os factos históricos, as fórmulas
da matemática, a gramática, etc.
Tipos de
esquecimento
Esquecimento regressivo: ocorre quando surgem
dificuldades em reter novos materiais e em recordar
conhecimentos aprendidos recentemente. Este tipo de
esquecimento é especialmente sentido por pessoas de certa
idade.
Esquecimento motivado: ocorre quando esquecemos o que,
inconscientemente, nos convém, como os conteúdos
traumatizantes. Estes conteúdos são esquecidos para evitar
a angústia e assegurar o equilíbrio psicológico. Este
processo designa-se por recalcamento, em que os
conteúdos são impedidos de aceder à consciência.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Aprendizagem
É o processo de modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento,
devido à experiência, ao treino ou ao estudo e com uma função adaptativa relativamente ao
meio, sendo assim um processo cognitivo. Os comportamentos aprendidos são adquiridos no
processo de socialização, por exemplo, a forma como andamos, a nossa linguagem, como
arrumamos as nossas coisas, etc.
Ana Pinto
Outro tipo de
esquecimento
Esquecimento por interferência das aprendizagens: ocorre quando
as novas memórias interferem com as memórias mais antigas.
Neste esquecimento, o material não desaparece totalmente, ou
seja, o material sofre tantas modificações devido a novas
aprendizagens ou experiências que não o conseguimos recordar.
Assim, pensamos que nos esquemos de um determinado
conteúdo, mas no entanto, simplesmente não o reconhecemos
devido às transformações ocorridas.
Processos de
aprendizagem
Aprendizagem não
associativa
Aprendizagem
associativa
Aprendizagem por
observação e imitação
Aprendizagem
com recurso a
símbolos e
representações
Aprendizagem não associativa: o individuo aprende as
características de um só estímulo o que pode ser, por
um lado, por habituação e, por outro lado, por
sensitização.
Na habituação aprendemos a não reagir a
um determinado estímulo por este não ter
importância, o que aumenta a nossa
capacidade de concentração no que
realmente é essencial.
Na sensitização aprendemos a apurar os
nossos reflexos no caso de um estímulo ser
ameaçador ou prejudicial.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Ana Pinto
Aprendizagem associativa: é uma aprendizagem mais complexa, pois para se aprender
é necessário associar estímulos e respostas ou associar diversos estímulos. Pode ser
por condicionamento clássico ou por condicionamento operante.
O condicionamento clássico foi
investigado por Ivan Pavlov, que
afirmava que a aprendizagem
resulta de associações entre
estímulos e respostas.
Estímulo: Qualquer elemento do
meio que produz efeito sobre o
organismo, isto é, que provoca
uma reacção, uma alteração no
comportamento.
Resposta: Qualquer actividade
do organismo que se segue ao
estímulo, ou seja, pode ser um
movimento, um pensamento,
uma emoção, etc.
Estímulo neutro: estímulo que,
antes do condicionamento, não
produz a resposta desejada (o som
da campainha). Estímulo não
condicionado/Incondicionado:
estímulo que desencadeia uma
resposta não aprendida (a carne).
Estímulo condicionado: estímulo
neutro que, associado ao estímulo
incondicionado, passa a provocar
uma resposta semelhante à
desencadeada pelo estímulo
incondicionado (o som, depois de
associado à carne, passa por si só a
provocar a salivação).
Resposta incondicionada: resposta
inata, não aprendida (salivar com o
cheiro da carne). Resposta
condicionada: resposta que, depois do
condicionamento, se segue ao
estímulo que antes era neutro (salivar
quando ouve o som da campainha).
Concluindo: Neste tipo de
aprendizagem o cão aprendeu a
salivar ao som da campainha.
O condicionamento operante foi
investigado por Skinner, que afirma
a existência de uma aprendizagem
mais complexa.
Neste experiência, o rato
aprendeu a obter alimento
através do reforço:
Reforço: estímulo que, por
trazer consequências positivas,
aumenta a probabilidade de
uma resposta ocorrer. O reforço
pode ser positivo ou negativo.
Reforço positivo: estímulo que
tem consequências positivas e
que se segue a um dado
comportamento (o alimento é o
reforço positivo que leva o rato
a carregar na alavanca).
Reforço negativo: o sujeito evita
uma situação dolorosa, se se
comportar de determinado
modo (o rato para evitar a dor
fazia a ação tal...).
Ambos os tipos de reforço têm
como objectivo aumentar a
ocorrência de um
comportamento. Ambos
aumentam a probabilidade de a
resposta ocorrer.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Diferenças entre o condicionamento clássico e operante:
Condicionamento Clássico Condicionamento Operante
Conceito:
Tipo de aprendizagem em que
um organismo aprende a
responder a um estímulo
neutro que antes não produzia
essa resposta. Resulta da
associação de dois estímulos.
Tipo de aprendizagem que
ocorre quando o organismo
aprende a associar o
comportamento com as
consequências que resultam
desse comportamento.
Estímulos:
Associação entre estímulos
neutros e incondicionados.
O comportamento é
acompanhado de
consequências positivas.
Natureza / Tipo de
Resposta:
Reflexos, respostas automáticas
e involuntárias.
Comportamentos aprendidos
ou adquiridos; Respostas
voluntárias.
Papel do Sujeito:
Passivo; O comportamento do
sujeito é mecânico.
Ativo; O sujeito opera para
obter satisfação e evitar a dor.
Tipo de
aprendizagem:
Por associação de estímulos. Por reforço.
Ana Pinto
Aprendizagem por observação e imitação:
foi estudada por Albert Bandura.
Bandura constatou que a experiência dos outros
pode conduzir à aquisição de novos
comportamentos, que são assim adquiridos a
partir da observação e imitação de um modelo.
Aprendizagem com recurso a símbolos e
representações:
Aquisição de conhecimentos: quando
aprendemos algo novo, enquadramos
essas novas aquisições em esquemas
cognitivos prévios que temos, o que
resulta num enriquecimento desses
esquemas, numa modificação ou na
criação de um novo esquema.
Aquisição de procedimentos e
competências: para executarmos uma
determinada tarefa, temos de desenvolver
um conjunto de ações, que se designam
por procedimentos (para escrevermos
temos necessariamente de saber as letras,
as silabas e desenhá-las, de forma a tornar
a escrita uma ação automática).
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Motivação: A aprendizagem é mais clara e mais eficaz quando estamos interessados por um
