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Instituições Sociais e Coerção
• Muitas vezes, por influência da família,
da religião, da escola, dos hábitos de
nossos amigos, acabamos vestindo
“máscaras sociais”, comportando-nos
segundo modelos aceitos pelos demais,
pois sabemos que nossas atitudes estão
sempre sendo julgadas – muitas vezes, é
dessa forma que reagimos ao
sentimento de necessidade de
adequação aos valores estabelecidos.
• Isso significa que estamos sempre
sujeitos a coerções sociais, isto é, a
aceitar valores que podem não
ser compatíveis com nossas opiniões e
crenças pessoais.
O fato social
A noção de coerção social é a base para entendermos um dos co
nceitos mais relevantes da Sociologia moderna: o de fato social,
proposto por Durkheim em sua obra As regras do
método sociológico (1895).
A apreensão de um fato social passa pela observação da
realidade. É observando-a e analisando-a que o sociólogo
identifica o fato social, que pode ser inicialmente definido como
tudo aquilo que exerce uma força de coerção sobre os indivíduos.
Instituições Sociais
• A coerção social é uma característica
fundamental da vida em sociedade. Isso
porque os comportamentos humanos têm
uma tendência contínua à padronização, à
uniformização.
• Muitas vezes, as responsáveis por essa padro
nização, por essa uniformização, são as
instituições sociais. Em sentido geral,
instituição é qualquer forma de organização
que reúna pessoas com objetivos comuns,
como uma escola, um hospital ou uma
empresa. Também se emprega o termo
“instituição” para designar entidades mais amp
las, como o governo, o sistema educacional ou
a Igreja.
De acordo com
a proposta dos pesquisad
ores Peter L. Berger e
Brigitte Berger, a institui-
ção social pode ser defini
da como um padrão de c
ontrole, ou seja, uma prog
ramação da conduta indiv
idual imposta pela socied
ade.
• Nesse sentido, também as institui
ções possuem uma realidade exter
ior aos indivíduos, na medida em
que elas existem
independentemente da vontade
isolada de cada um deles, até
porque têm história própria:
normalmente, as instituições já
existiam antes de o indivíduo
nascer e permanecerão existindo
após sua morte.
• Desse modo, as instituições
acumulam contribuições e
características de várias gerações e
vão tornando-se forças cada vez
mais poderosas, que moldam o
jeito de ser das pessoas.
• A exterioridade e a coercitividade das
instituições sociais mostram, de um lado,
que elas existem ainda que à revelia das
crenças e dos desejos das pessoas e, de
outro, que elas inevitavelmente influem nos
comportamentos individuais;
• As punições podem variar do simples olhar
de reprovação até a prisão, passando ainda
pela ridicularização pública e
pela segregação social. Em casos de
comunidades mais intolerantes, as sanções
podem chegar a espancamentos e até
mesmo a mortes.
• Em todas essas situações, só pode haver sa
nções, só pode haver punições, ou melhor,
elas só podem ser aceitas pela
coletividade se esta reconhece a autoridade
da instituição que as aplica.
A propriedade privada como Instituição Social
Adotando a perspectiva
econômica de análise, há uma
instituição social fundamental
para a sociedade capitalista
contemporânea: a propriedade
privada dos meios de
produção. Ela é a base
da estrutura de classes da
sociedade atual, e sua
autoridade é tamanha que
grande parte das leis é feita
para garanti-la.
Ainda é preciso
lembrar que as instituições
sociais são
fenômenos históricos e,
como tais, podem sofrer
mudanças e até
mesmo deixar de existir.
A Igreja e o Exército já
tiveram, no Brasil,
mais importância do que
têm hoje. Já a propriedade
privada continua sendo um
dos pilares da sociedade
capitalista. O que precisa ficar claro é que essas mudanças
ocorrem – e ocorrem muito –não por vontades
individuais, mas, sim, por processos coletivos.
Castas, estamentos e classes sociais
• Na evolução social dos homens, sempre foi comum a
divisão dos membros de uma mesma sociedade em grupos,
cada um com sua função, seus direitos e seus deveres.
• Da divisão sexual do trabalho, os grupos tribais evoluíram para
uma divisão social do trabalho e conheceram, então, a
possibilidade de dominar outros grupos ou tribos. Foi assim
que as diferenças étnicas, o controle de territórios definidos e
a dominação de sociedades rivais geraram o mito do
etnocentrismo.