determinado assunto ou tema.
Conhecimentos anteriores: Os conhecimentos anteriores servem de base a novas
aprendizagens.
Quantidade de informação: A nossa capacidade de aprender novas informações é limitada, por
isso é necessários proceder a uma seleção da informação relevante.
Diversificação das atividades: Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema,
maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem.
Planificação e organização: A definição clara de objetivos e a seleção de estratégias é essencial
para uma boa aprendizagem, pois planificar e organizar promovem o controlo dos processos de
aprendizagem.
Cooperação: A aprendizagem é mais eficaz se trabalharmos de forma cooperativa, uma vez que
a cooperação possibilita percebermos diferentes perspetivas que ajudarão na resolução de
problemas complexos.
Processos Emotivos
Ana Pinto
Factores de
aprendizagem
Motivação
Conhecimentos
anteriores
Quantidade de
informação
Diversificação
das actividades
Planificação e
organização
Cooperação
Sentimento
Afecto
Emoção
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Resumindo:
Emoção: são processos desencadeados por um acontecimento que podem der acompanhados
por reações orgânicas (fuga no caso de medo).
Afeto: exprimem-se através das emoções e constroem-se ao longo do tempo (podem exprimir-
se através do amor, do ódio, etc.).
Sentimento: são estados voltados para o nosso interior, isto é, não são observáveis.
Ana Pinto
Emoção
Têm origem numa causa,
num anontecimento.
São reacções corporais
específicas, observáveis.
São públicas e voltadas
para o exterior.
São automáticas e
inconscientes.
Podem ser negativas ou
positivas.
Variam em intensidade.
São de curta duração.
Têm princípio e fim.
Afecto
Têm a ver com aquilo que
nos afecta, são algo de
que somos dotados.
São tendências para
responder positiva ou
negativamente a
experiências emocionais.
Ter afectos é ser dotado
da capacidade de dar e de
receber.
Exprimem-se através das
emoções e têm uma
ligação especial com o
passado.
Exprimem-se em
sentimentos e emoções.
Sentimento
Não são observáveis, são
privados e relacionam-se
com o interior.
Prolongam-se no tempo e
são menos intensos que
as emoções.
Não se associam a
nenhuma causa imediata.
Surgem quando tomamos
consciência das nossas
emoções.
Segundo António
Damásio
Emoções primárias: são
as que aparecem na
infância, ou seja, são
úteis porque permitem
reacções automáticas
quando surgem
determinados estímulos.
Alegria, tristeza, medo,
surpresa, etc.
Emoções secundárias:
são as que aparecem
mais tarde na vida, ou
seja, implicam o recurso
a aprendizagens já feitas.
Vergonha, ciúme, culpa,
orgulho, etc.
Emoções de fundo
Bem-estar, mal-estar,
calma, tensão, etc.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Importante: a emoção não se pode circunscrever a uma única componente, dado que cada
uma tem grande influência em todas as outras.
Componente cognitiva: refere-se ao conhecimento do facto que desencadeia a emoção.
Componente avaliativa: refere-se à influência que os nossos interesses e necessidades têm na
formação da emoção, logo, quanto mais importante for para nós o acontecimento, maior vai
ser a emoção desencadeada.
Componente fisiológica: refere-se às alterações corporais que se verificam no indivíduo
aquando da demonstração da emoção (aumento do ritmo cardíaco, respiração ofegante, etc.).
Componente expressiva: refere-se às alterações físicas que se verificam no indivíduo e que são
visíveis aos outros (aumento do tom de voz, sorriso, choro, etc.).
Componente comportamental: refere-se ao conjunto de comportamentos que o estado
emocional pode desencadear (agressão, crítica verbal, saltos de alegria, gritos, etc.).
Ana Pinto
Segundo António Damásio, existem três fases até
termos consciência de um sentimento
1ª Fase - O estado de
emoção: a emoção pode
ser desencadeada e
experimentada de forma
inconsciente.
2ª Fase - O estado de
sentimento: pode ser
representado de forma não
consciente.
3ª Fase - O estado de
sentimento tornado
consciente: conhecido pelo
organismo que
experimenta a emoção e o
sentimento.
Componentes
das emoções:
Componente
cognitiva
Componente
avaliativa
Componente
fisiológica
Componente
expressiva
Componente
comportamental
Componente
subjectiva
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Componente subjetiva: refere-se ao estado afetivo associado à emoção.
Perspetivas das emoções:
Perspetiva
Evolutiva
Segundo Charles Darwin: Darwin procurou traços comuns na expressão
das emoções em vários povos. Identificou seis emoções primárias:
alegria, tristeza, surpresa, cólera, desgosto e medo. Assim, Darwin
considera que as emoções desempenharam um papel adaptativo
fundamental na história da espécie humana, sendo determinantes na
nossa capacidade de sobrevivência.
Segundo Ekman: Ekman procurou defender a sua tese, que consistia na
ideia de que povos diferentes sentiriam emoções diferentes. Assim,
conseguiu confirmar que há emoções universais, independentes do
processo de aprendizagem e da cultura em que se manifesta. Porém,
não nega a influência da cultura nas emoções, na medida em que há
regras que controlam a sua expressão.
Perspetiva
Fisiológica
William James: Defende que as emoções resultam das perceções do
estado do corpo, ou seja, que resultam da consciência das mudanças
orgânicas provocadas por determinados estímulos. Assim, o estado de
consciência de emoções como a alegria ou a raiva resume-se à
consciência de manifestações fisiológicas. Por exemplo, numa situação
de perigo, o indivíduo não foge por ter medo, mas tem medo por fugir.
Perspetiva
Cognitivista
De acordo com esta perspetiva, existe uma relação entre o que
pensamos e o que sentimos, ou seja, entre as nossas cognições e as
nossas emoções. Assim, os processos cognitivos são fundamentais para
se perceberem as emoções, pois a forma como representamos uma
dada situação ou como a avaliamos é que desencadeia ou não uma
determinada emoção.
Perspetiva
Culturalista
De acordo com esta perspetiva, as emoções são comportamentos
aprendidos no processo de socialização, ou seja, as emoções são uma
construção social, que têm que ser aprendidas. Neste contexto, as
diferentes culturas definem o tipo de emoções que se podem
manifestar e como as manifestar, variando assim de cultura para cultura
a sua forma de expressão.
Razão e emoção:
Quando temos de tomar uma decisão, é preciso:
 Ter conhecimento da situação sobre a qual se tem de decidir;
 Conhecer as diferentes opções de ação;
 Conhecer as consequências de cada opção no presente e no futuro.
Segundo António Damásio, as emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao
funcionamento da razão, pois estão envolvidos nos processos de decisão. O investigador
chama a atenção para o facto de que se fosse apenas a razão a participar nos processos de
decisão, seria muito complicado tomar uma decisão, uma vez que a análise rigorosa de cada
Ana Pinto
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
uma das hipóteses levaria tanto tempo que a opção escolhida deixaria de ser oportuna, ou
então, perder-nos-íamos nos cálculos das vantagens e das desvantagens.
Processos Conativos
Os processos conativos são as tendências do ser humano para agir deliberadamente, ou seja,
são as ações, os comportamentos. A conação tem duas componentes:
 Componente objetiva de execução: que se manifesta nos movimentos e que se pode
observar.
 Componente subjetiva: uma disposição interna para a ação, que é a conação.
Assim, ligado à conação está ligada a motivação, o empenho, a vontade, o desejo, ou seja, tudo
o que move os indivíduos em direção a um fim ou objetivo.
Ana Pinto
Segundo Damásio, a tomada de decisão é suportada por duas
vias que se complementam paralelamente:
Raciocínio
A representação das consequências de
uma opção é disponibilizada pelo
raciocínio: avaliação da situação,
levantamento das opções possíveis,
comparações lógicas, etc.
Emoção
A percepção da situação provoca, ao
mesmo tempo, a activação de
experiências emocionais
experimentadas anteriormente em
situações semelhantes.
Marcador Somático: Mecanismo automático que orienta as nossas decisões:
Assim, não perdemos tanto tempo a analisar a situação; Apercebendo-nos que seria inútil
analisar todas as possibilidades, poderíamos escolher uma à sorte; Actua como um sinal de
alarme automático que diz: atenção ao perigo decorrente da escolha de determinada acção,
protegendo-nos assim de prejuízos futuros, sem mais hesitações.
Os marcadores somáticos aumentam assim a precisão e a eficiência do processo de decisão.
Esforço de realização
Tendência
Intencionalidade
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Intencionalidade
A intencionalidade de um pensamento ou emoção existe quando esse mesmo pensamento ou
emoção é acerca de algo, ou seja, dizer que um estado mental tem intencionalidade significa
que ele é acerca de alguma coisa. Por exemplo, quando pensamos, pensamos acerca de
alguma coisa, logo, o pensamento é intencional. Quando sentimos, sentimos em relação a
alguma coisa, logo, o sentimento é intencional.
Tendência
A tendência é o impulso espontâneo que orienta a conduta do indivíduo, vai do sujeito para o
objeto, responde a uma necessidade interna e leva-nos a concretizar os nossos próprios
objetivos. É omnipresente, persistente e inacabada. Face a uma necessidade, um desequilíbrio,
há um impulso ou tendência que nos leva a querer satisfazê-la rápida e eficazmente. Depois da
resposta dada, encontramo-nos saciados e, por isso, reequilibrados.
Ciclo motivacional:
 Necessidade: estado de desequilíbrio provocado por uma carência ou privação (falta
de alimento);
 Impulso: estado energético capaz de ativar e dirigir o comportamento (força que move
o individuo a obter comida);
 Resposta: atividade desenvolvida e desencadeada pelo impulso (procura de alimento);
 Saciedade: redução ou eliminação do impulso (depois do alimento ser ingerido, a fome
atenua-se ou desaparece).
Quanto à origem, as tendências podem ser:
 Primárias: acontecem desde o nascimento e são independentes da aprendizagem (ter
fome, sede ou frio);
 Secundárias: são aprendidas no processo de socialização e correspondem a
necessidades sociais (tendência para as línguas ou para o desporto).
Quanto ao objeto, as tendências podem ser:
 Individuais: quando se relacionam com os interesses pessoais do indivíduo
(alimentação, descanso ou saúde);
 Sociais: quando estão na base de interações sociais e têm a ver com as relações com os
outros (afiliação, solidariedade ou irritação);
 Ideais: quando se relacionam com a promoção de valores intelectuais, estéticos ou
éticos (conhecimento, beleza ou justiça).
Esforço de realização
O esforço de realização relaciona-se com o empenho para concretizarmos os nossos desejos e
objetivos, de modo que se tornam posteriormente em ações.
Abraham Maslow desenvolveu uma teoria em que as motivações humanas se organizam
segundo uma hierarquia de necessidades representada numa pirâmide:
Ana Pinto
Características do indivíduo auto realizado: força
de vontade, poder de iniciativa, firmeza,
tolerância, capacidade de autocrítica, espírito
aberto.
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846
Matéria de Psicologia 12º Ano
Segundo a hierarquia, a satisfação das necessidades superiores depende da satisfação das
necessidades inferiores, ou seja, apenas satisfazendo as necessidades básicas, se passa para as
necessidades psicológicas e, uma vez estas ultrapassadas é que se consegue passar para as
necessidades de realização pessoal.
Necessidades básicas:
 Fisiológicas: São as necessidades vitais para o ser humano, isto é, necessidades
necessárias para a sua sobrevivência: comida, bebida, roupa, etc.;
 De segurança: São as necessidades de se sentir seguro relativamente a situações
potencialmente perigosas: estabilidade, proteção, etc.
Necessidades psicológicas:
 De afiliação: São as necessidades de estar com os outros e de ser aceite pelos outros:
afeto, confiança, amor, etc.;
 De estima: São as necessidades de se sentir respeitado e estimado pelos outros:
reconhecimento, autoestima, prestígio, etc.
Necessidades de realização pessoal:
 De autorrealização: São as necessidades que cada um tem de realizar o seu potencial:
desenvolver talentos e criatividade individual.
Ana Pinto
Necessidades de
realização pessoal
Necessidades
psicológicas
Necessidades
básicas
Nec
essi
dad
es
de
aut
o
rrea
lizaç
ão
Necessidades de
estima
Necessidades de afiliação
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com)
lOMoARcPSD|19253846