O etnocentrismo
está na base, por exemplo,
da concepção eurocêntrica
que encontramos na
expansão colonizadora
ocorrida a partir do século
XV, com as Grandes
Navegações.
Ordem econômica, ordem social e ordem
política
•À medida que a humanidade foi se organizando em socie
dades mais amplas que as comunidades tribais, a
estratificação social se intensificou. Por estratificação
social, entende-se a divisão da sociedade em camadas em
que os indivíduos são hierarquizados.
• Dentro de um sistema de estratificação, pode haver mais ou menos mobili
dade social. O conceito de classe social é um dos mais polêmicos em toda a
história da Sociologia. De fato, muitos pesquisadores procuram estabelecer
critérios objetivos para a definição das camadas em que se divide a
sociedade contemporânea.
Classes sociais! Quais?
• O problema é que aquilo que alguns
analistas consideram “classe média” pode não
ser o mesmo para outros analistas da mesma
sociedade. Além disso, há a dificuldade
de comparar, por exemplo, a estratificação
social no campo e nas cidades de um mesmo
país.
• Para Marx, em sua visão de mundo associada
ao materialismo histórico, a história humana
sempre colocou frente a frente, em conflito,
com objetivos antagônicos, classes sociais, de
maneira que o motor da história seria
justamente a luta de classes.
Na busca por critérios mais objetivos de análise da
estratificação social, um dos maiores teóricos da Sociologia, o
já citado Max Weber, propôs uma visão de
estrutura social distinguindo três
dimensões: a ordem econômica, a ordem
social e a ordem política. A ordem econômica
dividiria a sociedade em classes; a social, em status ou
estamentos; e a política, em partidos.
Consciência de classe e consciência de
status
Essa leitura que Weber faz da
realidade social nos leva à
diferença entre consciência
de classe e consciência de
estamento (ou de status). A
questão da consciência que
os indivíduos podem
adquirir de sua condição de
classe será mais bem tratada
pelos teóricos marxistas
Weber preocupa-se mais com a
consciência de status, que sempre
estaria presente nos membros do
estamento. Os militares e os
religiosos, por exemplo, veem-se
como detentores de prestígio e
honra, o que os distinguiria dos
civis ou leigos. Têm orgulho disso e
criam rituais para reforçar a
consciência de seu status.
Classe e consciência de
classe!
Sociedade de castas
Ainda hoje, na sociedade indiana,
verifica-se uma forma bastante
fechada de estamentos: as castas.
Nesses casos, os grupos de status
adotam estilos de vida e convenções
coletivas que são impostos a todos os
seus membros. No caso das castas
indianas, o estamento se dá a partir
da linhagem hereditária do grupo,
apesar de a Constituição de 1950 ter
abolido todas as formas de
discriminação, a diferenciação
por castas ainda está presente no
cotidiano da população.
Fazendo uma relação entre a
consciência de estamento e
a questão do etnocentrismo,
lembremos que não raras vezes
o fechamento da comunidade
em si mesma pode gerar a
concepção de um “povo
escolhido pelos deuses” para o
cumprimento de uma missão
na Terra, como etnia superior
da humanidade. Não seria
exagero enxergar nisso a
semente do que viria a ser
chamado racismo, ou seja,
a postura de discriminação
para com indivíduos ou grupos
considerados “raças”
inferiores.
Weber e o conceito de dominação
• Para Weber, a dominação corresponde a “um estado de coisas pelo qual
uma vontade manifesta (mandato) do dominador ou dos dominadores influi
sobre os atos de outros (do dominado ou dos dominados), de tal modo que,
em um grau socialmente relevante, estes atos têm lugar como se os
dominados tivessem adotado por si mesmos e como máxima de sua ação o
conteúdo do mandato (obediência)”.
•Weber enxerga três motivos de submissão ou princípios
de autoridade na dominação: os motivos racionais, os
tradicionais e os afetivos. Tais motivos gerariam, então,
três tipos de dominação legitimada socialmente: a legal, a
tradicional e a carismática.
Dominação Legal
Os motivos racionais da
submissão podem advir da
consideração de
interesses, vantagens ou
inconvenientes pensados
por aquele que obedece; -
dominação legal.
Dominação
tradicional
Os motivos
tradicionais dependem
da força dos
costumes arraigados e
passados de geração a
geração pelo hábito
cego; é a força
do “ontem eterno” -
dominação tradicional
Dominação
carismático
Os motivos afetivos de
submissão movem a
dominação carismática,
pela admiração pessoal ao
líder ou herói, seja este o
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dominação carismático.