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"MiguelavRodrigues
 
Impressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasImpressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasRaQuel Oliveira
 
Num bairro moderno
Num bairro modernoNum bairro moderno
Num bairro modernoaramalho340
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradeAnaGomes40
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaRaffaella Ergün
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraVitor Peixoto
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisDina Baptista
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Mundo capitalista
Mundo capitalistaMundo capitalista
Mundo capitalistahome
 
Obstáculos Epistemológicos
Obstáculos EpistemológicosObstáculos Epistemológicos
Obstáculos EpistemológicosAntónio Silvano
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa HeterónimosESVieira do Minho
 
Contextualização fernando pessoa
Contextualização fernando pessoaContextualização fernando pessoa
Contextualização fernando pessoaAna Isabel Acciaioli
 
Resumo economia c 2º periodo
Resumo economia c 2º periodoResumo economia c 2º periodo
Resumo economia c 2º periodoLia Treacy
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoaguest0f0d8
 
Cérebro - psicologia 12ºano AR
Cérebro - psicologia 12ºano ARCérebro - psicologia 12ºano AR
Cérebro - psicologia 12ºano ARAntónia Rocha
 
Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Teoria da Aprendizagem Social - Albert BanduraTeoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Teoria da Aprendizagem Social - Albert BanduraEduardo Manfré
 

La actualidad más candente (20)

"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"
 
António Damásio
António Damásio  António Damásio
António Damásio
 
Impressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasImpressões e Expectativas
Impressões e Expectativas
 
Num bairro moderno
Num bairro modernoNum bairro moderno
Num bairro moderno
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando PessoaResumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
Resumos de Português: Heterónimos De Fernando Pessoa
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da Galafura
 
Características poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo ReisCaracterísticas poéticas de Ricardo Reis
Características poéticas de Ricardo Reis
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Perceção e cultura
Perceção e culturaPerceção e cultura
Perceção e cultura
 
Mundo capitalista
Mundo capitalistaMundo capitalista
Mundo capitalista
 
Obstáculos Epistemológicos
Obstáculos EpistemológicosObstáculos Epistemológicos
Obstáculos Epistemológicos
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa Heterónimos
 
Contextualização fernando pessoa
Contextualização fernando pessoaContextualização fernando pessoa
Contextualização fernando pessoa
 
Resumo economia c 2º periodo
Resumo economia c 2º periodoResumo economia c 2º periodo
Resumo economia c 2º periodo
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoa
 
Cérebro - psicologia 12ºano AR
Cérebro - psicologia 12ºano ARCérebro - psicologia 12ºano AR
Cérebro - psicologia 12ºano AR
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Teoria da Aprendizagem Social - Albert BanduraTeoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
 

Similar a Resumo de Psicologia B sobre Processos Cognitivos, Emotivos e Conativos

Similar a Resumo de Psicologia B sobre Processos Cognitivos, Emotivos e Conativos (20)

Psicologia: Cognição
Psicologia:  Cognição Psicologia:  Cognição
Psicologia: Cognição
 
MENTE
MENTEMENTE
MENTE
 
Psicologia
PsicologiaPsicologia
Psicologia
 
Pensamento
PensamentoPensamento
Pensamento
 
Psicologia tema 2
Psicologia tema 2Psicologia tema 2
Psicologia tema 2
 
Memória - Psicologia
Memória - PsicologiaMemória - Psicologia
Memória - Psicologia
 
PROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdf
PROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdfPROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdf
PROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdf
 
Trabalho de pares correçao
Trabalho de pares correçaoTrabalho de pares correçao
Trabalho de pares correçao
 
Caracterização dos fenómenos psíquicos
Caracterização dos fenómenos psíquicosCaracterização dos fenómenos psíquicos
Caracterização dos fenómenos psíquicos
 
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
 
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
 
Aprendizagem 12º3
Aprendizagem 12º3Aprendizagem 12º3
Aprendizagem 12º3
 
Processos conativos
Processos conativosProcessos conativos
Processos conativos
 
Aula de filosofia antiga, tema: Liberdade vs. determinismo
Aula de filosofia antiga, tema: Liberdade vs. determinismoAula de filosofia antiga, tema: Liberdade vs. determinismo
Aula de filosofia antiga, tema: Liberdade vs. determinismo
 
Processos conativos
Processos conativosProcessos conativos
Processos conativos
 
Processos conativos
Processos conativosProcessos conativos
Processos conativos
 
Processos conativos
Processos conativosProcessos conativos
Processos conativos
 
Aprendizagem e memória
Aprendizagem e memóriaAprendizagem e memória
Aprendizagem e memória
 
Apresewedwenta.
Apresewedwenta.Apresewedwenta.
Apresewedwenta.
 