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  • 2. • Muitas vezes, por influência da família, da religião, da escola, dos hábitos de nossos amigos, acabamos vestindo “máscaras sociais”, comportando-nos segundo modelos aceitos pelos demais, pois sabemos que nossas atitudes estão sempre sendo julgadas – muitas vezes, é dessa forma que reagimos ao sentimento de necessidade de adequação aos valores estabelecidos. • Isso significa que estamos sempre sujeitos a coerções sociais, isto é, a aceitar valores que podem não ser compatíveis com nossas opiniões e crenças pessoais.
  • 3. O fato social A noção de coerção social é a base para entendermos um dos co nceitos mais relevantes da Sociologia moderna: o de fato social, proposto por Durkheim em sua obra As regras do método sociológico (1895). A apreensão de um fato social passa pela observação da realidade. É observando-a e analisando-a que o sociólogo identifica o fato social, que pode ser inicialmente definido como tudo aquilo que exerce uma força de coerção sobre os indivíduos.
  • 4.
  • 5. Instituições Sociais • A coerção social é uma característica fundamental da vida em sociedade. Isso porque os comportamentos humanos têm uma tendência contínua à padronização, à uniformização. • Muitas vezes, as responsáveis por essa padro nização, por essa uniformização, são as instituições sociais. Em sentido geral, instituição é qualquer forma de organização que reúna pessoas com objetivos comuns, como uma escola, um hospital ou uma empresa. Também se emprega o termo “instituição” para designar entidades mais amp las, como o governo, o sistema educacional ou a Igreja.
  • 6. De acordo com a proposta dos pesquisad ores Peter L. Berger e Brigitte Berger, a institui- ção social pode ser defini da como um padrão de c ontrole, ou seja, uma prog ramação da conduta indiv idual imposta pela socied ade.
  • 7. • Nesse sentido, também as institui ções possuem uma realidade exter ior aos indivíduos, na medida em que elas existem independentemente da vontade isolada de cada um deles, até porque têm história própria: normalmente, as instituições já existiam antes de o indivíduo nascer e permanecerão existindo após sua morte. • Desse modo, as instituições acumulam contribuições e características de várias gerações e vão tornando-se forças cada vez mais poderosas, que moldam o jeito de ser das pessoas.
  • 8. • A exterioridade e a coercitividade das instituições sociais mostram, de um lado, que elas existem ainda que à revelia das crenças e dos desejos das pessoas e, de outro, que elas inevitavelmente influem nos comportamentos individuais; • As punições podem variar do simples olhar de reprovação até a prisão, passando ainda pela ridicularização pública e pela segregação social. Em casos de comunidades mais intolerantes, as sanções podem chegar a espancamentos e até mesmo a mortes. • Em todas essas situações, só pode haver sa nções, só pode haver punições, ou melhor, elas só podem ser aceitas pela coletividade se esta reconhece a autoridade da instituição que as aplica.
  • 9. A propriedade privada como Instituição Social Adotando a perspectiva econômica de análise, há uma instituição social fundamental para a sociedade capitalista contemporânea: a propriedade privada dos meios de produção. Ela é a base da estrutura de classes da sociedade atual, e sua autoridade é tamanha que grande parte das leis é feita para garanti-la.
  • 10. Ainda é preciso lembrar que as instituições sociais são fenômenos históricos e, como tais, podem sofrer mudanças e até mesmo deixar de existir. A Igreja e o Exército já tiveram, no Brasil, mais importância do que têm hoje. Já a propriedade privada continua sendo um dos pilares da sociedade capitalista. O que precisa ficar claro é que essas mudanças ocorrem – e ocorrem muito –não por vontades individuais, mas, sim, por processos coletivos.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Castas, estamentos e classes sociais • Na evolução social dos homens, sempre foi comum a divisão dos membros de uma mesma sociedade em grupos, cada um com sua função, seus direitos e seus deveres. • Da divisão sexual do trabalho, os grupos tribais evoluíram para uma divisão social do trabalho e conheceram, então, a possibilidade de dominar outros grupos ou tribos. Foi assim que as diferenças étnicas, o controle de territórios definidos e a dominação de sociedades rivais geraram o mito do etnocentrismo.