Processos Emocionais
Processos EmocionaisProcessos Emocionais
Processos Emocionais
 

Último

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoEduardoBarreto262551
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGabbyCarvalhoAlves
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoAlessandraRaiolDasNe
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAnglica330270
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusVini Master
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfeupedrodecostas
 

Último (18)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
 

Resumo de Psicologia B sobre Processos Cognitivos, Emotivos e Conativos

  • 1. Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Amente - resumos Psicologia B (Ensino Secundário (Portugal)) Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Amente - resumos Psicologia B (Ensino Secundário (Portugal)) Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 2. Matéria de Psicologia 12º Ano Psicologia - A mente Processos Cognitivos: Processos relacionados com o saber que se manifestam em diferentes formas (perceção, memória e aprendizagem). Processos Emotivos: Processos relacionados com o sentir, ou seja, são os estados vividos pelo indivíduo, correspondendo às vivências e à interpretação das relações que temos (emoção, afeto e sentimento). Processos Conativos: Processos relacionados com o fazer, ou seja, são as ações, os comportamentos (intencionalidade, tendência e esforço de realização). Processos Cognitivos Perceção A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, através dos órgãos dos sentidos, que se caracteriza pelo fato de exigir a presença do objeto, da realidade a conhecer. O nosso conhecimento é constituído pelos sistemas sensoriais: visão, olfato, audição, tato e paladar, que são sensíveis a diferentes estímulos. Assim os estímulos recebidos pelos órgãos recetores são transformados em impulsos nervosos que são conduzidos ao sistema nervoso central e processados pelo cérebro, a perceção. Este processo tem o nome de sensação. Neste contexto, a perceção não é um mecanismo automático ou uma simples apreensão do real, mas sim uma construção da nossa mente, em que o cérebro constrói uma representação mental. A motivação, a expetativa, a atenção, os estados emocionais e as experiências anteriores são fatores que afetam o modo como percecionamos o mundo, o que prova o carácter subjetivo da perceção. Para além disso, também os valores sociais e as experiências socioculturais influenciam o modo como se perceciona o mundo. Ana Pinto Mente Processos Cognitivos: Cognição (saber) Processos Conativos: Conação (fazer) Processos Emotivos: Emoção (sentir) Aprendizagem Memória Perceção Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 3. Matéria de Psicologia 12º Ano Memória É o suporte de todos os processos de aprendizagem. A memória é o fundamento dos comportamentos, dos conhecimentos e das emoções humanas. É o conjunto dos processos e estruturas que codificam, armazenam e recuperam informações sensoriais, experiências. A memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a informação. Não retemos todas as informações que recebemos durante o mesmo tempo. Sendo assim, a memória é classificada quanto à sua duração. Tipos de Memória: Ana Pinto Processos da memória Codificação: É a primeira operação da memória que prepara as informações sensoriais para serem armazenadas no cérebro. Armazenamento: Cada um dos elementos que constituem a memória de um acontecimento está registado em várias áreas cerebrais, registando diferentes códigos, contribuindo cada um deles para formar a tal recordação. Recuperação: Nesta etapa, recupera-se a informação, isto é, lembramo-nos, recordamos uma dada informação. Esquecimento Memória a curto prazo: É uma memória que retém a informação durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passada para a memória a longo prazo. A memória imediata analisa a informação e decide se devemos guarda-la ou não, ficando o material recebido retido durante uma fração de tempo. A memória de trabalho mantem a informação enquanto ela nos é útil. Assim, estas duas memórias complementam-se uma à outra. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 4. Matéria de Psicologia 12º Ano O Esquecimento: É a incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações e experiências que foram memorizadas geralmente na memória a longo prazo. O esquecimento não tem sempre um valor negativo, é também essencial, pois é porque esquecemos que continuamos a reter informações adquiridas e experiencias vividas. Neste contexto, o esquecimento tem uma função seletiva e adaptativa, ou seja, afasta a informação que não é útil ou necessária. Ana Pinto Memória a longo prazo: É um tipo de memória que é alimentada pelos materiais da memória a curto prazo que são codificados em símbolos, retendo assim os materiais durante horas, meses ou toda a vida. A memória não declarativa é uma memória automática, pois há comportamentos que dependem desta memória, como andar de bicicleta ou pentear o cabelo. São comportamentos do dia-a-dia que com o hábito, a repetição, tornam esta actividade automática e reflexa. A memória declarativa implica a consciência do passado, do tempo, reportando-se a acontecimentos, factos ou pessoas. Por exemplo, nome das pessoas, aniversários, etc. A memória episódica é uma memória que envolve recordações, lembranças da vida possoal, como os rostos das pessoas que conhecemos, musicas preferidas, experiências pessoais, etc. A memória semântica refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo, como os factos históricos, as fórmulas da matemática, a gramática, etc. Tipos de esquecimento Esquecimento regressivo: ocorre quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar conhecimentos aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento é especialmente sentido por pessoas de certa idade. Esquecimento motivado: ocorre quando esquecemos o que, inconscientemente, nos convém, como os conteúdos traumatizantes. Estes conteúdos são esquecidos para evitar a angústia e assegurar o equilíbrio psicológico. Este processo designa-se por recalcamento, em que os conteúdos são impedidos de aceder à consciência. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 5. Matéria de Psicologia 12º Ano Aprendizagem É o processo de modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, devido à experiência, ao treino ou ao estudo e com uma função adaptativa relativamente ao meio, sendo assim um processo cognitivo. Os comportamentos aprendidos são adquiridos no processo de socialização, por exemplo, a forma como andamos, a nossa linguagem, como arrumamos as nossas coisas, etc. Ana Pinto Outro tipo de esquecimento Esquecimento por interferência das aprendizagens: ocorre quando as novas memórias interferem com as memórias mais antigas. Neste esquecimento, o material não desaparece totalmente, ou seja, o material sofre tantas modificações devido a novas aprendizagens ou experiências que não o conseguimos recordar. Assim, pensamos que nos esquemos de um determinado conteúdo, mas no entanto, simplesmente não o reconhecemos devido às transformações ocorridas. Processos de aprendizagem Aprendizagem não associativa Aprendizagem associativa Aprendizagem por observação e imitação Aprendizagem com recurso a símbolos e representações Aprendizagem não associativa: o individuo aprende as características de um só estímulo o que pode ser, por um lado, por habituação e, por outro lado, por sensitização. Na habituação aprendemos a não reagir a um determinado estímulo por este não ter importância, o que aumenta a nossa capacidade de concentração no que realmente é essencial. Na sensitização aprendemos a apurar os nossos reflexos no caso de um estímulo ser ameaçador ou prejudicial. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 6. Matéria de Psicologia 12º Ano Ana Pinto Aprendizagem associativa: é uma aprendizagem mais complexa, pois para se aprender é necessário associar estímulos e respostas ou associar diversos estímulos. Pode ser por condicionamento clássico ou por condicionamento operante. O condicionamento clássico foi investigado por Ivan Pavlov, que afirmava que a aprendizagem resulta de associações entre estímulos e respostas. Estímulo: Qualquer elemento do meio que produz efeito sobre o organismo, isto é, que provoca uma reacção, uma alteração no comportamento. Resposta: Qualquer actividade do organismo que se segue ao estímulo, ou seja, pode ser um movimento, um pensamento, uma emoção, etc. Estímulo neutro: estímulo que, antes do condicionamento, não produz a resposta desejada (o som da campainha). Estímulo não condicionado/Incondicionado: estímulo que desencadeia uma resposta não aprendida (a carne). Estímulo condicionado: estímulo neutro que, associado ao estímulo incondicionado, passa a provocar uma resposta semelhante à desencadeada pelo estímulo incondicionado (o som, depois de associado à carne, passa por si só a provocar a salivação). Resposta incondicionada: resposta inata, não aprendida (salivar com o cheiro da carne). Resposta condicionada: resposta que, depois do condicionamento, se segue ao estímulo que antes era neutro (salivar quando ouve o som da campainha). Concluindo: Neste tipo de aprendizagem o cão aprendeu a salivar ao som da campainha. O condicionamento operante foi investigado por Skinner, que afirma a existência de uma aprendizagem mais complexa. Neste experiência, o rato aprendeu a obter alimento através do reforço: Reforço: estímulo que, por trazer consequências positivas, aumenta a probabilidade de uma resposta ocorrer. O reforço pode ser positivo ou negativo. Reforço positivo: estímulo que tem consequências positivas e que se segue a um dado comportamento (o alimento é o reforço positivo que leva o rato a carregar na alavanca). Reforço negativo: o sujeito evita uma situação dolorosa, se se comportar de determinado modo (o rato para evitar a dor fazia a ação tal...). Ambos os tipos de reforço têm como objectivo aumentar a ocorrência de um comportamento. Ambos aumentam a probabilidade de a resposta ocorrer. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 7. Matéria de Psicologia 12º Ano Diferenças entre o condicionamento clássico e operante: Condicionamento Clássico Condicionamento Operante Conceito: Tipo de aprendizagem em que um organismo aprende a responder a um estímulo neutro que antes não produzia essa resposta. Resulta da associação de dois estímulos. Tipo de aprendizagem que ocorre quando o organismo aprende a associar o comportamento com as consequências que resultam desse comportamento. Estímulos: Associação entre estímulos neutros e incondicionados. O comportamento é acompanhado de consequências positivas. Natureza / Tipo de Resposta: Reflexos, respostas automáticas e involuntárias. Comportamentos aprendidos ou adquiridos; Respostas voluntárias. Papel do Sujeito: Passivo; O comportamento do sujeito é mecânico. Ativo; O sujeito opera para obter satisfação e evitar a dor. Tipo de aprendizagem: Por associação de estímulos. Por reforço. Ana Pinto Aprendizagem por observação e imitação: foi estudada por Albert Bandura. Bandura constatou que a experiência dos outros pode conduzir à aquisição de novos comportamentos, que são assim adquiridos a partir da observação e imitação de um modelo. Aprendizagem com recurso a símbolos e representações: Aquisição de conhecimentos: quando aprendemos algo novo, enquadramos essas novas aquisições em esquemas cognitivos prévios que temos, o que resulta num enriquecimento desses esquemas, numa modificação ou na criação de um novo esquema. Aquisição de procedimentos e competências: para executarmos uma determinada tarefa, temos de desenvolver um conjunto de ações, que se designam por procedimentos (para escrevermos temos necessariamente de saber as letras, as silabas e desenhá-las, de forma a tornar a escrita uma ação automática). Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 8. Matéria de Psicologia 12º Ano Motivação: A aprendizagem é mais clara e mais eficaz quando estamos interessados por um determinado assunto ou tema. Conhecimentos anteriores: Os conhecimentos anteriores servem de base a novas aprendizagens. Quantidade de informação: A nossa capacidade de aprender novas informações é limitada, por isso é necessários proceder a uma seleção da informação relevante. Diversificação das atividades: Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem. Planificação e organização: A definição clara de objetivos e a seleção de estratégias é essencial para uma boa aprendizagem, pois planificar e organizar promovem o controlo dos processos de aprendizagem. Cooperação: A aprendizagem é mais eficaz se trabalharmos de forma cooperativa, uma vez que a cooperação possibilita percebermos diferentes perspetivas que ajudarão na resolução de problemas complexos. Processos Emotivos Ana Pinto Factores de aprendizagem Motivação Conhecimentos anteriores Quantidade de informação Diversificação das actividades Planificação e organização Cooperação Sentimento Afecto Emoção Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 9. Matéria de Psicologia 12º Ano Resumindo: Emoção: são processos desencadeados por um acontecimento que podem der acompanhados por reações orgânicas (fuga no caso de medo). Afeto: exprimem-se através das emoções e constroem-se ao longo do tempo (podem exprimir- se através do amor, do ódio, etc.). Sentimento: são estados voltados para o nosso interior, isto é, não são observáveis. Ana Pinto Emoção Têm origem numa causa, num anontecimento. São reacções corporais específicas, observáveis. São públicas e voltadas para o exterior. São automáticas e inconscientes. Podem ser negativas ou positivas. Variam em intensidade. São de curta duração. Têm princípio e fim. Afecto Têm a ver com aquilo que nos afecta, são algo de que somos dotados. São tendências para responder positiva ou negativamente a experiências emocionais. Ter afectos é ser dotado da capacidade de dar e de receber. Exprimem-se através das emoções e têm uma ligação especial com o passado. Exprimem-se em sentimentos e emoções. Sentimento Não são observáveis, são privados e relacionam-se com o interior. Prolongam-se no tempo e são menos intensos que as emoções. Não se associam a nenhuma causa imediata. Surgem quando tomamos consciência das nossas emoções. Segundo António Damásio Emoções primárias: são as que aparecem na infância, ou seja, são úteis porque permitem reacções automáticas quando surgem determinados estímulos. Alegria, tristeza, medo, surpresa, etc. Emoções secundárias: são as que aparecem mais tarde na vida, ou seja, implicam o recurso a aprendizagens já feitas. Vergonha, ciúme, culpa, orgulho, etc. Emoções de fundo Bem-estar, mal-estar, calma, tensão, etc. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 10. Matéria de Psicologia 12º Ano Importante: a emoção não se pode circunscrever a uma única componente, dado que cada uma tem grande influência em todas as outras. Componente cognitiva: refere-se ao conhecimento do facto que desencadeia a emoção. Componente avaliativa: refere-se à influência que os nossos interesses e necessidades têm na formação da emoção, logo, quanto mais importante for para nós o acontecimento, maior vai ser a emoção desencadeada. Componente fisiológica: refere-se às alterações corporais que se verificam no indivíduo aquando da demonstração da emoção (aumento do ritmo cardíaco, respiração ofegante, etc.). Componente expressiva: refere-se às alterações físicas que se verificam no indivíduo e que são visíveis aos outros (aumento do tom de voz, sorriso, choro, etc.). Componente comportamental: refere-se ao conjunto de comportamentos que o estado emocional pode desencadear (agressão, crítica verbal, saltos de alegria, gritos, etc.). Ana Pinto Segundo António Damásio, existem três fases até termos consciência de um sentimento 1ª Fase - O estado de emoção: a emoção pode ser desencadeada e experimentada de forma inconsciente. 2ª Fase - O estado de sentimento: pode ser representado de forma não consciente. 3ª Fase - O estado de sentimento tornado consciente: conhecido pelo organismo que experimenta a emoção e o sentimento. Componentes das emoções: Componente cognitiva Componente avaliativa Componente fisiológica Componente expressiva Componente comportamental Componente subjectiva Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 11. Matéria de Psicologia 12º Ano Componente subjetiva: refere-se ao estado afetivo associado à emoção. Perspetivas das emoções: Perspetiva Evolutiva Segundo Charles Darwin: Darwin procurou traços comuns na expressão das emoções em vários povos. Identificou seis emoções primárias: alegria, tristeza, surpresa, cólera, desgosto e medo. Assim, Darwin considera que as emoções desempenharam um papel adaptativo fundamental na história da espécie humana, sendo determinantes na nossa capacidade de sobrevivência. Segundo Ekman: Ekman procurou defender a sua tese, que consistia na ideia de que povos diferentes sentiriam emoções diferentes. Assim, conseguiu confirmar que há emoções universais, independentes do processo de aprendizagem e da cultura em que se manifesta. Porém, não nega a influência da cultura nas emoções, na medida em que há regras que controlam a sua expressão. Perspetiva Fisiológica William James: Defende que as emoções resultam das perceções do estado do corpo, ou seja, que resultam da consciência das mudanças orgânicas provocadas por determinados estímulos. Assim, o estado de consciência de emoções como a alegria ou a raiva resume-se à consciência de manifestações fisiológicas. Por exemplo, numa situação de perigo, o indivíduo não foge por ter medo, mas tem medo por fugir. Perspetiva Cognitivista De acordo com esta perspetiva, existe uma relação entre o que pensamos e o que sentimos, ou seja, entre as nossas cognições e as nossas emoções. Assim, os processos cognitivos são fundamentais para se perceberem as emoções, pois a forma como representamos uma dada situação ou como a avaliamos é que desencadeia ou não uma determinada emoção. Perspetiva Culturalista De acordo com esta perspetiva, as emoções são comportamentos aprendidos no processo de socialização, ou seja, as emoções são uma construção social, que têm que ser aprendidas. Neste contexto, as diferentes culturas definem o tipo de emoções que se podem manifestar e como as manifestar, variando assim de cultura para cultura a sua forma de expressão. Razão e emoção: Quando temos de tomar uma decisão, é preciso:  Ter conhecimento da situação sobre a qual se tem de decidir;  