  • 14. O etnocentrismo está na base, por exemplo, da concepção eurocêntrica que encontramos na expansão colonizadora ocorrida a partir do século XV, com as Grandes Navegações.
  • 15. Ordem econômica, ordem social e ordem política •À medida que a humanidade foi se organizando em socie dades mais amplas que as comunidades tribais, a estratificação social se intensificou. Por estratificação social, entende-se a divisão da sociedade em camadas em que os indivíduos são hierarquizados. • Dentro de um sistema de estratificação, pode haver mais ou menos mobili dade social. O conceito de classe social é um dos mais polêmicos em toda a história da Sociologia. De fato, muitos pesquisadores procuram estabelecer critérios objetivos para a definição das camadas em que se divide a sociedade contemporânea.
  • 16. Classes sociais! Quais? • O problema é que aquilo que alguns analistas consideram “classe média” pode não ser o mesmo para outros analistas da mesma sociedade. Além disso, há a dificuldade de comparar, por exemplo, a estratificação social no campo e nas cidades de um mesmo país. • Para Marx, em sua visão de mundo associada ao materialismo histórico, a história humana sempre colocou frente a frente, em conflito, com objetivos antagônicos, classes sociais, de maneira que o motor da história seria justamente a luta de classes.
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  • 18. Na busca por critérios mais objetivos de análise da estratificação social, um dos maiores teóricos da Sociologia, o já citado Max Weber, propôs uma visão de estrutura social distinguindo três dimensões: a ordem econômica, a ordem social e a ordem política. A ordem econômica dividiria a sociedade em classes; a social, em status ou estamentos; e a política, em partidos.
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  • 20. Consciência de classe e consciência de status Essa leitura que Weber faz da realidade social nos leva à diferença entre consciência de classe e consciência de estamento (ou de status). A questão da consciência que os indivíduos podem adquirir de sua condição de classe será mais bem tratada pelos teóricos marxistas
  • 21. Weber preocupa-se mais com a consciência de status, que sempre estaria presente nos membros do estamento. Os militares e os religiosos, por exemplo, veem-se como detentores de prestígio e honra, o que os distinguiria dos civis ou leigos. Têm orgulho disso e criam rituais para reforçar a consciência de seu status.
  • 22. Classe e consciência de classe!
  • 23. Sociedade de castas Ainda hoje, na sociedade indiana, verifica-se uma forma bastante fechada de estamentos: as castas. Nesses casos, os grupos de status adotam estilos de vida e convenções coletivas que são impostos a todos os seus membros. No caso das castas indianas, o estamento se dá a partir da linhagem hereditária do grupo, apesar de a Constituição de 1950 ter abolido todas as formas de discriminação, a diferenciação por castas ainda está presente no cotidiano da população.
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  • 25. Fazendo uma relação entre a consciência de estamento e a questão do etnocentrismo, lembremos que não raras vezes o fechamento da comunidade em si mesma pode gerar a concepção de um “povo escolhido pelos deuses” para o cumprimento de uma missão na Terra, como etnia superior da humanidade. Não seria exagero enxergar nisso a semente do que viria a ser chamado racismo, ou seja, a postura de discriminação para com indivíduos ou grupos considerados “raças” inferiores.
  • 26. Weber e o conceito de dominação • Para Weber, a dominação corresponde a “um estado de coisas pelo qual uma vontade manifesta (mandato) do dominador ou dos dominadores influi sobre os atos de outros (do dominado ou dos dominados), de tal modo que, em um grau socialmente relevante, estes atos têm lugar como se os dominados tivessem adotado por si mesmos e como máxima de sua ação o conteúdo do mandato (obediência)”. •Weber enxerga três motivos de submissão ou princípios de autoridade na dominação: os motivos racionais, os tradicionais e os afetivos. Tais motivos gerariam, então, três tipos de dominação legitimada socialmente: a legal, a tradicional e a carismática.
  • 27. Dominação Legal Os motivos racionais da submissão podem advir da consideração de interesses, vantagens ou inconvenientes pensados por aquele que obedece; - dominação legal.
  • 28. Dominação tradicional Os motivos tradicionais dependem da força dos costumes arraigados e passados de geração a geração pelo hábito cego; é a força do “ontem eterno” - dominação tradicional
  • 29. Dominação carismático Os motivos afetivos de submissão movem a dominação carismática, pela admiração pessoal ao líder ou herói, seja este o profeta, o senhor guerreiro ou o político demagogo. - dominação carismático.