Conhecer as diferentes opções de ação;  Conhecer as consequências de cada opção no presente e no futuro. Segundo António Damásio, as emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao funcionamento da razão, pois estão envolvidos nos processos de decisão. O investigador chama a atenção para o facto de que se fosse apenas a razão a participar nos processos de decisão, seria muito complicado tomar uma decisão, uma vez que a análise rigorosa de cada Ana Pinto Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 12. Matéria de Psicologia 12º Ano uma das hipóteses levaria tanto tempo que a opção escolhida deixaria de ser oportuna, ou então, perder-nos-íamos nos cálculos das vantagens e das desvantagens. Processos Conativos Os processos conativos são as tendências do ser humano para agir deliberadamente, ou seja, são as ações, os comportamentos. A conação tem duas componentes:  Componente objetiva de execução: que se manifesta nos movimentos e que se pode observar.  Componente subjetiva: uma disposição interna para a ação, que é a conação. Assim, ligado à conação está ligada a motivação, o empenho, a vontade, o desejo, ou seja, tudo o que move os indivíduos em direção a um fim ou objetivo. Ana Pinto Segundo Damásio, a tomada de decisão é suportada por duas vias que se complementam paralelamente: Raciocínio A representação das consequências de uma opção é disponibilizada pelo raciocínio: avaliação da situação, levantamento das opções possíveis, comparações lógicas, etc. Emoção A percepção da situação provoca, ao mesmo tempo, a activação de experiências emocionais experimentadas anteriormente em situações semelhantes. Marcador Somático: Mecanismo automático que orienta as nossas decisões: Assim, não perdemos tanto tempo a analisar a situação; Apercebendo-nos que seria inútil analisar todas as possibilidades, poderíamos escolher uma à sorte; Actua como um sinal de alarme automático que diz: atenção ao perigo decorrente da escolha de determinada acção, protegendo-nos assim de prejuízos futuros, sem mais hesitações. Os marcadores somáticos aumentam assim a precisão e a eficiência do processo de decisão. Esforço de realização Tendência Intencionalidade Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 13. Matéria de Psicologia 12º Ano Intencionalidade A intencionalidade de um pensamento ou emoção existe quando esse mesmo pensamento ou emoção é acerca de algo, ou seja, dizer que um estado mental tem intencionalidade significa que ele é acerca de alguma coisa. Por exemplo, quando pensamos, pensamos acerca de alguma coisa, logo, o pensamento é intencional. Quando sentimos, sentimos em relação a alguma coisa, logo, o sentimento é intencional. Tendência A tendência é o impulso espontâneo que orienta a conduta do indivíduo, vai do sujeito para o objeto, responde a uma necessidade interna e leva-nos a concretizar os nossos próprios objetivos. É omnipresente, persistente e inacabada. Face a uma necessidade, um desequilíbrio, há um impulso ou tendência que nos leva a querer satisfazê-la rápida e eficazmente. Depois da resposta dada, encontramo-nos saciados e, por isso, reequilibrados. Ciclo motivacional:  Necessidade: estado de desequilíbrio provocado por uma carência ou privação (falta de alimento);  Impulso: estado energético capaz de ativar e dirigir o comportamento (força que move o individuo a obter comida);  Resposta: atividade desenvolvida e desencadeada pelo impulso (procura de alimento);  Saciedade: redução ou eliminação do impulso (depois do alimento ser ingerido, a fome atenua-se ou desaparece). Quanto à origem, as tendências podem ser:  Primárias: acontecem desde o nascimento e são independentes da aprendizagem (ter fome, sede ou frio);  Secundárias: são aprendidas no processo de socialização e correspondem a necessidades sociais (tendência para as línguas ou para o desporto). Quanto ao objeto, as tendências podem ser:  Individuais: quando se relacionam com os interesses pessoais do indivíduo (alimentação, descanso ou saúde);  Sociais: quando estão na base de interações sociais e têm a ver com as relações com os outros (afiliação, solidariedade ou irritação);  Ideais: quando se relacionam com a promoção de valores intelectuais, estéticos ou éticos (conhecimento, beleza ou justiça). Esforço de realização O esforço de realização relaciona-se com o empenho para concretizarmos os nossos desejos e objetivos, de modo que se tornam posteriormente em ações. Abraham Maslow desenvolveu uma teoria em que as motivações humanas se organizam segundo uma hierarquia de necessidades representada numa pirâmide: Ana Pinto Características do indivíduo auto realizado: força de vontade, poder de iniciativa, firmeza, tolerância, capacidade de autocrítica, espírito aberto. Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846
  • 14. Matéria de Psicologia 12º Ano Segundo a hierarquia, a satisfação das necessidades superiores depende da satisfação das necessidades inferiores, ou seja, apenas satisfazendo as necessidades básicas, se passa para as necessidades psicológicas e, uma vez estas ultrapassadas é que se consegue passar para as necessidades de realização pessoal. Necessidades básicas:  Fisiológicas: São as necessidades vitais para o ser humano, isto é, necessidades necessárias para a sua sobrevivência: comida, bebida, roupa, etc.;  De segurança: São as necessidades de se sentir seguro relativamente a situações potencialmente perigosas: estabilidade, proteção, etc. Necessidades psicológicas:  De afiliação: São as necessidades de estar com os outros e de ser aceite pelos outros: afeto, confiança, amor, etc.;  De estima: São as necessidades de se sentir respeitado e estimado pelos outros: reconhecimento, autoestima, prestígio, etc. Necessidades de realização pessoal:  De autorrealização: São as necessidades que cada um tem de realizar o seu potencial: desenvolver talentos e criatividade individual. Ana Pinto Necessidades de realização pessoal Necessidades psicológicas Necessidades básicas Nec essi dad es de aut o rrea lizaç ão Necessidades de estima Necessidades de afiliação Necessidades de segurança Necessidades fisiológicas Downloaded by Rosário Silva (catraia1971@gmail.com) lOMoARcPSD|19253846